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História Azul46 - Dezesseis


Escrita por: azul46

Notas do Autor


a

Capítulo 16 - Dezesseis


Fanfic / Fanfiction Azul46 - Dezesseis

O caminho todo de volta para o quarto do hotel foi mais quieto do que Jeongguk gostaria. Taehyung ainda parecia perdido em seus pensamentos, mesmo enquanto olhar seu próprio reflexo no espelho do elevador. Alguma coisa naquele olhar apontava perigo, Soojin diria. As palavras do melhor amigo ainda ecoavam em sua cabeça

“Não deixa a sereia te embalar no canto dela, você tem que seguir a vida acordado e não sonhando”

A ideia de estar sendo manipulado por algum tipo de transe hipinótico, ou quem sabe, o canto de uma sereia, não passava pela cabeça de Jeongguk fazia algum tempo. No início, quando conheceu Taehyung, imaginou que o garoto tinha seus truques e que apenas queria brincar com ele. No meio do caminho, acabou esquecendo desses medos e embarcando em uma paixonite digna de filmes adolescentes. Talvez Taehyung nem estivesse fazendo de propósito, aquele não parecia o caso. De qualquer forma, ele tinha que saber de uma vez por todas se poderia continuar nutrindo aqueles sentimentos pelo modelo. Caso enfrentasse Taehyung sobre isso, duvidava que o garoto pudesse mentir para ele sobre suas reais intenções.

A menos é claro que nem ele soubesse quais elas eram, o que era bem provável.

Suspirando, Jeongguk encarou sua própria face no espelho do elevador. Ele parecia exausto e as gotas de suor escorrendo de suas mechas úmidas era prova da corrida que deu em meio ao calor da selva de pedra nova iorquina. Precisava de um bom banho antes de soltar a verdade em cima de Taehyung.

E, talvez, ouvir algumas verdades doloridas saírem de sua boca.

Quando chegaram ao andar, Taehyung abriu a porta do quarto com o cartão e se jogou em cima da cama de casal. Jeongguk deixou as sacolas no chão e parou em frente à cama. Taehyung rolou sobre o colchão e ficou de barriga para baixo. Enquanto segurava a cabeça com as mãos, encarava Jeongguk com aquele olhar curioso e atento que o fazia lembrar de um filhotinho de olho em uma bola de borracha.

— Devemos começar?

— Na verdade, eu preciso de um banho antes... Se não se importar. — Jeongguk coçou a parte de trás da cabeça, desviando o olhar. Não queria parecer que estava evitando a conversa. Precisava de um banho e aquela era uma ótima desculpa para enrolar o outro e pensar mais um pouquinho em como ia dizer.

O modelo acenou com a cabeça e esticou o braço para pegar o telefone que ficava sobre o criado mudo. Jeongguk ficou parado observando o loiro até que ele falasse novamente.

— Vou pedir alguma coisa para a gente comer enquanto isso.

Assentindo levemente, Jeongguk agarrou as roupas que tinha jogado sobre uma cadeira e entrou no banheiro. A água forte que saia do chuveiro luxuoso provavelmente o deixaria mais relaxado. Ele só precisava contar a verdade para Taehyung. Jeongguk só precisava contar sobre Soojin, sobre o bullying, sobre os paparazzis e sobre...

Sobre o beijo.

Tapou a boca assim que se lembrou do beijo. Não foi nada demais e eles nem estavam namorando nem nada, mas Jeongguk sentia que tinha traído Taehyung de alguma forma. Foi rápido e de surpresa, porém ele podia ter empurrado Soojin ou lhe acertado com uma joelhada no estômago. Para quem sabia artes marciais, a lista de opções era infinita. Jeongguk encostou a testa na parede do box e soltou um longo suspiro. Seria egoísmo dele querer que Taehyung sentisse ciumes daquele beijo? Seria mesquinho? Infantil? Seria aquela mais uma das faíscas patéticas da sua esperança de que Taehyung sentisse o mesmo por ele?

— Todas as alternativas acima? É, pode ser. — Disse baixinho para si mesmo, prosseguindo com o banho depois de desisti de fritar os neurônios dando voltas e voltas no mesmo lugar. Não chegaria a lugar nenhum apenas pensando.

“Você nunca vai saber o que tem tanto do baú do tesouro se não se arriscar”

Odiava como as pessoas ao seu redor sempre diziam o que ele já sabia, mas de um jeito que era bem mais irritante do que sua própria voz nas profundezas de sua consciência. Aquela voz baixinha, abafada pela insegurança e ansiedade.

Calada pelo medo de seguir em frente, de viver fora daquela ideia de que nada nunca poderia dar certo para ele.

Jeongguk estava cansado de viver com medo de se machucar como antigamente.

Soojin estava certo afinal, uma vez pirata sempre pirata.

Jeongguk tinha que sair daquele porto de muros altos, cheio de camadas de proteção.

Talvez fosse normal se machucar de vez em quando.

