História Avatar: A lenda de Tain - Livro 2: Modernização Capítulo 8: A dobradora de terra Alloy

Nossa viajem continuava, mas agora com uma nova companheira. Passávamos por cima de uma cadeia de montanhas, o que indicava que ainda estávamos perto da base da terra, também havíamos saído de lá em só algumas horas. Enquanto eu guiava o bisão, estava dando para escutar a conversa de Krono e Alloy que  estavam apenas falando coisas sem sentido, mas Krono fez uma pergunta que me interessou:

Krono: Qual é a sua história de vida Alloy:

Alloy: Como assim?

Krono: Tipo eu, eu sou um dobrador de água que já viajou pelo mundo uma vez, Tain é um dobrador de ar que teve dificuldades em aprender a dobra de ar, mas se tornou o avatar e você?

Alloy: Antes de eu ser levada para a base da terra eu morava em um orfanato, não me lembro dos meus pais e nem de amigos.

Krono: Eu sinto muito...

Diz Krono com uma voz desanimada, mas então Alloy se oferece a contar a história da vida dela, coisa que não tinha acontecido comigo enquanto estávamos na base da terra.

Alloy: Não se preocupe, eu não me importo com esses detalhes, mas talvez você queira saber a minha história!

Krono: Eu gosto de histórias!

E então Alloy começa a nos contar sobre como ela foi parar na base da terra e ter se tornado essa mulher musculosa.

Alloy: Há dez anos atrás eu ainda morava em um orfanato que ficava em uma vila não muito longe da base da terra. Algumas vezes por ano uns caras da base da terra vinham e levavam alguns órfãos para treinar na base da terra, mas nunca levavam mulheres. Eu estava interessada em ir para lá e sempre pedia para eles me levarem, mas eles nunca aceitavam.

Krono: E foi aí que você começou a treinar a dobra de terra sozinha?

Alloy: Eu nunca havia pensado nisso. No orfanato eu era excluída das meninas por parecer um pouco máscula e os meninos sempre me zoavam por ser feia. Certo dia eles mexeram tanto comigo que eu fiquei muito nervosa, eles não paravam ficavam sempre me chamando de macho fêmea, então eu usei a dobra de terra e acabei com eles!

No final ela acabou se empolgando com a própria história dela, nem parecia que ela estava contando uma história triste, e então Krono a elogiou:

Krono: Você acabou com eles não foi?

Alloy: Eram três meninos, e com a minha dobra de terra eu mandei os três longe! As mulheres que cuidavam de nós ficaram muito assustadas e depois disso todos ficaram com mais medo de mim, eu fiquei mais excluída ainda.

A cada parte da história dela ela mudava o seu tom de voz, ela contava muito bem as histórias dela.

Alloy: E em um dia, eu estava treinando a dobra de terra, mas não conseguia e então um homem já adulto apareceu e começou a me fazer perguntas: Primeiro ele perguntou o meu nome e eu disse a ele, depois ele perguntou quantos anos eu tinha e na época era doze, a terceira pergunta foi se eu gostava daquele lugar e eu disse que odiava. Sem me responder nada ele me falou que eu estava fazendo errado e então me mostrou como eu devia ficar para conseguir dobrar a terra, e eu consegui depois de poucos minutos.

Krono: Quem era esse cara?

Alloy: Era Uuk. Tenho certeza que as mulheres do orfanato ligaram para a base da terra pedindo para que me levassem, naquela época Uuk era apenas um dos capitães de lá e ficou responsável por mim, ele é meu mestre, devo tudo que eu tenho a ele.

Krono: Você fez amigos lá na base da terra, os caras não te achavam estranha nem nada?

Alloy: No começo foi difícil, eu apenas conversava com Uuk ás vezes, mas então eu fui melhorando a minha dobra, fui ganhando e então eles começaram a me respeitar. Fiz muitos amigos naquele lugar, os mais velhos me tratavam como uma irmãzinha, até fizeram uma festa de aniversário para mim no meu primeiro ano lá. Durante esses seis anos conheci vários rapazes que se interessaram por mim também, mas não me apaixonei por nenhum.

Krono: Um cara se apaixonar por você? Estranho.

Alloy: Você está brincando comigo não está?

Eu só podia ouvir a conversa, mas senti que Krono estava sendo intimidado por Alloy. Mas ele disfarçadamente se livra da situação.

Krono: Claro que não, só achei estranho que em um lugar de treinamento vocês pudessem ter esse tipo de relação.

Alloy: Ah claro, fazíamos isso tudo escondido.

Krono: Minha nossa...

Um de nós estava dormindo e não escutou a conversa de Alloy e Krono, era Sue que estava tranquilamente cochilando lá atrás, mas então ela acorda.

Krono: Ah você acordou! Alloy estava contando a história dela.

Sue: História? Depois ela me conta!

Krono: Sabia que Alloy já ficou com vários caras mesmo ela sendo, como posso dizer, ela!

Alloy: Eu ouvi isso tá!

Krono: Claro, você está do meu lado.

Ela me faz uma pergunta meio hilária:

Alloy: Avatar, esse seu amigo, ele é sempre assim?

Tain: O tempo todo, se acostume por favor!

Com o despertar de Sue uma conversa muito alta se inicia, estávamos prestes a sair da cadeia de montanhas o que indicava que teríamos que virar e passar em cima do mar e finalmente chegar à cidade república.

Tain: Dá pra vocês fazerem silêncio por favor eu estou tentando me concentrar.

Sue: Não esquenta não Alloy, ele sempre é chato desse jeito!

(Em algum lugar distante)

-O avatar treinou na base da terra? Isso é perigoso, não podemos deixar que ele aprenda a dobra de fogo!

-Ele provavelmente está indo para a cidade república agora, senhor.

-Fale com **** mande ele atrasar o avatar, devemos manda-lo para longe da nação do fogo.

-Sim senhor!

(CONTINUA)