1. Spirit Fanfics >
  2. Baby I'm Yours >
  3. Srt. Mermaid

História Baby I'm Yours - Srt. Mermaid


Escrita por: Little4Muffins

Notas do Autor


OLAAAAAA QUERIDOS.
Bem eu vou fazer um textinho bonitinho aqui nas notas então la vai:
Pra quem não conhece Bechloe é um dos shipps mais lindos existentes, porém infelizmente ele tem poucas opções de fics BR, então sendo uma shipper louca pelo meu casalzinho que se DEUS QUISER E ELE QUER SIM vai ser canon em Pitch Perfect 3.
Esta ideiazinha de one saiu de uma ajuda lindíssima chamada DANIELLE, q é a melhor pessoa do mundo e eu amo pacas, e ela me ajudou no que esta história se tornaria.
Eu vou agradecer a Evy também porque eu sempre agradeço ela e sei q ela quer q eu agradeça.
Espero que todo mundo goste , este é um trabalho que tomou 4 dias dessa pessoa aqui, eu me esforcei para que ficasse algo bom, algo que vocês gostem e espero mesmo que GOSTEM.
NAO DEIXEM MEU SHIPP MORRER
NAO DEIXEM MEU SHIPP ACABAR

Se você NUNCA assistiu "A Escolha Perfeita (1 e 2)" vá assistir, se você nao curte musical NAO ASSISTA por que não quero ninguém falando mal das minhas amorinhas.
E é isso
Três pessoas que eu SEI que vao ler e dedico essa one:
• Tia Danielle
• Evenly Unicórnio Cintilante
• Beatriz ( sim tu mesma mulher)

Obs. A Musica da one é Baby I'm Yours do Artic Monkeys
Obs2. SIM eu assisto Once Upon a time ent a ideia de sereia veio de la.

Capítulo 1 - Srt. Mermaid


Fanfic / Fanfiction Baby I'm Yours - Srt. Mermaid

Beca
Era para ser mais um dia normal no navio, ERA! Estava sentada próximo ao meu capitão, enquanto o mesmo contava-me alguma coisa sobre quando ele era apenas o imediato entre os tripulantes, cargo que atualmente era meu, e eu me orgulhava muito disso. Estávamos no momento "pausa", enquanto o resto da tripulação estava atenta ao mar, eu escutava Jesse falar orgulhoso de uma de suas aventuras.
Não prestava atenção a nada do que ele dizia, meus olhos fixos ao infinito da maré, fazia indagações impossíveis em silêncio, enquanto esquivava de algumas investidas de meu capitão. Ele já tentou me beijar várias vezes, quando, ancorávamos o Barden Mills e descíamos para passar uma noitada em terra bebendo e curtindo, algumas vezes até retribui, mas não gostava dele, não desse jeito. Ele fazia parte da minha família, digo, aquele navio, aquela tripulação para mim é uma família, uma família que me acolheu quando entrei para a marinha.
Me lembro até hoje, quando a diretora do orfanato onde cresci disse que eu não poderia viver mais ali, e que não tinha opção a não ser viver na rua. Sai caminhando pela cidade, por vários dias passei fome, até descobrir que a marinha estava precisando de novos marujos, e eu não pensei duas vezes em tentar, eu não era fraca, quando mais nova ganhei alguns campeonatos de nado e luta, pois no orfanato nos obrigavam a nos exercitar, diziam que crianças que não têm força não são adotadas, nada que adiantou muito, já que nenhuma família se interessou por mim. Treinei por algumas semanas antes de ser convocada para servir com o mais novo capitão Jesse, diziam pela marinha que um navio guiado por ele não sobreviveria por muito tempo, mas eu estava lá a 6 anos. O Barden Mills virou o navio mais temido pelos inimigos, quando estávamos em missão éramos imbatíveis. Depois de 2 anos servindo naquele navio, subi para o posto de imediata do capitão, e estava nele desde então.

