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História AURORA ~ Os Caminhos Ao Mago - Ronan 3


Escrita por: ViniZotino

Capítulo 15 - Ronan 3


Fanfic / Fanfiction AURORA ~ Os Caminhos Ao Mago - Ronan 3

Ronan chegou a simples casa de Rolf, o camponês. Veio correndo o mais rápido possível após encontrar o guarda real na floresta.

Alguns cavaleiros da família Elza o perseguiam a cavalos. 

Ronan deu sorte de encontrar Rolf para o lado de fora da casa, como se já o esperasse. 

- ROLF - gritou Ronan. O velho o avistou. 

Ronan chegou até ele, respirava com dificuldade devido a corrida que acabara de realizar. 

- Eles... Mataram minha família - contou Ronan, com um misto de fúria e cansaço. 

- Eu sei, meu príncipe - disse Rolf, e então o abraçou. - Vamos, entre em casa, iremos partir, eu, você e minhas netas. 

- E pra onde iremos? Os Elza têm cães, não vai demorar muito para que saiam com eles a minha busca. 

- Eu sei disto também, meu jovem - disse Rolf, abrindo a porta de sua humilde casa e entrando. 

Ronan entrou logo atrás. 

- Como sabe? Você não está entendendo, acho que vamos ser capturados. 

A casa por dentro era simples, uma mesa e cadeiras de madeira, dois quartos e só. Havia uma estante com uns poucos livros. 

- Filhas, venham cá - chamou Rolf. 

As garotas, de aproximadamente 12 anos chegaram de fininho. Eram idênticas, afinal eram mesmo gêmeas, mas o cabelo de uma era ruivo enquanto o da outra já era mais puxado para o louro. 

Vestiam-se com roupas de couro, como um garoto faria, nada de vestidos chiques. 

- Estão com suas armas? 

- Sim, pai - respondeu a ruiva, mostrando uma adaga em sua bainha.

A loura apenas assentiu, mostrando seu arco e a aljava que trazia em suas costas. 

Ronan se lembrou de alguns rumores de que uma das gêmeas era muda, mas sabia se comunicar de forma simples e eficaz. 

- Este é Ronan, meninas - apresentou Rolf. - Rolf, estas são minhas netas e filhas de criação, Suny e Trisha, que infelizmente é muda de nascença. 

Trisha fez uma cara de triste, o que partiu o coração de Ronan. 

- Agora... Temos de ir pro fim do mundo se quisermos sobreviver. 

- Se nos pegarem, é o fim - disse Ronan, preocupado em poder ter trazido ruína àquela família. 

- Vamos ter de ir para a área sombria da floresta - disse Rolf, com um tom de seriedade. - É perigoso, mas... 

- PERIGOSO? Rolf, é morte certa, ninguém vai por aquelas bandas, até mesmo os cães não se atrevem. 

- Por isto é o local perfeito. 

- Seja lá qual for a criatura que habita aquela área da floresta, pode ser pior do que sermos capturados - rebateu Ronan. Aquilo era suicídio certo. 

- Pai, conte a ele - pediu a pequena Suny, com os olhos confusos. 

- Não irá acreditar, minha filha - respondeu Rolf. 

Trisha fez que não com a cabeça. 

- Conte - pediu Ronan. 

- Não posso! 

- Conte logo, Rolf! Estamos entre a vida e a morte agora, não temos tempo para isso. 

- Eu caçava um dia, quando jovem, e então meu cavalo se assustou e saiu em disparada para a direção errada, e acabamos parando na área sombria da floresta, meu cavalo capotou e quebrou uma das patas. 

- Prossiga - pediu Ronan. 

- Uma moça surgiu, toda estranha... Como se fosse nascida da própria floresta. Quis saber se eu iria prosseguir ou voltar. Disse que queria voltar e tudo havia sido um engano. Ela então revelou que mesmo para voltar, teria de enfrentar algo, pois eu a tinha visto, e poderia contar para todos, então, para voltar para casa, eu precisava provar que era digno. 

- E como você provou isto? 

- Ele enfrentou um monstro - respondeu Suny. 

- Um monstro? - reagiu Ronan.

- Era uma espécie de Golem de pedra, coberto com camadas de musgo verde, e era enorme. Tentei lutar, mas apenas tive uma costela fraturada, estava para morrer, mas a garota o impediu dizendo que era o suficiente, pois eu aparentava ter um bom coração, mas disse para que eu não voltasse. 

Ronan respirou fundo. 

- Não temos opção, vamos ter mesmo de ir pela parte sombria da floresta - decidiu Ronan. - Somos dois, juntos podemos pensar em como derrotar esse Golem ou provar nosso valor para a garota da floresta. 

- Mas, papai, o que nos espera além da parte sombria? - questionou Suny. 

- Segundo a garota da floresta, era algo magnífico e desconhecido por meros mortais. 

- Não temos escolha - voltou a dizer Ronan. 

Trisha concordou, fazendo que sim com a cabeça. 

- Certo, meu príncipe - cedeu Rolf. 

- Ronan - corrigiu ele. - Não sou mais nenhum príncipe, mas serei Rei. 


E assim o tempo passou. Pegaram os dois únicos cavalos de Rolf, que estavam em um celeiro próximo a casa do camponês. 

Rolf foi montado em um cavalo, junto de Trisha. Enquanto Ronan foi em um com Suny. 

Suny que por sinal falava muito.

Fazia perguntas sem noção, enquanto cavalgavam em direção a área mais sombria e misteriosa da floresta. Perguntou sobre a família de Ronan, sobre como era morar em um castelo, etc. 

Ronan respondia na medida do possível, outras perguntas traziam memórias que agora eram doloridas de mais. 

Os cavalos pararam em um determinado momento. Ronan olhou para Rolf e o velho camponês assentiu. 

Desceram dos cavalos e os animais que estavam agitados saíram a galope dali, afastando-se rapidamente da área sombria. 

Ali o ar era frio, havia uma densa neblina que pairava sobre o local. Ronan estava com o coração agitado. Ajeitou sua aljava, pegou uma flecha e se preparou para atirar com o arco caso fosse necessário. 

Adentraram cada vez mais. 

A cada passo que dava, Ronan ficava mais amedrontado. 

As garotas iam de mão dada com o pai. Ronan encontrou um escudo de madeira no chão, com manchas de sangue. 

Mas antes que pudesse o pegar para entregar para Rolf, algo surgiu. 

O ar ficou ainda mais frio. As aves saíram voando dos troncos das árvores desesperadamente. 

- FIQUE ATENTO, RONAN - gritou Rolf, enquanto o vento começava a soprar com fúria. 

Folhas secas saíram voando pelo chão. 

- PROTEJA AS MENINAS - respondeu Ronan. Ergueu o arco, com a flecha já preparada. 

E então algo surgiu, saindo de um tronco de uma das árvores a direta de Ron. 

Era como se um corpo se projetasse a partir do tronco, um corpo que estava camuflado ali o tempo todo. 

Deuses, o que diabos era aquilo? 



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