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História Avalon: O Sol e a Lua - Série Sutherland - Capítulo Dez.


Escrita por: ClaraF

Notas do Autor


Hey, perdoe-me a demora! Estive muito ocupada durante esse tempo todo, estou escrevendo outra história (que na verdade é uma fanfic de K-Pop.), mas isso não significa que irei abandonar vocês, estou apenas com um tempo curto demais. Espero que entendam.


Boa leitura!

Capítulo 15 - Capítulo Dez.


Lá estava eu. Nervosa, angustiada, impaciente. O clã de Elbio estava ganhando apenas por um ponto na competição. Estávamos já no final da disputa de lançamento de toras, apenas mais um lançamento do clã de Mael e ficaria decidido se eu me casaria com Elbio ou a disputa se prolongaria para as justas.


O homem mais forte e grande que já vi se preparou para pegar o tronco grande e espesso do chão. Não se ouvia nem o som de um bater de borboletas, o mundo parecia ter desacelerado e eu sentia as batidas ritmadas do meu coração. Olhei para Elbio que estava sorrindo, contando com a vitória já, ao seu lado estava Mael, que aparentava estar nervoso.


O grande homem pegou a tora com suas enormes e rústicas mãos, a levantou e correu até onde era permitido e lançou a tora como se fosse um simples graveto.


Prendi minha respiração assim como todos daquele local e observei a tora cair de pé no chão após o seu enorme trajeto, alguns segundos depois ela tombou e caiu no chão com tudo.


Levantei da cadeira para ver melhor a distância em que ela estava da marcação da outra jogada. O juiz foi correndo até o local​ e averiguou o resultado.


— UM PONTO PARA O CLÃ MCLAUGHLIN!


Os homens de Niall gritaram comemorando o empate e Mael sorriu piscando pra mim. Ri para ele ficando vermelha assim que coloquei meus olhos em Elbio, que estava quase explodindo no lugar.


Os guerreiros se separaram e os preparativos para as justas começaram a aparecer. Mael se retirou junto com seu pai, os dois foram para a tenda improvisada que tinham montado no pátio, discutir estratégias de batalha provavelmente. Elbio se aproximou apressado e com raiva assim que minha família se retirou e eu fui ver os cavalos.


Senti suas mãos puxando meus ombros com força e fitei seus olhos negros de raiva, suas narinas inspiravam o ar com força, sua testa estava enrugada, seu maxilar tenso assim como a sua boca, espremida em uma linha reta.


— Aquele juiz roubou! Trapaceiro de uma figa! — o aperto ficou maior e eu soltei um gemido sofrido.


— Tenho certeza que não foi isso, meu senhor.


— Não tem como!


Ele gritou comigo e eu tremi da cabeça aos pés. Coloquei minhas mãos sobre as suas tentando me livrar um pouco do aperto.


— Está… machucando…


Seus olhos se arregalaram e suas mãos me soltaram por um instante, ele me abraçou nervoso e passou as mãos em meus cabelos, pedindo desculpas. Me afastei um pouco e pedi licença, estava com medo daquela atitude de Elbio. Fui atrás de Maeve, com essa coisa de casamento tinha me esquecido de minha amiga. A encontrei sentada num banco sozinha, bordando algo em um pequeno tecido branco. Sentei-me ao seu lado e sorri para ela, ela tinha um dos bordados mais lindos que já vi. Apesar da mesma idade que eu, já era ótima nessa atividade.


— Que lindo! É uma rosa?


— Sim, sim! São as minhas preferidas, você sabe… tão românticas e belas.


Ela sorriu timidamente olhando para Erwin, meu irmão, e logo voltou a bordar a rosa. Uma ideia me passou pela cabeça e eu sorri maliciosa comigo mesma. Empurrei Maeve no chão e ela caiu próximo a uma poça de lama.


Saí correndo atrás de Erwin, que estava conversando com um dos jovens guerreiros do clã Corrigan, mais precisamente, clã de Lorde Tristán.


— Erwin! Erwin! Maeve precisa de sua ajuda! — gritei correndo em sua direção, olhei pra trás e Maeve ainda sentada no chão e tentava se limpar do pouco barro que caiu em seu vestido.


Erwin correu até ela e a ajudou. Sorri para os dois, eles eram tão lindos juntos! Me distraí observando os dois e apenas despertei quando senti as mãos gorduchas de Candy em meus ombros, me chamando para o torneio.


Andei calmamente para o meu lugar, ao lado de meus irmãos e meus pais. Observei uma multidão de pessoas se organizando nos largos bancos de madeira. Mael estava terminando de se arrumar em sua tenda e Elbio já estava na pista de batalha ao lado de um cavalo gigante de pelagem negra, apenas com as patas traseiras pintadas de branco. Era um Shire enorme até para sua raça.



Mael saiu de sua tenda, indo em direção aos estábulos, provavelmente para buscar seu cavalo de guerra. Sua cota de malha cobria apenas até o início do pescoço, deixando sua cabeça protegida apenas por um elmo com uma pequena parcela de malha de ferro, que cobria quase todo seu rosto, deixando apenas sua boca desprotegida. Nas pernas ele vestia uma calça de cota de malha com couro e seus cabelos estavam presos para trás com uma fita de couro.


Elbio estava um pouco diferente, seu elmo cobria seu rosto completamente, deixando apenas uns buraquinhos para respiração e visão. Ele tinha o peitoral coberto por uma carapaça de couro, na mão esquerda tinha uma luva sem dedos e suas pernas estavam apertadas em uma malha de ferro fina e justa, por cima de uma espécie de bermuda de pano.


Olhei para Elbio durante uns instantes e senti a aproximação do juiz. Ele deu o anúncio de que a pista estava pronta. Observei a pista separada por uma pequena cerca de madeira. O cheiro de terra molhada invadiu as minhas narinas, assim como o cheiro de fezes de cavalo, que não me incomodava tanto. Como de tradição, os meninos subiram em seus cavalos e rodearam a pista, se mostrando para a plateia urrante. Elbio em seu Shire negro e Mael em seu Clydesdale marrom, os dois ficavam enormes em cima de seus animais. Mael, mais atrevido, lançou um beijo em minha direção. Ruborizei instantaneamente e Elbio apenas revirou os olhos me mandando um sorriso de canto.


A corneta tocou novamente e os jovens foram para as suas posições. Prendi a respiração quando vi seus assistentes ajustarem seus escudos, ambos de madeira com uma faixa de metal circulando-os, em seguida vi as lanças esguias de madeira e com a pontas achatadas. A de Mael estava com um lenço vermelho na metade e a de Elbio com um azul. Senti a plateia prendendo a respiração no momento em que eles se ajustaram na posição de ataque, estávamos todos tensos. O ar lotado de uma nuvem de ansiedade fazia o pré-combate ficar ainda mais acirrado.


E foi então que a corneta tocou.



Notas Finais


NÃO ME MATEM POR TER TERMINADO AQUI O CAPÍTULO! Amo vocês!


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