Jeongguk saiu do banho, vestido e com a toalha branquinha do hotel jogada sobre a cabeça. Quando viu Taehyung sentado na cama, um sorriso tímido se formou em seus lábios.

Quem sabe as cicatrizes um dia criem aprendizados e boas lembranças desses momentos.

O modelo estava abrindo pacotes de presente. As sacolas das lojas por onde havia passado estavam todas jogadas no chão, junto com os pedaços de papel rasgado.

— Abrindo os presentes de natal bem mais cedo esse ano, hm? — Brincou, sentando na parte da cama livre de pacotes e peças de roupa.

— Quando os atendentes perguntam se é para presente eu não resisto. — Taehyung disse, abrindo mais um pacote sem cerimônia. — É sempre bom fingir que ganhei presentes, que no caso são sempre de mim mesmo.

— Parece que você é só uma grande criança, depois fala de mim. — Jeongguk riu logo que Taehyung lhe mostrou a língua. O modelo parecia até feliz abrindo os presentes que ele mesmo havia comprado. Mas alguma coisa na sua expressão mostrava muito bem como ele se sentia sobre isso. Jeongguk sabia muito bem o que era, tinha gosto de solidão. — Um dia vou te dar muitos presentes para você abrir, sabe, mas com pacotes reutilizados porque né... As árvores agradecem.

— Nossa você conseguiu fazer eu me sentir mal. Obrigado, senhor amigo da natureza! — Jeongguk sentiu o indicador do loiro o cutucar na testa. — Nem te conto de onde vem os papeis que você usa pra desenhar e joga fora quando faz algum errinho de nada. — Taehyung fez uma careta, desistindo de abrir o resto dos presentes e os empurrando para fora da cama. — Já ouviu falar que papel dá em árvore?

— Oh, você me pegou nessa. — Jeongguk admitiu derrota, pegando um pedaço de papel de presente e abanando como se fosse uma bandeira branca de desistência.

Taehyung sorriu, e Jeongguk se sentiu em paz ao ver a leveza daquela curva nos lábios dele. Curva que logo se tornou um sorriso de canto, prenúncio de alguma daquelas frases que não falhavam em deixar Jeongguk com as pernas bambas.

— Te peguei nessa é? Hmm. — Taehyung encurtou a distância entre eles e encostou a palma sobre o peito de Jeongguk, o empurrando contra os travesseiros da cama. — Eu realmente queria te pegar de jeito agora.

Jeongguk engoliu em seco e novamente se viu preso naquele olhar. Taehyung tinha um poder especial naqueles olhos castanhos, aquilo era de outro mundo. Levou suas mãos para a cintura do loiro e o trouxe para mais perto, logo sentindo os lábios dele roçarem sobre os seus.

— Por que você não faz isso então?

Taehyung abriu um sorriso, e quando ia responder, os dois ouviram algumas batidas na porta.

— Ta aí a sua resposta. — O loiro saiu de cima de Jeongguk e foi atender a porta. Um homem bem vestido entrou empurrando um carrinho com alguns pratos, uma garrafa de vinho e duas taças. Ele deixou tudo em cima da mesa redonda que havia perto da varanda do quarto e saiu. Jeongguk se levantou da cama e foi se sentar junto com Taehyung.

— Sem gorjeta? — Ele provocou. — Você comprou umas vinte coisas hoje e nem uma gorjetinha para o nobre trabalhador?

— Você está bem engraçadinho para quem esconde coisas de mim, Jeon Jeongguk. — Taehyung disse, segurando sua taça de vinho e o encarando como se estivesse enterpretando uma cena de novela. — Que tal fazer as honras?

Jeongguk encarou o prato de lasanha a sua frente. Taehyung encheu sua taça de vinho, depois o lançou um olhar um tanto quanto impaciente. Podia ver a mistura de brincadeira e de seriedade naquela expressão. Taehyung podia muito bem ser um ator caso desistisse da carreira de modelo.

— Quando eu disse que te contaria tudo... Você quer mesmo saber de tudo? — Jeongguk não queria chatear Taehyung com aquela parte meio triste de sua vida, mas ao mesmo tempo, tinha vontade de contar aquilo tudo a alguém.

— O que você quiser me contar, sou todo ouvidos. —Taehyung deixou a taça em cima da mesa e apoiou o queixo sobre as mãos. — Só não quero que você fique tão desconfortável perto de mim, Jeonggukie.

Jeongguk respirou fundo e logo sentiu uma das mãos do loiro tocar na sua, que estava em cima da mesa tamborilando os dedos nervosamente. Depois de ver o sorriso doce do outro, começou a falar sobre como era difícil sua vida na escola antes de conhecer Soojin. Taehyung puvia atentamente, fazendo algumas caretas e balançando a cabeça. Jeongguk também falou sobre como Soojin o ajudou, até o dia em que ele descobriu seus sentimentos e tudo começou a desandar novamente. Jeongguk contava suas memórias como se contasse uma história de algum filme. Risadas nervosas as vezes escapavam e seus olhos marejavam falando sobre seus pais e sobre quando fugiu de casa com Yoongi, esse assunto ainda era muito difícil de ser tratado. 

