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História Avalanche - Taekook - Melhor presente.


Escrita por: oldsky

Notas do Autor


Vocês estavam esperando capitulo hoje? Kkkkk nem eu estava.

Cenas +18, se não gostam nem leiam.
Aliás eu já deixei avisado para não esperarem bons lemons vindo de mim.

No mais, boa leitura meus anjos ❤

Capítulo 20 - Melhor presente.


Fanfic / Fanfiction Avalanche - Taekook - Melhor presente.




             Jeon Jungkook



— A quanto tempo você está ai, pequena? — Taehyung perguntou afastando minimamente seu corpo do meu. 

— Eu cheguei agora, tio Tae. Lá dentro está um tédio cheio de adultos chatos bebendo aquela coisa que tem gosto de refrigerante de maçã e falando sobre várias coisas chatas. — ditou se aproximando de nós dois. 

— Você tomou champanhe Rawoon? — perguntei assustado. 

— Tomei, me desculpa. — pediu. — Eu pensei que fosse refrigerante de maçã, porque parece. Mas aquela bebida é horrível! 

— Sua mãe sabe disso? 

— Não, ela deixou Yijun e eu na mesa com os vovôs para ir ao banheiro. — deu de ombros.

— Rawoon, você não pode tomar qualquer coisa que você vê pela frente. — o único ômega ali entre nós falou, agora se afastando de vez do meu corpo e pegando a alfa no colo. 

— Eu sei disso agora. — sorriu sapeca arrancando uma risada do ômega. Rawoon estava no colo de Taehyung e eu acabei por envolver meus braços na cintura do ômega que estava des costas para mim. — Ah tios, eu ouvi os vovôs falando sobre uma viagem no final da semana que vem, para um rancho deles em algum lugar. Pelo visto nós todos iremos, segundo eles, é pra conhecer melhor os novos membros da família. 

Interessante. A família tinha um rancho em Busan, era o local em que eu costumava passar as férias quando era criança. Já faz um tempo que não vou até lá. 

— E você estava ouvindo a conversa dos outros? — falei prendendo a risada.

— Eu tenho ouvidos, se estão falando perto de mim não tem como não ouvir. — revirou os olhos. 

— Ela tem um ponto, Jungkook. — Tae riu. 

— Mas mesmo assim, você não pode sair espalhando as coisas que não te competem senhorita Rawoon. 

— Competem? — franziu o cenho. — Eu preciso estar em uma competição para isso? 

— Não meu amor, o que o tio Jungkook quis dizer com isso, é que você não pode sair por aí dizendo coisas que não são da sua conta. — explicou.

— É da minha conta sim, não sou eu quem vai organizar a viagem mas eu também vou e estou envolvida nela. — revirou os olhos. As vezes me questionou se ela realmente tem só seis anos. — Aliás, aquelas mulheres lá dentro estão fazendo a mesma coisa e os homens não ficam de fora. — intercalou o olhar entre Tae e eu. — Agora mesmo quando eu estava saindo eu ouvido um deles dizer ao Wonwoo que o tio Tae é bonito demais para estar com você. Você acredita nisso tio Jungkook? Aquele idiota tava achando o que? Vamos lá dentro dar uma lição nele, eu te ajudo. 

— Quem disse isso? 

— Aquele idiota do Yugyeom. 

Ouvir aquilo fez meu sangue ferver. Eu estou acostumado a ver vários olhares com segundas intenções serem direcionados a Taehyung e o de Yugyeom é o que mais me incomoda desde que ele tentou forçar Taehyung a atendê-lo no restaurante. Uma vontade inteiramente minha era de poder quebrar a cara daquele idiota, mas fazer isso não iria levar a nada, se eu conheço bem o Kim, só pioraria a situação. 

— Vocês não precisam fazer isso. Aquele alfa é um idiota total, mas não merece o tempo precioso de dois alfas maravilhosamente lindos. — Tae deu de ombros. 

— Uau tio Jungkook, o Tae é caidinho por você. — riu. — Esse bobão sempre que tem alguma coisa que lembra você por perto, começa a falar um monte de baboseira como se você fosse a melhor pessoa do mundo que convenhamos, você não é. 

Nossa. 

— E você me entrega assim, do Nada? — riu sem graça. — Pensei que fossemos amigos ein, pequena. 

— Ah tio Tae, nós somos melhores amigos, mas eu não podia perder a oportunidade. 

— Além do mais, eu já sabia que você era caidinho por mim. — disse convencido. 

— Talvez o penhasco da Barbie seja mais apropriado para se referir aos sentimentos do Tae por você, tio Jungkook. 

