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História Baby Lou - Body Party


Escrita por: bottomlouis

Capítulo 1 - Body Party


Uma sinfonia de buzinas era a trilha sonora do cenário caótico que envolvia a Avenida Central naquele fim de tarde. Era uma sexta-feira e todos estavam loucos para voltarem para suas casas depois de mais uma semana de trabalho, o que resultou num engarrafamento maior do que os motoristas de Londres estavam acostumados.

Entre o mar de carros, dentro de seu SUV preto último modelo, um executivo suspirava, massageando suas têmporas devagar. Harry Styles não odiava congestionamentos, mas definitivamente não suportava a algazarra que as pessoas faziam, buzinando e gritando. Ele não conseguia entender a necessidade daquilo. Não era como se fazer barulho fosse movimentar a rua lotada. Era apenas idiotice.

E Harry detestava idiotices.

Ironicamente, seu melhor amigo, Niall Horan, parecia adorá-las.

Niall J. Horan era diretor de marketing da Longo Association, a financeira onde Harry havia se tornado CEO com a tenra idade de 25 anos. Niall era um irlandês que havia se mudado para Londres há pouco mais de três anos, logo após concluir seu MBA em Dublin. Com seus grandes olhos azuis e seu descolado topete loiro, ele não hesitou antes de partir alguns corações na empresa, mesmo que Harry sempre enfatizasse que não eram permitidos relacionamentos de quaisquer tipo no ambiente de trabalho. Mesmo que ele próprio mantivesse um relacionamento de amizade com Niall.

Harry e Niall eram como água e óleo. Niall adorava festas VIP, dançar em camarotes das baladas mais caras da Europa e, principalmente, de diversões de uma noite. Harry se perguntava se todos os publicitários eram tão extravagantes. Ao menos os que ele conheceu eram.

Em contrapartida do jeito desinibido de Niall, Harry Styles fazia o tipo workaholic mal-humorado. Ele gostava de passar seu tempo livre em seu apartamento duplex, apenas desfrutando de um bom filme ou um bom livro. Também sentia prazer em caminhar pela vizinhança no domingo de manhã, apenas para ir a algum café enquanto era agraciado pelas belas notas tocadas pelos músicos de rua. O Covent Garden era realmente um bom lugar para se morar e era relativamente perto do City, onde se localizava a Longo Association. O percurso trabalho-casa geralmente era feito em cerca de vinte minutos.

Mas não naquela sexta-feira. 

Já fazia meia hora que Harry estava ali, alternando os pedais do SUV para se mover 30 centímetros a cada dois minutos. Sua paciência estava se esgotando e não era apenas por causa do congestionamento. Era por causa das idiotices de Niall.

Bem, acontece que aquela não era apenas mais uma sexta-feira comum, onde todos os jovens de Londres querem se enfiar em boates ou pubs e beberem a noite toda. Eles ainda iriam fazer isso, é um fato, mas era mais do que aquilo. Era dia primeiro de fevereiro. Aniversário do Harry. E foi por isso que seus problemas começaram naquele dia.

Ele caiu da cama ao levantar. Quem cai de uma king size? Estava óbvio que não seria um bom dia. Ele também fez questão de recusar todos os cartões e presentes que sua secretária, Louise, recebeu por ele durante todo o dia. Quando ela lhe perguntou o que devia fazer com tanta coisa, ele apenas fez um gesto com a mão e pediu para que ela levasse para casa, sua filha poderia gostar de algo.

Quanto ao número de cartões e presentes, não era como se Harry fosse uma pessoa realmente amada e que cada um de seus muitos amigos se lembrou dele naquela data especial. Veja bem, quanto mais poder você tem em mãos, mais temor você desperta nas pessoas. E a verdade era que os funcionários da Longo Association não adoravam Harry Styles. Eles o temiam. Quase todos.

Niall foi burro o bastante para não notar que as sobrancelhas sempre franzidas, o maxilar trincado e a voz rouca sempre ameaçadoramente baixa eram indicativos de que Harry Styles não estava disposto a fazer amizade na empresa. Ou ele simplesmente não se importou. Em pouco tempo, eles viraram melhores amigos. E agora Harry estava tendo que aguentar as idiotices de Niall.

Porque Harry pensava que era uma idiotice comemorar aniversário. Ele não via sentido em comemorar suas células morrendo, sua pele perdendo a elasticidade e seus dias de vida sendo reduzidos. Ele simplesmente achava isso idiota.

E naquela tarde inteira, Niall o incomodou de todas as formas, quase implorando para que Harry saísse com ele ao menos uma vez. Eles precisavam festejar! E, Niall jurava, Harry precisava de uma boa foda. Já fazia muito tempo desde a última e, ainda segundo o irlandês, Harry era jovem e gostoso demais para viver como um padre.

Sim, Niall era gay.

Não, ele não era simplesmente gay. Ele era Niall Horan, o loirinho com cara de anjo que enlouquecia os homens burros o bastante para se apaixonarem por ele. Acredite, não eram poucos. Mesmo que Niall mantivesse escrito em sua testa "transa de uma noite", alguns caras pareciam não saberem ler.

Já Harry não era tão aberto quanto a sua sexualidade. Além de Niall e sua secretária, Louise, pouquíssimas pessoas sabiam sobre sua condição de bissexual. Ele tinha conhecimento de que, como CEO de uma grande empresa no coração de City, ele tinha uma imagem a manter. Não era como se ele sentisse vergonha de quem era, mas alguns clientes eram conservadores.

Alguns clientes, inclusive, questionavam Harry por ainda não ter formado uma família com aquela idade. Assim como seus pais, que haviam inclusive comprado uma casa em Notting Hill, para que Harry pudesse viver lá com sua esposa e seus filhos. Em Notting Hill! Não era como se Harry fosse Hugh Grant e fosse encontrar uma Julia Roberts, por Deus. Mas seus pais pareciam desesperados.

A vida estava passando...