— Bom, Sobre Soojin... Depois que ele foi embora, eu estava decidido a não pensar mais nele. — Jeongguk deu de ombros. — Mas eu acho que eu carregava essas mágoas comigo desde então.

— Vocês conseguiram se entender hoje? — O modelo acariciou a mão de Jeongguk, o olhando com ternura.

— É, eu acho que finalmente deixei essas coisas para trás. Uma vez alguém me disse que cada um faz o possível para sobreviver nesse mundo. Sempre existem mais lados da história, não só o meu...

— Isso é verdade, apesar de as vezes eu achar muito triste o mundo não girar ao meu redor. — Taehyung piscou os olhos várias vezes, como se fosse uma personagem de desenho animado. — Fico feliz por isso, guardar mágoas te destrói por dentro.

Jeongguk concordou, abaixando o olhar para sua lasanha, ainda inteira no prato. Já devia ter esfriado, mas aquilo não importava muito. Sentia-se mais leve de ter compartilhado parte de sua vida com Taehyung. Afinal, o modelo havia lhe contado sobre sua mãe na praia aquele dia e Jeongguk não estava pronto para revelar suas cicatrizes.

— Acho que estamos bem agora, apesar de eu achar difícil que nos encontremos de novo. — Jeongguk riu, lembrando do beijo. — Mas ele deixou no ar que eu podia viajar pelo mundo com ele caso eu largasse você.

— Nossa, isso é uma ameaça? — Taehyung sorriu, mas logo depois fez uma careta forçada. — Então quer dizer que já tem fila é?

Jeongguk riu, desviando o olhar e sentindo o rosto queimar de vergonha. Sabia que Taehyung estava brincando com ele, mas mesmo assim era estranho falar sobre aquilo.

— E eu esperava que você ficasse com ciumes contando isso, ele até me deu um beijo.

O bico nos lábios de Taehyung fez Jeongguk rir, ele parecia uma criança birrenta. Apesar da dificuldade de nomear seus sentimentos, no fundo ele sabia que não podia esconder o quanto amava Taehyung. Provavelmente o loiro podia ver esse sentimento brilhando claramente em seus olhos.

— Ele beija melhor que eu? — Foi o que Taehyung perguntou. — Te deu borboletas no estômago? Levantou a perninha igual no “Diário da Princesa?”

Jeongguk só conseguiu rir, negando com a cabeça. Logo ouviu um barulho e quando viu, Taehyung tinha arrastado a cadeira para o seu lado.  O modelo segurou seu rosto com as duas mãos e olhou em seus olhos como se quisesse ler sua mente. Jeongguk engoliu em seco e Taehyung soltou uma risadinha que aqueceu o coração do moreno instantaneamente.

— Eu sei que posso fazer você esquecer qualquer boca que tenha beijado a sua. — Ele disse baixinho, encostando os lábios na bochecha de Jeongguk. — Quer ver?

O moreno apenas concordou levemente com a cabeça e fechou os olhos. A boca de Taehyung tinha gosto de vinho. O beijo foi devagar, contido, porém extremamente quente. Jeongguk não sabia exatamente o que Taehyung o fazia sentir quando o beijava daquele jeito. Queria pensar que esses beijinhos passavam os mais puros sentimentos que o loiro sentia por ele, livre da euforia do desejo carnal e da pressa para o que poderia vir a seguir. Ele sabia que ninguém mais o faria sentir assim nem se tentasse. Taehyung passou a mão por seus cabeços da nuca e depois se afastou só um pouquinho, sorrindo não só com os lábios mas também com os olhos. Ele devia sabia muito bem que Jeongguk era apaixonado por ele.

— Funcionou?

—Acho que esqueci até meu nome. — Brincou, recebendo um leve puxão de orelha.

— Exagerado. — Taehyung riu. — Mas falando sério agora, você não sente mais nada por ele, não é?

Jeongguk fez uma careta e deixou um beijinho na bochecha de Taehyung, querendo que a expressão de dúvida que ele carregava no rosto logo se desmanchasse.

— Claro que não, nada de borboletas e muito menos a perninha levantada. — Ele pegou a mão de Taehyung e a apertou. — Eu só... — Mordeu o lábio inferior, não sabia se devia dizer aquilo naquele momento, seu coração já estava batendo mais rápido do que devia. — Queria que você soubesse disso, mas não significou nada para mim. — Ele olhou para cima, lembrando-se do beijo no aeroporto. — Bom, só nos deixou quites com isso de beijo roubado.

— Fico feliz de saber que a primeira pessoa que te roubou um beijo fui euzinho, aliás. — Taehyung abriu um sorriso triunfante, parecido com aquele do dia do trote, quando teve a atenção e os lábios de Jeongguk pela primeira vez.