Taehyung franziu o cenho e eu gargalhei. Ela estava falando de um desenho da Barbie, onde existia um penhasco infinito, onde o que caía ali, continuaria a cair para sempre. 

— Vocês dois, ein. 

— Desculpa amor. — selei sua bochecha. Não era como se eu precisasse de fato me desculpar. 

— E o meu beijinho, tio Jungkook? — a alfa falou, cruzando os braços ao que um bico se instalava em seus lábios. Sorri e selei a bochecha dela, que sorriu satisfeita. — Agora tudo está certinho. 

— Vocês estão aqui fora, sem mim? — dei um pulo pelo susto da voz repentina. Yijun tinha os bracinhos cruzados e os olhinhos cheio de água. Eu não o tinha visto chegar, e pelo visto Rawoon e Tae também não. 

— Oh meu pequeno, por que você não veio com sua irmã? — perguntei abaixando-me a altura do ômega e o erguendo, aconchegando-o em meus braços. Senti um leve frio por me desvencilhar de Tae. 

— Eu não queria vir naquela hora, mas a Rawoon estava demorando. — fungou sem deixar as lagrimas cair. 

— Agora você está aqui. — deitei a cabeça do ômega em meu ombro. — Cadê a sua mãe? 

— Ela está ali na sala, olhando nós dois. — falou fazendo eu levar meu olhar para a porta de vidro que tinha a sala. Sooyoung sorriu quando nossos olhares se encontrou. Ela odiava estar ali tanto quanto eu. 

— Tae. — chamei meu marido que ouvia o que Rawoon falava atentamente. A alfa estava literalmente tagarelando, por isso meu marido não ouviu. — Amor. — chamei novamente, agora um pouco mais alto e conseguindo sua atenção. — Você quer entrar? 

— Pode ir amor, a Rawoon quer me mostrar as flores favoritas dela aqui no jardim. — eu assenti. 

— Eu posso ficar também? — Yijun perguntou. Olhei para Taehyung esperando uma resposta e com um sorriso no rosto, o ômega estendeu o braço para pegar a mão de Yijun, este que desceu do meu colo e ficou em pé ao lado de Taehyung, que colocou Rawoon no chão também. 

Eu observei os três caminharem para sei lá onde Rawoon estava guiando e depois, pus-me a caminhar para dentro da sala. Sentei-me ao lado da minha irmã quando meu caminho terminou. 

— Eles estão ficando muito grudados ao Taehyung, ele é a primeira pessoa depois de você e eu que eles ficam grudados assim. — comentou. 

Era uma verdade. Desde pequenos, Rawoon e Yijun foram muito grudados em mim e Joy. Quando os três se mudaram, doeu em mim ter que deixá-los ir, mas eu fiz de tudo para continuar tendo o máximo de contato possível com os três, por isso sempre que podia ia para lá ou minha irmã vinha me ver, mas todos os dias nos falávamos por video chamada. Por isso, mesmo com tudo isso eu consegui acompanhar o crescimento dos meus pequenos. Bogum era um ótimo pai, mas as crianças não eram tão ligadas a ele como quanto eram com Joy e agora vendo eles se apegarem tanto a Taehyung, aquele meu coração. Eles não estão sofrendo com a separação dos pais e parecem bem felizes com a nova vida que estão levando. Minha irmã também parece estar bem e até tem sorriso mais do que o normal ultimamente, os três estavam felizes e eu sabia que isso não era devido somente a mim. 

— Sim, eu percebi isso quando os dois começaram a chorar quando somente eu fui buscar eles na escola com você. — Ri acompanhado de Sooyoung. 

— Eles não vão desgrudar de Taehyung tão cedo agora que estão ali fora com ele. Ficaram o caminho todo até aqui reclamando que não viemos juntos e quando chegamos aqui, ficaram reclamando que vocês estavam demorando muito e depois, porque vocês dois não podiam dar muita atenção para eles. — suspirou. — Foi uma noite complicada. 

— É, qualquer festa nessa casa é complicada. — suspirei. — Essas regras de etiqueta, até para as crianças. — revirei os olhos. 

— Sua família, meu amigo, o jeito é sentar e aceitar. — riu. 

— Um pé no saco. — crispei os lábios e me recostei no encosto do sofá confortável. Tinham vários sofás naquela imensa sala, eu achava totalmente desnecessário e uma perda de espaço, mas a casa não era minha de qualquer forma. 