 Deviam ser, umas 5 horas da tarde? Não tenho certeza, só lembro de ter dado total minha atenção ao homem do meu lado quando ele mencionou demônios lendários:
- ... quando percebemos estávamos sendo atacados por sereias- disse concentrado em alguma coisa em seu facão
- Sereias não existem - respondi rindo
- Você ficou quieta tanto tempo que achei que não estava me ouvindo - retrucou me olhando - Existem sim, aqueles demônios destroem seu barco antes que você consiga saber onde está... O último ataque que me lembro de ter sido registrado...- pensou por um tempo - ... Está dentro dessa rota que estamos fazendo hoje.
- Você quer dizer que vamos ser atacados, por seres semi-aquáticos? Isso é ridículo, não estamos em um conto de fadas Jesse, é a vida real! - disse encarando-o - Por favor, não quero que digam que meu capitão é louco pelos fiordes.
-Não disse que seremos atacados! E se formos ? E daí? Ainda temos a melhor tripulação de toda a marinha americana! Sobreviveríamos a isso sem problema algum não acha?- questionou sorrindo
-Acho...- e entramos em outro assunto aleatório.

Já estava escuro, o mar estava a nosso favor, e eu controlava o velho timão, enquanto ouvia as coordenadas ditadas por meu capitão. Nos aproximávamos de pedras, uma área muito perigosa para se passar durante a noite, mas preferimos não parar neste horário. Quando nos aproximamos daquele monte de pedras, percebi uma movimentação estranha do mar, e alguns marujos indo para a borda do navio tentando observar, o que diabos era aquilo?
Jesse me olhou e mandou que eu fosse descobrir o que estava acontecendo enquanto o mesmo tomava o controle do navio. Caminhei até onde estava um pequeno grupo de marujos e peguei um binóculo, tentando ver alguma coisa que explicasse toda essa movimentação do mar.

Devíamos estar a 500 metros de uma ilha, e por isso a quantidade de rochedos por ali, mas não havia nenhum vento que causasse tantas ondas, ouvi um marinheiro ao meu lado soltar um tom surpreso, mas não tinha conseguido ver o que era ainda.
Até que eu escutei, um dos sons mais lindos que possa existir, uma voz, apenas uma, tão linda que faria qualquer soldado durão se amolecer. E era isso que estava acontecendo, quando, olhei em volta pelo navio todos os marujos ali estavam sorrindo completamente extasiados, e andando na direção de onde o som vinha, paravam na borda do navio apenas para ouvir. Olhei para o capitão e ele estava com algo tampando os ouvidos, tentando desesperadamente controlar o navio no meio de ondas que agora estavam cada vez mais fortes e jogavam o navio de encontro a pedra. Ele estava sem ajuda, todos os outros, que controlariam as velas, ou qualquer outro comando do navio, estavam agora parados, procurando saber de onde vinha este som. Eu deveria ajuda-lo, deveria ir até ele e ajudar a controlar tudo no navio, nos tirarmos dali, mas eu não conseguia me mover, meu corpo queria mais daquele som. E em questão de segundos - segundos sim, pois do momento em que o mar começou a se agitar, até o som começar, foram segundos-, o navio estava indo sem controle algum em direção a um monte de pedras, e sendo completamente destruído, e então tudo apagou.

Chloe

Eu nunca gostei muito da ideia de meu pai, de destruir os navios humanos, mas ele dizia que o fato deles invadirem nossos territórios sem motivo, significava que deviam ser destruídos, pois estavam desrespeitando nossas leis. E eu, bem, eu era a princesa sucessora ao trono, e querendo ou não tinha que me contentar e seguir os passos de meus antepassados.

Ser sereia é uma coisa deliciosa, o mar é a minha vida, mas as vezes com o tédio eu saia para andar um pouco sobre terra, eu tinha poder para isso, era filha do rei dos sete mares. Não que fosse permitido a qualquer sereia fazer isto, mas eu fazia, ser rebelde era meu lema.

Estava sozinha na superfície a algumas horas, apenas observando o luar quando percebendo um navio enorme vindo na direção em que nosso reino fica, - a uns 3km de profundidade- e mesmo sem querer muito, sabia que aquela era minha obrigação e comecei a trabalhar.