— Você é muito descuidado, podia ter levado uma surra aquele dia.

Taehyung deu de ombros e cruzou as pernas.

— Talvez o destino tenha me dado uma ajudinha.

Jeongguk fez uma careta, mas não quis discutir.

Os dois estavam sentados de frente para a varanda. O hotel tinha uma vista bonita da cidade e das luzes dos prédios. Já tinha escurecido e a cidade toda estava iluminada. Jeongguk sentiu a cabeça de Taehyung se encostar em seu ombro. Respirando fundo, apertou a mão do modelo e se preparou para contar o que mais o estava preocupando.

— Tem mais uma coisa...

— Hm?

— Eu não te encontrei no starbucks porque, bom, um paparazzi estava tirando fotos nossas e tivemos que fugir. N-na verdade, eles estão nos seguindo desde o primeiro dia. — Jeongguk gaguejou um pouco, sem saber direito como falar aquilo sem se sentir mal. — Soojin sabia que eu estava aqui por causa das nossas fotos no museu... Desculpa, eu não devia ter mentido.

Taehyung ficou quieto por alguns segundos. Quando Jeongguk sentiu o peso em seu ombro desaparecer, se preparou para o pior. No mínimo uma bronca, ou uma expressão de decepção. Mas Taehyung apenas o tocou no queixo e virou seu rosto, fazendo seus olhares se encontrarem.

— Eu sinto muito por isso, Jeongguk. — Seu olhar era triste, seus ombros estavam caídos e seus lábios comprimidos em uma linha. — Eu sei disso, a Sem, minha agente, me mandou os artigos e as fotos pelo celular. Aliás ela está furiosa, nem sei como vai ser quando eu voltar para a Coreia — Ele riu, mesmo nada daquilo tendo graça alguma — Quando você estava com Soojin, paparazzis tiraram fotos minhas na loja onde eu estava.

— Você não está bravo por e ter mentido? Eu não queria te preocupar com isso... — Jeongguk abaixou a cabeça, pensando se algo mudaria se tivesse simplesmente avisado Taehyung antes.

— É claro que eu me preocupo. Eu me preocupo com você, estou acostumado a ser fotografado e que escrevam besteiras sobre mim. — O modelo respirou bem fundo, depois começou a mexer nas mechas curtas da nuca como um tique nervoso. — Mas eu sei que isso tudo é difícil para você, não quero que você passe por esse tipo de situação de novo... Por minha causa. Eu não quero te fazer sofrer de novo.

Jeongguk desviou o olhar, sentindo aquelas memórias voltarem como um filme. Taehyung ainda se sentia culpado por toda a história da jaqueta e das fofocas na faculdade. Claro, não tinha sido uma experiência agradável, mas Jeongguk já nem pensava mais nisso.

— Eu não ligo mais.

— Jeongguk, eu estou falando sério. — Taehyung arrastou novamente a cadeira e agora estava na frente dele, Jeongguk não podia desviar o olhar nem que quisesse. — Estar comigo é estar sujeito a esse tipo de coisa, não posso prometer que você fique livre disso nem que eu queira. — Ele parecia abalado, porém sua voz saia séria. Suas mãos tremiam segurando as de Jeongguk. — Então eu vou entender se você não quiser passar por isso. Eu não quero que você se force a passar por isso. Mesmo que eu nunca mais consiga me esquecer de você, eu prefiro que você pense em você mais do que em mim. Jeongguk, pela primeira vez na minha vida eu não quero fazer o melhor para mim. Não quero ser egoísta.

Jeongguk levantou o olhar e viu Taehyung com os olhos cheios de lágrimas. Era visível o quão dolorido era dizer aquelas palavras. Será que ele estava pensando em tudo aquilo desde que saíram para se encontrar com Soojin? Aquele silêncio no taxi, no elevador... Era nisso que ele estava pensando? Taehyung estava disposto a deixá-lo ir para não fazê-lo sofrer. Estar com Taehyung tornava inevitável atrair atenção indesejada, mas ele não conseguia colocar na balança o que importava mais. Era óbvio que não ia trocar sua felicidade com Taehyung por trauma de infância, algo que precisava ser trabalhado e enfrentado. Ele não podia perder a pessoa que o fazia genuinamente feliz.

— Eu queria dizer que posso largar o meu emprego, mas não é tão fácil quanto eu gostaria. — Taehyung finalmente derramou uma lágrima, e Jeongguk a secou com o polegar. — Até eu conseguir sair daquele contrato e arranjar algo novo, você provavelmente já vai estar exposto demais. Eu não quero que você passe por isso. Não vai ser só na faculdade Jeongguk, todos que estão inseridos no meio da moda vão falar de você, aí todos que te conhecem vão saber, vão inventar coisas e... Eu nem quero pensar nisso.

