-Eu voltarei minha querida.
Então, de repente me bateu sono de novo e eu dormi.
Quando acordei eu estava no meu quarto, da mesma forma que eu acordei, devia ser só mais um sonho daqueles. Eu olhei em meu relógio, e, conhecidentemente, marcava 6;18, acho que tenho fissura por esse horário.
Me vesti com uma camisa preta e calça jeans ragada, com uma legging preta por dentro, na minha escola não precisava de uniforme, a carteira de estudante já era suficiente para entrar, apesar de na maioria das vezes eu levar um sermão ou algo assim por causa disso.
Desci para tomar café e estava do tudo mesmo jeito: a mesa sem arrumar ou algo assim.
Fui até o quarto do meu pai escovar os dentes e sim, ele não estava lá. Fui até o quarto da minha irmã e ela também não estava, mas em cima da sua mesinha um bilhete, em caneta rosa, escrito em uma letra apressada, dizia a mesma mensagem dos meus sonhos, com certeza não era conhecidência, e eu sabia disto.
Fiquei alguns minutos paralisada, movimentando minha língua contra a bochecha e me beliscando, isso não pode ser real. Ou é?
Pensei por mais algum tempo, e quando finalmente saí da transe estava em outro lugar, como se eu tivesse piscado e me teletransportado. Pensei em pedir em alguém alguma informação de onde estava, mas nenhum deles parecia sequer falar alguma língua conhecida.
Me desesperei e acabei perguntando á todos dali onde eu estava. E é claro, eles riram de mim. Eu acho que estou sendo meio lerda ou imperceptível, mas como posso saber?
Chequei o celular em meus bolsos e vi, primeiramente, uma mensagem do número de Cínthia, bom, ela não é a maior de minhas preocupações no momento, então deixei passar. Depois, umas mensagens de minha irmãzinha, que não estava em português, e eu acho que em nenhum dialeto de letras indo-arábicas. O jeito foi recorrer ao google. Nas mensagens diziam o que se parece com "vire o mundo de cabeça pra baixo e volte a sua realidade" ou "seu lugar não é aqui, te aquiete".
Mas eu tenho sentimentos por ela, o que ela está dizendo?
Em meio segundo taparam minha boca e meus olhos e senti alguma coisa picando meu pescoço e depois um último som, pronunciado com um pouco de dificuldade numa voz feminina: talvez ela estava em meio á multidão apenas por estar, e não por quem ela foi.
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