Aventuras do Acampamento de Verão
Capítulo I: Caverna de Doces
Narrador no Ponto de Vista (PoView)
—Oscar, você conseguiu pegar? —Loba-Espinho pergunta se referindo á bola de futebol no topo da árvore em que o amigo estava.
—Ainda não... —Disse com medo se agarrando na alta árvore. O elefante tenta se equilibrar subindo nos galhos até o que estava o objeto.
—Não se preocupe, eu seguro você se cair! —Howard diz do chão.
—Obrigado, isso me alcama um pouco. —Tomou fôlego, pulou e se agarrou na superfície acima dele, e com a mão livre jogou a bola para a amiga:
—Peguei! —Respondeu com um gesto de polegar levantado e Oscar fez o mesmo, mas ainda com medo.
—Calma, você consegue descer... —Falou para si mesmo. Lentamente começou a descer a árvore até chegar no último galho perto do chão. Howard levanta seus braços para alcança-lo e o levar ao chão. —Obrigado.
—De nada! Tchau!
—Tchau, Howard! —Ambos falaram para o amigo monstro que foi embora. —Vamos voltar a iogar? —A ouriça pergunta mas é interrompida por outra voz mais alta, se revelando onde apareceu de repente em sua vassoura.
—Vocês não vão fazer nada!
—Susie... —Oscar resmunga.
—Bem, eu tenho um trabalho para vocês, bebês!
—É só a gente que faz isso, dá um desconto? —Fez uma carinha fofa para tentar mudar a opinião da outra.
—Não, todo mundo está ajudando, então é justo vocês fazerem também. —Explicou-se, mas isso não tirou o tom maléfico de sua voz.
—'Tá, o que é?
—Hoje á noite vai ter uma festa e preciso que vocês peguem isso. —A gata invoca uma longa lista de itens que chegava ao chão.
—Chocolate-rubi, pirulito-cristal, bala–de–esmeralda... Onde a gente vai conseguir isso? —A outra pergunta enquanto lia.
—Depois da colina tem uma caverna na cabana que vai ter tudo aí. Seis horas, boa sorte. —Desaparesce.
—É sério isso? —O elefante questiona a citada ordem da bruxa.
—Acho que é, mas enfim, quanto mais rápido nós conseguirmos melhor.
Seguiram o rumo pela trilha da floresta cortando caminho para chegar na colina mencionada.
—Nunca ouvi falar desse lugar, tem nada sobre isso no guia do acampamento, nem nos mapas. Não estou com um bom-pressentimento.
—Ei, vai ser legal, talvez o mapa não esteja atualizado, e o castigo do guia também era o antigo, lembra? Já estamos chegando.. eu acho.
Alguns instantes se passaram até eles encontrarem tal cabana que foi dito por Susie. Aceleraram levemente o passo e bateram na porta:
—Com licença, alguém aí?
—Podem entrar. —Um raposo destranca rapidamente a porta e volta até o balcão que estava ao lado da entrada.
O local parecia muito bem arrumado e organizado. Todas as prateleiras estavam em ordem, com vários fracos e potes com doçuras e o revestimento de madeira das paredes estava quase impecável. O vendedor vendo a expressão deles decide falar:
—Como posso lhes ajudar?
—A gente estava procurando uma caverna de doces, eu acho...
—Você veio ao lugar certo! Me sigam! —Os dois obedeceram e o ruivo abriu uma porta de madeira que revelou um corredor até uma sala. Andaram alguns metros e viram outra abertura que levava á tal caverna. —Bem, é aqui que fica nossa mina. Á esquerda estão os buracos de chocolates, á direita as paredes de balas e aquele outro caminho as gomas e o poço de recheio.
—Nossa! —Falaram impressionados.
—Do que vocês precisam?
—Bem... —A garota desenrola a lista e se prepara pra falar mas é interrompida.
—Ah! Já teve esse pedido ano passado, e retrasado... Bem, o meu companheiro irá guiá-los. Frank! —Chamou e uma topeira chega:
—Sim? —Falou limpando os olhos por causa da luminosidade das lâmpadas.
—O anual de sempre.
—Tudo bem! Vamos? —O cinzento se dirige para os dois recém-chegados.
—Você tem certeza disso? —Oscar sussurra para Loba-Espinho.