O iPhone vibrou em seu bolso, e só então ele notou que o aparelho ainda estava no modo silencioso. Puxou-o preguiçosamente ao mesmo tempo em que o carro andou uns dois metros — um progresso —, e viu a foto do loiro sorridente no visor.

— Fala, Niall — resmungou, massageando o pescoço.

— Nossa, Haz, ainda bem que você está animado por falar comigo — ironizou com seu sotaque irlandês.

— Eu estou preso em um engarrafamento — suspirou.

 Entendo... Bem, eu tô te ligando pra marcarmos a saída dessa noite!!

— Não, Niall... Sem saída hoje, por favor.

— Mas, Haz, você tá fazendo 30 anos! É uma data histórica.

— Não diga esse número em voz alta, fica pior ainda.

Niall riu do outro lado da linha.

— Você é doido, cara. Não sabe que os 30 são os novos 20?

— Sendo assim, os 20 são os novos 10? — fez uma careta, finalmente conseguindo seguir seu percurso, mesmo que ainda de forma lenta.

— Não complica. Cara, você está fazendo 30 anos, não 90. Qual o sentido em começar a se enterrar agora?

— Eu não estou me enterrando, Niall. Eu só não gosto de comemorações. 

— Harry, por favor — choramingou e Harry teve certeza de que ele estava fazendo um beicinho. Mesmo aos 28 anos, Niall era muito infantil e doce. A não ser no trabalho, onde assumia uma postura totalmente profissional. — Tem uma boate nova no Soho — abaixou o tom de voz, quase sussurrando: — Ouvi dizer que eles têm uns garotos bem bonitinhos.

O Soho é o lugar favorito de Niall na Terra, mesmo que ele nunca tenha saído da Europa. É um distrito que nunca dorme, regado a álcool, festas e sexo. Muito sexo. O lugar está recheado de sex shops, boates com quartos escuros onde as pessoas fazem sexo com desconhecidos sem ao menos verem seus rostos, algumas indústrias pornôs e até, segundo alguns boatos, casas de prostituição. 

— Garotos? — perguntou sem prestar muita atenção, vendo agora que a causa do congestionamento era um acidente de moto que fazia com que cada motorista que passasse ali reduzisse a velocidade apenas para dar uma espiadinha. Harry acabou fazendo a mesma coisa.

— É — riu timidamente. — Um amigo meu esteve lá na quarta-feira e disse que até ficou com as pernas bambas. São só garotos de primeira classe, cara.

Harry enrugou a testa, entendendo do que se tratava.

— Garotos de programa? Isso é crime, Niall!

 São massagistas, Harry — comentou maliciosamente. 

— Sei bem o tipo de massagem que eles fazem — Harry resmungou enquanto o SUV finalmente adentrava o Covent Garden. — Massageiam seu pau com o rabo.

 Nossa, Harry! Isso foi grosseiro — mesmo assim, Niall estava rindo.

— Olha, desculpa, Niall, mas foder um moleque que está sendo pago para fingir sentir tesão em mim não é minha ideia de diversão. Eu só vou para casa, relaxar... Só quero um tempo pra mim, entende?

 O.k., então não vamos à boate. 

— Não.

 Tem certeza que vai ficar bem? Não quero que você fique vendo TV e tomando sorvete no seu aniversário.

— Niall, não sou uma mulher deprimida. Vou ficar bem.

 Certo.

— Certo.

Harry encerrou a ligação, jogando o celular no banco do carro, não se importando se soaria frio. Niall já estava acostumado com a sua personalidade introspectiva, mesmo que tentasse duramente torná-lo mais sociável. Era uma tarefa difícil.

Quando passou em frente ao café Monmouth, resolveu que ainda não iria para casa. Não tinha pressa para encontrar o apartamento vazio, com suas paredes frias. A ideia de beber algo quente em um lugar confortável lhe era muito mais atrativa.

Estacionou do outro lado da rua de paralelepípedos e a atravessou para adentrar o elegante estabelecimento. O lugar não estava tão cheio como de costume, sua mesa favorita estava vazia, então ele foi até ela sem pressa, ignorando os olhares que tinha sobre si. Harry nunca passava despercebido por algum lugar. 

Ele era alto, algo em cerca de dez centímetros acima da média britânica. Suas pernas pareciam infinitas dentro da calça justa do Kiton preto, de caxemira. O pesado casaco preto foi tirado assim que ele entrou, revelando seus ombros largos e peitoral forte, mesmo sob a camisa branca de linho. Seu cabelo cacheado, arrumado num topete elegante, emoldurava seu rosto de feições duras e másculas. com sobrancelhas grossas sobre os olhos verdes.

Harry Styles era unanimidade entre as mulheres. E também entre alguns homens.

As atendentes discutiram por um instante, tirando na sorte quem iria atender o belo executivo, que agora estava sob a grande janela que dava para a rua, observando a noite cair em Londres. A vencedora foi uma morena magrinha, que quase saltitou até a mesa de Harry, com um largo sorriso no rosto e um bloquinho em mãos.

— Boa noite — ela cumprimentou e Harry resmungou algo em resposta. — Já sabe o que vai pedir?

— Um expresso duplo, sem açúcar.

A garota, que agora Harry notou ter um crachá com o nome "Cher" espetado na camisa, anotou algo na caderneta e continuou parada ali, encarando o homem que devia ter uns dez anos a mais que ela, no mínimo.

— Só isso, obrigado — murmurou e a garota tornou-se vermelha num segundo, gaguejando alguma coisa antes de voltar quase que correndo para trás do balcão.

Harry apenas suspirou. Já estava acostumado com garotas daquela faixa etária que se encantavam com ele ou com seu status social. Ele realmente não tinha paciência com elas e suas idiotices. Quando ele fosse se relacionar com alguém, faria questão de se certificar de que a pessoa tivesse a sua idade. 

Uma hora e meia depois, ele ainda estava ali, lendo uma revista qualquer, a noite já alta lá fora. Ele precisou jogar fora alguns números de telefones que recebeu, mas nada que realmente o incomodasse. Ele só não gostava de adolescentes que achavam que tinham chance com ele. Não é como se ele fosse arrogante e se achasse bom demais para o resto do mundo, é só que ele não tinha paciência com pessoas tão jovens, que achavam que a vida pararia para esperá-los. A vida não parava, e estava passando depressa para Harry.