— A vovó parece ter gostado bastante do Taehyung, ela estava falando sobre ele com o vovô quando eu voltei do banheiro e até me perguntou algumas coisas sobre ele. — contou, se recostando no encosto do sofá, cruzando as pernas e os braços. Se Sooyoung não fosse minha irmã e eu não amasse tanto Taehyung, eu com toda certeza daria em cima dela. Ela é simplesmente perfeita, sexy, elegante e fofa. Um pacote muito único. 

— Qual das vovós? 

— Micha. Ela perguntou em qual faculdade ele estava e depois o vovô falou alguma coisa com ela que eu não entendi muito bem. A opinião deles importa alguma coisa para vocês?

— Não. — disse simples e convicto. — Não vai mudar nada no meu relacionamento com Tae e realmente não é importante, nós dois sempre fomos deixados de lado por eles e quem vai assumir a empresa deles não somos nós. 

— De qualquer forma, eles ainda querem estudar cada um deles e eu sequer entendo porque. 

— Eles são muito confusos, Joy. Eu nem tenho importância na vida deles, por que Taehyung teria? — perguntei. 

— Eu também não sei, mas vamos levar em consideração o dinheiro. 

Franzi o cenho. 

— Dinheiro? 

— Sim, tudo que eles fazem é pensando em dinheiro. 

— Ah, é verdade. — ri. — Eles pensarem assim é a única proteção que o Taehyung tem, eu sei que é algo ruim ser ganancioso desse jeito, mas no momento eu me sinto grato. 

— Eu não te julgo irmãozinho, eu também estaria grata no seu lugar. — curvou seus lábios em um sorriso. — Taehyung é especial demais. 

Concordei. O ômega andava de um lado para o outro, sendo acompanhado pelas crianças que pareciam estar adorando toda aquela atenção que estavam recebendo de bom grado. Eles eram o meus bens mais preciosos. 

— Você já pensou em ter filhos, Jungkook? — ouvi minha irmã perguntar. Eu ri em um suspiro, sem realmente achar graça. 

— Ultimamente, tudo o que eu consigo imaginar é em meu ômega carregando o nosso próprio filho. — falei. — Sabe, Yoongi e Jimin tem a Jiyoon, daqui a pouco a pequena Najin nasce e eu estou desconfiado de que o Hobi também esteja grávido, meus amigos todos são e serão pais em pouco tempo e mesmo eu já estando casado, eu não sei quando poderei desfrutar desse meu sonho. Eu quero muito ser pai, Joy. 

— Taehyung também quer, da para ver nos olhos dele quando ele olha para as crianças. Mas além de ver a vontade dele, eu vejo o medo. Ele sabe que não é a hora certa para isso. E na verdade, é o mesmo que eu vejo em você.

— É, eu sei que não é a hora certa para isso. 

— Hora certa para que? — meu avô que estava acompanhado da minha avó perguntou, fazendo novamente eu pular pelo susto, arrancando uma risada da minha irmã. 

— Todo mundo resolveu me assustar agora? — suspirei levando a mão ao peito. Qualquer hora é hora para um dramazinho.

— Não nos ouviu chegar, garoto? — foi a vez da minha vó. 

— Não, desculpa. 

— Tudo bem. — a mais velha sentou-se no sofá próximo ao nosso. — Onde está o seu marido, Jungkook? 

— Ele está lá fora sendo arrastado por Rawoon e Yijun. — dei de ombros, no momento os três não estavam no meu campo de visão. 

— Não está muito frio para as crianças estarem lá fora, Sooyoung? — meu avô perguntou, seu tom parecendo... terno? 

— Não acho que esteja frio a esse ponto, além do mais é bom para eles desenvolverem a imunidade deles e não faz tanto tempo que estão lá fora. — deu de ombros. 

— Certo. — o mais velho sorriu se sentando ao lado da esposa. — Jungkook, o que o seu irmão falou lá dentro sobre você e o Kim Taehyung talvez não serem um casal, é verdade? 

Eu iria responder, entretanto fui interrompido pelos meus outros avós entrando na sala, sentando-se ao lado de Sooyoung atraindo a atenção de todos ali. 

— Do que vocês estão falando? — Hangyul, meu outro avô falou. 

— Sobre Jungkook e Taehyung ser ou não ser um casal. — meu avô deu de ombros e voltou a me encarar. 

— O que você acha, vô? 

Jeon Goeun e Jeon Micha eram meus avós, pais do meu pai, já Jeon Hangyul e Jeon Jina são meus avós pais da minha mãe. Por uma ironia engraçada do destino, minha mãe e meu pai compartilhavam o mesmo sobrenome mesmo antes do casamento, por isso o nome Jeon era tão forte. 

