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História Babá - Bendita escada.


Escrita por: toxxkk

Notas do Autor


Voltei!
Acredito que eu vá atualizar pelo fim de semana, com certeza o capítulo três venha no próximo sábado ou no domingo. Obrigado pelos favoritos e comentários, foi mais do eu esperava para o capítulo passado.

Capítulo 2 - Bendita escada.




Minhyuk



Quando perguntam se cuidar de uma criança é fácil, uma pessoa experiente dirá que depende da criança e sua capacidade para o trabalho, ou falaram de um tal jeito para cuidar dos pequenos, um inexperiente dirá que é super fácil, os experientes estão certo, lógico. Crianças não são objetos para cuidar de qualquer jeito, digo isso não por fazer parte dos experientes – mesmo cuidando de graça para o filho do meu amigo, àquele da cafeteria. – , e sim porque essas criaturinhas merecem todo amor, mesmo sendo como Changkyun.


Corri pelo quarto todo atrás dele para poder banhá-lo, escorregando uma vez ou outra por conta dos brinquedos espalhados. Ele se recusava, gritava, pulava na cama, se sujava mais, se escondia, me assustava, e outras que nem vou citar.  


Não que eu esteje velho, ainda na casa dos vintes e pouco, mas chegou uma hora que não me aguentava mais, me encostei na janela, e vi minha preciosa bicicleta sendo levada embora, um filme em como foi duro pagar todas as parcelas veio em minha mente, as velhinhas que tive que ajudar, enganei até minha vó, – ainda hoje ela pergunta pelos livros da faculdade, foi minha desculpa, depois pedi mais dinheiro, para comprar realmente. Uma imagem de partir coração. A criaturinha me tirou dos pensamentos quando tocou em minha perna sujando minha calça com a tinta em sua mãos, deixei o fato de lado, e encarei. 


Mantinha uma carinha tão fofo, com o bendito beicinho, eu achei que ele havia se calado, se dado por vencido, entretanto o mundo hoje resolveu conspirar contra mim. Changkyun começou com sua euforia, ligado nos 220, gritando "pega-pega, vamos brincar", eu cedi, correndo novamente atrás dele, o banho deixa para depois.


Eu pegava ele, ele me pegava, até aí tudo bem, só que ele saiu do quarto, correndo por aquele corredor enorme, cheio de quartos. Maldita hora que deixei a porta aberta! Se bem que ele não está perdido. Saí a sua procura abrindo uma porta ou outra, nunca o encontrando, achei a tela do Picasso na escada pronto para descer, corri até lá, ele desceu, e então aconteceu ...


No último degrau meu pé torceu, caí, derrubei alguém, folhas de papel voaram e um café quente, não em mim, na outra pessoa.

 Bendita escada! Bendito Changkyun! 

Changkyun correu para o colo de um dos morenos que se juntaram a bagunça. Fiquei no chão mesmo, caí de bunda, não nego, está doendo. Meu plano de ficar pelo chão foi por água abaixo quando ví a outra pessoa que havia caído, nada mais, nada menos que meu chefe, reclamava enquanto se levantava do café ter caído em sua roupa, ter sujado, e o queimado, parecia um velho ranzinza. Ele me olhou e levantei num pulo.


— Não tem controle, não? – ele tirou o blazer, quem fica de blazer em casa? Depois tirou a camisa social, e olha, me deu uns troços — Não vai falar nada? – não, estou ocupado babando por ti... Espera, como Lee Minhyuk? Lembre-se da bicicleta. Me recompus, mas antes de responder ele jogou as roupas para mim, folgado. — Limpe. Vem filho, papai vai te dar um banho. — até ia retrucar, mas a cena dele pegando o filho no colo foi tão fofa, sorria para o pequeno, passava a mão nos cabelos cheio de tinta seca. 


Lavar as roupas eu não lavei, a governanta levou para quem é designado a fazer isso. Os dois homens não conheci, pois logo saíram sem falar nada, acredito que sejam os tios de Changkyun, subi novamente aquelas escadas, não simpatizei com elas desde o começo. Quando entrei no quarto do menino, havia duas garotas limpando a bagunça, em outra porta que era o banheiro Changkyun estava com o pai que brincava com menino enquanto ele lavava o corpinho pequeno da criança. Assisti toda a cena, quando terminaram perceberam minha presença, ele colocou uma toalha por todo o corpo do menino, agora sem a tintas, e quieto, pude ver como ele é fofo.