Quando ele foi até o caixa, notou um quadro negro avisando que aniversariantes não pagavam o que consumiam. Ele ainda viu uma mesa cheia de adolescentes cantando Parabéns Pra Você animadamente. Então, ele apenas deixou uma nota de vinte sobre o balcão e saiu.

Em menos de cinco minutos, ele estacionava o imponente SUV preto no subsolo do edifício onde vivia. Desceu do carro e acionou o alarme, indo direto para o elevador, apertando o botão que o levaria até a cobertura. Ele só queria afundar no sofá e aproveitar o começo do seu fim de semana. E, se fosse possível, esquecer que estava envelhecendo,

Saiu do elevador, livrando-se da irritante melodia que fora um terror nos dez andares que ele teve que subir ao lado de uma senhora, até que pudesse subir o restante sozinho. Puxou a chave do bolso e destrancou sua porta, adentrando a sala coberta pela luz prateada da lua. 

A gravata foi a primeira peça de roupa que tirou, jogando-a de qualquer jeito no sofá. Em seguida, pendurou o casaco no mancebo de madeira e tirou os sapatos elegantemente engraxados. Tateou a parede em busca do interruptor que ligaria o termostato e o apertou.

Massageando o pescoço, seguiu até a cozinha em busca de um copo d'água. Acendeu a luz e encarou a geladeira de alumínio por um tempo. Havia um bilhete preso a um ímã. Um bilhete em sua geladeira. Alguém havia entrado em seu apartamento enquanto ele não estava.

O quão assustador aquilo era?

Aproximou-se e tomou o pedaço de papel em mãos, logo reconhecendo a caligrafia arredondada de Niall.

"Haz, sei que não quer uma festa, então ao menos te mandei um presente. É de coração. 

Com amor, 

N. Horan"

Harry ergueu as sobrancelhas e releu o bilhete algumas vezes. A única coisa que se passava por sua cabeça era: como demônios Niall abriu a porta? Talvez ele devesse trocar a fechadura...

Então lembrou-se de que Niall falou algo sobre um presente. Olhou ao redor da cozinha, não encontrando nada de diferente ali além da caneta que Niall usara jogada sobre a mesa. Se havia um presente, não estava na cozinha. 

Tomou um copo d'água e voltou para a sala, acendendo a luz e novamente procurando por algum embrulho ou caixa. Nada. Talvez Niall só o estivesse alfinetando por não ter ido para Soho com ele. Ou talvez ele fosse entregar o presente mais tarde.

Não estando disposto a quebrar a cabeça pensando naquele assunto, e desesperado por um banho, Harry subiu a escada para o seu quarto. A porta estava entreaberta e, estranhamente, ele se lembrava de que a havia deixado fechada antes de sair.

Seu coração disparou, mesmo que ele soubesse que havia sido Niall a estar ali. Mas e se Niall esquecera a porta aberta e alguém entrou? Deus, Harry não praticava nenhuma luta há cinco anos. Mesmo assim, ele estava em posição de combate quando abriu a porta de supetão, forçando os olhos a enxergarem na escuridão.

Sentiu seus músculos derreterem ao notar que realmente havia alguém em seu quarto. Correu para o interruptor, pronto para bater em quem quer que fosse, mas o que viu quando as luzes se acenderam o paralisou por completo.

— Que porra...

O cérebro de Harry pareceu congelar enquanto ele não conseguia desgrudar os olhos do garoto encolhido em sua cama, tremendo dos pés à cabeça. Provavelmente ele estava morrendo de frio, pois estaria completamente nu se não fosse pela pequena tanga azul celeste que usava. Não havia nada em seu corpo além disso e de uma venda em seus olhos e outra fita amarrando seus pulsos finos unidos na altura do peito.

— Puta merda, o que... Que porra é essa?! — Harry rosnou e o garoto se encolheu, pressionando os joelhos na barriga.

— F-Feliz aniversário — ele murmurou e o sangue de Harry ferveu. De raiva.

— Feliz aniversário? — associou as palavras por um minuto, logo gemendo ao constatar o óbvio. — Aquele filho da puta do Niall! 

O garoto se encolhia a cada palavra de Harry, e o executivo percebeu que ele estava apavorado. Com um suspiro alto, Harry colocou as mãos nos quadris, avaliando o garoto de cabelo castanho por um momento antes de tentar uma aproximação mais amena:

— Você foi pago para estar aqui?

Houve silêncio por muito tempo até que Harry tornasse a perder a paciência e aumentasse o tom de voz novamente:

— Pode falar, moleque, não vou te bater.

— E-Eu — começou baixinho, limpando a garganta. — S-Seu amigo disse que o senhor ia ficar... feliz.

— Feliz! — riu com escárnio, balançando a cabeça. E ponderando por um segundo antes de andar apressado até o garoto e puxar sua venda para baixo, libertando seus olhos. Ele piscou algumas vezes, adaptando-se à claridade e então olhou fixamente para o rosto de Harry, com a mesma expressão de quem havia acabado de andar numa montanha-russa. Harry sentiu seu corpo inteiro se arrepiar. — Eu vou te levar pra casa, se vista.

— E-Eu não tenho roupas.

— E como você subiu até aqui pelado?

O garoto balançou os ombros do jeito que suas mãos atadas permitiam, sem responder.

Harry inspirou o máximo de ar que pôde, oxigenando seu cérebro na tentativa de se acalmar. Não conseguiria pensar em nenhuma solução irritado daquele jeito. Ele queria estrangular Niall por não ter respeitado sua vontade de ficar sozinho em seu próprio aniversário.

— Você vai vestir algo meu — decidiu, andando apressado até o guarda-roupa.

— Senhor — o garoto chamou baixinho, desviando o olhar para o carpete de madeira. — Eu já estou aqui e já fui pago para isso, então... — Harry notou as bochechas deles se tornarem vermelhas enquanto ele torcia os dedos. — Por que o senhor não aproveita o seu presente? — mordeu o canto do lábio inferior, nitidamente constrangido.