Jeongguk encostou a cabeça na cadeira que estava sentado e olhou para o teto. O lustre logo acima de sua cabeça era fino, dourado e com detalhes em vidro que pareciam cristais pendurados. Taehyung já tinha parado de falar, provavelmente impedido pelo mesmo nó na garganta que Jeongguk estava com dificuldade de engolir. Ele reconhecia que ambos tinham muitos assuntos mal resolvidos que tornavam a vida mais difícil, e que provavelmente dificultariam uma vida juntos também. Mas no fundo ele também sabia que fugir desses problemas só ia torná-los ainda mais assustadores. Não podia mais viver com medo.

Ele era um pirata, devia enfrentar todos os seus medos.

— Taehyung. — Finalmente quebrou o silêncio, segurando a face molhada de lágrimas do belo garoto a sua frente. Não queria mais vê-lo chorar. Aquela visão o destruía mais do que quando ele mesmo se despedaçava em lágrimas. — Eu estou disposto a passar por tudo isso até que as coisas melhorarem.

O loiro negou com a cabeça, levando suas mãos para tocar as de Jeongguk, ainda no seu rosto.

— Por quê? Ainda mais depois de tudo que eu fiz, Jeongguk, eu, você tem noção de que isso pode afetar sua vida profissional também? Seu futuro?  Por que você passaria por tudo isso?

— Porque eu... Hmm. — Jeongguk não conseguiu segurar o sorriso, o que geralmente acontecia quando sentia aquele misto de vergonha, medo e nervosismo. — Eu estou disposto a passar por tudo isso porque eu te amo. — Disse rápido demais, com medo de desistir no meio da frase. — Eu acho que mesmo sem essa atenção, as pessoas já me acham estranho e eu mesmo acabaria com uma reputação que eu nem tenho. — Ele sorriu. — Eu nem sei o que eu vou fazer depois da faculdade, não sei como vai ser meu futuro. Tem muitas coisas que eu não sei, mas eu sei que não quero perder você, então não tente se livrar de mim assim tão fácil.

Taehyung estava com os olhos arregalados, e Jeongguk pensou que ele ia gritar com ele, mas o modelo apenas abaixou a cabeça, sorrindo.

— Você está chorando? Tae, para com isso... — Jeongguk tentou rir para deixar o clima mais leve, mesmo sabendo que dentro de si as havia um furação de sentimentos querendo sair de alguma forma. — Eu vou chorar também.

Acabou abraçando Taehyung com força para esconder as próprias lágrimas que encontraram um jeito de sair. Acariciava as mechas loiras do outro enquanto os embalava levemente, como sua mãe fazia quando ele era criança e estava chorando. As luzes de Nova Iorque pareciam estrelas através de seu olhar embaçado por causa das lágrimas, e Jeongguk foi levado até aquela noite sobre a luz do luar na praia. Desde aquela noite, sabia que nutria sentimentos especiais por Taehyung e, naquele momento, finalmente pode deixá-los voarem livres pelo céu noturno. Taehyung o segurava com força enquanto soluçava, Jeongguk queria entender por que o garoto chorava tanto, mas sabia que aquele não era o momento de lhe bombardear com perguntas. Taehyung com certeza tinha muitas cicatrizes de pirata, que um dia finalmente parariam de doer.

Quando Taehyung se acalmou, Jeongguk enxugou as próprias lágrimas com a manga do moletom. Não estava esperando, mas recebeu beijinho na bochecha e um sorriso brilhante que contrastava com os olhos vermelhos que o acompanhavam. Taehyung soltou uma risadinha acanhada e pegou um dos guardanapos da mesa para assoar o nariz. Jeongguk ficou observando o modelo até que ele respirou fundo e deu umas batidinhas em seu prórprio rosto, como se quisesse se acordar.

— Seria estranho se eu dissesse que nunca ninguém me disse isso? — Taehyung riu, ainda usando os dedos para se livrar de algumas lágrimas fujonas. — Tipo, nunca mesmo, nem meus pais...

— Tae...

— Olha eu sei que sou muito problemático e que... — Ele fez uma pausa. Jeongguk colocou a mão sobre sua perna, tentando reconfortá-lo. — Que eu tenho muitos traumas que eu tento simplesmente esquecer e que nem de longe eu sou a melhor pessoa que você podia arranjar, sério. — Jeongguk negava com a cabeça enquanto ele falava, e Taehyung lhe dava alguns tapinhas no ombro por causa disso. — Sério, eu realmente sou péssimo.

— Já acabou?

— Não!

— Ok... — Jeongguk riu, ainda sem saber como controlar tudo o que estava sentindo. A felicidade e a leveza de ter finalmente dito o que sentia era indescritível.

— Mas se você está disposto a passar por isso, por mim, eu estou disposto a correr atrás dos meus próprios medos e traumas. — Ele falava com seriedade no olhar e também na voz. Jeongguk estava orgulhoso até. Quem diria que eles eram tão parecidos. — Eu quero ser um bom namorado para você.

Jeongguk acenou com a cabeça, porém um segundo depois seu cérebro fez as sinapses necessárias seus olhos se arregalaram.