— Se acontecer mais alguma coisa hoje, eu te demito. — disse sério, e me entregou o menino, antes de sair deu um beijo na bochecha do filho. Me demitir? É muita audácia, o grande sofredor dessa história sou eu. 


— Ele não vai te demitir, você vai embora primeiro. – Changkyun responde. — Que nem às outras. 


— Elas não aguentaram cuidar de você? – assentiu com um sorriso brilhante.  


Saímos do banheiro e agora parecia um quarto de verdade, sem tinta nas paredes, sem giz de cera no guarda-roupa, os brinquedos no lugar, a cama arrumada, nem acredito na rapidez delas. Coloquei-o na cama, falando para ele ficar quieto, duvidando tranquei a porta. Claro que ele não ia ficar, sentado esperando ser arrumado, quando virei para pegar uma roupa, ele saiu correndo pelo quarto pelado gritando "espírito de atleta". Tão atleta que corre pelado, depois de um tempo consegui vesti-lo. 


[...]


— Hyung, quero ir passear. — estávamos deitado na cama dele, ele me fazia de cavalinho quebrando os ossos da minha coluna, havíamos brincado bastante, ele ainda tinha pique para passear, nem eu que sou eu estava cansado, só queria dormir, e acordar amanhã a noite. 


— Está bem. – ele saiu de cima de mim, calçou o tênis e saímos, ele caminhava na minha frente. 


Na sala estava Jooheon, um homem de cabelos pretos com mechas verdes – estiloso. –, a blusa branca marcava o corpo escultural, pele branca, com uma almofada tampava seu rosto, o outro também tinha seus cabelos negros, um pele parda, olhos pequenos, uma boa forma, estava distraído com um livro de capa azul. Eram os mesmo de antes, Changkyun respondeu que eram seus tios, Hoseok e Hyunwoo.


— Aonde vão? – Jooheon perguntou. 


— Vou levá-lo para passear. 


— Eu vou junto. – dei de ombros, ele pegou na mão da criança, apenas segui os dois. 


Fomos caminhando, havia um parque alí próximo, Changkyun ia calmo, contava como foi seu dia para Jooheon que ria, e sempre procurava mais conversa com o pequeno. Não demorou muito para chegarmos no local, crianças e seus pais transitavam por ali, as luzes dos brinquedos aos poucos que escurecia iam acendendo, Changkyun escolheu o primeiro brinquedo, quando ele entrou ficamos esperando-o, fiquei encostado em uma grade que dividia cada brinquedo, observando toda a animação das crianças. 


— Desculpe por mais cedo. – nem percebi quando meu patrão chegou. A boa educação resolveu finalmente bater na porta dele.


— Tudo bem. Também me desculpe por ter feito você derrubar o café.


— Não queimou muito. – e na hora gritou comigo se tivesse arrancando o couro.


— Começamos mal, acho que deveria me dar bem com quem vai cuidar do meu filho. – se encostou na mesma grade. — Então como é Lee Minhyuk?


— Licença, isso está estranho.


— Calma, não estou dando em cima de você, longe disso. – chegou nem perto do que imaginei, pensei que ele iria me levar para um beco escuro e me decapitar.


— Nem pensei nisso. – dei meu sorriso mais sincero. Changkyun chegou com ainda mais energia, querendo brincar mais e mais.


Nunca fiquei tanto tempo em um parque de diversão, Changkyun foi em quase todos os brinquedos, tomou vários sorvetes, reclamei com Jooheon para não dar tanto a ele, quem disse que me ouviu? Pai irresponsável. Ficar tanto tempo com os dois não foi algo sem graça, foi ótimo, Chang e uma criança incrível, sempre fazendo perguntas, brincando, e brigando. Estávamos sentado esperando Chang no escorrega quando vimos ele puxar o cabelo de um garotinho, e colocar sorvete na cabeça da mesmo, eu e Jooheon saímos correndo com ele antes que os pais do menino descobrissem quem fez aquilo. 


Paramos um pouco para respirar, poderíamos ter parado um pouco mais atrás, mas vimos o pai do garoto na nossa direção. 


— Minhas costas! – Jooheon reclamou, ele carregava Chang no colo, colocou o no chão e se alongou.