Logo o mar todo estava com ondas enormes totalmente sobre o meu controle, enquanto eu cantava, pois meu pai dizia que isso distraia os marinheiros, e mais uma vez um navio enorme estava se espatifando de encontro as pedras e meu trabalho estava feito.
Resolvi conferir que todos os tripulantes estivessem realmente mortos, sim é uma forma horrível de pensar, mas se meu pai achasse que algum sobreviveu ele mesmo ia atrás de mata-lo. Nadei pelo meio dos estilhaços, encontrado vários corpos desfalecidos boiando, nenhum parecia respirar todos começando a esfriar pela temperatura da água. Até que encontro um, parecia ser uma garota, e pude perceber que respirava. Seu rosto todo arranhado, e partes da sua roupa rasgadas, suas pálpebras tremiam, como se seu corpo quisesse fugir daquele frio. Merda, ela estava viva, ela não deveria ter sobrevivido, sei que parece cruel da minha parte dizer que a garota deveria morrer, mas isso significava que corria o risco de meu pai matá-la, e eu não tinha coragem de matar alguém, não desse jeito.

Peguei seu corpo pequeno em meus braços e nadei até a ilha ali próxima, transformei minha calda em pernas, caminhei com a garota até uma caverna a qual eu me escondia do meu pai sempre que ia para a terra. Deitei seu corpo mole sobre uma pedra e comecei a tratar de seus ferimentos, ela era tão linda, não deveria estar naquele navio não deveria passar por aquilo. Para falar a verdade, ninguém merecia, mas isso é outro assunto.
Comecei a cantarolar enquanto rasgava sua roupa para tratar os ferimentos do abdômen, pode parecer ridículo para você mas as sereias tinham aulas de como funcionava o corpo humano, apenas para matá-los. Eu amo o meu povo, mas o fato dos humanos chamar-nos de "demônios" seja lá o que signifique isto, faz bastante sentido.

Beca

Sentia meu corpo todo dolorido, como se um cavalo tivesse trotando em cima de mim e não contente com uma ferradura de ferro. As imagens da tripulação desesperada quando o navio foi de encontro aquele monte de pedras, repetia varias vezes na minha cabeça. Eu tinha visto todos morrendo. Mas e quanto a mim? Tinha morrido também? Estava experimentando do inferno?

Minha cabeça latejava de dor, então tirei a conclusão de que morta eu não estava, sentia uma mão firme tocar em mim, e onde tocava ardia. Ouvi uma voz cantando, voz maravilhosa por sinal! Mas eu já tinha escutado esta música antes..., onde? Espera eu sei exatamente onde:
- NÃO TOQUE EM MIM- Levantei assustando a mulher a minha frente, senti meu corpo todo reclamar e voltei a posição inicial - Você... Você causou isso, é um monstro...- disse enquanto aquele demônio de olhos maravilhosos e cabelos vermelhos me olhava surpresa.
-Ahn... Se você prefere morrer tudo bem - disse dando de ombros e se levantando e virando para ir embora. Pense direito Beca sua idiota, ela estava te ajudando você nem sabe onde está, minha consciência gritou.
- Espere...- falei suspirando e ela se virou de volta para mim - Eu acho que não tenho escolha não é mesmo!?- a demônia revirou os olhos e voltou a se sentar como estava antes voltando a fazer, magia!? Para curar a ferida enorme em minha costela, porém não disse mais nada. - Eu sempre imaginei sereias como monstros horríveis - soltei sem querer
- Segundo os contos humanos somos criaturas magníficas que cantam de forma alucinógena...- disse fria
- Nunca gostei de contos...- retruquei e vi ela dar de ombros - Na verdade desacreditava de sua existência - me olhou de lado
- Esta com fome? - perguntou e eu senti minha barriga roncar
- Acho que sim - entortei a boca, detestava depender dos outros para as coisas, mas naquela situação eu não podia reclamar.
- Ahn... Você não come algas né? - perguntou confusa e eu neguei rindo um pouco, bem pouco menos já que doía até para rir. - Vou arranjar algo para você comer, não saia daqui, mesmo por que acredito que você não irá conseguir sair...
- Graças a você não, eu não consigo - respondi grossa
-Sobre isso conversamos depois - levantou-se e saiu da caverna.

Ela é tão linda, não conseguia imaginar um ser tão delicado daqueles destruindo um navio inteiro, mas eu já tinha visto ela o fazer. Será que só eu consegui sobreviver a aquilo? Eu teria que perguntar a ela quando voltasse.

...

