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História Avatar Korra e o Mestre da dobra de Ar - Ensinando o Avatar


Escrita por: ViletheMandalorian

Notas do Autor


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Capítulo 8 - Ensinando o Avatar


Fanfic / Fanfiction Avatar Korra e o Mestre da dobra de Ar - Ensinando o Avatar

Fly Pov

Já faz um mês e meio desde que os Igualitários nos expulsaram. No entanto, cerca de uma semana atrás, fomos capazes de retomar a ilha. Foi bom estar de volta, mas não pude deixar de me sentir culpado por danificar o pátio. Mestre Tenzin disse que estava tudo bem, considerando o motivo que me levou a fazer aquilo. Ainda sim. Passei todos os dias da semana passada tentando limpá-lo e concertar os estragos que causei. Bolin, Asami e as crianças me ajudaram. É bom estar fazendo algo 'normal'. Tudo o que posso dizer sobre o progresso é que está parecendo bom. Trago meu balde de água atual para dentro para me livrar dele. Uma vez que termino de despejar a água suja, saio para a sala principal apenas para ser recebido por Mestre Tenzin e Korra.

Fly: Uh. Oi Mestre Tenzin. O senhor precisa de alguma coisa? Acabei de terminar o pátio, por hoje pelo mesnos. -Eu disse olhando para eles. 

Mestre Tenzin apenas balança a cabeça para mim. Todos os dias ele tenta me dizer que eu não preciso fazer isso e eu sempre respondo que preciso concertar o que estraguei.

Tenzin: *Suspiro Eu te disse que você não precisa se preocupar com isso Fly. -Ele disse me olhando um pouco confuso.

Viu? Mais uma vez ele diz isso. Estou quase terminando, então por que eu deveria parar agora?

Fly: Eu insisto que devo concertar Mestre. De qualquer forma. Vocês precisam de alguma coisa? -Eu perguntei. Korra sorriu brilhantemente. Santa Tartaruga. Já é hora?

Korra: Eu terminei meu treino com Tenzin...

Ela estava esperando que eu terminasse com o pátio né? Suspirei. Sim, é hora de começar o treino.

Fly: Me deixa adivinhar. Você quer começar a treinar comigo? -Eu perguntei levantando uma sobrancelha. 

Ela sorriu largamente e acenou com a cabeça,

Korra: DING DING DING!!! Temos um vencedor! Ela respondeu em um tom de voz sarcástico.

Eu apenas ri antes de olhar para ela.

Fly: Quando você deseja começar então jovem aprendiz? -Perguntei sorrindo para ela. Isso será interessante.

Korra: O mais rápido possível, claro! -Ela disse parecendo animada. Eu ri mais uma vez. Muito bem.

Fly: Muito bem... Começamos amanhã, encontre-me na área que você e Mestre Tenzin estavam usando amanhã às 6h. Estarei acordado antes disso, mas isso é só porque eu gosto de ver o sol nascer. -Eu disse sorrindo levemente. Eu adoro assistir. É lindo e calmante e me lembra... Deixa pra lá.

Korra: Eu vou acompanhá-lo então! Você pode explicar algumas coisas enquanto assistimos. -Ela respondeu. Eu olho para ela com desconfiança. Claro que ela vai acordar tão cedo.

Fly: Os sol nasce às 4:30, você sabe... -Eu disse parecendo um pouco cauteloso. 

Estou acostumado a acordar tão cedo, pois aproveitei cada minuto de luz do dia que pude para continuar aprendendo com Mestre Carapaça. Ela apenas sorriu.

Korra: Ok, então. 4:30 é. Embora eu só possa fazer isso uma vez. -Ela disse coçando a nuca. Soltei uma pequena risada. Ela vai detestar acordar tão cedo.

Fly: É justo. Bem, eu vou checar as crianças. -Eu disse. 

Eu estava prestes a sair até que ouvi Korra falar mais uma vez.

Korra: Você realmente se importa com eles, né? Eu diria que você é como um irmão mais velho pra eles. -Ela disse sorrindo levemente.