Com um nó na garganta, Harry parou ao lado da cama, correndo os olhos pelo garoto encolhido ali, tão desprotegido. Por um momento Harry considerou que ele parecia tímido demais para um garoto de programa.

Mesmo que estivesse furioso com Niall, ele não mentiria dizendo que encontrar aquele garoto seminu em sua cama, tão entregue, não tenha mexido ao menos um pouco com ele. Mexeu muito, na verdade.

Já fazia mais de um ano desde que Nicholas partira, dizendo que não conseguia competir com o amor que Harry tinha pelo trabalho. Na época, eles brigaram, Nicholas foi acusado de dramático. Mas, no fundo, Harry sabia que ele tinha razão. E desde aquilo, Harry poderia contar nos dedos das mãos as vezes em que esteve com alguém. A última vez já estava para completar três meses. Seu corpo realmente sentia falta de um toque mais íntimo com outro ser humano. Algo além do ocasional aperto de mão que ele trocava com executivos de ternos ou dos abraços que Niall lhe forçava a receber.

E aquele garoto era ridiculamente lindo. Harry não havia reparado muito nele até então, mas agora que parava para olhar, tinha conhecimento do quão irresistível ele era. Sua pele levemente bronzeada era tingida por algumas tatuagens nos braços. Havia outra sobre as clavículas acentuadas e Harry ainda notou uma ou duas nas canelas. Ele estava encolhido, mas era possível notar que seus ombros eram estreitos e seus braços e pernas não eram muito longos. Era pequeno. Sua cintura era bem marcada e os quadris pareciam arredondados. Era um corpo espetacular, Harry não tinha dúvidas disso.

E, como se não bastasse, ele tinha um rosto que parecia ter sido milimetricamente esculpido por Michelangelo. Emoldurado pelo cabelo castanho com aspecto macio, com uma franja longa que lhe caía sobre um dos olhos, seu rosto tinha feições delicadas e harmoniosas. Os lábios finos eram rosados, assim como a ponta de seu nariz pequeno e arrebitado. Seus olhos eram azuis ou verdes, Harry não podia dizer com clareza daquele ângulo, mas sabia que eram lindos. 

Ele era lindo.

— Senhor? — ele tornou a chamar, dessa vez erguendo os olhos, encarando o executivo por poucos segundos, logo tornando a abaixar a cabeça.

— Eu, hã... — limpou a garganta e passou as mãos com força pelo topete, desarrumando-o. — Eu vou te levar pra casa, certo?

— Eu não posso voltar agora! — sua voz subiu de tom, ele parecia assustado. — Eu fui alugado para a noite toda, meu chefe vai ficar furioso se eu chegar ainda essa noite. E-Esse é o meu primeiro... t-trabalho — completou baixo, encolhendo mais as pernas.

Harry sentiu seu estômago se revirar diante da fragilidade daquele garoto. Ele parecia tão jovem. Harry se perguntou o que levara um garoto tão lindo a viver aquela vida. Ele sentiu um pouco de pena, mas bem pouca. Pena era um sentimento que ele desprezava.

— Essa é a sua primeira vez com... — tossiu leve, sentindo dificuldade para soltar aquela palavra. — É sua primeira vez com programa? — no fim, aquilo soou como um palavrão.

Viu o garoto balançar a cabeça, negando. 

— Não? — surpreendeu-se. — Por que parece tão assustado, então? Quantos anos você tem, a propósito? — franziu o cenho. Seria possível que Niall fosse tão desmiolado a ponto de contratar um menor de idade para serviços sexuais?

— Senhor, e-eu não acho que devamos falar dessas coisas — suspirou. — Esta noite eu sou apenas o seu p-presente de aniversário. E me disseram q-que o senhor está precisando relaxar.

Harry ergueu as sobrancelhas, surpreso com a atitude atirada daquele garoto que parecia tão frágil, amarrado sobre sua cama, vestindo nada mais do que uma tanga azul celeste.

— Por favor, não me chame de senhor. Faz com que eu me sinta ainda mais velho.

O rapaz enrubesceu, arregalando os olhos que agora Harry notava serem azuis com nuances em verde.

— P-Perdão, sen- — balançou a cabeça. — Perdão! Eu não queria que soasse assim, eu... 

— Ei, tudo bem — Harry forçou um sorriso, exibindo suas covinhas nas bochechas. O garoto as olhou encantado. Ele ainda estava tenso, mas aquele garoto parecia tão apavorado que ele achou que devia se esforçar para não assustá-lo ainda mais. — Pode me dizer seu nome? — pediu, sentando-se na beira do colchão, mantendo distância do outro rapaz.

— Meu nome?

— Sim. Você tem um, certo? — riu baixinho, estranhamente mais calmo agora que tinha seus olhos fixos naquele rosto bonito.

— Eu tenho, claro — sorriu pequeno, mexendo na venda que caía em seu pescoço. — Eles me chamam de Baby Lou.

— Baby Lou? — ergueu as sobrancelhas. 

— É... No meu outro trabalho era Tommo, mas meu novo chefe achou melhor esse... Baby Lou.

— Interessante. Quantos anos você tem? — Harry o avaliou, buscando algum traço de maturidade naquele rosto delicado. Parecia tão jovem quanto as desmioladas que lhe passavam seus números na cafeteria.

O garoto se remexeu, parecendo desconfortável.

— Por que quer saber sobre mim? Tudo o que precisa saber está bem aqui — olhou para o próprio corpo, logo tornando a olhar para Harry.

Com um suspiro, Harry o analisou mais uma vez. Queria que seu corpo não respondesse tão bem à quase nudez de Baby Lou, assim seria mais fácil mandá-lo embora. E também não estaria encarando seus mamilos naquele momento.

— Eu tenho 21 anos, se isso te conforta.

Ergueu seus olhos verdes, buscando alguma evidência de mentira no rosto do rapaz.