— Bom, vocês dois parecem bem íntimos. Mas eu realmente quero ouvir da sua boca, Jungkook. Não os conheço o suficiente para saber se vocês são ou não um casal. 

— Vocês dois se casaram por causa de um contrato, Jungkook, é de se esperar que vocês não tenham uma relação estável ou de um casal. — Jina disse. 

— Não precisa ter vergonha de falar que vocês dois não tem uma relação só porque seus irmãos estão noivos de pessoas que eles amam. — Hangyul completou. 

Eu não consegui segurar a risada de deboche. Não gostava de agir de forma desrespeitosa na frente dos meus avós ou pais, mas naquele momento simplesmente não deu. 

— Eu sinceramente acho que, se você está com alguém que você ama naturalmente você não dará em cima de outra pessoa, que foi exatamente o que Wonwoo e Junghyun fizeram lá dentro. — falei sem alterar em nada minha voz. 

— Tenha mais respeito com seus irmãos mais velhos, Jeon Jungkook. — Jina soou brava. 

— Olha vó, meus irmãos nunca me respeitaram ou algo parecido. Respeito para mim tem que ser mutuo, se eu não recebo então não tenho motivos para respeitá-los. — me levantei. — Eu não sou obrigado a ficar ouvindo toda essa baboseira, se me derem licença eu estou indo embora. — ditei por fim. 

— Garoto, olha como você fala com sua avó! 

— Deixe o garoto, Hangyul. Ele não a destratou, somente disse a verdade. — Goeun falou. — Pode ir Jungkook, mas no final da semana que vem quero você e o Taehyung lá no rancho da família, para passar o final de semana conosco. Negar não é uma opção. 

— Tudo bem vô. — suspirei. — Você vai ficar, noona? 

— Vou ficar para dormir, maninho. Pode ir e aproveite bem o resto do seu aniversário! — falou e mandou-me um beijo no ar, que eu peguei e fingi guardá-lo no meu peito. Pus-me a caminhar ao encontro de Taehyung que estava do lado de fora já fazia um bom tempo. 

— Que aniversário, Sooyoung? 

— Ué vó, hoje o Jungkook completa vinte e dois anos se você não sabe. 

Ignorei-os. Não era como se eu esperasse que eles se lembrassem de algo relacionado a mim. 

— Tae? — chamei o ômega. Não o estava vendo. 

— Oi amor. — sua voz veio do lado contrário para o qual eu estava olhando. Sorri quando me aproximei mais do ômega. Rawoon e Yijun se encontravam dormindo no colo de Taehyung, que estava sentado no sofá externo da casa. Me apressei em pegar um deles no colo. 

— Vamos nos despedir e ir embora, sim? — falei ajeitando Rawoon em meu colo. O ômega assentiu se levantando com Yijun. 

Pedi a Taehyung que me acompanhasse até o andar de cima, para colocar as crianças na cama e Sooyoung já estava lá no quarto arrumando a cama para eles. Colocamos as crianças lá e nos despedimos dos três, segurei a mão de Taehyung e juntos descemos as escadas encontrando meus avós na sala, que Tae aproveitou para se despedir deles. 

— Estou louquinho para ir embora. — comentei caminhando para o salão de festas para me despedir dos meus pais. 

— Eu sei amor, ta escrito na sua testa isso. — riu e nós entramos novamente no salão de festas, este que estava cheio de ricos em pé com uma taça na mão, rindo e perdendo a "classe". 

Procurei meus pais com os olhos, não falhando em encontrá-los em um canto conversando com Junghyun e Irene. Nos aproximamos deles e eu chamei-lhes a atenção. 

— Oh, Jungkook, estava esperando você voltar para dentro! — fora Junghyun que falou. Seu sorriso era de alguém que estava tramando algo. — Vi algumas fotos da sua casa no catálogo que a mamãe guardou de quando ela a comprou. 

— E o que eu tenho haver com isso?

— É uma casa muito bonita. E eu estava conversando com a mamãe sobre eu ficar com ela e passar o apartamento para Wonwoo, sabe, para morarmos perto. — senti Tae apertar a minha mão. Eu já estava preparado para aquele momento. 

— Tá, e daí, Junghyun? 

— E daí que ela deixou, parece que vamos morar juntos até você achar outro lugar para morar. — riu. Irene e meus pais observavam tudo calados. 

— Vocês tem várias residências aqui na cidade, por que dar para eles o lugar que eu morava? — perguntei encarando meus pais. 

