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História Avalance e Dinahsiren one-shots - Little Sister


Escrita por: Arwen_Nyah

Notas do Autor


Oi, gente turo bom? Eu sei, eu sumi. Meu note deu pau e parou de conectar na internet, aí resolvi o problema e hoje vi que alguns arquivos (os capítulos novos) foram corrompidos. Vou tentar recuperar, se não o jeito é escrever tudoooooooooo de novo. 2020 não tá sendo fácil.

Mas eu escrevi esse conto TODO no celular e não sinto meus dedos, então por favor comentem porque é bem importante pra mim.

Um prêmio pra quem identificar os shipps mencionados.

Me sigam no Instagram pra acompanhar as novidades e as fanarts que eu tô fazendo pras fanfics @arwen_nyah.

Boa leitura

Capítulo 9 - Little Sister


Fanfic / Fanfiction Avalance e Dinahsiren one-shots - Little Sister

Era uma noite de sexta-feira comum, tão comum quanto podia ser para a capitã de uma nave do tempo casada com um clone vindo do futuro, irmã de duas vigilantes e cunhada de outras duas. Por isso mesmo Sara e Ava estavam dando um jantar em família, para estreitar laços e passar algum tempo de qualidade.

Depois da crise e do sacrifício de Oliver, Quentin e Laurel voltaram a vida; assim, nos últimos dois anos eles tem vivido como uma família, Laurel da terra 2 assumiu a identidade de Lauren Lance, promotora e irmã gêmea da advogada Laurel Lance, e uma das filhas mais velhas do antigo capitão de polícia. A vida era, pelo menos na opinião de Sara, perfeita. Bom, Laurel estava namorando sua ex-namorada, Nyssa, mas novamente Sara também dormiu com Oliver enquanto ele namorava sua irmã. Karma era realmente uma vadia às vezes.

Ava e Dinah estavam terminando o jantar, sendo as únicas duas pessoas naquele apartamento que podiam cozinhar sem causar um incêndio, enquanto Sara servia vinho para uma de suas irmãs e cunhada (ex-namorada); Laurel ainda não bebia, apesar de ter voltado à vida curada do alcoolismo ela não desejava cruzar aquele vale escuro novamente.

- Papai está atrasado – Laurel torceu o nariz – Ele não se atrasa assim.

- Seu pai está bem – Nyssa garantiu – Ele ligaria se tivesse algum problema.

- E ele é um homem adulto – Lauren apontou – Se não aparecer em uma hora, vamos até a casa dele.

- Eu sabia que seria ótimo ter uma irmã gêmea – Laurel sorriu e cutucou o braço se Lauren – E pensar que tanta coisa mudou. Quero dizer, quando eu morri Sara tinha acabado de passar de vigilante à viajante do tempo, agora ela está se preparando pra ser mãe.

- Ainda não escolhemos um método. Eu sou a favor de buscar tecnologia do futuro ou de outra terra para conceber uma criança, mas Ava prefere fazer uma in vitro por aqui mesmo.

- Não vamos usar tecnologia alienígena pra conceber nosso filho – Ava gritou da cozinha – Ponto final.

- Eu só acho que uma criança parecida com nós duas seria adorável.

As mulheres riram do beicinho que Sara fez ao ser repreendida pela esposa.

- E você – Sara apontou para Lauren – Quando vai resolver se casar?

- Dinah e eu moramos juntas desde antes de começarmos a sair, não precisamos de um papel pra dizer que somos casadas. Posso simplesmente dizer que somos.

- Claro, querida – Dinah respondeu sem tirar os olhos na salada que estava preparando – Tudo aquilo que você quer fazer na cama? Não precisamos fazer, você só pode só dizer que fizemos.

- Se ferrou! – Sara gargalhou.

- Agora vai ter que casar – Nyssa provocou.

- Olha, eu podia jurar que você não tinha senso de humor – Lauren devolveu – Onde conseguiu um?

- Estou ensinando ela direitinho.

Sara e Lauren fizeram uma careta para o tom implícito nas palavras de Laurel, mas nenhuma delas teve a oportunidade de retrucar porque a campainha tocou nesse exato momento.

- Deve ser o papai.

