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História Avalon: O Sol e a Lua - Série Sutherland - Capítulo Vinte e Quatro


Escrita por: ClaraF

Notas do Autor


VOLTEI HAHA! Como estou escrevendo os últimos capítulos da história, vou começar a postar dois capítulos por semana. Aproveitem!

Capítulo 29 - Capítulo Vinte e Quatro


Todos riram da história de Gmilin, eu ri um pouco, apesar de não entender muito sobre os nomes dos deuses que ele havia falado.

 

— Você pode me explicar depois sobre esses deuses que ele falou? — Pedi em um sussurro para Swend ao meu lado e ele me encarou curioso.

 

— Você não conhece os Deuses? — O loiro sussurrou de volta, surpreso.

 

— Não esses Deuses… — Murmurei um pouco arrependida de ter pedido isso para ele, Swend nunca mais me deixaria em paz com esse assunto.

 

Olhei para o lado oposto de onde Swend estava e logo senti uma mão quente e calejada em cima da minha. Virei meu olhar para a direção de Swend e ele agora tinha um olhar de compaixão em seus olhos marrons brilhantes.

 

— Não fique assim… Você pode me perguntar o que você quiser sobre qualquer coisa que tiver dúvida, tudo bem? — Sua voz morna alcançou o meu ouvido e meu corpo se aqueceu a partir da junção da minha mão com a dele, chegando até o meu coração.

 

Nós sorrimos um para o outro e voltamos a comer e beber as coisas que eram servidas. De repente, no meio do salão de danças, um casal parou de dançar e o homem se ajoelhou, ele tirou uma caixinha do meio das roupas e a moça colocou as mãos no rosto, parecendo emocionada.

 

Todos pararam o que estavam fazendo para apreciar a cena, a moça, aparentemente, aceitou o pedido do rapaz e todos gritaram felizes com o que havia acabado de acontecer. A música voltou a tocar e todos começaram a dançar novamente, só que dessa vez pareciam mais alegres, talvez alguns já estivessem bêbados e, pela primeira vez em muito tempo, eu me senti genuinamente feliz.

 

[...]

 

Mais tarde naquela noite, enquanto eu estava deitada em uma cama improvisada que Hans tinha mandado fazerem para mim, que por acaso não era nem um pouco confortável, pois a madeira da cama tinha algumas farpas que não foram lixadas e o “colchão” era simplesmente um monte de palha dura e seca, sem qualquer tipo de cobertura por cima; eu olhei para fora pela janela e logo em seguida ouvi um sussurro.

 

— Ei… Ta acordada? — Era Swend, em sua cama que aos meus olhos parecia muito macia e confortável.

 

— Estou sim… — Murmurei de volta para ele.

 

Sua cabeça se virou para mim e nós ficamos nos encarando no escuro do quarto, que era apenas iluminado pela luz da lua lá fora. Swend se afastou um pouco e deixou um grande espaço na sua frente, depois deu algumas batidinhas no colchão e sorriu.

 

— Sei que o meu irmão quer fazer de tudo para que você se sinta desconfortável, mas pode deitar aqui. Prometo que não vou encostar em você, eu viro até para o outro lado. É que eu não estou conseguindo dormir com o barulho de você se mexendo a noite inteira…

 

Revirei os olhos e cogitei sobre a oferta, olhei para a cama dele bastante convidativa e olhei para o seu rosto novamente, ele parecia realmente sério com a questão de não encostar em mim e, por isso, eu aceitei a oferta. Saí rapidamente da minha cama e fui para a dele, me enfiei embaixo das cobertas e deitei na cama quentinha e macia com um suspiro escapando dos meus lábios.

 

— Eu sei, gosto bastante dela também… — Swend sussurrou ao meu lado.

 

Swend, se você encostar em mim, considere-se um homem morto.

 

— Boa noite para você também, Avalon. — Ouvi ele dizer ao meu lado sorrindo.

 

Me acomodei mais na cama e encostei minhas costas nas costas de Swend, ouvi sua respiração se acalmando e logo a minha consciência se foi também.

 

[...]

 

Dias se passaram desde a festa e da nossa chegada às terras de Hans, eu me sentia inquieta, algo dentro de mim parecia querer se libertar e eu sentia que precisava entrar em contato com os elementais novamente.

 

— Ei… — Chamei Swend enquanto tomávamos o café da manhã e ele me olhou com a boca cheia com um pedaço de pão. — Eu preciso colher algumas ervas medicinais na floresta, posso ir? — Sussurrei e ele engoliu o pão.

 

— Pode, eu irei com você.

 

Droga… Eu preciso fazer os meus rituais…

 

Se acalme, criança. Ele é bem-vindo.

 

Ouvi uma voz feminina calma e branda sussurrar ao meu ouvido e relaxei um pouco. Sorri para Swend e voltei a comer.

 

Mais tarde, eu já estava pronta, com uma cesta que tinha um punhal, um copo de madeira e um frasco com um pouco de vinho que eu peguei na cozinha, peguei um pedaço do feltro com o fungo touchwood e um potinho com um pouco de urina, parecia nojento, mas aparentemente, você poderia fazer fogo com isso, de acordo como o que Swend disse. Foi uma luta para conseguir isso, já que eu tive que explicar que na verdade eu precisava me encontrar com os meus Deuses e isso fez com que ele tivesse mais vontade de me acompanhar.

 

— Já está pronta? — E falando nele…

 

— Sim, estou.

 

Ele sorriu para mim e puxou minha mão, correndo para fora do casarão. Do lado de fora, estavam parados dois cavalos de pelagem amarronzada já com cela e tudo em cima deles. Swend me ajudou a subir no cavalo, mesmo eu falando que conseguia fazer isso sozinha, e logo em seguida subiu no seu.

 

— Me acompanhe, vou te levar num lugar secreto…

 

E assim que ele terminou de falar, disparou com o seu cavalo, revirei os olhos e fiz o meu cavalo seguir o dele na mesma velocidade. 

 

— Olha só, ela sabe não cair! — Gritou ele, rindo.

 

— Você vai ver só o que eu sei fazer! — Gritei de volta e consegui fazer com que o meu cavalo corresse mais que o dele por alguns instantes e o esperei um pouco a frente do caminho.

 

Ele chegou ao meu lado rindo, com os cabelos bagunçados por causa do vento e eu ri também. O final do percurso foi tranquilo, andamos calmamente até o lugar secreto que Swend havia me prometido.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Comentem aí o que acharam!


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