Fiz uma pausa por um momento. Eu nunca considerei isso... quer dizer... me sinto responsável por eles por algum motivo. Eu ajudo a cuidar deles quando eles estão doentes, brinco com eles e até ensino a eles o que aprendi com Mestre Carapaça sobre dobra de Ar e eles ate me ensinaram a fazer um Patinete Aéreo. Hum... acho que acabei por me apegar a eles...

Fly: Eu... Eu nunca pensei nisso... Talvez eu seja de certa forma... Eu me sinto responsável pelo bem-estar deles por algum motivo, acho que passei a ver os três como meus irmãos mais novos. -Eu disse um pouco mais baixo do que antes. 

É verdade desde que os conheci que sinto que é meu trabalho cuidar deles e ser um irmão mais velho pra eles assim como Sun e Rock foram pra mim. Ela sorriu. Tenzin falou.

Tenzin: Eu fico feliz que você os veja assim Fly e tenho certeza que eles já lhe consideram um membro da nossa familia.

Fly: Eu... Bem... Obrigado Mestre Tenzin... - Eu sorri e eles devolveram um sorriso suave.

Saí e vi Ikki, Meelo e Jinora brincando de pega-pega um com o outro. Bom, eles estavam praticamente correndo por todo lugar, subindo em paredes e dando saltos de quase 3 metros. Ao me verem eles pararam e correram até mim antes de pegarem minhas mãos e me puxarem pra algum lugar.

Meelo: Vem Fly!

Ikki: Anda, anda, rápido! A gente quer te mostrar uma coisa!

Confuso com isso eu os segui enquanto eles me puxavam então resolvi perguntar.

Fly: Pra onde vamos?

Jinora: É uma surpresa.

Jinora então amarra uma faixa no meu rosto pra que eu não pudesse espiar pra onde eles me levavam. Após andarmos um pouco eles me soltam enquanto dão risos felizes, eu apenas levanto a sobrancelha confuso me perguntando o que eles estavam aprontando dessa vez.

Ikki: Estenda as mãos. -Eu ouço ela falar bem na minha frente.

Fazendo o que ele disse eu estendo as mãos abertas e sinto algo ser colocado sobre elas, era algo largo e parecia ser feito de madeira, agora me pergunto o que é.

Meelo: Já pode olhar.

Jinora então desamarra faixa para que eu pudesse ver, eu abro meus olhos e percebo que estamos na aréa onde ficam os portões giratórios. Olhando o objeto em minhas mãos eu vejo um bastão de madeira muito familiar, era igual aos planadores que eles usavam. Eu especionei o bastão e percebi o kanji de Tartaruga gravado nele, um pensamento então correu pela minha cabeça. Eu olhei para as crianças e elas me olhavam com expectativa. Eu então pergunto surpreso.

Fly: É-é pra mim?

Meelo: Claro que é.

Ikki: A gente que fez.

Jinora: Queriamos dar um presente pra você desde que salvou a Ikki, então começamos a fazer o planador, mas devido as coisas que aconteceram a gente demorou um pouco pra terminar.

Eles então me olharam com olhos curiosos e preocupados.

Ikki: Você gostou?

Eu olhei pra eles dando um sorriso feliz e agradecido enquanto lagrímas se formavam em meus olhos.

Fly: Eu adorei!

Caminhei até os três e os dei um abraço de urso e eles logo devolveram.

Fly: Obrigado crianças, significa muito pra mim.

Eu os soltei e dei um sorriso a eles e abri o planador laranja enquanto os dava um sorriso animado.

Fly: Quem quer me ensinar a voar de planador?

Os três logo se animaram ao ouvir isso enquanto pulavam de alegria e gritavam alto pra ver quem me ensinaria.

