Observei meu dominador me encarar, mortalmente, depois de fitar o papel que eu havia lhe entregado.
— Qual foi o nosso combinado em relação aos seus estudos, Park Jimin?
— Que eu iria me esforçar para melhorar minhas notas e me formar, no novo colégio que você me matriculou. — Respondi, olhando meu all star vermelho, bem gasto.
— Oh, você se lembra? — Perguntou, ironicamente. — E em qual parte essa suspensão de três dias, se encaixa no nosso acordo?
— Nenhuma, Jun.
— Você iniciou uma briga, Park? — Releu a advertência, desacreditado.
— Não foi assim que aconteceu. — Murmurei.
— E o que exatamente aconteceu? — Perguntou, sem paciência.
Por mais que meu namorado estivesse bravo comigo, eu sabia que ele me deixaria expôr meu lado da história e que acreditaria em mim.
— Um babaca me provocou e eu acabei acertando o rosto estranho dele. — Dei de ombros.
— Você quebrou um dente da boca dele, Jimin.
— Eu também me machuquei! — Me defendi, irritado por lembrar da situação de mais cedo.
O moreno se levantou de sua cadeira de couro e andou, lentamente, até estar em minha frente, me observando melhor. Por mais que eu estivesse machucado, não havia nenhum ferimento grave.
Jungkook passou seus dedos em meu rosto, contornando o olho meio arroxeado e fitou o corte fino em meus lábios. Suas mãos desceram para minha camiseta branca suja e grunhi, desconfortável, quando suas mãos se aproximaram de meu abdômen. Jeon arqueou as sobrancelhas.
— Tire a camiseta.
— Jun…
— Eu não vou repetir. — Relutei, cedendo a sua ordem, quando o mesmo fez a menção de tirá-la por mim.
— Por Deus, Jimin! — Soltou, horrorizado ao olhar o hematoma esverdeado, próximo ao meu umbigo.
— Não foi nada. — Fiz pouco caso de minha situação.
— Você está brincando comigo? Você foi suspenso por mandar um pessoa para o hospital! E agora está aqui na minha frente, todo machucado. Eu nem sabia que você sabia lutar, Park!
— Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe. — Murmurei, me arrependendo logo em seguida, quando Jeon me olhou, afetado.
— Então me conta, meu amor. Por favor. — Sussurrou pausadamente, implorando por uma explicação.
Meus olhos marejaram e eu neguei, balançando a cabeça.
— Eu já não sei mais quem é você. — Se endireitou, deixando toda sua pose suave para uma dura e decepcionada.
— Eu sou o seu garoto, Jun. — Sussurrei desesperado, tocando sua mão.
Quando Jeon encarou meu toque e me afastou, não aguentei mais segurar minhas lágrimas, deixando-as cairem livremente por meu rosto.
Estava triste e furioso comigo mesmo por não conseguir contar a Jeon nada sobre meu passado, com medo de não ser aceito, ou ser olhado com outros olhos. Eu tinha medo de afastar Jungkook de mim.
— Vá para casa, Park. — Mandou, mexendo em seu celular de costas para mim.
— Papai… — Chamei, aflito.
— Seu Uber está esperando lá embaixo. — Abriu a porta, atrás de mim, esperando que eu me retirasse.
— Me desculpa.
— Vá para casa. — Repetiu, firme.
E assim eu fui, sem nenhum beijo de despedida ou um apelido para suavizar o gelo. Nada.
Passei o resto da tarde chorando, arrependido e também dolorido pela briga de mais cedo.
Meu dominador chegou no final do dia, e me tratou com a mesma seriedade com que me "expulsou" de sua empresa.
Punição psicológica.
O mais velho me mandou tomar banho, sozinho, e tratou de meus machucados. Fez os curativos da forma mais delicada que achou, mas não disse nenhuma palavra reconfortante durante o processo. Acho que ele estava realmente bravo comigo.
A noite ficou pior quando minha mamadeira e minhas chupetas foram confiscadas, assim como meu celular, como uma forma de me castigar naqueles três dias em que eu ficaria em casa.