— Como assim por que? Foi comprado com o nosso dinheiro Jungkook, nós fazemos o que quiser já que somos os donos. — falou minha mãe. — Se seu irmão quer aquela casa, então ele vai ficar com aquela casa. — Junghyun riu. Felizmente eu não ia me deixar abalar. Eu sabia que isso iria acontecer e foi exatamente por isso que eu acelerei a nossa mudança. 

— Que seja. — enfiei a mão no bolso do paletó retirando de lá a chave da casa. — Faça bom proveito da casa, Junghyun. — sorri. — Não se preocupe porque não vamos morar juntos, Taehyung e eu já não moramos mais lá. 

Falei e vi os olhares dos meus pais e irmão confusos. Tae e eu nos despedimos dos quatro e logo, já estávamos no carro. Suspirei aliviado. 

— Você estava certo, amor. — meu ômega comentou ligando o carro e passando a dirigir. — Como você sabia? 

— Meus irmãos querem tudo o que é meu, Taehyung. Mesmo eles sempre tendo mais do que eu. 

— Você viveu na mesma casa que eles até quando, amor? 

— Hum, acho que até meus 13 anos. Eles foram embora cedo. 

— Deve ter sido um inferno aguentar aqueles idiotas. Me desculpa amor, mas eu realmente não gostei deles. 

Eu ri. 

— Na verdade eu fico feliz que você não tenha gostado deles amor, mantenha distância daqueles dois idiotas. E do Mingyu também. 

— O noivo do Wonwoo, né? Ele não pareceu ter gostado muito de mim. — riu. — De qualquer forma isso não importa, o que importa é que temos quatro horas para aproveitar o resto do seu aniversário. — sorriu animado. 

— Amor, a festinha que vocês fizeram na hora do almoço já está de bom tamanho. Eu adorei, foi o meu melhor aniversário. — sorri. 

— Então eu vou fazer do seu primeiro aniversário ao meu lado, inesquecível. — sorriu e parou o carro. — Olha para o lado direito amor. 

O ômega pediu, eu confuso fiz. Quando eu olhei para o lado, a primeira coisa que eu vi naquele prédio de cinco andares, encosto por um jardim imenso e cheio de grama foi as letras douradas coladas naquele azulejo negro e brilhoso - apesar da noite, o brilho era bem visível -. Estava escrito JK Paisagismo e Arquitetura. Eu estava ainda mais confuso. Taehyung saiu do carro e abriu a porta para que eu pudesse sair também, sem desgrudar os olhos daquele prédio eu tirei o cinto e desci do carro, que Taehyung prontamente trancou. O ômega me cutucou chamando minha atenção e ergueu uma caixinha preta com um laço prateado, eu peguei, alternando o olhar totalmente confuso entre o ômega e a pequena caixa. Calmamente eu abri a caixa, dentro dela tinha uma chave com o chaveiro do homem de ferro, meu super herói favorito. Eu ainda não estava entendendo nada. 

— Amor, o que significa isso? — perguntei segurando a chave em uma mão e a caixinha em outra. 

— Lembra que eu te perguntei como você queria que sua empresa se chamasse? — perguntou e eu assenti. — Você disse que queria que ela se chamasse JK Paisagismo e Arquitetura. E aqui está ela, fisicamente. — apontou para o prédio. — Eu te perguntei várias coisas no último dia, todas elas relacionadas a como você queria que sua empresa fosse na parte física e você respondeu a todas as minhas perguntas com um brilho tão lindo nos olhos, que só me fez ter mais certeza ainda de que esse era o presente perfeito para você. — sorriu. Senti meus olhos se encherem de água. — Você me disse em detalhes o como você queria que sua empresa fosse e eu fiz de tudo para atender os seus requisitos, espero que esteja ao seu agrado. 

— Taehyung...— minhas lágrimas já caiam sem permissão. Meu coração estava batendo mais forte. 

— Nos últimos meses você tem acompanhado bastante Minhwan a suas saídas e tem conhecido bastante empresários bem sucedidos, eu sei que você não gosta desse tipo de eventos e a verdade é que Minhwan também não, mas você sempre o acompanhou de bom grado. Acontece que Minhwan só ia a essas festas para apresentar você a seus amigos empresários e te dar influência para conseguir se dar bem nessa indústria. Você já tem fornecedores e pessoas que te apóiam e que disseram te ajudar no que precisar, sua empresa já está registrada e você pode colocar ela para funcionar quando você quiser, meu amor. — segurou meu rosto, limpando as lágrimas que não paravam de cair. — Eu sei que você sempre se sentiu sem apoio para conseguir fazer seu sonho dar certo, mas eu queria que você soubesse que agora você tem não só a mim, mas a Minhwan também, por isso não exitamos em fazer isso acontecer. Eu te amo, Jeon Jungkook, e farei qualquer coisa para ver você feliz. 