A capitã deixou as irmãs no sofá e abriu a porta. De fato era seu pai, o problema era que ele não estava sozinho. Quentin entrou no apartamento com uma cadeirinha tipo bebê conforto e uma bolsa pendurada no ombro; as mulheres, incluindo Ava e Dinah, pararam o que estavam fazendo e assistiram o homem depositar a cadeirinha com um bebê sobre a mesa de centro.

- Oi.

Todas responderam em tons diferentes de animação, incredulidade e curiosidade. O bebê preso à cadeirinha resmungou, mas enfiou o punho diminuto na boca e o sugou contente.

- É tão fofo – Laurel foi a primeira a se aproximar e tirou a mãozinha da boca do bebê, substiruindo-a por uma chupeta – Qual o nome? De quem é?

- O nome dela é Taylor Grace e ela tem uns dois meses. Eu acho.

- Você acha? – Lauren perguntou – Pai, diz a verdade, você roubou esse bebê no caminho pra cá?

- Não sei bem como contar isso – Quentin passou a mão na cabeça – Ela é minha filha.

Sara deixou a taça que segurava cair e explodir em um milhão de pedacinhos no chão; Lauren, que havia resolvido que aquela era uma ótima hora para tomar um gole vinho, engasgou com a bebida e Dinah precisou dar alguns tapinhas nas costas da namorada. Laurel olhava entre o pai e o bebê como se procurasse semelhanças entre os dois, ou esperando que um deles anunciassem que não passava de uma pegadinha e, por sua vez, Nyssa parecia prestes a quebrar uma costela ao tentar não rir da cara que sua namorada e cunhadas estavam fazendo.

- Se eu puder perguntar – Dinah começou – Como nenhuma de nós sabia da existência dela?

- A mãe dela apareceu na minha porta hoje, disse que é minha filha e então fugiu – Quentin explicou – Eu não podia exatamente correr atrás dela pela rua com um bebê no colo.

- Sem querer me intrometer – Ava colocou a não no braço da esposa e gentilmente afastou Sara dos cacos de vidro – Tem alguma chance dela realmente ser sua filha?

- Pelas minhas contas sim.

- Pelas suas contas? Tem que aprender a dizer não pra uma mulher, mocinho – Lauren balançou o dedo para o pai – Será que precisamos ter A conversa com você?

Quentin suspirou e tampou o rosto com as mãos, de repente parecendo exausto.

- Pai, como se meteu nessa situação? – Laurel perguntou.

- Ué, ele transou – Nyssa respondeu como se fosse óbvio.

- É, e do jeito tradicional – Lauren retrucou – Sério, precisamos falar sobre sexo seguro?

- Ou comprar camisinhas melhores – Sara palpitou e fez uma careta – Não acredito que estou dando uma lição sobre camisinhas pro meu pai!

- Olha, eu também estou surpreso. Muito surpreso. Ser pai de novo, ainda mais nessa altura da vida, não era algo que eu estava esperando; o que vou fazer? Ela cresce, arranja um sujeito que não presta e nem posso dar um tiro nele porque vou estar velho demais pra isso. Sejamos sinceros? Finalmente vocês três encontraram as pessoas certas, mulheres incríveis e estou orgulhoso disso, mas posso lembrar as péssimas escolhas que fizeram no passado?

Nenhuma delas discordou do pai, mas isso não queria dizer que aquela história morreria ali.

- Eu tenho uma irmãzinha e vou ter um filho em breve – Sara gargalhou – Isso é inacreditável, e eu sou uma viajante do tempo!

As gargalhadas de Sara pareceram perturbar o bebê já estressado por todas aquelas pessoas falando ao seu redor, a menina começou a chorar de forma sentida e Laurel correu para soltá-la da cadeirinha e a aconchegar em seus braços com cuidado.

- Sara, eu preciso que você seja a irmã mais velha aqui – Quentin pediu

- Eu sou a irmã mais velha – Lauren e Laurel falaram ao mesmo tempo.

- Eu era a irmã mais nova até dez minutos atrás – Sara bufou – As coisas mudam muito rápido na minha vida.

Laurel conseguiu acalmar o bebê o suficiente para estudar suas feições.

- Acho que ela se parece com a Sara quando era bebê.

- Sério? Achei que se parece mais com você.

- Quentin, odeio trazer essa questão, mas já pensou na possibilidade dela não ser sua filha? – Nyssa perguntou – Caso essa mulher esteja mentindo.

