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História Geração do Amanhã - Always On The Run.


Escrita por: luzdelfuego

Notas do Autor


oi, meus amigos oitentistas.
desculpa a demora para sair esse capítulo, tá? eu amo vocês.

Capítulo 2 - Always On The Run.


Fanfic / Fanfiction Geração do Amanhã - Always On The Run.


  
        O sol invadia todo o quarto com a sua luz exuberante, o despertador tocou e dava para escutar todo passo de movimento na casa.  Gal levantou da cama e imediamente foi tomar seu relaxante banho matinal.  Pela primeira vez estaria viajando para Saquarema, uma cidadezinha conhecida como "A Capital do Surfe".  
— O pai de vocês ligou avisando que daqui uma hora irá passar aqui. - dona Débora comentou enquanto abria a janela do quarto da Gal - Na verdade, quem avisou foi a irmã de vocês. Ela tem quantos anos?
— Não faço a mínima ideia, deve ter uns 16 anos. - comentou ainda com a voz sonolenta e cansada - Sinceramente, mainha, eu só vou por causa do meu pai mesmo. Ah, lá em Saquarema tem a casa do Serguei, deve ser legal.
— Você vai fazer o quê? Gritar "Serguei eu te amo"? - as duas caíram na gargalhada e dona Débora levou um susto com o Vicente na porta do quarto - Já está pronto, meu filho?
— Estou pronto, irei saber se a Maria Helena já está arrumada. Estarei esperando na porta de casa. - ele saiu do quarto assim que Gal retornou do banheiro. -


  Junto com sua mala, estava sua câmera e o violão que o Vicente ganhou, porém, quando aprendeu a tocar comprou uma Les Paul da Gibson (parecida com a de Jimmy Page) e deu o violão para Gal. Os pôsters das bandas de Rock estavam ficando velhos por conta do tempo e da poeira. Seu guarda-roupa lotado de fotos da Lita Ford e Joan Jett fazia parte de decoração do quarto. 


— Essa roupa tá boa? -  um short jeans e uma camiseta do The Rolling Stones que havia comprado num brechó - Lá faz muito calor. 
— Tá sim, minha filha. Coloquei a roupa para você vestir na virada do ano, é uma saia branca longa e um top branco, caso não quiser vestir o top, coloque uma camiseta branca. - Dona Débora levantou da cama e entregou uma quantia de dinheiro na mão de Gal - É pra você esse dinheiro, o do seu irmão eu já dei.
— Obrigada, mainha. - sorriu fraco e assim que pegou o dinheiro, guardou no bolso do short - A senhora vai passar o ano novo na casa da tia Sônia, não é?!
— Vou sim. Ai, espero que vocês se divirtam, porém, vou ficar com saudades dos meus filhos. 
— Serão só três dias fora de casa. - elas continuam conversando até dona Débora escutar um barulho de buzina do carro - Deve ser o pai de vocês. Vamos.

O Opala preto de sr. Álvaro estava estacionado na porta de casa, ele saiu do carro e começou a conversar com a dona Débora durante o tempo em que Vicente, Gal e Maria Helena arrumavam as malas no carro. Não dava para escutar o que eles estavam conversando por causa do barulho do som do carro. 
— Avisou ao Mauro que não vai sair com ele? - o Vicente se aproximou da Gal e apontou para o cadarço do sapato dela que estava desamarrado - Para ele não chegar aqui à toa. Na boa, vocês estão namorando?
— Já sim. Ai, foi meio chatinho dizer que não iria com ele, pois, antes eu tinha confirmado que eu e ele iríamos juntos. - Gal começou a rir - Não, eu e ele não namoramos. Parecemos namorados é?
— Vamos embora, garotada. - sr. Álvaro se aproximou e deu um tapa no capô do carro - Quem é essa moça? - falou referindo-se a Maria Helena que estava conversando com a dona Débora para ela poder cuidar do Zeus durante esse tempo que ficaria fora -
— É a namorada do Vicente, pai. Se chama, Maria Helena. - Gal entrou no carro e sentou no banco do passageiro já que os de trás seriam ocupados pelo Casal 80's - Tchau, mãe!
— Não é oficialmente minha namorada, sua doida, estamos nos conhecendo ainda. Já falou do seu namoradinho?
­
       O silêncio tomou conta do carro, duas horas de viagem não passariam muito rápido por causa da estrada que levava à Saquarema estava sendo feita. Sr. Álvaro tinha uma vida boa, era produtor musical e ao passar dos anos começou a trabalhar com grandes produtoras musicais no exterior. Produziu discos icônicos e fundamentais para a música brasileira.


