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História Azul de Mar - Mateus


Escrita por: Jolie1252

Capítulo 11 - Mateus


Fanfic / Fanfiction Azul de Mar - Mateus

O relógio já marcava oito horas da noite. Eu já havia dormido, jogado videogame, brincado com os cachorros e até cozinhado, e nada do meu pai voltar para casa.

Depois da conversa que tivemos ele havia falado que ia para casa de um amigo que estava fazendo uma reunião de amigos da época do colégio, ele nem me chamou, ou seja, ele está chateado por eu não ter ficado amigo do filho do Dálio. Mereço.

Eu estava literalmente sem fazer nada jogado na cama, e puto por justamente não ter nada para fazer.

Bufo. Quer saber? Foda-se, vou sair.

Me levanto, coloco meu casaco, pego o controle do portão e saio em rumo a porra nenhuma, se tiver um lugar para comer já vai ser um bônus, aproveito e gasto o dinheiro do sentimental.

Depois de um tempo caminhando eu chego ao centro da cidade e percebo que Cabral com certeza é uma cidade agitada. Oito e meia da noite de uma segunda-feira e tudo está aberto e cheio de gente. E esse povo de Cabral é barulhento num grau – buzina de carro é mais silenciosa.

Continuo andando pela cidade e acabo chegando em uma rua mais escura e bem menos movimentada, na verdade estava praticamente sem movimento, mas acabei avistando um lugar com as luzes acessas, está com todo jeito de ser um comércio.

A cada passo que eu me aproximava do lugar, enquanto seguia o meu caminho, percebi que havia duas pessoas se beijando lá dentro. Continuei andando pela mesma calçada e quando fico a passos do local, que aparentemente era um cabeleireiro, me surpreendo ao reparar quem era um deles.

-Alan? – pergunto em voz alta.

Me aproximo da esquina que é do lado da esquina do cabelereiro para ter certeza, e realmente, era ele, mas quem é o garoto que ele está beijando?

Fico em dúvida se eu fico ou se vou embora, mas não precisei ficar em dúvida por muito tempo, já que o garoto desconhecido de repente começou a andar em direção a porta do salão e eu me escondo em uma sombra onde o poste de luz não iluminava, e então eu percebi quem era o outro, era aquele tal de Ivo, amiguinho do Aaron.

Assim que Ivo vai embora eu saio da sombra e eu olho na direção do cabeleireiro e encontro um Alan me olhando como os olhos arregalados e eu aceno para ele.

-Mateus? – diz saindo do cabelereiro e vindo em minha direção – O que?... Oque você?...

-Está fazendo aqui? - completo – Eu estava só andando, e você? – digo com humor.

-Eu ahm... ahm – diz nervoso demais para completar a frase.

-Relaxa, se te conforta, eu sou bi – ele me olha surpreso, mas com uma confusão junto.

-Sério? Eu jurava que você era um “hétero top” – diz ele e em seguida ele ganha um peteleco na testa – Aí – diz passando a mão pela testa.

-Isso é pelo o “hétero top”, agora me diz – digo passando o braço pelos seus ombros – Qual é o melhor lugar de Cabral para se comer um hambúrguer?

-Tem um food truck...

-Ótimo, você tem algum meio de transporte? – pergunto e ele aponta para uma bicicleta – Perfeito, sobe no passageiro – digo já subindo na bicicleta.

-Eu preciso terminar de ajeitar o cabeleireiro para poder fecha-lo oficialmente, já volto – o espero por uns minutos do lado de fora e então ele volta até onde eu estava.

-Tem certeza que você me aguenta? – pergunta Alan já subindo na bicicleta.

-Relaxa, já se acomodou? – pergunto e ele afirma com a cabeça.

-Antes, você pode me levar para a minha casa para eu tomar um banho? – diz ele se referindo provavelmente ao fato de ter trabalhado a tarde toda.

-Claro, bora – digo e parto em direção a casa dele com o mesmo me indicando o caminho.

A noite estava muito boa. Uma brisa fresca batia no meu rosto e a lua estava bonita também, já o Alan ficou o caminho inteiro olhando para a lua, mais um pouco e ele virava um lobisomem.

-Então, é aqui que você mora? – digo quando já estamos dentro do apartamento dele.

-Sim – diz ele com humor.

-Sua família não está em casa? – pergunto percebendo um silêncio.

-Minha irmã foi pro cursinho e provavelmente vai sair com as amigas dela depois e meu pai foi em uma reunião de velhos amigos – diz Alan.

-Espera, reunião de velhos amigos? – ele afirma com a cabeça – Meu pai também foi em uma reunião de velhos amigos.

- Qual o nome do seu pai? Eu me lembro que você falou que ele é amigo do Dálio.

-Sim, meu pai é o André - respondo.

-André?! Você é o filho do André? – pergunta Alan surpreendido.

-Sim...? – respondo com humor – Meu pai é famoso por acaso? – digo em tom de brincadeira.

-Ahm, Sim – responde Alan como se fosse óbvio e eu o olho não esperando essa reação.

-Você me explica essa história melhor enquanto a gente come um hambúrguer, tome seu banho enquanto eu assisto TV e me preparo pra qualquer merda que vier dessa história – digo enquanto me sento no sofá.

-Tá bom, pai – diz fazendo gracinha e logo em seguida saí em direção a um corredor.

Era só o que me faltava. Talvez dessa história tenha uma explicação para o meu querer voltar pra Cabral.

-Pronto? – digo assim que ele aparece na sala com outra roupa e uma toalha na mão.

-Sim, só vou pendurar a toalha – diz ele indo em direção ao varal e, logo após pendurar a toalha, volta para a sala e se senta do meu lado.

-Você não falou da sua mãe – digo percebendo esse pequeno fato.

-Eu não sei onde ela está, ela não mora comigo – responde ele.

-Oh...

-Você também não comentou da sua mãe – diz ele.

-Ela, graças a deus, está bem longe de mim, – digo – Mas a gente conversa melhor comendo, vamos – digo levantando do sofá.

-Vamos então – diz Alan também se levantando.


Notas Finais


Até próximo capítulo ~~~~
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