- É tudo em que eu penso, mas o que eu faço se ela não for minha? Mando para um orfanato e durmo de consciência tranquila? Não, eu posso cuidar dela. Tenho três filhas maravilhosas.

Nenhuma delas comentou como Sara era uma ex assassina e Lauren trabalhava para o lado negro da força.

- Ok, irmãzinha então – Laurel decretou e tentou passar o bebê para Nyssa que recuou um passo – Qual o problema? Você disse que queria filhos.

- Quando falamos sobre filhos pensei em uma criança desse tamanho – Nyssa indicou a altura de seu quadril – Não uma tão pequena.

- Tudo bem – Laurel voltou a sorrir – Podemos adotar uma criança mais velha, gostei da ideia.

Laurel achou que precisava compartilhar o bebê, então o passou para a irmã mais próxima e Lauren o segurou longe do corpo como se fosse uma bola de futebol. Dinah suspirou ao notar a falta de jeito da namorada, principalmente por perceber que seria um longo caminho

- Assim – Dinah ajudou Lauren a segurar o bebê do jeito certo, apoiando a cabecinha com o braço e a mantendo segura – Olha, acho que os olhos dela se parecem com os seus.

Lauren embalou calmamente o bebê, sorrindo suavemente a cada movimento da menininha. Isso não queria dizer que ela estava amolecendo, apenas que não era a pior coisa do mundo ter sua irmãzinha no colo.

Ava limpou os cacos de vidro para impedir que alguém se machucasse enquanto todos pareciam embasbacada demais pela figura do bebê para fazer qualquer outra coisa que não fosse olhar para ele. Pelo menos até Taylor vagir de forma agustiada antes de começar a chorar e deixar Lauren angustiada.

- Meu maior medo é uma criança começar a chorar no meu colo e eu não poder devolver pra mãe porque a mãe sou eu – Lauren se desesperou - Mas a mãe dela não está aqui. O que eu faço?!

- Deve ser fome – Sara arriscou – Qual a última vez que ela comeu?

- Eu não sei, ela está comigo há... – Quentin olhou para o relógio de pulso – Umas duas horas.

- Deve ter uma mamadeira na bolsa.

Ava abriu a bolsa de fraldas que Quentin havia deixado ao lado do bebê conforto e tirou de lá uma mamadeira com leite.

- Está frio.

- Basta colocar alguns segundos no microondas, pinga o leite na mão pra conferir a temperatura – disse Sara e recebeu olhares indagadores, exceto de Laurel e do pai – Ganhei muito dinheiro trabalhando como babá.

Ava fez como Sara ensinou, até testou a temperatura do leite enquanto Taylor chorava cada vez mais alto; ao voltar com a mamadeira pronta e estendê-la para Lauren, a mulher a olhou como se fosse louca.

- Como eu vou apoiar a cabeça, segurar o corpo e dar mamadeira ao mesmo tempo?

Dinah suspirou e tirou a menina dos braços da namorada, ajeitando-a junto ao peito e pegou a mamadeira que Ava ainda estendia, sem saber o que fazer.

- Eu cuidava dos meus primos mais novos – Dinah explicou ao dar a mamadeira ao bebê que logo se calou a passou a sugar o leite com vontade – Você só estava com fome, não é? Você é a coisinha mais fofa do mundo – a morena sorriu para o bebê – Sim, você é.

- Pelo menos ela vai ter três irmãs mais velhas responsáveis – Quentin suspirou.

- Responsáveis?

Nyssa mal conseguiu disfarçar uma risada, mas ofegou quando Laurel acertou um soco em seu braço.

- Ei!

- E você se diz treinada na liga dos assassinos... – Laurel fez uma careta – Vamos ver o que acha de dormir no sofá hoje.

As mulheres, até mesmo Quentin, riram com a cena, afinal de contas não era todos os dias que Nyssa al Ghul era mandada dormir no sofá por sua namorada.

Dinah terminou de alimentar Taylor e a passou imediatamente para Sara, a única irmã que ainda não a tinha segurado, e a capitã não teve escolha a não ser aceitar. Ava logo se postou ao seu lado e brincou com o bebê que abriu um sorriso banguela para ela, fazendo com que a mulher mais alta sorrisse de forma brilhante.

- Ok, ela é fofa – Sara confessou – E está muito quietinha...