— Um dia desses eu estava mexendo em uns arquivos lá em casa e encontrei essa fita K7. Eu que produzi o álbum desse cara. - colocou a fita do K7 do Hyldon e aumentou o som -
— Eu amo esse cara. Acho que sou a única fã dele. - Maria Helena abriu o sorriso após escutar a intro de Na Rua, Na Chuva e Na Fazenda (Casinha de Sapê) - Sério que foi o senhor que produziu? Que honra!
­— Sim. Depois posso lhe dar essa fita, tenho mais uma guardada em casa. E ai? Você é namorada do meu filho? Eu apoio essa relação, Vicente. 
— Muito obrigada. Não sei se posso confirmar isso. - Helena deu uma risada fraca - Apenas amigos, grandes amigos. O futuro é duvidoso. O senhor já escutou Fernando Mendes? 
­
       Após concordar, os dois ficaram conversando sobre música durante o trajeto. Finalmente, chegaram em Saquarema e até o caminho da casa, haviam muitos surfistas no meio da rua. A praia ficava atrás da casa, assim que chegaram, o Vicente e a Maria Helena foram correndo para o mar. O cheiro de água salgada era o aroma do quintal.
­— Gostou da casa, minha filha? - ele se aproximou de Gal e deu um abraço - Me desculpe, eu não deveria ter me afastado de vocês dois. Vocês são os meus orgulhos, me perdoe.
— Tudo bem, pai. Não adianta chorar pelo leite derramado e eu aceito seu pedido de desculpas. - ela sorriu e saiu andando em direção a areia - Que dia bonito. 
— Obrigada minha mãe por esta maravilha. - Helena começou a agradecer a Rainha do Mar e depois mergulhou - Me sinto renovada. 
— Venham fazer um lanche, meninos! - a empregada colocou os lanches na mesa e todos começam a comer - Meu nome é Vanice, trabalho aqui. - todos cumprimentam e continuam comendo - Vocês dois são filhos do sr. Álvaro, não é?
— Eu sou a Gal e esse é o Vicente, meu irmão. Você vive direto aqui? Muito bonito o lugar. É a primeira vez que venho aqui.
— Só venho quando tem visita ou para checar se está tudo certo. Vocês moram aonde?
— Moramos em Rio Comprido, minha mãe tem uma loja de discos quase perto do Leblon. Meus pais são separados tem um bom tempo, sabe? Então, decidimos morar com ela.
— Entendi, gostaria de mais suco? - Gal confirmou balançando a cabeça - Pronto. Se alguém quiser mais alguma coisa, pode me chamar. Estarei na cozinha. - sorriu e saiu em direção a casa - 
— Me passa esse requeijão. - o Vicente falou de boca cheia e a Gal revirou os olhos - Que foi?
— Falando de boca cheia, bonitão. - entregou o requeijão e deu o último gole naquele suco delicioso de laranja - Onde tem um telefone? - entrou em casa - Preciso dar um telefonema.
­— Tem ali, Gal. - sr. Álvaro apontou para a mesinha que tinha um abajur, um telefone e umas revistas - Já avisou a sua mãe que vocês chegaram? - ela negou balançando a cabeça - Ligue.
­
        Depois que Gal ligou para a dona Débora avisando que havia chegado no destino, lembrou-se de seu amigo Mauro e discou o número de telefone da casa dele. Os dois possuíam uma amizade muito legal, quer dizer, claro que existia algo a mais ali. Desde o dia em que os dois quase se beijaram na formatura, deixou bem claro todo o sentimento. 
— Alô? - uma voz feminina atendeu o telefone da casa do Mauro - Gostaria de falar com o Mauro Frejat, ele está?
— O Mauro? Está no quarto, só um minutinho. - a voz feminina que parecia ser da mãe dele chamou pelo seu nome e ele correspondeu - É uma moça.
— Alô? Quem quer falar comigo? 
­— Sua melhor amiga...espera, sou sua melhor amiga?! - começaram a rir - Sou eu, a Gal. E ai? Liguei para saber se está tudo bem.
­— Por aqui está tudo numa boa. E você? Já chegou em Saquarema?
— Estou bem também. Já sim, já tem um tempinho. Não estou te incomodando não, né?!
— Não, você sabe que não. Eu estava no meu quarto conversando com o maconheiro do meu irmão  - começou a rir referindo-se ao Roberto - enfim, é realmente bonita a cidade?
— Até parece que você não dá uns tapas também - ela deu uma risada - é sim! Bom, até essa parte que eu vi é bonita sim. Amanhã cedo irei visitar as lojinhas de miçangas e conhecer as outras praias.
­— Vai aproveitar para fazer seus filmes, não é? Filma, quero ver tudinho.
— Claro! Uma pena que você não está aqui para poder participar das minhas loucuras. Se quiser aparecer por aqui, pode chegar, as portas estão abertas. 

Continuaram conversando durante um bom tempo e quando ele desligou o telefone, Gal deitou no sofá para descansar e pegou no sono. Sr. Álvaro havia saído para a casa de um amigo dele e o Casal 80's (Maria Helena e Vicente) ficaram conversando enquanto descansavam na rede de balanço. A noite não seria muito produtiva, pois, iriam aproveitar para repousar para o dia seguinte. Always On The Run! 
 


Notas Finais




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