A cada "Jimin" ou "Park" proferido pelo meu namorado, meu coraçãozinho ficava mais apertado. Eu não gostava de decepcionar meu papai.
— Você irá dormir no seu quarto hoje. — Avisou, me fazendo arregalar os olhos.
Dormir sozinho era quase um limite para mim. Eu poderia usar minha palavra de segurança a qualquer momento, mas no fundo, eu mesmo me culpava por não conseguir me expressar e explicar a verdadeira causa da briga, então eu queria me punir por isso, e Jeon sabia disso, tanto é que negou desacreditado e decepcionado, quando assenti.
— Sim, senhor.
No fundo, meu dominador estava sofrendo mais do que eu em me punir daquela forma e conclui isso, quando mesmo me proibindo de usar a mamadeira, Jeon fez meu leite de banana com aveia e me entregou em uma caneca, antes de me levar para o quarto onde eu nunca havia dormido sozinho.
Obviamente, o leite não teve nenhum efeito tranquilizante e eu passei a noite inteira em claro, sem conseguir fechar o olho, fungando e abraçando um ursinho que estava em cima da cama.
Quando o despertador de Jeon soou pelo segundo andar, indicando sete horas da manhã, levantei fungando e fui até a porta de nosso quarto, exitando um pouco antes de bater.
— Entre. — Autorizou Jungkook, sua voz saindo abafada pela madeira.
Abri a porta e entrei, receoso, ganhando o olhar de Jeon sobre mim.
O moreno também não parecia ter tido uma noite de sono boa, suas olheiras denunciavam isso, e nós dois sabíamos que ele não conseguiria descansar sabendo que eu estava sofrendo sozinho no quarto ao lado.
— Me deixa deitar com você, papai. Por favor. — Juntei os dedos, implorando.
— Jimin. — Desviou o olhar, incomodado, pronto para negar meu pedido. — Não faça isso.
Prendi o ar.
— Eu fazia programas antes de te conhecer. — Confessei impulsivo, arregalando os olhos com alívio que senti ao finalmente conseguir dizer algo sobre mim.
— O que?
— Não fica com nojo de mim! — Me ajoelhei, chorando enquanto repetia a mesma frase, baixinho.
— Jimin, pare com isso. — Pediu, me olhando sem realmente saber o que fazer, pela primeira vez em muito tempo. — Levante-se.
Se levantou, vindo até mim e me ajudando a ficar em pé.
— Fique calmo, bebê. Por favor.
O abracei, me apoiando em si, sem forças para me sustentar sozinho. O CEO me ergueu em seus braços, me confortando, enquanto afirmava que jamais sentiria nojo de mim.
Meu papai se sentou comigo na cama e ficamos ali em silêncio.
— Eu só tinha dezesseis anos. — Iniciei, depois de acalmar minha respiração.
O empresário me olhou, carinhosamente.
— Não precisa falar se te fizer mal, bebê. — Relembrou-me.
— Eu preciso falar! — Afirmei, angustiado.
— Então me diga, meu amor. Estou ouvindo. — Alisou minhas costas.
Respirei fundo.
— Minha mãe era uma viciada em cocaína que acabou se envolvendo com outro viciado infeliz e engravidando de mim. — Pausei, lhe encarando antes de tomar coragem para continuar. — A família dela era muito religiosa e quando descobriram, eles a fizeram se casar com um garoto que estava prometido para ela e lhe dar o "golpe" da barriga, dizendo que o filho era dele.
— Eu sinto muito, Jimin. — Encostou sua testa na minha, depois de selá-la.
— Deu certo no começo, mas depois que eu nasci ele percebeu que eu não era nada parecido com ele e não demorou muito para a verdade aparecer. Por sorte, os dois realmente eram apaixonados um pelo o outro e ele me "aceitou" na família.
— Isso é bom, não é? — Questionou, tentando entender aonde eu queria chegar.