- Acho que ela precisa de uma fralda limpa – Ava brincou – E eu preparei a mamadeira, não vou trocar a fralda.

- Eu alimentei – Dinah argumentou.

- Não olhem pra mim – Nyssa avisou – Eu já disse, nada de bebês.

- Eu acho que a futura mamãe tem que assumir essa responsabilidade – Laurel brincou e se sentou ao lado da namorada no sofá.

- Eu concordo com a minha gêmea – Lauren apontou para a irmã – E eu não sei fazer isso.

- Ok – Sara suspirou, parecendo derrotada, e se virou para o pai – Eu troco essa, mas as próximas são suas. Alguns minutos de diversão que se transformaram em dezoito anos de responsabilidades.

- Ainda bem que ele teve você pra treinar – Ava riu da esposa e ganhou um olhar afiado – Vamos, amor, todo mundo sabe que você foi uma pestinha e depois uma adolescente incontrolável.

Sara não respondeu, resignando-se a abrir a bolsa do bebê com trocador e colocá-la sobre ele. Era como andar de bicicleta, mesmo após anos sem trocar uma fralda ela ainda sabia como fazer o trabalho, e Taylor era um bebê calmo que não se agitou muito ao ser trocada. Jogou a fralda suja já fechada em direção a Nyssa que pegou por puro reflexo, olhando para Sara como se quisesse – no mínimo – a enviar diretamente para o submundo.

Taylor sorriu para Sara e a mulher achou que o pai tinha razão, ela se parecia com Laurel.

- Você é tão fofinha, sim você é – Sara arrulhou ao fazer cócegas na barriga do bebê – Você pode ter roubado meu posto como caçula, mas eu já te adoro.

- Não importa a idade que tenham, se já são mães ou estão casadas, vocês serão sempre as minhas menininhas.

Sara sorriu em direção ao pai, mas logo voltou sua atenção para o bebê.

- Taylor Grace Lance, você acabou de entrar para uma família estranha, onde acontecem as coisas mais loucas – Sara sorriu - Você vai adorar.

Elas só perceberam o assado queimando quando já era tarde demais. Tudo terminou em pizza.

[...]

Taylor tinha acabado de completar um ano quando os gêmeos de Sara nasceram, Quentin atravessou o hospital com a filha mais nova nos braços para conhecer seus netos, algo que ele nunca se imaginou fazendo. A mãe da menininha não apareceu durante todos aqueles meses, e ele esperava que ela não voltasse porque já não imaginava como seria sua vida sem a filha mais nova.

Ele perdeu Sara, então a recuperou para perder novamente e ver Sara voltar como algo que não era bem humano. Agora, Sara estava ali contemplando os novos membros de sua família.

Quentin também perdera Laurel e a recuperou. Ganhou outra filha. Ganhou Taylor.

Embora parecesse no mínimo estranho, quantos pais no mundo tinham essa chance?

Ao entrar no quarto da maternidade, encontrou todas as suas filhas ao redor das respectivas companheiras. Laurel segurava um bebê enquanto o outro se encontrava repousando sobre o peito de Ava que parecia além da exaustão.

Todas elas se revezavam para abraçá-lo e mimar Taylor um pouco, até que foi a vez de Sara e ela beijou o rostinho da irmã antes de tentar pegá-la no colo.

- Vem aqui, hora de conhecer seus sobrinhos.

- Não. Papai.

Quentin sorriu, sentindo-se orgulhoso.

- Estamos nos sentindo falantes hoje? – Sara brincou – Não vou te tirar do seu papai.

Quentin se aproximou mais da cama para dar uma boa olhada no bebê sobre o peito da nora.

- Como está se sentindo, querida?

- Como se tivesse dado à luz a duas crianças – Ava brincou – Exausta. Mas é incrível ao mesmo tempo.

- Aposto que é.

- Neném – Taylor balbuciou – Neném!

- Como se você fosse muito grande.

Lauren brincou e se aproximou do pai para tentar pegar a irmã no colo, dessa vez Taylor estendeu os braços e se deixou ser pega.

- Com você ela vai? – Sara perguntou indignada.

- Ela gosta mais de mim.

Lauren sorriu convencida, mas em seguida Taylor estendeu os bracinhos gorduchos para Dinah que a pegou dos braços da namorada.

- Parece que ela gosta mais da Dinah – Nyssa provocou.