— Parece mais jovem.

— Eu sei. Foi por isso que ganhei o apelido.

Harry assentiu com a cabeça, engolindo aquela história. Baby Lou não parecia um mentiroso.

— O.k. Me sinto melhor sabendo que você não é menor de idade.

— Isso quer dizer que não vai me levar de volta? — seus olhos brilharam e Harry o achou tão adorável que se perguntou novamente como ele havia acabado naquela vida.

— Não sei se eu conseguiria — sussurrou, mandando a moral às favas e esticando uma mão para acariciar a canela de Baby Lou, sentindo a maciez da pele sem pelos sob seus dedos. — Niall me deu um presente, acho que eu não posso recusar — sorriu de canto, encarando o rosto corado do michê.

Continuou acariciando a perna do garoto, contornando com as pontas dos dedos uma tatuagem de teia de aranha na canela, sentindo o relevo da tinta preta sob a pele. Baby Lou suspirou, jogando a cabeça para trás.

Não desviou seus olhos do rosto extasiado do garoto enquanto subia sua mão pela perna dele, logo alcançando a coxa macia e relativamente grossa. Baby Lou tinha um corpo curvilíneo. Harry pensou que ele devia fazer sucesso seja lá onde Niall o tenha encontrado.

A mão esquerda de Harry se juntou à direita, na outra coxa do garoto, subindo bem devagar para os quadris cheios parcamente cobertos pela tanga azul. Harry mal esperava para vê-lo por trás quando escorregou as mãos entre o colchão, segurando as nádegas fartas com um pouco de força. Eram grandes e quentes e, o melhor de tudo, estavam nuas. Ele definitivamente estava usando um fio dental. O pênis de Harry gostou muito da imagem que sua mente imaginou, pois repuxou dentro das calças.

— Isso não é certo — ele murmurou contra a orelha de Baby Lou, vendo sua pele se arrepiar. — Eu preciso levar você embora.

— Não! — fechou as mãos no tecido da camisa de Harry, agarrando seu colarinho. — Não me leve.

— Eu pago um reembolso ou qualquer coisa — sussurrou, deslizando o nariz pela curva que o pescoço do garoto fazia quando encontrava seu ombro. — Seu cheiro é incrível...

Baby Lou gemeu baixinho, amolecendo nos braços de Harry.

— Eles vão achar... que eu sou ruim — ofegou quando as mãos grandes de Harry apertaram sua bunda com força.

— Eles sabem que você não é — falou sem nem ao menos saber quem eram "eles".

Harry afastou-se um pouco, pois já estava caindo na tentação que era o garoto em seus lençóis. Mesmo que ele soubesse que Niall o havia pago e que ele devia fingir que se sentia atraído por Harry, seu corpo não se importava com isso. Seu corpo não dava a mínima se Baby Lou o achava velho ou feio, ou se ele só estava desesperado pelo dinheiro. Seu corpo queria engolir cada pedacinho daquele garoto. E a ereção entre suas pernas era a prova disso.

— Vou pegar uma roupa para você — a voz de Harry estava rouca e arrastada. Era óbvio a qualquer um que ele estava excitado.

No entanto, antes que ele pudesse se levantar, o garoto o empurrou com seus punhos atados, fazendo com que o corpo grande de Harry afundasse na cama. Harry o olhou com surpresa e curiosidade quando ele se ajeitou entre as pernas do executivo, apoiando-se nos joelhos e cotovelos.

Harry engoliu mais ar do que seria nescessário quando as mãos trêmulas do garoto de programa abriram seu zíper, o som parecendo muito mais alto no quarto silencioso. Franziu o cenho, vendo as mãos pequenas puxarem o tecido de seu terno caro, revelando a cueca preta com o logo da Calvin Klein.

Mesmo que o tecido fosse escuro, o pênis inchado de Harry estava marcado ali, deixando claro o quão duro ele estava. Baby Lou suspirou antes de tocá-lo timidamente, conhecendo sua textura. Ergueu o rosto, encontrando o olhar vidrado de Harry, antes de puxar a barra da cueca para baixo devagar.

O pênis saltou imediatamente para a barriga de Harry, assustando o garoto por um momento, que recuou com a cabeça. Ele suspirou ao vislumbrar a ereção imponente, com veias grossas e cabeça vermelha. Era realmente grande, e ele hesitou.

— Surpreso? — Harry sussurrou.

Em vez de responder, respirou fundo e abaixou a cabeça, empinando os quadris. Esfregou o rosto lentamente pelo pênis de Harry, deixando alguns beijos delicados por sua extensão. Harry ofegou, esticando uma mão para que pudesse acariciar o cabelo da nuca de Baby Lou. Quando o executivo se apoiou nos cotovelos, ele pôde vislumbrar as nádegas redondas e empinadas do michê, e constatou que ele estava mesmo de fio dental. Aquela imagem fez com que sua ereção se repuxasse contra o rosto do garoto, que gemeu surpreso.

Ele não parava de pensar em como aquilo era errado. E em como ele ainda queria esganar Niall. Mas ele não conseguia reagir, ele se sentia tonto, inebriado por Baby Lou. E, céus, ele era tão novo! Harry nem ao menos se sentia atraído por pessoas mais jovens. Talvez fosse toda aquela situação de proibido que o deixava tão excitado.

Baby Lou puxou a cueca um pouco mais para baixo, libertando as bolas duras e retraídas de Harry. Ele não hesitou antes de contorná-las com a língua, chupando-as devagar. Harry gemeu rouco, segurando sua cabeça com as duas mãos. A língua quente e esperta do garoto continuou subindo, deslizando e acariciando toda a extensão da ereção grossa, até que chegasse à glande úmida. Ele olhou bem nos olhos de seu cliente antes de chupá-la com vontade, como quem chupa um pirulito.

Harry quase rosnou, deixando seu tronco cair no colchão novamente.

O michê segurou seu pênis pela base com força entre os dedos, sentindo quão duro ele estava por baixo da pele quente e macia. Com um ofego, libertou a glande do agarre de sua boa, deixando apenas a língua para fora, que usou para circular a cabecinha com um pouco de força, brincando com a fenda no topo.