Eu não sabia o que dizer, só conseguia chorar. Abracei Taehyung, apertando-o em meus braços e molhando a roupa do ômega com minhas lágrimas. Eu sei que ele sabia que eu estava me sentindo extremamente feliz por causa da marca. Era o meu sonho desde criança ter uma empresa dedicada a principalmente ao paisagismo e estava ali na minha frente, melhor do que eu algum dia imaginei. 

— Obrigado, meu amor. — deixei um beijo na cabeça do ômega — Desde que você entrou na minha vida, tudo mudou Taehyung. Você conseguiu transformar tudo o que era ruim em algo bom. Por Deus, Taehyung, eu nunca me imaginei amando alguém assim! — funguei. — Poxa amor, você se moveu para realizar o meu sonho. Isso é tão importante para mim, meu Deus Taehyung! Muito obrigado! Você e o Minhwan, meu Deus! Vocês dois fizeram por mim e Sooyoung coisas que nossa família nunca faria. Você tem noção do quão bom você é para mim Taehyung? Ah amor, você, você... meu Deus Taehyung! 

Eu não conseguia me expressar direito, eu estava sem palavras e só conseguia chorar. Poxa, era meu sonho virando realidade ali. Taehyung não tinha a obrigação de me ajudar nele, muito menos Minhwan. Mas mesmo assim, eles o fizeram e meu Deus, aquele prédio estava muito lindo. 

— Eu fico muito feliz que você tenha gostado amor, mas você não viu lá dentro ainda. — mais uma vez, secou minhas lágrimas e só agora eu percebi que o ômega também tinha chorado. — Vem, vamos conhecer a parte de dentro. 

E então o ômega me puxou até a porta de vidro, que era automática depois de destrancada. O térreo não tinha muita coisa, eu percebi depois que as luzes foram acesas. Tinham alguns sofás de couro preto acompanhados de algumas mesinhas de centro, mais a frente tinha um balcão de madeira escrito recepção com as letras prateadas. Logo a frente tinha os elevadores e depois, o banheiro com uma porta de uma madeira muito bonita, escrito masculino em um e feminino em outro. Era simplesmente lindo e as portas de vidro de dia, daria uma luz natural incrível. Taehyung trancou a porta e me levou até os próximos andares, cada um seria para um setor diferente da empresa sendo o último meu escritório e uma sala de reuniões particular. Todos os andares eram muito iluminados e com muito vidro, em uma organização moderna, do jeitinho que eu sempre sonhei. Em cada andar tinham mesas individuais separadas, cada uma com um computador, abajur e alguns enfeites florais falsos; além de sala de reuniões. No primeiro andar, além disso tinha um refeitório médio e muito bonito, para os funcionários. Era tudo muito espaçoso e confortável. 

Meu escritório era bem grande e confortável, minha mesa era bem grande e a tela do meu computador também. A mesa de madeira acompanhada de uma cadeira de couro preto, combinou bastante. Tinha dois sofás acompanhado de uma mesa de centro e uma poltrona mais para o meio do escritório, atrás da minha mesa eu conseguia ver as luzes da cidade e era uma vista linda. Fiquei surpreso de que até o banheiro no escritório tinha. 

— Ah Tae, tá tudo tão perfeito! — falei me sentando no sofá ali do escritório, puxando o ômega para sentar ao meu lado. Nós andamos por toda a empresa e foi um pouco cansativo apesar de extremamente satisfatório. — Você lembrou de cada mínimo detalhe, amor. 

— Eu estava nervoso com medo de você não gostar de nada. — riu. Agora eu já não chorava mais, fiquei tão animado conhecendo o prédio ao lado de Taehyung que as lágrimas deram lugar a um sorriso enorme e depois, a uma expressão de pura felicidade. 

— Tudo que você faz sempre fica perfeito, amor. — passei os braços envolta da cintura do ômega selando seus lábios. 

— Não precisa exagerar, amor. — riu. — Mas eu estou realmente feliz por você ter gostado! 

— Não tinha nem como eu não gostar amor, você não tinha obrigação nenhuma de fazer isso. 

— Eu queria te ajudar a começar, Jungkook. Te dar um empurrãozinho, sabe? Você parecia tão desmotivado por não ter o apoio da sua família e eu me sentia triste por isso, queria mudar isso. O que você vai conquistar com essa empresa é todo mérito seu, e eu sei que você vai dar duro nela. — sorriu. 