- Essa é minha garota! – Dinah beijou o rostinho bonito de Taylor.

Quentin voltou sua atenção para o bebê no colo de Laurel enquanto suas filhas discutiam aos sussurros sobre quem Taylor amava mais, embora na opinião dele até aquele momento Dinah estava ganhando com pouca vantagem sobre Laurel.

- Vocês vão me dizer o nome deles, ou ainda é segredo?

- Essa é a Emma – Ava acariciou o bebê que repousava em seu peito – Ela é a mais velha por cinco minutos.

- E ela chora se outra pessoa a pega no colo, Emma é tão menininha da mamãe – Sara sorriu e beijou a testa de Ava – E meu coração parece que não vai caber no peito.

- E esse – Laurel passou, com cuidado, o segundo bebê para Quentin – É o seu neto.

- O nome dele é Elliot Quentin Lance – Sara anunciou – Em homenagem ao melhor pai do mundo.

Até aquele momento Quentin tinha conseguido segurar as lágrimas, mas ver seus netos e suas filhas juntas na mesma sala era demais pra ele.

- Um neto... Agora estamos em dois contra oito – Quentin sorriu para o bebê – Acho melhor nos juntarmos a elas.

- É pai, sem chance de bater esses números – Laurel brincou.

- Tudo bem. Acho que nunca fui mais feliz em toda minha vida.

Ele não achava. Não. Quentin Lance tinha certeza que nunca havia sido tão feliz.

[...]

Toda a família estava reunida na arquibancada para assistir ao jogo de futebol feminino da liga infantil de Star City. Quando suas garotas entravam em campo, todos iam torcer e incentivar porque era isso que as famílias faziam.

Taylor jogava por diversão, ela gostava de estar em um time e treinar, Quentin sempre dizia que ela lembrava Laurel ao tentar conciliar as companheiras de equipe e ainda mais ao discutir e tentar provar seu ponto.

Emma era como um demônio veloz mesmo sendo mais nova, do mesmo jeito que Sara havia sido na infância, sendo menor do que as outras jogadoras a loirinha passava entre elas com uma destreza invejável e tendo o instinto de competição de Ava era quase imbatível.

E havia Lexa. Quando Laurel e Nyssa resolveram que era hora de expandir a família, conheceram Lexa em uma casa de acolhimento e, nas palavras da própria Nyssa, souberam instantâneamente que aquela era sua filha. Isso fora há dois anos, Lexa era apenas alguns meses mais jovem do que Taylor e tão obstinada e teimosa quanto suas mães.

Faltava pouco tempo para o jogo terminar e o placar estava empatado, o que deixava as mulheres – e Quentin – aflitas. Uma garota do time adversário investiu contra uma loirinha, derrubando-a pesadamente contra o chão.

- Falta! – decretou a juíza do jogo.

Lexa correu até a loirinha, seus cachos escuros balançando no rabo de cavalo, e se ajoelhou ao lado dela. Mesmo de longe puderam observar que ela tentava tranquilizar a colega de equipe, e depois de alguns minutos Lexa se levantou e estendeu a mão para a amiguinha.

- Minha garota – Nyssa sorriu orgulhosa – Eu ensinei isso pra ela.

- Ela tem sete anos! – Laurel exclamou – Pare de ensinar meu bebê a agir de forma galante.

- E temos uma mamãe ciumenta.

- Eu te odeio.

- Você me ama – Nyssa sorriu e abraçou Laurel – Mas eu te amo mais.

Laurel relaxou, embora ainda tentasse se fingir de brava; ela sabia o quanto era difícil para Nyssa expressar sentimentos perto de outras pessoas que não fossem ela ou Lexa.

Quentin assistiu Taylor andando pelo campo ao lado de Emma, apesar de terem diferentes personalisades as duas eram inseparáveis. Enquanto Emma era a imagem cuspida e escarrada de Sara, Taylor tinha o cabelo quase em um tom de castanho escuro e compartilhava semelhanças com Laurel e Lauren. Ele nunca procurou fazer um teste de DNA, simplesmente não importava.

Ao seu lado, Sara se levantou para ver melhor o campo, fazendo um sinal de positivo para a filha e Emma respondeu animadamente.

- Ela está bem – Ava garantiu ao ajeitar Elliot em seu colo – Ela é exatamente como você.

- Exatamente. E eu vivia machucada.

