História Babá de um capetinha - Vhope - Primeiro dia

  - Cara eu não vou aguentar! - Dizia Jungkook andando de um lado pro outro totalmente paranóico.

  - Olha pra mim! - Agarro seus ombros, o olhando firme. - Vamos conseguir! Tenha fé homem!

  - Mais ele é o anticristo, Taehyung-ah! - Continuou com a expressão apavorada.

  - Eu sei, por isso a gente tranca ele no quarto onde vai ter páginas da bíblia, depois vamos tacar sal grosso e por fim água benta. Entendeu? - O balancei, ele estava me deixando louco. Assim como aquela criatura que viria a me deixar. - Não sei se o demônio vai sair do corpo dele, mas pelo menos vamos deixá-lo mais calmo! - Era pecado chamar uma criança de anticristo? Eu não sei, mas com certeza aquele moleque tinha problemas.

Eu precisava me arriscar, mas com certeza não iria fazê-lo sozinho, precisava arrastar o azarado do Jungkook. Estão confusos, não é? Irei explicar. Digamos que eu decidi ser babá de uma criança "adorável" chamada Park Jimin, ele é um pesadelo.

Mas porque estou fazendo isso? Pra ajudar a família que realmente precisa, mas não existe nenhum ser que queira se arriscar? Ou porque quero ser o futuro namorado do irmão dele? Lógico que a segunda opção.

Qual é? O irmão dele é personificação da beleza, aquele gostoso.

  - Não sei se isso vai funcionar. - Disse Jungkook, se distanciando do meu alcanço. - Quero sair fora dessa cilada.

  - Escuta aqui, seu narigudo! - Apontei o indicador em sua direção, ameaçador. - Você tem que me ajudar, você me deve!

  - Desde quando? - Perguntou colocando as mãos na cintura.

  - Se lembra quando você se cagou nas calças no shopping? Quem teve que implorar para a mamãe comprar uma nova pro amiguinho? - Sorrio maldoso. Havia sido épico aquele dia.

  - Em minha defesa colocaram laxante na vitamina de mamão! - Bateu o pé no chão irritado.

  - Uhum, sei.. isso não importa, o que importa é que eu ainda tenho o vídeo. - Riu. - Não quer que ninguém saiba, não é?

  - Seu filho de uma deusa! - Trincou os dentes, mas logo se deu por vencido. - Eu aceito! Mas não me responsabilizo se eu jogar aquele capeta pela janela!

Vou ter que levar a água benta pra benzer aquela criatura

⟨•••⟩

O dia foi corrido, mas pelo menos tive tempo de stalkear o Hoseok, aquele delícia.  O dia foi complicado em todos os pontos, principalmente na aula de matemática, odeio números, menos o número do mozão. Ok, foi sem graça.. nem tenho o número dele.

Bom, se o dia foi terrível, imagina a tarde. Já estava me arrependo de ter me sacrificado. Eu e o Jungkook não exageramos quando chamamos ele de anticristo.

Agora estávamos nós dois, quase borrando as calças indo em direção a casa dos Jung, a qual eu sempre quis entrar, mas entrar como namorado do Hoseok e não o babá do irmão dele. Mundo injusto.

  - Aperta você. - Me empurrou para que eu apertasse a campainha, mas eu fiquei tremendo de medo. E se fosse o moleque? - Vai, porra!

  - Já tô indo, seu merda! - O respondi apressado e toquei aquela merda.

Ficamos esperando em silêncio, apenas se entreolhando aniosos para saber quem atenderia. Logo a porta foi aberta, mostrando quem havia aberto.

A senhora Jung.

  - Que bom que chegaram! Entrem! - Disse sorrindo, nós dando passagem para entrarmos, foi o que fizemos.

A casa era perfeitamente arrumada, será que realmente tinham um demôninho em casa?
 
  - Gostaria de parar e conversar um pouco com vocês, mas estou com pressa. - Dizia enquanto pegava sua bolsa do sofá. - Meu filho mais velho vai passar uma pequena lista sobre o que fazer para o Jiminnie. Cuidem bem dele, voltarei as sete. - Disse e acenou pra nós, sem ao menos deixar que falássemos qualquer coisa, e saiu.

  - Ok, agora a gente espera o Hoseok? - Perguntou Jungkook me olhando. - Pra onde ele vai que ele não pode ficar com o irmão?

  - Aula de violino. - Respondo rápido, o olhando estático. - Ele é liberado as quatro, mas depois tem aula de dança.

  - Como.. você sabe? - Perguntou me olhando estranho. Eu não sou doente, eu juro.

  - Contatos.. - Sorri amarelo. Dos meus podres jamais contarei!

Ele demorou pra descer, mas desceu. Ele estava todo lindo arrumadinho, era o típico menino certinho. O que me deixa surtado. Afinal, ele é um tesão ambulante com aquele jeito de bom moço.

  - Desculpem a demora, eu precisava arrumar umas coisas. - Disse vindo até nós, e estendeu uma lista. - Aqui é algumas coisinhas sobre como cuidar do meu irmão, e caso aconteça algo aqui estão os números que devem ligar. Agora preciso ir. Tchau garotos! - Ele deu um pequeno sorriso e saiu todo atrapalhado.

  - Tchau, Hyung! - Gritou Jung, e logo voltou seu olhar a mim. - O que fazemos?

  - Deixa eu ver.. - Digo enquanto olhava a lista, era pouca coisa, mas mesmo assim cada uma parecia complicada. - Acordar ele.

  - Aigoo... - Choramingou, e eu fiz o mesmo.

Primeira coisa.. acordar o capetinha.

⟨•••⟩

Será que tem como ficar pior?

Estou eu estirado no chão, totalmente sem vontade de viver, assim como Jungkook. Aquele moleque era sim demoniado, não era possível!

Ele riscou em nossa cara, jogou massinha de modelar no cabelo do Kook, chutou minha canela, e ainda fez a gente se vestir de frutas!

Só se passou uma hora e o moleque havia feito aqueles crimes!

  - Se levantem bobões! - Dizia o garotinho com uma arminha na mão. - Quero brincar de tiro ao alvo no quintal!

Só de ouvir aquela vozinha eu sentia vontade de chorar, porque tanto sofrimento? E isso é o primeiro dia, só vai ficar pior!

  - Se levanta dentuço! - Só ouvi o resmungo do Jungkook quando este levou um chute na barriga.

Ele me olhou com expressão dolorida, então retribuí o olhar. Estávamos juntos nessa, melhores amigos.

  - Você me paga, Kim!

Mais essa..