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História Geração do Amanhã - Lembro do mar, beijos na praia e as rendas da rede da saia.


Escrita por: luzdelfuego

Notas do Autor


olá meus amigos lindos, cheirosos e oitentistas, me perdoem se esse capítulo saiu ruim. tô no meio de um bloqueio criativo horrível.
enfim, é isto.

Capítulo 4 - Lembro do mar, beijos na praia e as rendas da rede da saia.


Fanfic / Fanfiction Geração do Amanhã - Lembro do mar, beijos na praia e as rendas da rede da saia.

A noite passada foi melhor do que todos esperavam, assim que saíram da pracinha foram direto beber em um boteco mais próximo. O que Gal não bebeu no baile de formatura, bebeu e aproveitou bastante a noite. Na verdade, todos aproveitaram a noite até demais. Claro que isso daria uma ressaca, porém, quem se importava? O importante era se divertir, ser jovem e não ser uma pessoa careta. O dia raiou, o cheiro de café exalou e o clima era um convite para tomar um banho de mar. 

 

— Bom dia, Helena. - Gal comentou indo em direção a cozinha para pegar uma xícara para tomar café - Quer uma xícara também? - Helena confirmou balançando a cabeça, porém, ainda em silêncio. -

— Bom dia, moçada. - o sr. Álvaro sentou para tomar café e começou a comer - E ai? Como foi o passeio de vocês ontem? Gostaram?

— É, até que foi legal. - Gal começou a rir sozinha lembrando de tudo que aconteceu ontem - Foi o máximo. O que aconteceu ontem para o senhor não estar com a gente?

— Precisei sair para resolver umas problemas na outra casa, a Natália estava passando mal e tive que ir junto com a Sandra. Cadê o Vicente?

— Deve estar descansando, sr. Álvaro. - finalmente Maria Helena abriu a boca depois de um certo tempo calada - Todos nós aproveitamos o passeio. Eu estou grata por ter vocês do meu lado, sério, minha segunda família.

— Você é uma pessoa muito inteligente e legal, Maria Helena e bonita também. - o sr. Álvaro sorriu para a moça - Se estiver namorando com meu filho, saiba que tem todo o meu apoio nisso. A família é separada, porém, é uma família que acolhe todo mundo. 

— Muito obrigada mesmo. - ela sorriu e levou um susto sentindo duas mãos em suas costas, era Vicente com cara de cansado da noite passada e todo descabelado - Bom dia, príncipe. 

— Bom dia, Yê. - Vicente deu um beijinho na boca da Maria Helena e sentou do lado dela para começar a comer - Bom dia, Gal e pai. 

— Painho, estamos pensando em ir a praia. Vai com a gente? - Gal falou após voltar da cozinha e sentou em frente ao casal - Vamos embora quando?

—  A gente vai almoçar fora hoje, vocês podem ir a praia depois. - ele levanta da cadeira e vai em direção a cozinha - Vamos amanhã de tardezinha, eu acho.

 

    O café da manhã foi um convite para lembrar do que ocorreu de madrugada, os três bêbados sem ter a mínima noção de onde estavam foi só uma das recordações. As expressões faciais de Maria Helena e Vicente eram de desconfiança, pois, finalmente, aconteceu o que eles desejavam (fora o afeto e entre outros). A primeira relação sexual dos dois no meio da madrugada apenas o som abafado dos gemidos e da cama batendo na parede.

 

— Não me olha assim, garota. - Vicente comentou após Gal ficar encarando o próprio - Até parece que não sabe o que é isso. - revirou os olhos e continuou a terminar o seu café da manhã - 

—  É que eu sabia que algum momento iria acontecer isso e não iria demorar muito. Ué...não fizeram nada de errado. Podem ficar tranquilos, eu não estou julgando e nem vou julgar. - Gal deu seu último gole no café que pelo tempo já estava frio - 

— Gal, vem cá. - Maria Helena a convidou para ir até o quintal e ela corresponde - Deu para escutar o que aconteceu de madrugada? Não deu para perceber. 

— Relaxa, menina. - Gal deu uma risada - Um dia vocês iriam fazer isso de qualquer jeito.  Ah, eu super adoraria ver vocês juntos. 

— É que sei lá...fica um clima chato. - Maria Helena deu um sorrisinho fraco - Eu gosto bastante do seu irmão.

—  Fique numa nice, todo mundo aqui é gente boa, sério. - Gal comentou enquanto via o desconforto da Helena - Não que eu esteja desesperada para transar, porém, tenho uma enorme curiosidade.