— Ele não me aceitou de verdade, Jungkook. Mas ele sabia que a família da minha mãe não permitiria que minha mãe me entregasse para a adoção ou qualquer coisa do tipo, por isso, os dois me tratavam como se eu fosse um peso em suas vidas. Minha mãe conseguiu se tratar e se livrar das drogas, por um tempo, mas quando eu completei quinze anos ela teve uma recaída. — Funguei, ao me lembrar de uma das piores fases de minha vida. — Minha mãe torrava todo nosso dinheiro em cocaína e meu padrasto sempre que me olhava lembrava do passado escuro da mulher. Ele estava com raiva de minha progenitora, então alegava que como eu não era seu filho de verdade, que ela deveria me sustentar. — Tremi, sabendo que essa seria pior parte da história.
— Respire, meu bebê. — Auxiliou, Jeon.
— Eu comecei a passar dificuldade. Meu padrasto não me fornecia o básico para que eu vivesse bem, e minha mãe dava todo seu dinheiro para os traficantes do nosso bairro. Eu estava desesperado. — Me justifiquei, chorando alto.
— Está tudo bem, Jimin. Eu não vou te julgar. O papai está aqui com você. — Me apertou em seus braços.
— E-eu conheci uma pessoa. E ela me ofereceu dinheiro para dormir com ela. Eu precisava comprar materiais e também precisava comprar comida para mim, então eu aceitei, pensando que aquela seria a única vez. Mas não foi.
Olhei o moreno sem expressão, e me encolhi.
— Machucaram você, Jimin?
— Não! — Neguei, indicando que eu não havia sido abusado, nem nada do tipo. — Eu quis e não foi ruim. Pensei que a situação em casa iria mudar, mas não mudou, então eu conheci outras pessoas e comecei a fazer programas de "verdade", quando eu tinha dezesseis. Estava tudo bem, até que meu padrasto me seguiu em um dia e descobriu o que eu estava fazendo. — Pausei, para respirar. — Você não está com nojo de mim, está?
— Eu jamais sentiria alguma coisa que fosse ruim por você, meu amor. — Me tranquilizou.
— Meu padrasto contou para minha mãe e eu apanhei pela primeira vez na vida. Levei uma surra daquele homem nojento, enquanto minha mãe me olhava como se eu fosse o lixo mais sujo do mundo. Depois disso, quando meu padrasto descobriu que eu era gay eu apanhei mais duas vezes, e então eu aprendi a lutar e quando eu revidei pela primeira vez, nenhum deles nunca mais encostou a mão em mim. Mas as palavras que me destruíam por dentro, eram piores do que as cintadas dos dois.
— Por isso você nunca gostou de spanking? Fazia você se lembrar de quando apanhava.
— Sim. Eu sabia que você jamais me machucaria da mesma forma, mas me trazia lembranças ruins. — Confirmei.
Não percebi que estava chorando tanto, até meu namorado passar suas mãos em meus rosto, limpando o excesso de lágrimas de minha face, e beijando minhas pálpebras no processo.
— Quando meu padrasto ficou desempregado, minha mãe já estava mais recuperada da recaída e me chantageou emocionalmente, para que eu voltasse a fazer programas e lhe desse o dinheiro para nos manter em pé.
— Céus, Park. — Soltou, em choque.
— Eu queria ser útil de alguma forma, queria que eles gostassem de mim, então eu obedecia, mas isso me atrapalhou na escola. Às vezes os horários batiam e outras vezes eu não tinha o mínimo de disposição para estudar ou aparecer nas aulas, logo eu parei de estudar. Quando eu fiz dezoito, eu decidi que não queria mais acabar com meu futuro daquela forma e parei de fazer programas. Foi quando eu vi o anúncio da Euphoria, me inscrevi para o processo seletivo e me matriculei novamente na escola.
— Acabou? — Perguntou calmo, quando fiquei em silêncio por um longo tempo. Neguei.
— Minha mãe se aproveitou da situação e disse que se eu quisesse continuar vivendo sob o teto deles, eu deveria entregar meu salário para ela, e eu obedeci.