— N-namorado?

Taehyung também arregalou os olhos e seu rosto, que já estava meio vermelho, ficou parecendo um pimentão.

— Ah... Eu — Ele riu alto, mas sua expressão não combinava com sua risada. — Não, não era assim que eu queria te jogar uns verdes, era para ser mais sutil.

— Você jogou os verdes na minha cara com força. — Jeongguk riu também e em segundos os dois estavam rindo juntos. Taehyung estava jogado em cima do colo do moreno, não se aguentando de tanto rir. — Isso foi tudo, menos sutil.

— Foi sem querer. — Veio a resposta abafada. Taehyung soou como uma criança que tinha quebrado um vaso caro da sala de estar. — Quando eu vi, saiu.

Jeongguk estava nas nuvens. Ele se sentia em um filme, ou em algum livro o série, porque aquilo não poderia ser real. Estava tão acostumado a pensar sempre no pior que não conseguia acreditar que coisas boas também acontecessem em sua vida. Naquele momento, todas aquelas inseguranças e perguntas que ele se fazia desde antes daquela viagem, se dissiparam como uma neblina fina que logo dá lugar aos raios de sol.

— Você tá esperando o quê? — Taehyung de repente perguntou, se levantando e dando um tapa na coxa de Jeongguk. — Cadê?

— Cadê o quê? — Ele estava sinceramente confuso.

— Você me pedindo em namoro, vamos! — Taehyung cruzou os braços e as pernas, batendo o pé no chão. — Claro que eu queria que isso fosse igual cena de filme, no Central Park a noite depois de jantar num lugar legal. — O modelo rolou os olhos e suspirou. — Se não fosse aqueles paparazzi chatos eu podia vivenciar essa experiência. Seria perfeito.

— Estamos num hotel cinco estrelas em Nova Iorque com vista para a cidade e com uma porção de papel de presente rasgado no chão, como pode ficar mais perfeito que isso? — Jeongguk brincou, levando um empurrão de leve de Taehyung. — Posso?

— Pode, estou pronto. — Ele se ajeitou na cadeira e estendeu as mãos para Jeongguk segurar. — Ok, vai.

— Kim Taehyung. — Jeongguk começou a falar, rindo no processo. Ele se sentia bobo, mas feliz ao mesmo tempo.

— Sim? — Taehyung incorporou o ator que vivia dentro dele novamente, fazendo Jeongguk rir mais ainda.

— Você aceita namorar comigo?

Taehyung sorriu tímido, e Jeongguk sabia que que não era atuação.

— Sim Jeongguk, eu aceito. — Ele apertou as mãos de Jeongguk, depois fez uma careta. — É, somos péssimos nisso de filme romântico.

— Ou esses roteiros é que são muito sem graça. — Jeongguk o puxou para perto e deixou um beijo em sua testa.

— Sabe qual é o único defeito desse momento? — Taehyung perguntou, causando um mini pânico em Jeongguk. — A nossa lasanha esfriou.

— Com certeza ainda deve estar gostosa.

Taehyung apenas deu uma risadinha e abraçou Jeongguk. Eles terminaram a lasanha, mas deixaram o vinho para depois. Aquele clima de antes da refeição também foi deixado para outro momento, teriam muito tempo para demonstrar o que sentiam fisicamente de forma mais profunda.

Depois de escovarem os dentes e de se arrumar para dormir, os dois ficaram sentados observando a vista até começar a chover. Jeongguk mal percebeu quando ficou hipnotizado com as gotas de água batendo e escorrendo pelo vidro. Não conseguia conter o sorriso estampado no rosto. Taehyung tinha razão sobre suas preocupações quanto ao futuro, às notícias e todas as consequências, mas Jeongguk não conseguia se preocupar com isso naquele momento. Jeongguk só sabia que amava Taehyung e tinha finalmente dito. Ele queria dizer aquelas palavras outra vez, bem baixinho, só para ter certeza de que realmente era verdade. Então ele fez, encostando os lábios perto da orelha de Taehyung.

— Eu te amo Tae.

Mas depois de não receber resposta nenhuma, Jeongguk percebeu que Taehyung já havia dormido em seus braços. Riu, se achando bobo. Mas ele teria tempo para repetir a frase mais vezes, quantas vezes quisesse.

Com cuidado, carregou Taehyung para cama e o aconchegou lá. Taehyung merecia descansar. Jeongguk não sabia quantas vezes ele conseguia viajar para o exterior sem ser a trabalho, então queria assegurar-se de que o modelo tivesse um bom descanso pelo menos quando estava com ele. Deixou um beijo na testa do – namorado – e procurou pelo seu celular para registrar o momento. Tirou uma foto de Taehyung dormindo, guardando numa pasta que tinha o nome do garoto. Lá dentro, estavam salvas todas as selcas que o loiro gostava de mandar. Aquela foto seria apenas para que ele se recordasse daquele dia especial.