—Tenho, não se preocupe! —Respondeu e voltaram a caminhar.
Passaram pelo corredor e viera diversas pedras coloridas e trechos brilhantes pelo caminho. Frank pega um carrinho–de–mina o colocando nos trilhos e tornou a falar:
—Aqui tem as pedras doces mais rígidas, também com nomes de pedras preciosas. Já estamos escavando. —Apontou para o armazém ao lado e os dois foram ajudá-lo á as carregar.
—Pesado!
—Você se acostuma. —Terminaram de colocar as quase esferas no carro.
—Ufa! —O elefante quase desmaia ao jogar a última pedra.
—Ainda temos 27 itens na lista e quatro horas para pegá-los, vamos! —A amiga tenta motivá-lo.
—Está bem.
Percorreram os caminhos de trilhos conforme passavam pegaram o que precisavam. Acharam a maioria dos itens marcados nas minas subterrâneas e nos poços dalí.
—Bem, agora só falta um, o nome é... Hmm...
—Que foi, Oscar?
—É que 'tá bem difícil de ler, porquê derramei sem querer chocolate no final da página.
—Tudo bem, não é sua culpa! Deixa eu ver... Amalcate Rocha Dourado, ou algo assim.
—Amalgete Rocheer Dourado, —O topeira corrigiu. — Um tipo raro de doce, a Susie nunca pediu. Ele é encontrado somente em um lugar...
—Aonde?
—Lá no fundo, ao lado de um túnel de magma pela temperatura para formá-lo. Melhor eu ir, vocês podem se machucar.
—A gente se cuida, e caso o senhor precisar de ajuda?
—Tudo bem, eu conheço essas Minas como conheço as ranhuras das minhas garras. Esperem aí. —Desceu as escadas com uma sinalização de perigo.
—Acho que nós devíamos ir junto. —Loba-Espinho sugeriu ainda com incerteza pela ideia do outro que descera.
—Bem, ele disse para a gente ficar aqui.
—Vamos! —Quase grunhindo a garota finalmente conseguiu convencer Oscar.
—Tudo bem.
Os amigos seguiram pelo caminho anteriormente mencionado e encontraram um longo túnel pouco iluminado. Ao passarem pelo mesmo eles chegam até um emanharado de trilhos ao lado de uma ponte improvisada encima do poço de magma, semelhante á alguns filmes de ficção. O elefante começou a suar, não só pelo calor que fazia lá dentro; Loba-Espinho segura a mão do amigo para acalmá-lo. Se equilibraram para não caírem da ponte e chegaram do outro lado. Respiraram aliviados até que ouviram a voz do topeira ecoando ao fim do corredor:
—Ajuda!
—Ah? Vamos! Ele está alí! —Andaram até onde o outro estava e o encontraram pendurado por uma corda pregada na parede. —Frank!
—O que vocês estão fazendo aqui?
—Viemos te ajudar! —Puxaram ele do nível abaixo antes que a corda rompesse.
—Obrigado! Não sei o que faria se não viessem!
—A gente não podia deixar algo assim acontecer com o senhor.
Os três então terminaram de pegar o tal doce e saíram dalí. Voltaram todo o caminho e se despediram do minerador:
—Até depois! Obrigado por tudo!
—Se cuidem, viu? —Riu e voltou até sua sala.
—Conseguimos! E ainda temos meia hora para chegar. —Oscar fala mas é interrompido ao sair da loja.
—Na verdade estão meia hora atrasados! —Susie fala aparecendo do nada.
—Que? Você disse que a gente tinha seis horas para pegá-los!
—Não, vocês tinham até às 6 horas para conseguir!
—Fala sério! —Loba-Espinho resmunga. —Não conta nós termos trazidos alguns adicionais?
—Não. —A gata pega os sacos e desaparece em sua névoa de magia como faz sempre.
—Não acredito! Só por causa disso?!
—Ei, Oscar, se acalme, pelo menos nós vamos chegar e vai ter tudo que a gente pegou!
—Okay... —Suspirou.
—O último a chegar faz as tarefas! —A ouriça sai em disparada.
—Ei! Espera! —Oscar corre atrás da amiga tentando alcançá-la.
—Você não me pega! —Riu e o outro acompanhou enquanto corriam até o salão.
Fim de Episódio
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