— Obrigado, amor. Você me faz o homem mais feliz do mundo, mesmo se eu não conseguisse realizar meu sonho estaria tudo bem porque eu tenho você, meu amor. Não importa a situação ou momento, se eu tiver você eu tenho tudo, Kim Taehyung. — vi seus lábios curvarem em um lindo sorriso e matando a minha vontade que surgiu do nada, puxei-o para um beijo calmo. Beijo este que eu tentei passar por ele, todos os sentimentos que eu tinha pelo ômega. Porque sim, eu o amo como nunca amei ninguém e ele se tornou alguém que não pode faltar em momento algum da minha vida, ele é quem faz tudo melhorar e é ele e somente com ele que eu quero viver até meu último suspiro. 

A mão de Taehyung fora para o meu rosto enquanto a minha desabotoava calmamente os botões de sua camisa; senti os dentes de Taehyung prenderem meu lábio inferior entre o beijo ao que eu prendia seu mamilo esquerdo em meu indicador e polegar. Eu não tinha a intenção de parar e sei que o ômega também não. Não desgrudei minha boca da dele quando o puxei para o meu colo, nem mesmo quando terminei de desabotoar sua camisa retirando-a junto ao paletó, entretanto, a falta de ar se fez presente fazendo nós dois momentaneamente dar um fim naquele beijo. Taehyung encostou sua testa na minha, grudando seus olhos no meu. Em uma ação natural da parte dele, sua língua molhou seus lábios enquanto seu peito subia e descia. As vezes eu pensava que ele fazia isso somente para me provocar, mas no fim, eu sabia que era uma mania dele. Era uma visão extremamente sexy e só piorava com ele sem camisa daquele jeito. Taehyung me ajudou a tirar o paletó e quando partiu para a calça e terminou de tirá-la, seu olhar mudou e um sorriso brotou no canto dos seus lábios. O mesmo olhar de sempre, mas que me acertava diferente em todas as vezes. Vi o ômega tirar minha cueca lentamente e jogá-la em um canto qualquer; sua mão fora até meu pênis e depois de massagear o mesmo sem pressa alguma sob o meu olhar de expectativa, ele o guiou até sua boca e sem muitas delongas engoliu meu pênis arrancando-me um suspiro satisfeito. Haviam muitas coisas das quais Taehyung fazia com perfeição e que ele era realmente bom, mas se eu fosse colocar todas elas em um ranking, a forma que ele sobe e desce sua boca em meu pau parando somente para me provocar com sua língua em minha glande com toda certeza estaria em terceiro lugar - ainda tinham duas coisas que ele fazia melhor do que isso -. Não iria demorar para eu gozar e eu gostava de fazer isso dentro do ômega, então me apressei em pará-lo e puxá-lo para cima, deitando-o nome sofá e retirando sua calça juntamente de sua cueca antes de me posicionar em cima dele. 

— Você sempre faz um ótimo trabalho com essa boquinha pecaminosa amor, mas agora é minha vez. — levei três de meus dedos até sua boca para que ele pudesse chupar e assim ele o fez. 

Mesmo não sendo necessário pela lubrificação natural do ômega, eu gostava de ver a forma que ele engolia meus dedos como se fosse a melhor coisa do mundo; gosto de ver seus olhos grudados nos meus de forma penetrante enquanto seu músculo molhava meus dedos. Era extraordinariamente excitante. Meus lábios foram até a clavícula do ômega deixando vários beijos molhados e estalados ali, quando já não achava mais necessário troquei meus dedos na boca de Tae pela minha própria boca, iniciando um beijo ardente pelo presente fogo. Levei meus dedos até sua entrada acrescentando os três de uma vez, vendo o ômega morder meu lábio inferior prendendo um gemido. Meus dedos entravam e saiam de seu interior em um vai e vem lento, minha boca desgrudava da do ômega somente quando a falta de ar batia e eu aproveitava para chupar seu mamilo com gosto, eu sabia que estava levando o ômega a algo parecido com a loucura fazendo aquilo. Quando minha boca voltou a grudar a sua de forma afoita, eu aproveitei para tirar meus dedos de seu interior e prontamente introduzir meu pênis, somente para ver o ômega desgrudar nossos lábios novamente, arqueando a cabeça para trás ao que um gemido consideravelmente alto saia de seus lábios e suas mãos iam para a gola da camisa que eu não havia tirado, apertando ali. Eu tinha ido direto para sua próstata. Não demorei nem um segundo para sair e entrar novamente, dessa vez em uma estocada mais intensa que a anterior, e por assim adianta até meus movimentos se tornarem incessantes e rápidos. Meus lábios e os de Taehyung dançavam de forma totalmente desengonçada e eu sentia o tremor quando o ômega não poupava esforços para gemer meu nome. 

