História Babydoll - A Ninfomaníaca de L.A. - Terrible Envy

Eu estava ansioso. Na verdade eu esperei por esse momento durante toda essa semana, e hoje, finalmente, eu iria matar o meu desejo! Hoje seria meu dia com Scarlet Babydoll, a mulher que simplesmente é o sonho de consumo de todos os homens de Los Angeles. E claro que não sou nenhuma exceção à regra. Essa desgraçada simplesmente me deixou doente por ela.

Acho que só hoje eu me masturbei umas vinte vezes, sendo que em uma delas foi duas seguidas. Simplesmente quero ficar bem sequinho para durar ainda mais minha noite de prazer com aquela mulher. Eu estava louco para ir para o Rainbow, fazia vinte minutos que eu estava pronto e nada daqueles motherfuckers aparecerem.

– Eeei! Eu quero sair ainda hoje!! – gritei.

– Quem mandou você se arrumar uma hora antes?! Agora espera! – gritou Slash de volta.

Me sentei no sofá e passei a esperar. E eu odeio esperar. Fechei meus olhos e passei a me imaginar na cama com Scarlet. Sentindo suas carícias, seus beijos, seus toques. Se continuasse assim por mais alguns minutos eu iria ficar de pau duro de novo e teria que me masturbar pela vigésima primeira vez naquele dia. Mas por sorte, os putões não demoraram muito a aparecer na sala.

– Aleluia! É para glorificar de pé, irmãos! – falei, erguendo minhas mãos para o céu.

– Affe, está todo felizinho só porque vai transar com a Scarlet de novo. Grande coisa. – falou Axl, revirando os olhos.

– Admita que você está louco para transar com ela, ruivão. – falei, sorrindo torto.

– Nem morto.

– Além do mais, quem disse que vou transar com ela? – comecei. – Sabem que ela tem agenda cheia.

– Então por que está com esse sorriso retardado no rosto? – perguntou Slash.

– Ora, só quero sair para me divertir. – falei, enquanto acendia um cigarro. – Qual é, gente! Vamos logo!

Percebi todos trocarem olhares, mas logo concordaram comigo e saímos da Hell House, rumo ao Rainbow. O porquê de eu ter inventado uma desculpa? Simplesmente porque quero fazer uma surpresa para esses putos, e ver a cara de inveja deles ao me verem novamente com Scarlet Babydoll. Eles vão ter um treco e vão querer me matar, mas vai valer a pena.

Roubei um carro e chegamos ao bar em poucos minutos. Abandonamos o carro numa esquina e seguimos a pé. Logo na frente do Rainbow já havia um grande aglomerado de gente e um falatório bem alto. Quase botei meu coração para fora pela boca. Isso porque, no meio daquela multidão, estava uma certa mulher, sentada na lateral de uma Kawasaki, enquanto tragava um cigarro lentamente. Ela era o centro das atenções e o motivo daquele bolo de homens.

Ela se levantou de sua moto, jogou o toco de cigarro no chão, pisou sobre ele para apagar a brasa e então, começou a caminhar em nossa direção. Ou melhor, desfilar. Como ela estava gostosa. Eu estava boquiaberto, só de vê-la.

Scarlet Babydoll.

Ela usava um sensual corset marrom, uma saia longa e folgada, da mesma cor, botas de cano longo e de cordões, também marrom, mas em um tom mais claro. Alguns acessórios, lábios em vermelho, olhos em dourado e os cabelos loiros meio ondulados. Além de um par de luvas de tecido preto transparente.

Terrivelmente gostosa.

Nem precisei anunciar que hoje, ela e eu teríamos nossa segunda noite juntos, pois Scarlet já chegou me segurando pela nuca e me beijando. E eu, que não sou bobo nem nada, tratei de colocar minhas mãos em sua cintura e corresponder aquele beijo maravilhoso. Caralho... Quanto tempo se passou desde provei essa boca? Por quanto tempo eu desejei e esperei por esse dia? E ele finalmente chegou!

O beijo foi longo e provocativo, mas assim que nos afastamos, eu sabia que a maré iria descer sobre nós. Ou melhor, sobre mim.

– Duff, seu puto!! – gritou Axl. – Você disse que não iria transar com a Scarlet hoje!

– Surprise, Motherfucker! – falei, sorrindo de canto.

– Sua mãe é uma santa, mas você é um baita filho da puta! – esse foi Slash.

– Calminha aí, galera. – comecei, ao passar meu braço ao redor da cintura de Scarlet e abrindo um sorriso vitorioso. – É só uma segunda noite com a mulher mais gostosa e desejada de Los Angeles, só isso.

– McKagan, é melhor você calar a boca se não quiser apanhar aqui. – falou Izzy, ao tragar seu cigarro e soltar a fumaça em nossa cara.