ENQUANTO ISSO

Tribo da Água do Sul

Shadow Pov

Maldita Tríade. Atrasaram minha viagem várias vezes. Talvez eu mate todos eles. Hum. Levei um maldito mês para chegar aqui. Esta foi a sua última localização conhecida. Eu vejo uma pequena... Tribo. Selvagens, me dão nojo. Olho em volta e vejo algumas crianças praticando sua dobra. Enquanto continuo andando, recebi alguns olhares estranhos, mas ninguém disse uma palavra. Então vi um homem que reconheci. Unalaq. Ele era... Bem menos então respeitável. Eu sabia que ele me diria o que eu precisava saber.

Shadow: Com licença. Você viu esse homem? -Eu perguntei entregando a Unalaq a foto.

Ele olha por um momento. Ele então ganha um olhar de suspeita. Não que eu o culpe. Alguém poderia facilmente me confundir com um Igualitário.

Unalaq: Quem quer saber? -Ele perguntou com um pouco de veneno em sua voz. 

Eu sorrio sob minha máscara. Mal sabe ele que eu o quero morto.

Shadow: A Rainha da Terra me contratou para recuperá-lo ou matá-lo se ele resistir. -Eu disse simplesmente. 

Ele ri. Ele iria querer que ele morresse se eu estiver certo sobre ele ser um ex-membro da Lotus Vermelho. Ordem natural e tudo.

Unalaq: Bem, você está cerca de uma semana atrasado. Ele saiu com o Avatar. -Ele respondeu. 

Inferno. Ele é aliado do Avatar. Isso pode ser mais difícil do que eu esperava. Ah bem. Se eu falhar, eles simplesmente enviarão mais e mais deles.

Shadow: Onde ele foi? -Eu perguntei. 

Ele sorriu sombriamente. Aposto que ele o quer morto. Amável.

Unalaq: Cidade República. -Ele afirmou simplesmente. 

Eu balancei a cabeça e sorri sob minha máscara. Essa foi fácil.

Shadow: Obrigado, gentil senhor. Assim que terminar, lhe enviarei uma bolsa. -Eu disse.

Essas são as regras. Se eu conseguir ajuda, envio uma pequena porção de dinheiro para eles. Honra entre assassinos, suponho. Eu me virei para sair até que ele falou novamente.

Unalaq: Mate-o na frente do Avatar. Vai enfraquecer a determinação dela.- Ele disse sombriamente. 

Senti alguma energia espiritual escura nele. Ele fez um amigo interessante. Nada mal para um dobrador de sangue feroz.

Shadow: Eu posso tentar. Vai te custar seu salário. -Eu respondi. 

Ele apenas sorriu. Eu balancei a cabeça e saí para voltar para o barco. Esta vai ser uma luta muito divertida... Talvez eu os faça sofrer.

TIMESKIP

Fly Pov

Acordei às 4:20 da manhã. Levantei-me, me vesti, peguei meu novo planador, tomei um copo d'agua, saí e sentei-me nos degraus. Ouço passos atrás de mim. Eu olho para ver Korra que parece bastante cansada. Eu apenas sorri e dei um tapinha no local ao meu lado. Ela se sentou. Nós não falamos. Eu queria que ela apreciasse o que estava acontecendo diante de nós. 

Não muito tempo depois que ela se sentou, o sol começou a aparecer no horizonte. Seus tons suaves de amarelo e laranja lentamente começaram a pintar a cidade adormecida da república com suas luzes ondulantes. Embora houvesse algumas pequenas áreas que ainda estavam escuras, isso apenas aumentava a beleza complexa da cena diante de nós. Foi bonito. Eu olho para Korra que está observando o nascer do sol atentamente. Ela parece estar gostando. Durante a próxima hora, ficamos sentados em silêncio apreciando a bela cena diante de nós. Eu então me levantei e ela fez o mesmo.

Fly: Vamos começar então. -Eu disse olhando para ela.

Ela apenas sorri e acena com a cabeça enquanto nos dirigimos para a área de treinamento. Ela parece estar pronta para um treino. Para sua surpresa, no entanto, apenas me sento. Ela me olha confusa, mas se sentou na minha frente.