— Caralho — Harry resmungou quando o garoto começou a masturbar o restante do seu pênis enquanto esfregava a língua em sua glande, enchendo-a de saliva. 

Foi sem aviso que Baby Lou deixou que o pênis de Harry deslizasse inteiro para dentro de sua boca, indo até a garganta. Harry gemeu alto e praguejou, puxando o cabelo castanho e macio do garoto com um pouco de força. Tornou a se apoiar nos cotovelos, disposto a ver o maravilhoso trabalho que era realizado em suas partes baixas.

Sem desviar o olhar do seu, Baby Lou subia e descia com a cabeça, as mãos atadas se esforçavam para massagear as bolas inchadas de Harry ao que sua língua pressionava toda a extensão de seu pênis, sentindo cada veia sobressaltada com precisão. Ele se esforçava para manter seus dentes longe, ao mesmo tempo que forçava uma sucção com as bochechas, deixando seu rosto ainda mais fino do que o usual.

Harry apenas gemia rouco, inebriado com a boca que o chupava tão bem e com as mãos pequenas e quentes contra as suas bolas. Ele se esforçava para manter os olhos abertos, tentando gravar cada detalhe daquele rosto tão bonito.

Não foram precisos muitos minutos para que ele sentisse o calor se espalhar por seu corpo, incendiando-o. Baby Lou parecia saber exatamente qual velocidade tomar e quais pontos estimular, pois o acompanhava, dando-lhe exatamente o que ele queria, enquanto gemia choroso com seu pênis enfiado até a garganta.

— Oh, Baby... Lou, eu vou gozar — as palavras saíram com dificuldade, mas bem a tempo para que o garoto afastasse o rosto, dando-lhe uma punheta intensa que o fez ejacular em jatos fortes em sua camisa Armani, rosnando de prazer.

Os dois permaneceram ofegantes por um momento. Baby Lou se mantinha de quatro entre as pernas de Harry, que ainda estava completamente vestido. Harry pensou que era muito sexy o fato de ele estar usando calça e camisa enquanto o garoto estava praticamente sem nada, balançando a bunda no ar enquanto respirava pesadamente.

— Você... Você ainda vai me levar de volta? 

Harry mostrou as covinhas e esticou um braço, tocando o rosto suado do garoto. Puxou-o delicadamente até que seus rostos estivessem frente a frente e encostou suas testas, ainda tentando normalizar a respiração.

— Acho que eu preciso aproveitar o meu presente, certo?

O garoto sorriu, formando ruguinhas nos cantos de seus olhos. Harry sentiu seu peito se aquecer com aquela cena. Ele parecia tão menino... 

— Você tem mesmo 21 anos? — sussurrou, acariciando os lábios inchados do garoto.

Em vez de responder, Baby Lou sentou-se sobre o quadril de Harry, sorrindo de canto. Do jeito que suas mãos amarradas lhe permitiram, ele desabotoou a camisa branca — e agora manchada. — e a jogou no chão. Ofegou ao se deparar com a pele tatuada de Harry sobre os músculos bem definidos. Ele realmente não esperava encontrar tatuagens ali.

Havia recebido algumas orientações de Niall Horan no clube, horas mais cedo. Ele havia lhe explicado que Harry era um cara viciado em trabalho que precisava aliviar a tensão, que não queria festejar o próprio aniversário. Quando conversou com o irlandês, formou uma imagem de seu cliente. Um homem na casa dos 30, solitário, talvez meio gordo e entediante. 

Ele errou feio.

Foi com verdadeira adoração que ele acariciou os músculos do tronco de Harry, gemendo ao senti-los tão duros contra suas mãos. Harry sorriu presunçoso. Ele sabia que a maioria dos clientes de Baby Lou não eram tão dedicados a malhação como ele era.

Ele deixou que o garoto o acariciasse por muitos minutos, até que ficou duro novamente só pelo peso do olhar dele. Harry se sentia nu aos olhos azuis daquele menino. Ele realmente o queria. Ele queria devorá-lo. E era recíproco.

Harry se sentou, segurando a cintura bem marcada do garoto com as duas mãos, fazendo-o rebolar em seu colo. Ambos gemeram, já que a tanga fio dental deixava a pele macia de Baby Lou se esfregar contra a ereção de Harry, que ainda estava para fora da calça.

— Você é muito gostoso — Harry sussurrou contra a sua orelha e ele se contorceu, suspirando. — Eu não devia, mas... Caralho, você tá me deixando louco.

Baby Lou riu timidamente e continuou a rebolar sobre o pênis de Harry, sentindo-o ficar cada vez mais duro sob si.

— Hmm, gosta de rebolar no meu pau?

— Arrã — murmurou, jogando os braços ao redor do pescoço de Harry. — É muito gostoso.

Harry rosnou e mordeu seu ombro, apertando os dedos em sua cintura. Baby Lou gemeu alto, apertando-se com mais força contra o membro duro em sua bunda.

— Fica de quatro — Harry mandou e o garoto ronronou em resposta.

Num segundo, Baby Lou saltou de seu colo, engatinhando para o meio da cama desajeitadamente. Esticou os braços em frente ao seu corpo, afundando o rosto entre eles e jogou o quadril para o alto, balançando-os devagar.

— Porra — Harry resmungou, levantou e tirou a calça de caxemira, jogando-a de qualquer jeito no chão.

Quando tornou a subir na cama, ajoelhou atrás do menino e espalmou suas grandes mãos no traseiro arrebitado, apertando a carne com força, deixando as marcas de seus dedos. Céus, ele nunca achou que veria alguém usando uma tanga. E nunca pensou que seria tão sensual.

O tecido brilhante tinha formato de V por uns cinco centímetros, antes de tornar-se invisível entre as nádegas redondas que praticamente o engoliam. Harry quase gemeu ao constatar que não havia nem um pelo entre elas, apenas pele lisa e macia.