Depois de um tempo a demônio voltou, já tinha acostumado meu cérebro a referir-se a ela assim, mas eu precisava saber seu nome.
- Meu nome é Chloe Beale- disse como se escutasse meus pensamentos,e talvez escute, sentando a minha frente e me entregando algumas frutas. - Coma.
- O-obrigada! - disse começando a comer, depois de um tempo em silêncio, onde eu comia e ela novamente cantava, tão bela sua voz; resolvi-lhe dizer meu nome - Beca Mitchell, é o meu nome - ela sorriu, e eu quase morri, como esta criatura pode ser tão linda? - Fui a única sobrevivente a ontem?
- Sim, sinto muito- disse tranquila, ELA DISSE ISSO COMO SE FOSSE A MERDA MAIS COMUM DO MUNDO! Eu deixaria ela me ajudar, mas assim que eu estivesse bem aquela demônia iria ter o que merece, morte. - Eu não queria ter que fazer você passar por isso - disse baixo,- Não queria fazer ninguém passar por isso - completou quase inaudível, mas eu entendi tudo
- Então porque fez?- falei séria
- Meu pai nunca me perdoaria se soubesse que deixei algum barco passar impune! E acredite, ele iria descobrir de qualquer forma, eu só fiz o que sou obrigada a fazer, o que sempre fui - respondeu cabisbaixa, eu deveria acreditar nela, e acreditava, mas não saia da minha cabeça que ela era culpada de que todos com quem eu me importava estivessem mortos
- Quem é seu pai para decidir quem morre?
- O rei dos mares, - arqueei uma das sobrancelhas ( ou pelo menos tentei) e ela continuou - Netuno...- Netuno? Mas ele então era um sereia homem? Não, um sereio? Não também, como se chama uma sereia macho?
- Mas ele não é aquele cara que cavalga sobre os mares com sei la o que em cavalos marinhos?- perguntei e ela riu baixo, tão lindo o sorriso! Foco Beca, você vai mata-la.
- Agora você acredita nos contos humanos? Nem tudo que escrevem sobre nós está certo! ...principalmente a parte em que somos demônios - falou a última parte mais baixo. Tentei arrumar minha posição sobre aquela pedra mas meu corpo todo reclamou e gemi de dor - Fique quieta, vocês são muito teimosos, eu não tenho poder suficiente para concertar seus ossos quebrados, só mantê-los até que voltem ao lugar com o tempo - completou séria.
- Desculpa...- entortei a boca - Com o "vocês são muito teimosos"... - fiz aspas com os dedos-... você quis dizer o quê? Digo, já esteve com outros humanos antes?
- Nunquinha...- respondeu alegre - Mas nós também temos contos sobre vocês, e neles sempre alertam sua teimosia.- gargalhei
- Tenho que concordar, teimosia é um bônus de ser um humano... Eu tenho uma pergunta- comecei e ela arqueou as sobrancelhas - C-como funciona esse negócio do canto?
- Ah... Isso, pra ser bem sincera nem eu sei! Meu pai diz que é algo prazeroso pros ouvidos humanos, que faz eles...- se corrigiu-...que faz com que vocês queiram mais, e acabem perdendo o controle de si! Mas para mim, isso ainda não explica muita coisa - sorriu e eu concordei com um aceno de cabeça.
- Olha eu não sei se estou correta, mas você deveria ficar tanto tempo assim longe do mar?
- Bem, segundo as leis do meu pai - revirou os olhos - eu não deveria nem sair do mar. Mas eu preciso garantir que você esteja bem, e que ninguém que faça parte da guarda do meu pai descubra que você sobreviveu. - fez um bico como se pensasse e minha cabeça tombou automaticamente pro lado enquanto eu observava seu rosto
- Por...?
- Por que se descobrirem, eles vão te matar - olhou para mim - E eu não quero me sentir culpada por isso.
- Tecnicamente você já É culpada- respondi seca e ela suspirou se levantando
- Volto mais tarde e vou trazer comida pra você! Você gostando disso ou não, não vou deixar que morra , não agora...- disse e saiu da caverna, me deixando sozinha naquele lugar frio, ao pensar isso algo que eu não saberia descrever o que apareceu sobre mim me cobrindo, e com o tempo o silêncio me dominou e eu dormi.