Não como se ele fosse se esquecer, porém Taehyung estava muito fofo para que ele desperdiçasse esse momento. Aproveitou para mandar um “boa noite” para Yoongi, que tinha mandando mensagem não fazia muito tempo. Olhando a foto de perfil do irmão, Jeongguk de repente se imaginou contando para ele sobre Taehyung. Ele já sabia que eles estavam juntos, mas revelar um relacionamento sério a ele parecia ser algo um pouco assustador. Ainda tinha medo de levar bronca de Yoongi por suas escolhas.

Mas, ele lidaria com isso depois, quando voltasse para Coreia.

Se para Yoongi era difícil simplesmente anunciar a notícia, para Wooseok e Jisoo era outra história. Pulou as mais de quinhentas mensagens não lidas no chat em grupo do kakao e soltou a frase “Estamos namorando”. Não sabia direito que horas eram na Coreia, mas Wooseok foi o primeiro a responder.

 

Wooseok

NOSSA FINALMENTE

USEM PROTEÇÃO

 

Jeongguk riu, mandando várias carinhas bravas no meio das risadas. Jisoo mandou vários bichinhos com corações, e Jeongguk de alguma forma sabia que quando ele voltasse, a garota teria mais coisa para dizer.

Estava até um pouco ansioso para contar sobre as aventuras em Nova Iorque.

Já sentindo o cansaço pesar sobre seu corpo, Jeongguk tratou de apagar a luz e se colocar com cuidado na cama de casal. Sabia que no momento que se aproximasse de Taehyung, ele o abraçaria como um coala manhoso assim como todas as vezes que dormiram juntos. Ele já tinha se acostumado com isso, até gostava de sentir o corpo quente do loiro junto ao seu e estava até ansioso para dormir agarradinho com seu namorado.

Seu namorado.

Mas as diversas notificações no twitter estavam implorando para serem vistas, Jeongguk não gostava de deixar notificações não lidas, mesmo que ele nem fosse prestar atenção nelas. Fazia um tempo que tinha postado uma sequências de rabiscos e várias pessoas estavam curtindo e dando retweet. Enquanto sorria com alguns elogios, teve a ideia de pedir a Taehyung para que saíssem para caminhar na cidade a fim de desenhar a arquitetura local. Jeongguk sempre teve vontade de fazer um sketchbook de viagem, rabiscando qualquer coisa que lhe chamasse atenção.

Porém com os paparazzis a solta, ele não soubesse bem se aquilo seria possível.

Passou todas as notificações e depois foi olhar as mensagens diretas, suspirando ao ver Sora falando com ele depois de ter sumido por dias.

@intothesky para @golden97: Foto

 

Jeongguk encarou a foto do pé de Sora ao lado de um sapato social e sobre um carpete marrom. Não sabia bem o que responder, sentia que estava distante do amigo em todos os sentidos. Tirou uma foto de seus pés descalços e mandou como resposta. Estava cansado de perguntar como ele estava, se estava bem, se precisava conversar, ou qualquer coisa do tipo. Não conseguia entender qual era a de Sora depois de tanto tempo sumido e calado. Seu único conforto era saber que ele estava vivo.

Por algum motivo, Jeongguk continuou encarando a foto do pé. Tinha alguma coisa lhe incomodando naquilo. Talvez não na foto em si, mas em todo o caso “Sora”. Era estranho pensar que não sabia nada daquela pessoa do outro lado da tela, e mesmo assim foi amigo dela por um bom tempo. Amizades virtuais sempre deixaram Jeongguk com uma série de incertezas, mas elas começaram a dobrar quando ele finalmente fez amigos fora da internet.

Talvez Sora nem o considerasse como amigo mais, talvez ele já tivesse feito outros amigos no mundo lá fora. Claro, no Japão provavelmente tinha muitas pessoas legais para se conversar sobre anime e arte e dar umas voltas por aí de madrugada depois do expediente da loja de conveniência. Talvez Sora estivesse bem. Talvez ele estivesse mais do que bem e casualmente se lembrasse de dar um sinal de vida para Jeongguk. Pensar assim era tão reconfortante quanto era dolorido. Ao mesmo tempo que queria ter notícias boas do garoto, sobre novas amizades, era fácil se sentir abandonado.

Mas lá estava ele, colocando preocupações desnecessárias em sua cabeça.

Não sabia que tipo de resposta Sora queria com aquele pé, então se contentou com a foto que havia tirado e voltou a dormir.

Quando fechou os olhos, sentiu o celular vibrar de novo. Achando que era mensagem de Sora, abriu o twitter. Porém a notificação era no Facebook. Soojin havia lhe enviando uma mensagem.

Rahn Soojin: Tudo certo aí?  O modelinho surtou?