As coxas grossas de Baby Lou tremiam quando Harry se curvou sobre ele, esfregando o nariz pela pele bronzeada e perfumada. Com a ponta da língua, saboreou aquela região sem pressa, logo distribuindo beijos molhados e alguns chupões em suas nádegas. O garoto gemia baixinho, arqueando as costas para que seu traseiro estivesse pressionado contra o rosto do executivo.

Harry rosnou, escorregando a língua para o vão onde o tecido da tanga azul celeste se escondia. Afastou as bochechas do traseiro de Baby Lou, encontrando o buraquinho rosado que piscava para ele, quase totalmente à mostra.

Engoliu o ar antes de lamber o local com firmeza, sentindo as ruguinhas da pele contra a sua língua. O garoto gemeu alto, e resmungou alguma coisa que Harry não entendeu, mas não se deu o trabalho de perguntar. Continuou a lamber a entrada por cima do tecido mesmo, umedecendo-o antes de puxá-lo para cima, friccionando-o contra a pele quente de Baby Lou.

— Ahh! Oh, isso é... hmm.

Harry sorriu ao notar o quão desnorteado o menino estava e continuou puxando a tanga, esforçando-se para que ela se esfregasse naquele orifício. Depois de um tempo, a puxou para o lado, voltando a lamber e beijar a região, arrastando os dentes ali de vez em quando. Ele sentia sua própria cueca melada pelo pré-gozo que seu pênis derramava, mas queria dar prazer ao garoto antes de cuidar de si. Isso era algo novo para ele na cama. Harry geralmente estava interessado apenas em seu prazer. Ele era do tipo que virava para o outro lado depois que terminava. Mas algo naquele menino, tão jovem e entregue, lhe enlouquecia. Ele parecia outra pessoa.

Forçou sua língua para dentro, o invadindo com a ponta. Baby Lou gemeu de forma aguda e tremeu sob suas mãos, logo ronronando ao se sentir massageado por dentro. Harry agora sentia o quão apertado e quente ele era e só conseguia imaginar seu pênis afundado ali, sendo esmagado por aquele calor.

Continuou o estimulando com a língua, esfregando ao redor com os dedos. O sabor de Baby Lou era quase doce, deixando Harry alucinado de tesão. Enquanto o acariciava com uma mão, levou a outra para seu pênis, apertando-o por cima da cueca. Ele havia gozado há pouco, mas já precisava de alívio novamente. Talvez ele não estivesse tão velho assim.

Com um último beijo estalado na entrada do michê, Harry se afastou, ofegante. Debruçou-se sobre as costas estreitas, beijando seus ombros, pescoço e nuca, ouvindo-o gemer baixinho em aprovação. O pênis em riste de Harry cutucava o traseiro de Baby Lou, e ele parecia gostar pelo mode que se esfregava ali vagarosamente.

— Olha o que você faz comigo — sussurrou contra a orelha dele, beijando e chupando o lóbulo. — Tá sentindo meu pau duro na sua bunda?

— Hmm. Sim, senhor.

— Harry — ofegou, acariciando a barriga lisinha até chegar ao pênis duro do garoto. — Lembre-se de gritar meu nome quando eu estiver metendo em você.

Baby Lou não respondeu, apenas gemeu alto e jogou a cabeça contra o ombro largo de Harry quando sentiu a mão firme do homem lhe masturbar com maestria, brincando com a pele de seu prepúcio e acariciando sua glande inchada.

Aproveitou o toque de Harry por longos minutos, sentindo a boca carnuda e úmida dele deslizar por suas costas, de vez em quando deixando algumas mordidas e chupões. Ele estava prestes a gozar quando Harry simplesmente interrompeu a carícia, recebendo um muxoxo em troca. Riu baixinho e beijou a bochecha de Baby Lou.

— Eu já vou fazer você se sentir bem — sussurrou.

Enquanto Harry se esticava para alcançar o criado mudo, vasculhando sua gaveta, Baby Lou sentia o mundo girar ao seu redor. Nada fazia sentido e ele não podia acreditar que estava ali. Há menos de um mês ele estava vivendo uma vida pacífica como atendente VIP em uma casa noturna. Claro que ele havia dormido com muitas clientes por lá, mas estar com um homem era único. Harry o comandava e o inebriava, tão diferente do que ele imaginou que encontraria quando conversou com Niall naquela noite. Ele realmente pensou que Harry Styles seria um homem sexualmente frustrado que se afundava em trabalho por ser socialmente deficiente.

Todavia, lá estava ele agora. Completamente excitado e ansioso por aquele homem que se revelara muito sensual e, até mesmo, experiente. Apenas um toque de Harry fazia com que toda a sua pele se derretesse. E isso era incrível.

Com um gemido surpreso, Baby Lou se remexeu ao sentir os dedos melados e frios de Harry lhe cutucarem. Ele sabia que precisaria de certa preparação, já havia feito sexo anal com mulheres, então se esforçou ao máximo para relaxar enquanto os longos dedos do executivo escorregavam para o seu interior. Ele gemeu alto, tensionando-se ao redor dos dígitos de Harry, que gemeu também e praguejou.

Harry o estocou com os dedos, buscando quebrar a resistência dos músculos que o pressionavam com força. Baby Lou gemia languidamente, ofegando mais forte sempre que Harry resvalava em sua próstata.

— Tudo bem? — Harry perguntou baixinho, sem parar de fodê-lo com os dedos.

— Ohh, sim.

Com um risinho, Harry se afastou um pouco, pegando a camisinha que havia deixado ao lado do lubrificante e a rasgando nos dentes. Gemeu baixo ao deslizá-la por sua ereção, masturbando-se lentamente por um momento.

Abraçou a cintura delicada sob si e se debruçou sobre o garoto, colando a boca em sua orelha.

— Eu posso? — sua voz rouca arrancou um gemido de puro deleite do menino, e Harry apenas riu. 

Puxou o fio dental de lado e conduziu seu pênis rijo até a entradinha pulsante, esfregando sua glande ali por um minuto, sentindo o corpo do michê tremer.