Fly: Antes de começarmos, preciso definir regras básicas e discutir qual é o treino e o que faremos. -Eu disse em um tom de voz normal. 

Ela apenas assentiu e sorriu. 

Fly: Primeiro, concentração, pra fazer o que eu faço e aprender a dobra da Força você precisa se concentrar. Caso contrário você pode machucar a si mesma e aqueles que ama.

Ela acena.

Fly: Segundo, se você ficar frustrada, vamos parar e fazer uma pausa. Não precisamos de um acidente com esse tipo de poder. 

Ela acena com a cabeça novamente.

Fly: Terceiro, tenha paciência pois aprender a dobra da Força requer que você seja paciente.

Ela pareceu se desaminar com isso, me lembrei agora que a Korra é tudo menos paciente, isso vai ser um problema.

Fly: Por último. Não precisa me chamar de Mestre, eu ainda tenho um longo caminho a precorrer para poder ter esse titulo. E além disso somos amigos, não somos?

Ela acena com a cabeça novamente.

Fly: Alguma pergunta antes de começar?

Ela pensa e depois fala.

Korra: Você vai me ensinar seu estilo de luta também? -Eu concordo.

Ela sorri com a ideia.

Korra: Isso! -Ela adiciona animada. 

Bom agora. Como eu explico isso. Eu penso por um momento e então decido continuar com minha comparação original.

Fly: Bem... Você sabe que o que alimenta a dobra de fogo é o folego, correto? 

Ela acena.

Fly: A dobra da Força é semelhante a isso. Assim como a dobra do metal é uma sub-dobra da Terra, a dobra da Força é uma sub-dobra do Ar.

Ela acena ficando mais curiosa.

Fly: A dobra da Força em si é nada mais do que uma extensão da dobra do Ar, ela funciona da mesma forma que a dobra de metal. Assim como se domina os pequenos fragmentos de Terra no metal, a dobra da Força domina Ar que existe nos outros elementos, nas pessoas, nos objetos e em tudo que existe.

Ela acena prestando atenção.

Fly: A Força esta em todo lugar, ela nos cerca e penetra e nos conecta com o mundo.

Korra: Conecta com o mundo?

Fly: Sim, a dobra da Força nos conecta as coisas ao nosso redor, é dessa forma que eu sinto a energia dos outros.

Ela acena para dizer que entendeu.

Fly: A dobra da Força pode ser movida pelas emoções, da mesma forma que a dobra de Fogo pode ser movida pelo odio e a raiva. Mas cuidado com as emoções negativas, elas podem te levar ao Lado Sombrio da dobra.

Korra levanta uma sobrancelha para isso.

Korra: Lado Sombrio?

Fly: Exato, como as duas faces de Yin e Yang, bem e mal, Lado Sombrio e Lado Claro.

Korra: O que cada um deles faz?

Fly: O Lado Claro representa Yang, ele é movido por emoções positivas como alegria e amor. O Ladro Sombrio representa Yin, ele é movido por emoções negativas como raiva e ódio. Um equilibra o outro.

Eu então dou a ela um olhar sério.

Fly: Mas cuidado com o Lado Sombrio, pois raiva, medo, ódio e agressão do lado Sombrio da dobra estão. Fácil por você ele flui, rápido a você se junta numa luta, se o Lado Sombrio for você para sempre ele dominara o seu destino e acabar com você ele irá antes que perceba.

Korra: O Lado Sombrio é mais forte?

Fly: Não, pois até mesmo as sombras mais escuras se rendem a luz do Lado Claro, assim como o bem vence o mal.

Korra: E como vou diferenciar o bem do mal?

Eu sorrio com isso.

Fly: Você vai saber, afinal é o Avatar. Quando estiver calma e em paz você saberá.

Ela sorri e eu continuo a explicar.

Fly: A dobra da força deve ser usada apenas para defesa e nunca para o ataque.

Korra: Os meus sentimentos pelos outros também influenciam?

Fly: Claro que sim. Eles podem te levar ao lado Claro assim como ao lado Sombrio.