- É verdade – Quentin interrompeu – Não posso contar quantas vezes corri com a Sara para a emergência.

- Pelo menos um dos dois tinha que ser calmo – Ava acariciou os cabelos loiros do filho – Eu te amo, querida, mas duas de você são o suficiente.

- Você nunca tem o suficiente de mim.

Do outro lado de Quentin, Lauren se sentava entre Dinah e a filha. Elas se casaram depois que Lauren finalmente criou coragem para pedir Dinah em casamento, e não era como se elas estivessem planejando filhos, mas aconteceu e ela apenas seguiu o fluxo.

Esse caso chegou na promotoria, um homem foi morto em uma troca de tiros entre traficantes deixando uma filha sozinha no mundo; aos nove anos, Quinn seria mandada para um orfanato ou pularia de uma casa de acolhimento para outra até atingir a maioridade. Ninguém queria uma criança da idade dela.

Lauren se identificou imediatamente com a menina. Quinn perdeu a mãe ainda muito jovem, mal se lembrava dela, então perdeu o pai e estava perdida sem ninguém para cuidar dela. As duas serem semelhantes fisicamente só intensificou o sentimento de empatia pela menina. Ela soube que estava casada com a mulher de sua vida quando Dinah, ao ouvir toda a história, deu a solução mais simples de todas: elas adotariam Quinn. E agora elas tinham uma filha de doze anos que as deixava tão felizes quanto malucas.

Alguém acenou para Quinn e a despertou de seus pensamentos, uma garota de cabelos pretos e um sorriso enorme balançava a mão em direção a elas, ao que sua filha acenou de volta com o mesmo grau de animação.

- Quem é? – Lauren perguntou – Essa eu não conheço.

- É uma amiga da escola, Rachel Berry.

- Uuuh... – Dinah se inclinou ao seu lado para ficar mais próxima da filha e sorriu - Rachel como, “Rachel & Quinn amor para sempre” na capa do seu caderno?

- Mamãe!

Quinn parecia mortificada.

- O momento que eu mais temia chegou – Lauren estreitou os olhos – Uma namorada querendo tirar minha filha de mim.

- Mãe! Ela é só minha amiga, não vou ficar falando sobre uma pessoa que só conheço da escola – Quinn balançou a cabeça fazendo as madeixas loiras pularem – Mesmo que ela seja linda.

A garota morena acenou para Quinn novamente, aparentemente fazendo-a esquecer de todo o resto.

- Posso ir? – Quinn lançou um olhar esperançoso para as mães.

- Está com o celular? – Dinah perguntou e a filha acenou positivamente – Então pode ir.

- Obrigada, mamãe!

Quinn desceu as arquibancadas correndo, seu rabo de cavalo balançando loucamente no processo, e ao chegar lá embaixo segurou a mão da garota chamada Rachel e as duas correram na lateral do campo em direção à alguns bancos afastados. Para Lauren ainda parecia uma menina, com os all stars amarelos sujos e o short curto que já deveria ter sido aposentado, mas que ainda era usado como uma lembrança da infância recente.

- Precisamos comprar roupas pra ela, parece que eles esticam nessa idade.

- Aham.

- E conversar sobre essa Rachel.

Dinah sorriu e a abraçou de lado.

- Minha ciumenta, você precisa confiar na Quinn e dar liberdade a ela.

- Eu confio nela, não confio é naquela garota!

A juíza apitou sinalizando que o jogo continuaria e elas voltaram sua atenção para o campo. A bola foi lançada e elas assistiram, com expectativa, Emma driblar a adversária e lançar a bola para Taylor que passou por mais duas garotas antes de chutar a bola para a loirinha que foi derrubada pela adversária; todas prenderam a respiração até que, em um movimento bem calculado, a garota passou a bola para Lexa que marcou o gol antes do tempo acabar, garantindo a vitória para o time.

As mulheres se levantaram na pequena arquibancada, gritando vivas e parabéns. Há algo em ver seu filho realizar um feito como aqueles, uma sensação inexplicável de orgulho e felicidade que se espalhava calorosamente pelo peito. Sara correu até a filha e voltou com ela sobre os ombros, indo até Ava e Elliot para que também pudessem parabenizar Emma pela vitória.

Laurel e Nyssa, bem mais calmas do que Sara, encontraram Lexa se aproximando com a garotinha loira ao seu lado.