 

Jeon Jeongguk: Não, meu namorado é bem sensato

 

Rahn Soojin: wow…. Eu não esperava por essa

Rahn Soojin: achei que minha oferta de te levar pro Japão ia te conquistar

 

Jeon Jeongguk: sai fora

 

Rahn Soojin: hahaha to orgulhoso até

Rahn Soojin: Boa sorte pra vocês, sério

 

Jeon Jeongguk: Obrigado

 

Rahn Soojin: Avisa antes de pegar o avião, quero ir lá me despedir

 

Jeon Jeongguk: Tá bom, boa noite

 

Jeongguk bloqueou o celular e colocou para carregar, suspirando. Despedir-se de Soojin novamente em um aeroporto soava como um fim de um ciclo. Quem sabe não fosse realmente o destino terminando as coisas entre eles de uma forma melhor dessa vez.

Não era tão triste pensar no fim de uma amizade nessas circunstâncias, só realmente tinha acabado o tempo em que eles conseguiam aproveitar a presença um do outro. As lembranças boas ficariam agora que os desentendimentos foram resolvidos.

Com Sora poderia ser igual, um dia.

Jeongguk finalmente se colocou mais próximo de Taehyung, o puxando para perto e abrindo um sorriso ao sentir os braços do garoto automaticamente lhe abraçarem. Tinha feito a escolha certa.

Aliás, podia ir para o Japão com Taehyung, humpf.

Talvez até esbarrasse em Sora por lá, apesar de ele nem saber como era sua aparência. Será que o destino seria assim tão generoso? Ou, perverso? Nem sabia se Sora ainda morava no Japão. Jeongguk tinha a impressão de que ele não morava em lugar algum. Sora lhe passava essa imagem de peregrino, eremita, inconstante, visto que nunca parava em um emprego e sumia constantemente. Ele parecia até...

Um pirata.

Jeongguk abriu os olhos e franziu o cenho pensando na comparação. Se fosse analisar, sua concepção de Sora era parecida com a que conhecia de Soojin. Eles poderiam ser bons amigos. Talvez até se conhecessem, os três tinham muitos animes em comum e isso com certeza é um fator determinante.

Ou até, quem sabe...

Jeongguk negou com a cabeça e voltou a respirar o cheirinho do shampoo de Taehyung.

Era muito impossível que o universo fosse assim tão pequeno e uma coincidência dessas fosse possível. Fora que, se Soojin fosse realmente Sora, ele sabia desde sempre muito bem quem Jeongguk era. Ele saberia reconhecer seus desenhos e sua voz.

Ou... Não? Jeongguk nunca mostrou fotos suas, apenas gravou musicas. E, bom, a qualidade dos áudios não era das melhores.

É, talvez fosse muito absurdo pensar que Soojin fosse Sora esse tempo todo.

Quase tão absurdo que pensar que ele, o garoto tão tímido e anti-social do colégio estivesse namorando a pessoa mais famosa da faculdade e ainda por cima um modelo de revista.

“Você acredita em destino? Jeonggukie?”

Ouviu a voz de Taehyung vindo das suas lembranças, juntamente com o sorriso brincalhão e os olhos de mar profundo que o engoliam sempre que encarava demais. Jeongguk não sabia direito como lidar com essa coisa de destino, mas se ele continuasse ao seu lado lhe trazendo coisas boas, não tinha nada contra também.

“Você acha que foi destino a gente se encontrar?”

Se fosse esse o caso, Jeongguk tinha que agradecê-lo imensamente. 


Notas Finais


Alguém me pediu para avisar antes de sair o último capítulo da fanfic para ela poder se preparar e, bom, eu ainda não sei? Digamos que eu não sei se consigo colocar o que falta em apenas um capítulo, ou se faço dois... Eu estava pensando em deixar a data do último capítulo meio que programada para quem gosta de ler com calma, preparar comidinha ou coisas assim (essa pessoa disse que queria comprar morangos??) então pensei em quando eu terminar o último capítulo eu soltar um jornal quem sabe? Avisando tipo, olha daqui a dois dias eu posto o cap askdjhvasd algo assim.

Eu queria pedir desculpa caso esses últimos capítulos estejam corridos ou talvez sem muita profundidade, não encarem como se eu não gostasse mais dela... Eu tenho um carinho enorme por ela e pelos meus personagens, mas eu mesma sinto que não tem a mesma intensidade do começo da fanfic e isso pode ter vários motivos jahvdsjahsd eu particularmente acho que sou boa em escrever tristeza e drama, aí quando as coisas ficam mais felizes eu acho que dá um "bug" no meu cérebro kkkkkkkkkk fora coisas pessoais e ENFIM, quero agradece TOOOOODO o apoio, as mensagens bonitas, a paciência, tudo. Eu amo vocês, sério, vocês são muito especiais. Estou pensando em como agradar vocês ao fim da fanfic, espero conseguir bolar alguma coisa legal.

Então para resumir, não sei se esse é o penúltimo capítulo ou o antepenúltimo e vou avisar por jornal quando será postado o último cap, isso soa bem?

É isso, obrigada, até o próximo 💙


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