— Não acredito que estou fazendo isso... — murmurou antes de começar a penetrá-lo lenta e ininterruptamente.

Um gemido longo e agudo ecoou pelo quarto, contrastando com o gemido rouco que Harry emitiu ao estar totalmente dentro de Baby Lou. Ele precisou se concentrar para não gozar imediatamente, visto a forma como as paredes internas do garoto se contraíam, massageando seu pênis. E ainda por cima era tão quente e apertado. Ele iria enlouquecer.

— Tão apertado, Baby — comentou ofegante, afundando o rosto no cabelo castanho suado, aspirando seu perfume. — Apertado... demais — considerou por um instante.

Não esperou muito para firmar as mãos no quadril arredondado de Baby Lou e começar as estocadas lentas e profundas, arrancando gemidos escandolosos do michê. Harry estava se sentindo no céu naquele momento, mesmo indo contra todos os seus preceitos. Já não se importava com a moral, não quando tinha seu pênis afundado naquele corpo pecaminoso, que o engolia e pedia por mais.

— Oh, Harry — sussurrou, apoiando-se melhor nos cotovelos e fechando os olhos. — Isso é tão gostoso... 

Harry abriu mais as pernas e se inclinou, mudando o ângulo das investidas, atingindo agora a próstata de Baby Lou, que gritou em resposta. Passou a penetrá-lo com mais força, aumentando a velocidade. O garoto gemia extasiado, jogando o quadril contra o seu. Harry quase gozou ao abaixar o olhar e ver seu membro viril ser engolido pela bunda farta de Baby Lou.

Caralho, que bunda grande.

Puxou o garoto pelos ombros, erguendo seu tronco até que as costas dele estivessem coladas em seu peitoral. Nessa posição, todo o peso de Baby Lou estava sobre Harry, que continuava a estocá-lo com força, enfiando o mais fundo que conseguia, lambendo e mordendo o pescoço exposto do menino.

— Se toque — ordenou num sussurro, e num instante as mãos amarradas pelo laço azul trabalhavam juntas na própria ereção. — Assim mesmo — incentivou, apertando a cintura do michê com força. Já havia marcas roxas na exata forma das mãos de Harry pela cintura e pelo quadril do outro. 

Baby Lou gemia sem pudor algum, rebolando desajeitadamente contra Harry, pedindo por mais. Harry rosnava em sua orelha, metendo com cada vez mais força, mordendo-lhe os ombros e o pescoço.

— Mais fundo — implorou com a voz arrastada. — Por favor, Harry... Ohhh!

Sem aviso, Harry jogou seu corpo para trás, trazendo o menino em seus braços. Baby Lou gemeu com a nova posição, sentado no colo do executivo, sentindo o pênis grosso lhe preencher por inteiro. Era uma sensação singular.

Agora, deitado, Harry podia ver claramente seu pênis entrando e saindo no buraquinho entre as nádegas fartas que balançavam em seu colo. Ele apertava a cintura de Lou com firmeza, movimentando o quadril com força e velocidade. Ele não duraria muito mais.

— Goza pra mim — pediu entre seus gemidos roucos.

Em dois minutos, Baby Lou gritou o nome de Harry, expelindo seu esperma em jatos fortes. Seu corpo todo se amoleceu, exceto por seu ânus que se contraiu ao redor do Styles, que gemeu mais forte e acabou por gozar também, empurrando-se com brutalidade para dentro do michê.

De repente, com o fim do baque dos corpos e dos gemidos, o quarto ficou silencioso. Só eram ouvidos os ofegos daqueles que tentavam normalizar suas respirações, nitidamente exaustos.

Harry retirou-se devagar de dentro do menino, que gemeu baixinho ao sentir-se vazio. O executivo livrou-se da camisinha cheia, dando-lhe um nó e jogando-a no chão. Sorriu de canto ao ver o buraco avermelhado de Baby Lou úmido e piscando, castigado pela fricção constante.

Com um gemido cansado, Lou deitou ao lado de Harry, de barriga para cima. Harry notou que ele havia ajeitado a tanga na parte da frente, pois não era mais possível ver seu pênis. Suas mãos permaneciam atadas e Harry não sabia se deveria desamarrá-lo ou não.

O constrangedor silêncio que vinha depois do sexo alucinado era um dos motivos pelos quais Harry evitava transar com desconhecidos. Ele odiava não ter intimidade com alguém na cama. E ainda havia aquela regra maldita de: "chupar o meu pau, tudo bem, mas dormir de conchinha, nem pensar", ou algo assim.

— Isso foi muito bom — Baby Lou falou mole, seu corpo inteiro parecia derretido. Havia um largo sorriso em seu rosto.

Harry se perguntou se ele elogiava a performance de todos os clientes. Se era algum procedimento padrão.

— Foi minha primeira vez com um garoto de programa — soltou sem pensar, mas não se arrependeu ao ver o rosto bonito ao seu lado se iluminar.

— E o que achou? — virou-se de modo que ficasse de frente para o cliente, ainda sorrindo.

— Uma delícia — sussurrou, acariciando o cabelo macio de Baby Lou, que ronronou com seu toque. 

— Que bom que não me levou embora — comentou baixinho, fechando os olhos para aproveitar o carinho. — Eu gostei muito...

Fez-se silêncio novamente, mas dessa vez foi algo confortável. Apenas escutavam a respiração um do outro se tornar mais lenta enquanto Harry afagava o cabelo castanho do michê. Já estavam quase pegando no sono quando a voz fina de Baby Lou soou baixinha:

— Você foi meu primeiro também... Meu primeiro cliente homem.

Os olhos verdes de Harry se abriram rapidamente, encontrando o rosto sereno do menino, que estava naquele estado entre a consciência e o sono.

— Isso... Isso é incrível, Baby.

— Louis — murmurou. — Meu nome é Louis.

Harry sorriu e se aproximou, puxando Louis para seus braços, sentindo-o se aninhar em seu peito e quase ronronar. Beijou o topo de sua cabeça antes de fechar os olhos, o cansaço lhe consumindo.

— Boa noite, Louis.



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