- Tchau, Lexa! Te vejo na aula.

- Tchau, Clarke!

Clarke acenou mais uma vez e correu para seus pais que a esperavam há alguns metros de distância. Com um sorriso, Nyssa trocou um soquinho com a filha.

- Minha garota – a morena sorriu – Estamos orgulhosas de você.

- Muito orgulhosas – Laurel se abaixou e segurou o rosto da filha para olhar em seus profundos olhos verdes – Mamãe e eu amamos você.

- Mesmo se eu tivesse perdido?

- Mesmo se tivesse perdido – Laurel garantiu.

- Sempre, criança – Nyssa trocou o rosto da filha – Você é nossa menina.

Ao lado, Quentin esperou que Taylor viesse até ele com um grande sorriso no rosto, mas precisou esperar sua vez quando as irmãs mais velhas fizeram questão de interpelar a menina e bagunçar seus cabelos enquanto davam parabéns pela vitória.

- Papai – Taylor o abraçou e o olhou de uma forma que sabia ser irresistível – Podemos tomar sorvete?

- Acho que é uma ótima ideia, amorzinho.

- Todo mundo? – ela o olhou com expectativa.

- Isso depende das suas irmãs.

As crianças gritaram animadas, cada uma tentando falando mais alto que a outra e se fazer ser ouvida.

- Eu acho uma ótima ideia – Laurel concordou.

- Nós podemos, mamãe? – Elliot puxou o braço de Ava para ganhar sua atenção – Podemos?

- Eu acho que... – Ava lançou um olhar para Sara, fingindo pensar no assunto.

- Por favor, mamãe! – Emma pediu – Nós ganhamos!

- Vamos tomar sorvete! – Sara comemorou sendo seguida por todos os pequenos.

Quinn voltou sorridente e se postou entre as mães, abraçando Dinah sem se importar se alguém podia ou não ver a cena, o que meio que acalmou os sentimentos de Lauren em relação a Rachel.

- Está velha demais pra tomar sorvete com as suas mães? – Lauren perguntou para a filha.

- Eu nunca vou ser velha demais pra tomar sorvete com vocês.

- Minha garota – Dinah sorriu – Vamos.

Uma nova confusão se formou quando cada família ia para o seu carro e combinavam se encontrar na sorveteria de sempre, mas era tão familiar que se tornava daquelas confusões boas que resultavam em ótimas menorias.

Quentin não esperava ter outra filha, nem que teria que cuidar de um bebê enquanto suas outras filhas eram adultas. Mas ele não trocaria sua vida por nada, ser pai enquanto mais velho havia mudado sua vida. Ou talvez fosse apenas Taylor, uma garotinha especial que só fez amolecer seu coração.

Sara estava casada, tinha dois filhos, lidava com a correspondência e louça suja. Ela tinha que levar as crianças para a escola, fazer compras de supermercado e ler historinhas na hora de dormir. E ela não trocaria sua vida por nenhuma outra aventura. Também tinha uma esposa incrível ao seu lado e nunca imaginou que pudesse amar tanto uma mulher como amava Ava.

Se alguém dissesse a Laurel que ela morreria, voltaria a vida e se casaria com Nyssa al Ghul, ela com certeza riria na cara dessa pessoa. Mas ali estava ela, não apenas tento sua vida se volta, mas casada e com uma filha.

Lauren teve sua redenção. Não importa o que, ela tinha orgulho do caminho que trilhou para merecer seu final feliz; ela tinha a mulher perfeita pra ela e nunca, nem mesmo em seus sonhos mais loucos depois de perder o pai, imaginou que poderia ser tão feliz um dia. Felizmente, Quinn não passaria por nada daquilo.

E não importava que sua filha fosse mais velha do que sua irmã mais nova. Que sua irmã tivesse voltado dos mortos e fosse casada com uma ex assassina, e que a outra fosse uma viajante do tempo casada com um clone.

Eles eram uma família grande e feliz. Maior ainda se adicionassem as lendas na mistura. E, principalmente, eram felizes.


Notas Finais


Essa ideia surgiu de uma conversa com a Lunablanca e resolvi escrever pra não deixar vocês sem nada enquanto resolvo o problema do note. O que acharam? Eu achei divertido escrever

Por favor, comentem ❤️❤️❤️ estoy muerta


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