— E a escola, porque repetiu duas vezes, gatinho? Tem ligação com ela?
— Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas alguém na escola espalhou que eu dormia com garotos por dinheiro, e você sabe, adolescentes são maldosos e nojentos. Alguns me assediavam, outros tiravam sarro, e eu não gostava de frequentar o colégio, então eu voltei a não ir. Mas eu te conheci e de algum modo, quando começamos a namorar, você sempre me incentivou a correr atrás do que eu queria, e me apoiou a me empenhar nos estudos, só que como eu já tinha muitas faltas, eu repeti o segundo colegial pela primeira vez. Eu fiquei desmotivado, só que eu precisava do emprego para pagar minha moradia aos meus "pais", então eu continuei na escola, porque era uma exigência do seu programa.
— Se você quiser parar, não precisa mais me contar, bebê.
— Espera, essa parte já tá acabando. — Suspirei. — Quando começamos a namorar, minha mãe descobriu que eu estava com você, mas ela achava que eu era algum tipo de puto particular. E ela ficou obcecada com a idéia de que eu estava escondendo a grana que ganhava dela, e então tudo começou a ficar ruim de novo. Em um dia, eu estava muito mal, e acabei encontrando algumas garrafas de bebida no armário da cozinha. Eu comecei a beber. Sempre que eu estava mal eu bebia e depois passava noite desacordado, ou vomitando, ou bêbado demais para lembrar o que eu tinha feito.
— Então você mentia para mim? — Perguntou, sem me julgar. Jeon já havia me apresentado ao BDSM naquela época, e como meu dominador, ele já tinha imposto ordens em relação a bebidas alcoólicas, uma delas era que ele não permitia que eu bebesse sem sua presença.
— Sim. Por isso as vezes eu te evitava por um tempo. Eu me sentia culpado. E aí, eu acabei vacilando de novo na escola. Eu via meus colegas antigos se formando, e ficava triste em ver minha situação, por mais que você me ajudasse indiretamente, eu não estava com cabeça para nada além de cerveja, ou transar com você, porque você me fazia bem.
— Você ficava comigo para não se sentir mal?
— Não! — Exclamei, agitado. — Não era pra compensar nada, Jun. Eu sempre gostei muito de você, e você me trata de uma forma maravilhosa, eu não consigo me imaginar com outra pessoa. — Expliquei. — Daí, eu repeti pela segunda vez. Aquele dia que você sentou comigo e perguntou o que estava acontecendo em relação a escola, e não permitiu que me demitissem, eu decidi que queria te fazer ficar orgulhoso de mim. Eu continuei me esforçando, mas alguns professores já estavam cansados das minhas recaídas e pegaram birra de mim, fazendo o possível para me ferrar nas matérias.
— E então suas notas ficaram ruins de novo? — Assenti.
— E aí o RH me demitiu. — Finalizei.
— Não foi o RH.
— O que? — Perguntei, sem entender.
— Eu demiti você, bebê. — Confessou.
— Você? Por que?
— Pensei que o trabalho estava te sobrecarregando, não queria que isso afetasse seus estudos, então justifiquei suas notas baixas e te demiti.
— Oh. — Sussurrei, tentando definir como eu deveria reagir.
— Eu sabia que seu relacionamento com sua família não era muito bom. — Declarou, desgostoso. — E eu realmente gostaria de cuidar de você e te mimar, então a proposta já estava idealizada na minha cabeça.
— Você planejou tudo? — Assentiu. — Eu não consigo ficar chateado com isso. Foi a melhor coisa que você fez por mim, mesmo sem saber disso na época. Eu finalmente consegui me livrar daquela casa e de todo o sofrimento que eles me fizeram, e eu estava muito feliz em saber que eu ficaria o tempo todo sendo cuidado por você. Fora o sexo. — Brinquei, rindo fraquinho.
— Você é viciado em transar comigo, bebê. — Declarou, sorrindo.
— Acho que devo ser, digo, estou com você só porque você realmente é muito bom de cama. — Provoquei, recebendo um beijinho na nuca.