Korra: Você ja caiu no lado Sombrio?

Eu aceno para ela com a cebeça. 

Fly: Sim Korra, o lado Sombrio muda você e te torna outra pessoa, meu momento foi quando meu povo e minha familia foram mortos. Mudou minha vida e perspectivas, como você pode imaginar. -Terminei um pouco solene.

Ainda dói falar sobre isso. 

Fly: Há momentos que marcam sua vida. Momentos em que você percebe que nada nunca mais será o mesmo e o tempo é dividido em duas partes - antes deste momento e depois deste momento. -Eu terminei.

Ela parecia surpresa, mas sorriu. Acho que explica melhor o que quero dizer.

Fly: Diga-me. Que momentos como esse você já teve em sua vida? E se você disser 'Conhecer o Mako' eu vou te dar um cascudo. -Eu digo brincando no final.

Ela ri e começa a pensar. Ela fica sentada lá por um bom tempo.

Korra: A primeira vez que entrei no Estado Avatar. Naquele momento me senti conectada a tudo e sabia que era o Avatar e poderia fazer grandes coisas. Fiquei feliz em saber o que poderia fazer naquele dia. -Ela terminou com um sorriso. 

O olhar em seus olhos me diz que esse é o momento em que ela precisa se concentrar.

Fly: Então, concentre-se naquele momento. Isso alimentará suas 'faíscas', por assim dizer. -Terminei. Ela acena.

Ela acena com a cabeça e eu começo. Eu coloco uma palma da mão para cima na minha frente. Ela faz o mesmo. Eu coloco o outro no meu coração. Ela faz o mesmo. Fecho os olhos e começo a respirar profundamente. Ela segue o exemplo. Quase imediatamente uma brisa sopra pelo lugar. Eu digo a ela para fechar os olhos e se concentrar. Eu olho fixamente para a mão dela no caso de algo acontecer. Ela fica assim por uma boa hora. Não nos movemos nem falamos. 

Nós mal nos movemos e, além do pássaro ocasional, não há ruídos além da nossa respiração. Eu então vejo. Uma brisa diferente da minha começa a soprar mas bem fraca. Eu sorrio um pouco enquanto a pequena brisa continua. Coloco minha mãos no meu colo e espero ela abrir os olhos. Ela abre os olhos e olha. Não é muito, mas está lá. Ela sorri brilhantemente ao ver que ela tinha feito isso e olha para mim. Eu aceno e ela para. Eu me levantei e ela fez o mesmo. Caminhei até uma caixa. Eu abro e jogo para ela o que parece ser uma bola de borracha azul. Ela parece confusa.

Fly: Você não achou que eu ia apenas dizer: 'Ok, agora levite coisas e vamos começar', não é? -Eu perguntei com um sorriso. 

Ela cora ligeiramente e vira a cabeça. Eu apenas ri e peguei uma bola cinza. Eu ando até o meio de onde estávamos 

Fly: Agora eu quero que você observe e faça como eu fiz. Tá bom?

Ela acena e então jogo as duas bolas a uma certa distancia.

Fly: Para aprender a usar a dobra da Força, eu quero que você faça a bola vir até você dominando o ar dentro e ao redor dela.

Ela me olha confusa.

Fly: Deste jeito.

Eu estico o braço para frente e me concentro a bola cinza então se mexe e Korra fica de olhos arregalados, eu então uso o Puxão da Força e a bola vem voando velozmente em direção a palma da minha mão. Korra então fica de queixo caido enquanto me olha incrédula.

Eu me viro para ela apenas para vê-la de olhos arregalados e sorrindo. Eu coro um pouco e coço a parte de trás do meu pescoço.

Fly: Bom... O que você acha? -Eu perguntei um pouco timidamente.

Ela apenas continua sorrindo para mim.

Korra: Isso foi muito impressionante Fly. Parece que foi difícil de dominar. -Ela diz ainda sorrindo. 

Ela não está errada. É dificil mas sei que ela consegue.