— A-ah amor, eu não vou demorar muito. — o ômega disse parando o beijo, sua respiração estava descompassado e seu peito subia e descia do mesmo jeito. Eu sabia que não estava diferente do ômega.

— Pode vir, amor. Vamos vir juntos. — meu ápice estava mais próximo do que eu imaginava e Tae não estava nenhum pouco diferente. Guiei meus lábios até seu pescoço, em cima da marca para ser mais exato, deixando beijos molhados ali. O corpo de Taehyung estremeceu e depois de meu nome sair de sua boca em um grito, nós dois acabamos por gozar juntos não demorando para formar um nó no interior do ômega. Nossas respirações estavam anormais e nossos corpos todos suados, o escritório cheirava a sexo e a única coisa que eu conseguia prestar atenção quando o nó se desfez e eu já não estava mais no interior de Taehyung, era o quão lindo ele ficava no pós sexo. Apesar de ser um ômega deslumbrante de qualquer forma, vê-lo no pós sexo era algo que somente eu tinha o prazer de desfrutar. Simplesmente perfeito.

— Te machuquei amor? — perguntei, selando sua bochecha. Nossas respirações já estavam normais. 

— Não amor, você é sempre perfeito. — sorriu. — Jungkook?

— Hum?

— Feliz aniversário meu amor. — juntou mais uma vez nossos lábios, em um beijo cheio de sentimentos. 

Se ele soubesse o quanto ele fez daquele dia um dos mais especiais da minha vida.

Esse foi definitivamente o meu melhor aniversário. 

— Vamos amor, levante e se vista para irmos embora. — falei me levantando e pegando minha cueca e calça do chão, colocando-as e ajeitando a minha camisa e por cima o paletó. Taehyung não moveu um dedo sequer e continuou deitado naquele sofá, com os olhos fechados. Estava quase dormindo. Sorri, agora pouco estava todo sexy e agora já está todo fofinho. — Tae? 

— Hum? 

— Vamos amor. — falei me aproximando e o puxando para levantar. Ele sempre dormia depois desses nossos momentos mais íntimos e eu nunca deixaria de achar fofo. — Você descansa em casa, okay? 

O ômega assentiu e com minha ajuda, se vestiu. Depois que limpamos tudo - eu praticamente arrumei tudo sozinho - apaguei todas as luzes da empresa que, sim, eu podia chamar de minha e caminhando com um Taehyung sonolento ao meu lado, tranquei a porta e ajudei Taehyung a entrar no carro. Entrei do outro lado e logo já estava dirigindo de volta para casa. 

Meu dia havia sido bem cheio. No almoço eu comi várias coisas das quais eu realmente gostava e comemorei meu aniversário ao lado de pessoas extremamente importantes para mim, minha noite na casa de meus pais não foram tão boa assim mas só de ver a cara do meu irmão e dos meus pais quando eu entreguei a chave da antiga casa para Junghyun, já valeu muito a pena - eu já era grande o suficiente para saber que meus pais não gostavam de mim como gostava dos meus irmãos e eu estava me afastando deles justamente por isso, e isso estava me fazendo muito bem -. Por fim, Taehyung me levou para conhecer o prédio onde eu daria início ao meu sonho. Como o ômega disse, o que eu vou conseguir com aquela empresa será por mérito meu e se meu ômega e meu avô se puseram a me ajudar a realizar meu sonho, eu farei de tudo para dar certo. 

Quando entramos em casa, eu arrastei Taehyung para o banheiro e junto dele eu tomei um banho, sem molhar nossos cabelos. Quando terminei de ajudar o ômega a se vestir - ele ficava extremamente fofo e manhosinho quando estava com sono e eu adorava isso -, dei-lhe o anticoncepcional e o coloquei na cama. Depois disso eu voltei para o banheiro para agora me vestir e quando saí de lá Taehyung estava apagado debaixo das cobertas. Eu ri e apaguei a luz me deitando ao lado do ômega que se aconchegou em meus braços. 

Não demorou muito para que eu também dormisse, no calor da pessoa mais preciosa desse mundo. 

Por Deus, eu amo demais Kim Taehyung. 




Notas Finais


E ai, quem esta animada para o final de semana com a família Jeon? Kkkkkk
Eu disse que essa era uma das minhas partes favoritas da fanfic, porque é a parte onde o sonho do JK começa a andar com o apoio da família dele (lembrando que não precisa ter o mesmo sangue para serem da mesma família ou considerar família)

Desculpem os erros. Até o próximo e obrigada por chegarem até aqui ❤


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