...
Chloe

Aquela humana teimosa e imbecil estava me tirando do sério, não que eu demonstrasse isso, mas eu podia ouvir os pensamentos dela - não é algo que eu contaria para ela-, porém aquela humana estupida estava decidida a me matar. Eu estava ajudando-a e ela queria me MATAR!
Sai daquela caverna vermelha de raiva, eu não conseguiria mata-la, seu rosto lindo, seu corpo fraco, minha consciência gritava, berrava de todas formas que, mesmo que ela tentasse me matar depois de se recuperar, eu não podia matar aquele ser frágil. Caminhei até o mar e me transformei novamente, nadei até o reino e comecei para observar como estavam as coisas pelo castelo, pelo que vi meu pai ainda não tinha voltado e isso era de fato ótimo. Fui até meu quarto e vi algumas das minhas amigas por ali, pareciam me esperar a horas.
- Stacie! Aubrey! O que fazem aqui? - perguntei me aproximando das duas
- O quê você não fazia aqui era a pergunta certa Chloe Beale!?- Aubrey começou com seus surtos de "responsabilidade"
- É Chlo, você não estava na superfície! Saiu para a terra de novo?- dei de ombros
- Talvez... - passei por elas indo até minhas coisas
- Fiquei sabendo que você destruiu um navio enorme ontem a noite ruiva... - disse Aubrey - Toda a tripulação morreu... Né Chloe?
- Er... Sim, sim! Todos morreram meninas! - me virei pra elas dando um sorriso forçado
- Passou o dia todo em terra então por...?- Stacie falou puxando a outra loira pra mais perto, as duas são o casal mais lindo que você vai ver na vida.
- Olha, chega de perguntas ok? Eu fui para a ilha porque queria andar um pouco ué! Vocês sabem que eu adoro ir para lá.
- Tudo bem ruiva! Mas tome cuidado, humanos são criaturas terríveis, eles destroem aos outros e destroem a si mesmos sem se importar.- Aubrey disse se aproximando de mim e me abraçando
- Obrigada, mas não precisa se preocupar - respondi já me soltando do abraço - Afinal eu sou a princesa não é mesmo!?- falei fazendo pose e as duas riram e saíram dos meus aposentos.
Não queria ter que pensar assim, mas elas estavam corretas, por mais que estivesse machucada a garota Beca, a linda garota Beca , Foco Chloe, era ainda perigosa.

Depois de um tempo disfarçando por ali resolvi voltar, a garota deve estar querendo me matar - mais - por deixá-la com fome. Nadei de volta a superfície e no caminho peguei algo que pudesse servi-lhe de alimento. Ao chegar na caverna a encontro dormindo, parecia tranquila e resolvi não acorda-la.

Sentei no chão ao seu lado e comecei a cantarolar enquanto esperava que despertasse.

- Acho que vou me acostumar a acordar assim - me assustei com o tom da sua voz rouca, mas sorri para a mesma
- Trouxe comida... - falei tímida
- Obrigada pela preocupação, mas não estou com fome agora...
- Ah... Tudo bem!- comecei a me levantar - Eu vou...- fui interrompida
- Por favor fique!- a olhei confusa - É que... Bem ...- ela corou- Você é a única "pessoa" que tenho para conversar - fez aspas com os dedos e eu fiz careta para ela que riu - Quer que eu te chame do que Srt. Mermaid? - neguei com a cabeça
- Você já sabe meu nome! Me chame por ele.
- Nossa, desculpa!- revirou os olhos - Então... Chloe, o que você faz para descontrair?
- Canto ué! - respondi e ela semicerrou os olhos - Vamos, aposto que você deve saber cantar também, é melhor do que ficar sendo grossa comigo - sorri e ela revirou os olhos
- Se eu começar a cantar!... E você fizer esse negócio de me dopar com a voz... Sei lá! Vai se ver comigo- levantei as mãos para o alto
- Prometo me controlar - disse rindo, ela bufou e pareceu parar para pensar, logo ela começou a cantar uma música que eu não conhecia, mas podia ouvir sua voz cantando para sempre, e a letra era linda...