Fly: Tive anos de treinamento e prática com Mestre Carapaça. Embora a maestria não seja necessária, ela ajuda. Agora. Quero que você entre na posição em que eu estava antes de começar.

Ela balança a cabeça e continua a fazer o que eu digo.

Estava errado. Seus pés estavam muito afastados e apontavam para a frente. Suas mãos estavam quase certas, mas ela parecia meio travada. Seus cotovelos também estão muito baixos. Eu suspiro e caminho e começo a ajustar sua postura eu mesmo.

Pov Korra

Eu ouço Fly suspirar enquanto tomo minha posição. Acho que está um pouco errado. Em vez de me dizer o que corrigir, no entanto, eu olho para vê-lo andando até mim. Ele gentilmente pega e guia minha mão para que fique mais reta. Ele faz o mesmo com meus cotovelos para levantá-los um pouco. Ele então gentilmente toca minhas costas para endireitá-las levemente. Ele dá um passo para trás e olha para os meus pés. Neste momento estou corando ligeiramente. 

Nenhum cara além do Mako me tocou dessa maneira. Foi estranho. Apesar de sua imagem e natureza estóica, ele me tratou como uma boneca de vidro ou uma taça de vinho. Ele acena para si mesmo e se agacha na minha frente. Ele então gentilmente pega cada pé para guiá-los na posição correta. Ele se levanta e volta para onde estava. Eu ainda tinha um tom de vermelho no meu rosto.

Fly: Pronto. Assim é melhor. Se você tivesse puxado a bola você teria se machucado gravemente. -Ele diz como se nada tivesse acontecido.

Era assim que eles faziam em seu clã? Acho que é mais rápido.

Korra: O-obrigado. N-não queremos isso agora, não é?

Por que eu gaguejei? Idiota. Ótimo agora ele parece estar se sentindo mal. Bom trabalho cérebro bom trabalho.

Fly Pov

Acho que a deixei desconfortável. Eu suspiro. Não era isso que eu queria, é o jeito que aprendi.

Fly: Desculpe por isso... Não era minha intenção te deixar desconfortável. É só mais rápido assim. -Eu digo soando genuinamente arrependido.

Korra: Não, tudo bem. Eu só não estava esperando por isso. -Ela diz com um sorriso. 

Eu aceno e sorrio.

Fly: Tudo bem, uma coisa para se lembrar sobre isso enquanto você puxa a bola não pense demais no que está fazendo. Se você fizer isso, vai acabar com o nariz arrebentado como eu fiz no meu primeiro dia de treino.

Ela abafa uma risada, mas permanece na posição.

 Fly: Assim como quando você dobra a água. Flua com o movimento. 

Agora estou tentando ver se ela quebra a compostura. Ela quase faz, mas ainda permanece na posição.

Fly: Agora não é nada como dobrar o fogo, isso seria muito picante. -

Ela está tão perto de explodir.

Fly: E não pode ser lento como a Terra, está muito perto do solo.

Ela finalmente perde o controle e uiva de tanto rir. Eu me junto a ela logo depois. Após cerca de cinco minutos, paramos e ela volta a assumir sua posição corretamente desta vez.

Fly: Desculpe. Eu só queria ver quanto aguentaria. -Eu digo ainda rindo um pouco.

Korra: Eu tentei tanto. Droga, esses trocadilhos são péssimos. -Ela diz rindo um pouco.

Eu acho que eles eram. Pelo menos eu a fiz rir. Ela tem uma bela... Não, não termine esse pensamento.

Fly: Sério, embora você precise ser fluido e não pensar demais no que está fazendo. Ganhar um nariz quebrado não é divertido. -Eu digo um pouco mais sério. 

Ela acena.

Fly: Agora faça o que eu fiz.

Ela acena com a cabeça mais uma vez. Isso vai ser interessante.

Antes que ela tente eu falo para ela se concentrar. Ela parece ter entendido eu acho. Eu simplesmente a corrijo quando vejo uma falha. Isto é um teste. Eu quero mostrar a ela que só porque parece movimento fácil, não quer dizer que ele seja fácil e que você vai aprender de primeira. Assim que ela entar em pose digo para ela puxar a bola. Eu recuo alguns metros e digo a ela para começar.