— Você é um safado, gatinho. — Me olhou, intensamente. — Eu sinto muito por tudo, bebê.
— Você não está com nojo ou pena de mim, não é? — Perguntei, receoso.
— Eu tenho orgulho de você, Park. Você é mais forte do que eu jamais imaginei. — Sorriu. — Mas você podia ter me contado, não precisava passar por isso tudo sozinho. Você sabe que eu arranjaria um jeito de te ajudar.
— Me desculpa. — Pedi arrependido, surpreendendo-me com sua reação. — Eu amo você.
— E eu amo você. — Respondeu minha declaração, me beijando, apaixonado. — Você teve algum contato com eles depois que saiu de casa?
— Ela veio aqui uma vez. — Confessei, recebendo uma careta confusa do empresário. — Minha mãe. Foi aquele dia em que você me achou chorando no quarto.
— O que ela te fez? — Perguntou, irritado.
— Eu não quero mais falar. — Fiz um bico, que logo foi fracamente mordido pelo meu namorado.
— Certo, gatinho. Você já falou muito por hoje, tudo no seu tempo. — Me olhou, com carinho. — Fico muito feliz que tenha confiado em mim o suficiente para me falar algo tão traumático em seu passado.
— O problema não era confiança, papai. Eu só tinha receio de que você não me quisesse mais, depois de saber tudo.
— Quando decidi que te queria, meu bem, eu estava disposto a aceitar todas as perfeições e imperfeições que você traria em sua bagagem, assim como estava disposto em lhe ceder todas as minhas.
— Eu te amo tanto, papai. Do tamanho do universo e da quantidade das estrelas. — Falei, emocionado.
Jeongguk encheu-me de beijinhos e ameaçou me fazer cócegas, mas gritei, desesperado e o moreno parou, se lembrando de meu estado.
— Você não vai mais me punir por não te contar a verdade, não é?
— Eu estava muito chateado com você, Jimin, mas não te puni por conta da omissão de questões pessoais. Eu lhe puni por agredir fisicamente outra pessoa. Isso não fazia parte do seu comportamento. Eu não te adestrei assim. — Explicou sério, engoli em seco.
— Ele mereceu, Jun!
— Não vou lhe perguntar a história por trás do acontecimento hoje, bebê. Você já se lembrou de muitas coisas ruins, por enquanto.
— Então minha punição acabou? — Sorri, me animando.
— Você sabe que não sou irresponsável, e não posso punir você em um momento delicado como esse, você está abalado emocionalmente. Mas, de certa forma acho que já foi o suficiente. Com exceção do celular. Você ainda está proibido de usá-lo.
— Posso conviver com isso. — Declarei, conformado.
— Você está cansado? — Assenti. — Não conseguiu dormir, sim? — Neguei.
— Você também não, papai.
— Não consigo relaxar quando estou punindo você. Pode não parecer, mas dominadores sofrem tanto quanto ou até mais, quando punem seus submissos.
— Me desculpa, Jun.
— Está tudo bem, por hora. Depois conversaremos melhor sobre isso. Agora vamos descansar, sim? Eu não via a hora de poder dormir agarradinho com você novamente, Jimin.
— Eu também, papai. — Suspirei. — Minha barriguinha está doendo. — Passei a mão sobre a coloração feia em minha barriga.
— Vou passar uma pomada aí. — Avisou e pegou um tubinho no criado mudo, espalhando o gel em seu dedo e levando-o até o recém machucado.
Arfei pelo contato dolorido, reprimindo um gemido de dor, e agradeci quando o remédio aliviou a sensação, segundos depois.
Haviam muitas coisas para serem ditas ainda, muitas questões importantes para serem explicadas, mas eu me sentia muito mais leve em ter compartilhado uma pequena parte de mim com o Jeon, logo, sorri antes de relaxar, instantaneamente, com a mão do mais velho em meus fios e cair no sono.
Jeon deitou e me colocou ao seu lado e então, confortáveis com a presença um do outro, dormimos juntinhos de mãos dadas.
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