Baby, I'm yours (baby, I'm yours)
 And I'll be yours (yours) until the stars fall from the sky,
 Yours (yours) until the rivers all run dry
 In other words, until I die

 Baby, I'm yours (baby, I'm yours)
 And I'll be yours (yours) until the sun no longer shines,
 Yours (yours) until the poets run out of rhyme
 In other words, until the end of time

 I'm gonna stay right here by your side,
 Do my best to keep you satisfied
 Nothin' in the world can drive me away
 'Cause every day, you'll hear me say

 Baby, I'm yours (baby, I'm yours)
 And I'll be yours (yours) until two and two is three,
 Yours (yours) until the mountains crumble to the sea
 In other words, until eternity

 Baby, I'm yours
 'Til the stars fall from the sky
 Baby, I'm yours
 'Til the rivers all run dry
 Baby, I'm yours
 'Til the poets run out of rhyme
Ela terminou de cantar, e não sei de onde saiu aquilo, mas meu corpo se moveu sozinho em sua direção e a beijou, como se aquilo fosse a coisa mais certa do mundo, e acho que era sim, por incrível que pareça ela não recuou, pelo contrário o intensificou. Estava tudo em ordem enquanto nos beijávamos, cada pedacinho do meu corpo dizia que estava tudo bem, até termos que nos separar e eu ver o que tinha acabado de fazer, a olhei assustada, já ela? Bem ela sorria, talvez não fosse tão errado, mas eu deveria sair dali, e foi o que eu fiz, levantei e sai.
...
Beca
Haviam passado umas 2 semanas desde que Chloe me beijou, duas longas semanas. Durante esse tempo ela vinha todo dia, cuidava de meus machucados, me entregava comida e logo saía. Parecia fugir de mim, e era exatamente o que ela fazia. Conversávamos nada mais do que o essencial. Uns dias atrás ela disse ter encontrado um baú na praia, trouxe até mim e logo confirmei que o mesmo pertencia ao navio. Ao abri-lo verifiquei que era o baú que meu capitão mais prezava, cheio de livros de diferentes partes do mundo, aquilo com certeza se tornou meu hobby ao longo dos dias. Já que a ruiva não falava comigo, eu fazia ler.
E quanto ao beijo! Aquele beijo foi a melhor coisa que aconteceu comigo em anos, depois de certo tempo refletindo, descobri que não queria matar aquela sereia, e sim ficar com ela. Provavelmente seria impossível, mas eu queria tentar. Eu finalmente tinha conseguido levantar e andar sem sentir dores absurdas, é claro que com todo cuidado do mundo.
Ao sair na entrada daquela caverna, vi um ser de cabelos vermelhos maravilhosos caminhando em minha direção. Sorriu quando me viu, e eu retribui. Em pouco tempo ela estava parada a minha frente.
- Que bom que conseguiu se levantar ...
- É, ainda dói! Mas vou sobreviver!- deu um sorriso ainda maior, Talvez eu morra com seu sorriso
- Ah... Que bom- abaixou a cabeça
- Então, agora que eu consigo andar você bem que podia me mostrar a ilha né- falei como quem não quer nada e ela olhou para mim
- Se você quer! Vamos...- se colocou ao meu lado e começamos a caminhar.
Passamos por algumas árvores e logo estávamos na praia, a paisagem era algo inimaginável, como marinheira eu já tinha visto praias lindas. Mas nenhuma chegava perto daquela, qualquer descrição não seria o suficiente, agora eu até conseguia entender o porque de Netuno não permitir que os humanos chegassem perto dali, provavelmente toda aquela beleza seria destruída.
Estávamos em silêncio, eu já não olhava mais a praia, e sim a ruiva ao meu lado. Com o vento seus cabelos balançavam belamente, e ela parecia estar entretida em chutar a areia enquanto caminhava, um ato que fazia bem cautelosamente, sem nenhum estardalhaço, olhava para seus pés enquanto fazia, e seu rosto mantinha um pequeno sorriso nos lábios. Não falava nada, e aquilo começava a me incomodar, ela não queria falar comigo, e isso já estava me doendo, eu tinha a culpa de ser grossa e fria com ela, mas sentia como se para ela eu estando viva ali, ou eu tendo morrido naquele desastre, não fazia diferença alguma.
Parei de caminhar e fiquei a sua frente, a garota distraída nem percebeu isso e trombou comigo antes de parar.
- O que você esta fazendo?- perguntou confusa agora me olhando
- Eu pedi para que me mostrasse a ilha! Mas você esta quieta ja faz tempo.- falei firme
- Pensei que estava gostando de andar em silêncio - torceu a boca
- Não eu não estava! Queria usar este "passeio" para que você voltasse a falar comigo como antes, mas não funcionou, você continua me ignorando e eu não gosto disso. -respondi irritada
- Er... Eu... - gaguejou
- Me diga do que você esta fugindo? Acha que vou te atacar por que me beijou? - vi ela ficar vermelha - Você poderia pelo menos parar de fingir que não aconteceu, e me explicar o que você sentiu. Eu posso não conhecer nada sobre sereias, mas sei que quando alguém foge de um assunto é porque alguma coisa sentiu... - falei tudo num fôlego só.
- Eu não sei o que eu senti... - falou baixo abaixando a cabeça de novo - Foi algo bom, não sei uma sensação nova talvez? Eu nunca tinha beijado alguém antes entende!? E quando isso acontece é uma humana, que só queria mesmo era me matar...- voltou a me olhar e eu arregalei os olhos. O quê? Como ela sabe?. - Eu posso escutar Beca, qualquer coisa que você pense, e eu sei que era isso o que você queria.
- E-eu... Ta talvez fosse antes mas não é o que eu quero mais - e realmente não queria - Se você ouve todos meus pensamentos mesmo deveria ter escutado quando eu pensava o quanto você é linda, o quanto sua voz me impressiona, o quanto seu sorriso encanta!
- Depois de te beijar... Bem, eu resolvi que não queria escutar mais, para não me machucar, muito mais do que já estava... - suspirou derrotada, mas continuou- Eu também te acho linda - disse já corando.
- Você disse que nunca tinha beijado alguém antes, e acho que então aquele beijo não valeu - ela me olhou confusa - Por que para o primeiro beijo valer, tem que ser com alguém que goste de você de verdade - falei e ela pareceu em dúvida. Me aproximei e beijei-a, dessa vez sabendo o que eu estava fazendo e feliz, pois eu sabia que estava perdidamente apaixonada por aquela garota, e sozinha ali naquela praia eu não tinha nada a perder. Ela retribuiu o beijo e depois que o encerramos me abraçou com força, eu tinha feito errado em pensar que queria ela morta, mas estava certa de querer ela comigo.- Me desculpa por ser uma pessoa escrota, eu estava cega de raiva e não percebi o quão boa você é- falei segurando em sua cintura e percebi a mesma sorrir contra meu corpo.
...
Chloe