TIMESKIP por Fly ver Korra cair de bunda cinquenta vezes para não ser atingida por pegras que ela arracava do chão com a dobra de Terra.

Ela está determinada, esta no caminho certo, a bola se mexe, mas cair de bunda cinquenta vezes, por mais engraçado que seja, é o suficiente. Eu apenas sinalizo para ela parar. Ela faz e eu a tenho sentada ao meu lado. Pego a bola que ela estava usando e me sento. Ela parece exausta e ligeiramente derrotada.

Fly: Tenha em mente que é você aprendeu a dominar o Ar a pouco tempo. -Digo tentando confortá-la. 

Ela suspira e olha para baixo. Ela se saiu melhor do que no meu primeiro dia... Meu pobre nariz, eu não devia ter usado uma pedra naquele dia. Eu afasto o pensamento enquanto ela fala.

Korra: Eu sei... Mas não consegui puxar nada além de pedras com a dobra de Terra. -Ela diz triste.

Eu apenas balanço a cabeça e sorrio. Nunca é simples. Pelo menos a lição ficou do jeito que eu queria.

Fly: Essa é a ideia. Você precisa aceitar que isso não será fácil. Usar a dobra da Força extremamente difícil. O Ar é o elemento da liberdade mas para o Avatar é díficil domina-lo pois ele tem responsabilidades com o mundo. A mente vazia é a chave para conseguir, uma vez que você o faça, você será uma força a ser reconhecida. -Eu disse. Ela olhou para mim com a cabeça inclinada.

Korra: Você sabia que eu ia cair de bunda tanto assim? -Ela questionou.

Sim... Bem, não muito, mas ainda assim. Eu sabia. Pelo menos ela não quebrou o nariz.

Fly: Sim. Bem, não cinquenta ou mais vezes, mas sim. Que melhor maneira de garantir que uma lição seja lembrada do que fazer com que o aluno execute exatamente o que a lição pretende ensinar. -Eu disse sorrindo. 

Ela olha para mim. Acho que ela acabou de descobrir o que eu queria que ela aprendesse. Ela sorriu e riu.

Korra: Tudo bem, então senhor espertinho. O que vem a seguir? -Ela perguntou. Eu sorrio e fico de pé. Eu ofereço minha mão a ela e ela a pega. Eu a ajudo a levantar e começamos de novo.

TIMESKIP

São cerca de 3:00 da tarde agora. Eu decido que é o suficiente para o dia e ela concorda. Sugiro que vamos comer alguma coisa e ela acena com a cabeça e sai correndo. Ela é já tava cansada né? Eu ando até a área de jantar para ver o almoço esperando por nós. Sento-me e começo a comer.

As crianças conversavam animadas contando como me ensinaram a voar de planador. Eu apenas rio e bagunço o cabelo dos três. Eles riem com isso. Volto para minha comida apenas para ver Korra e Pema me encarando. Eu levanto uma sobrancelha e elas apenas riem.

Conhecer as crianças e todos aqui mudou minha vida... e a mim mesmo. Eu era tão solitário e desconfiado quando cheguei. Eles me encontraram e me trataram com nada além de gentileza. Eu comecei a me abrir e me tornar... Um pouco mais feliz... Embora ainda me corroa... Eu penso no que eu disse quando ensinei Korra mais cedo. Agora me pergunto se devo me concentrar em quando todos aqui me confortaram quando finalmente desabei. Quase dez anos seguidos e essas pessoas me ajudaram a começar a me abrir um pouco. Meelo, Ikki e Jinora invocaram em mim algo que eu não achava que pudesse existir. Um aspecto quase paternal da minha personalidade. Eu então decido. Esses novos amigos... Não.. Nova família é meu lugar... Eles são a melhor coisa que me aconteceu em... Um longo tempo...


Notas Finais


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