—  Você ainda é virgem? - Helena falou baixinho para evitar qualquer constrangimento - Não vou mentir...é bom, muito bom e é melhor ainda quando é com a pessoa que você ama. 

—  Me sinto meio atrasada nesse assunto, sabe? Porém, cada coisa no seu tempo. - o sr. Álvaro apareceu no meio da conversa e as duas disfarçaram o assunto - Vai colocar o barquinho hoje, Lena?

—  Vou sim. Estou indo para o quarto para organizar minhas malas, tá?! - Maria Helena saiu para deixar sr. Álvaro e Gal conversando - 

— Vou levar vocês para comer um camarão na manteiga delicioso perto da praia, sempre que venho peço esse prato. - sr Álvaro sentou ao lado de sua filha e começou a fumar - Como vai a vida, minha filha?

—  Entre altos e baixos, painho. - ela deu um sorrisinho fraco e começou a observar a paisagem - Tenho esperanças que 1983 seja o ano. E o senhor? Como vai?

—  Estou indo bem, meu neném. - ele abriu um sorriso e passou a mão no rosto de Gal - Está trabalhando? 

— Estou sim, comecei a trabalhar com o Nelson Motta - Gal falou sorridente pois Nelson Motta sempre foi uma grande inspiração para a própria - Ah, onde fica a casa do Serguei? Eu só sei que é aqui em Saquarema.

—  Eu não faço a mínima ideia...de onde tirou isso? Nunca vi ninguém falar. - sr. Álvaro olhou confuso para ela - 

—  Minha mãe que contou, porém, já escutei essa história. - Gal levantou da grama e foi para a rede de balanço para descansar - Seria um prazer poder entrevistar ele. 

 

 

       Essa viagem foi muito boa para fugir daquela velha monotonia de todo santo dia. Toda aquela exaustão (e até mesmo a tristeza) perdeu lugar para a felicidade no rosto de Gal, era tudo que ela mais queria durante esse período de transição entre a adolescência e a fase adulta. Para não perder o melhor horário de tomar um banho de mar, eles se arrumaram e começaram a organizar tudo para poder passear. 

 

— Pegou o protetor solar, Yê? - Vicente entrou no quarto das meninas que terminaram de se arrumar - Tá um puta sol lá fora.

— Peguei sim, meu bem. - Maria Helena aproximou-se de Vicente e começou a passar protetor solar em seu rosto - Tá brigado com o sol? - começou a rir - 

— Ele deve ser vampiro, detesta sair à luz do sol, porém, também não posso falar nada. Preciso pegar um bronze. - Gal ficou encarando seu próprio reflexo no espelho e começou a fazer umas poses - 

 

 

        Assim que entraram no carro, Vicente encontrou umas garrafas de bebida jogadas no tapete. Algumas estavam cheias e outras pela metade, as garrafas eram as provas de que encheram a cara de álcool. Durante o caminho, o som que embalava a galera do carro era A Cor do Som. 

 

— O Dadi Carvalho ganhou uma homenagem do Caetano na música Menino do Rio. - Vicente aumentou o som do rádio e começou a tocar sua guitarra imaginária de acordo com as músicas que tocavam - 

— Não foi Menino do Rio, besta, foi Leãozinho. - Gal resmungou e deu um tapa na cabeça do Vicente - Deveria saber disso. 

— Tanto faz, eu não escuto muito MPB. Gosto mais do punk, do pós-punk e do new wave. - ele falou rindo num tom de deboche - Vocês deveriam conhecer mais o new wave.

— O que mais tinha em Brasília era punk, conheci até um grupinho de punks. Não sabia que gostava de new wave, Vi. - Helena comentou surpresa e abriu um sorriso imediatamente - Eu sempre curti new wave, mas, claro que não deixo de escutar minha MPB. 

 

    

             Segundo Maria Helena, Brasília sempre será o berço do punk brasileiro e realmente, ela andava com uma galera punk, porém, o new wave sempre deixou ela fascinada. 

   Com o barquinho em uma mão e as flores na outra, Maria Helena saiu em direção ao mar para fazer seu agradecimento. Vicente adorava mexer com a Gal e assim que avistou sua irmã com a filmadora, logo se exibiu na frente da câmera tirando a camiseta e dando dedo. Álvaro começava a rir das loucuras de seu filho e também curtiu bastante aquela tarde. É maravilhoso morar num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza!


Notas Finais




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