— Chang, olha onde nos meteu. – exclamei para a criança. Foi muita correria para apenas um dia. 


Estávamos prestes a voltar para casa, quando simplesmente me puxou pela mão, a mão de Jooheon, era quente, macia, me deu uma sensação boa, de segurança, não queria soltar mais. Caminhamos os três juntos pelas calçadas largas, o céu estava estrelado, a temperatura média. Chegamos em um café bastante conhecido por mim, o estabelecimento estava prestes a fechar, apenas uma pessoa restava sentada no fundo, quando entramos olhei no relógio, faltava poucos minutos para às 21:00 horas, o tempo passa voando. Escolhemos nos sentar um pouco mais na frente, nos assentos como sofá, logo o pequeno Kihyun apareceu, seguido de seu pai Hyungwon, dono do estabelecimento e meu amigo, o antes citado. 


— Minhyuk! Jooheon. – eles se conhecem? 


— Vocês se conhecem? – perguntei. 


— Nos conhecemos de várias reuniões, Kihyun e Changkyun estudam juntos. – Hyungwon responde. As duas crianças, se encaravam sorridentes. — Então, não querendo ser rude, mas estamos fechando por hoje. – a última pessoa saí.


— Minhas costas estão um pouca doloridas, posso descansar um pouco aqui? – Hyungwon assentiu e depois saiu, quando aconchegou-se melhor, Jooheon recebeu um telefonema, bufou, mas atendeu, levantou-se e foi para os fundos. As duas crianças brincavam usando a imaginação. 


— Sortudo. – Olhei para a criatura magra, com uma interrogação na cara. – Jooheon. 


— O que? — apontou para ele e para mim e desenha um coração no ar. — Não, longe disso. – não acredito que ele pensou que estou em um relacionamento com o Lee. — Ele é meu patrão. 


— Investe nele. – o olhei incrédulo. 


— Investe você que está na seca há anos. – ganho um tapa no braço, massageio o local. — E ele tem um filho, – aponto para Changkyun que dormia enroscado a Kihyun.— Provavelmente é casado. – pelo menos eu acho, se bem que não vi nenhuma mulher naquela casa, fora as que trabalham lá.


— Não é como se eu estivesse na "seca", só não quero me envolver com ninguém. – depois que a mãe de Kihyun abandonou eles a três anos atrás, Hyungwon nunca mais se envolveu com ninguém, nem para passar uma noite. — E sobre Jooheon, acho que ele não é casado. – pego Changkyun no colo, deixando o pequeno espaço apenas para Kihyun.


— Mesmo assim, não estou atrás de macho. – ele me olhou como "sei".


Jooheon volta bastante irritado, algum tempo depois tínhamos chegado na casa deles, minha temporariamente. Não demorou muito, viemos de táxi, pelo cansaço, e pelo pequeno dormir profundamente. A raiva consumia totalmente Jooheon, e acredito ser por causa da ligação que recebeu. Descontou sua raiva nos objetos, gritava, chutava, quebrava, apenas ouvia tudo do quarto de Kyun. Ele estava totalmente diferente de hoje a tarde no parquinho, de um cara feliz, brincalhão, um pai amável e cuidadoso, – menos na parte dos sorvetes. – para um animal descontrolado. Ainda bem que o pequeno dormia tranquilo, para não ver seu pai assim. 


Quando não havia mais barulho, desci as escadas devagar, encontrando meu patrão deitado no sofá, reclamando baixo agarrado a uma garrafa de vinho, pelo seu estado havia tomado a garrafa toda. Poderia ter passado reto, ter ido me deitar, meu corpo pedia por descanso. Como bom ser humano que sou me aproximei de Jooheon, ele chorava, efeito colateral da bebida, tinha uma garrafa de Whisky pela metade no chão.


— 'Tá tudo bem? – ele continuava a chorar. — Oi? – o empurrei de leve. 


— Eu te odeio. – como? — Mas te amo. – falou embolado. Outro efeito da bebida.


O levantei e arrastei até o seu quarto, quer dizer levei-o até um quarto qualquer. Durante o ato, o mais complicado foi subir as benditas escadas. Eu sou uma ótima pessoa! Fui para o quarto e depois de um banho me deitei sentindo o cansaço ir embora de meu corpo, apenas um dia eu fiquei esgotado, nos outros podem encomendar o caixão. 









Brincadeira! 




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