Nos sentamos a beira mar para conversar, as vezes ela me dava um beijo atrapalhando minha fala e nós ríamos. Ficamos bastante tempo ali, e o sol ja começava a se pôr, Beca me abraçou de lado e ficamos observando aquela bela paisagem. Não conseguia pensar que algo ali estava errado, eu estava apaixonada não podia estar errado.

Percebi uma movimentação se iniciar no mar e torci mentalmente para que não fosse o que eu imaginava. Beca também viu, pois semicerrou os olhos tentando ver melhor o que se passava. Nos levantamos da areia ao mesmo tempo, quando o homem barbudo apareceu a nossa frente, engoli a seco, meu pai.
- Que bonito as duas princesas - falou alto e sarcástico - Estavam se divertindo.
- Q-quem é você ?- perguntou Beca com os olhos arregalados
- Meu pai... - respondi me colocando a sua frente, não que fosse adiantar algo, mas não podia deixar que ele a tocasse - Papai eu...- fui interrompida
- Fique quieta Chloe! Você mentiu para mim e quebrou as minhas regras. Vai ficar um grande tempo de castigo ...- disse raivoso - Agora saia da frente dessa humana!
- Nunca...- respondi quase chorando, senti a mão de Beca no meu ombro e ouvi sua voz sussurrante
- Chloe tudo bem! Não podemos lutar contra ele...- me virei para ela
- Não por favor! Acabamos de ficar juntas, eu não posso te perder, eu prometi que ia ficar tudo bem!- falei tudo rápido, eu já chorava. Escutei meu pai bufar atrás de mim.
- Vai ficar tudo bem! É melhor eu do que você minha princesa - Não por favor não - Eu te amo Chloe, independente de onde eu esteja , isso não vai mudar...
Antes que eu pudesse reagir ela se colocou a minha frente, e em um piscar de olhos estava feito, Beca estava no chão a minha frente apagada, e meu pai estava puxando-me de volta para o mar. Estava acabado, eu perdia ali uma parte da minha vida.

 

...


Notas Finais


Comentem para eu saber o q acharam
Me sigam no Twitter: @laurriedwards
Ps1. Eu n sei nada sobre Netuno, só fiquei indecisa entre ele e outros e resolvi colocar ele
Ps2. Sim o Mills vem da Regina


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...