– Ei meninos, não fiquem chateados. – falou Scarlet, ao se soltar de mim e ir até Slash, colocando sua mão em seu ombro e aproximando seus corpos. – Podemos ter flashbacks também, é só marcarem.

O poodle moreno já ficou todo assanhado só com o fato da Scarlet ter chegado nele daquela maneira. E acredite, eu não gostei nada, nada daquilo. Quando Slash iria colocar sua mão em volta da loira, eu tratei de puxa-la para mim novamente, algo que fez Scarlet dar uma pequena risadinha.

– Pode ser, mas hoje ela é minha, ouviram, seus putões? – falei, nada contente.

– Vamos logo beber alguma coisa e nos divertirmos. – falou Scarlet.

Logo todos nós fomos em direção a entrada do Rainbow, menos Scarlet. Olhei para trás e a vi falando com o Stee. Estranhei um pouco aquilo, então me aproximei.

– Ela vai ficar bem? – perguntou Steven. Ele parecia bem preocupado.

– Isso não vai depender de mim essa noite, já que é o loiro quem vai comandar. – ouvi Scarlet dizer. – Mas não se preocupe. Não será nada que ela não possa suportar.

Tratei de desviar minha atenção, pois eles logo vieram em direção ao bar. Não queria que eles soubessem que eu havia escutado a conversa, apesar de que eu não havia entendido nada do assunto. Scarlet sorriu assim que eu a olhei. Ela veio em minha direção e tocou meu rosto sutilmente com sua mão direita.

– Vamos? – falou ela.

Eu simplesmente fiquei mudo, algo que a fez arquear uma sobrancelha.

– O que foi, Duff?

– Eu... esperei tanto por esse dia, que nem acredito que ele chegou.

O sorriso de Scarlet desapareceu, dando lugar a uma expressão leve de surpresa. Acho que ela não esperava que eu fosse dizer isso. Na verdade, nem mesmo eu esperava por isso. Coloquei minhas mãos em seu lindo rosto e a beijei. Ela logo correspondeu. Assim que afastamos nossos lábios, seguimos nos encarando olho no olho, até que Scarlet sorriu.

– Você precisa de uma bebida. – falou ela, logo me puxando para dentro do Rainbow.

Assim que entramos, encontramos os motherfuckers sentados em uma mesa, sendo que nos juntamos à eles. Pedimos algumas garrafas de cerveja e passamos a beber. Peguei um cigarro e acendi, sendo que Scarlet fez o mesmo. Acendi meu cigarro, coloquei em minha boca e com o outro cigarro nos lábios da loira, aproximamos nossos rostos e acendemos um cigarro no outro.

– Nossa, que romântico! – ouvimos alguém falar próximo a nossa mesa.

Olhei para meu lado a fim de ver quem havia falado. Meus olhos se arregalaram um pouco.

– Britney? – falei, meio surpreso.

– Então hoje é sua vez com a vadia mais vadia de Los Angeles? – falou ela, com desdém e ódio.

Os motherfuckers e eu soltamos um “Iiihh”. E pensamos: “Lá vem treta.” Olhei de canto de olho para Steven, que encarava Britney com um ódio mortal, esta que estava com uma roupa tão chamativa e indiscreta que nem disfarçava que era uma vadia. Scarlet soltou uma baforada de cigarro no ar, enquanto apoiava seu cotovelo esquerdo sobre a mesa e olhava para a groupie com um sorriso debochado.

– Escuta aqui, garota, você tem algum problema comigo? – perguntou Scarlet, com naturalidade.

– Imagina, querida. Eu não tenho naaaada contra você. – Britney sorriu em provocação. – Só acho muito ridículo o modo como você sai dando para todo mundo apenas por diversão.

Scarlet sorriu mais uma vez.

– Amor, pelo menos eu faço isso por “diversão”, como você diz. – falou a loira, fazendo aspas com os dedos. – E não para ganhar dinheiro. E quem precisa estar praticamente nua para chamar a atenção dos homens, não sou eu.

– Sua puta de quinta!! – gritou Britney, enquanto caía para cima da loira.

– Pare já com isso, caralho!! – gritei, enquanto me levantava e ficava diante de Scarlet, segurando a louca da Britney. – Vai embora de uma vez, garota!

– Deixa ela, Duff. – ouvi Scarlet dizer. – Eu posso com ela.

– Vem para cima então, sua loira de farmácia!! – gritou Britney.

– Já chega, porra!! – gritei mais uma vez, segurando-a firme pelos braços e a chacoalhando diante de mim, fazendo-a ficar de olhos arregalados. – Pare de amolar a Scarlet! Vaza daqui!

Britney me encarou por alguns segundos, antes de sair furiosa. Voltei a me sentar ao lado de Scarlet, vendo-a tragar seu cigarro como se nada tivesse acontecido.

– Aquela groupie é uma baita de uma puta, chegando assim na Scarlet do nada! – falou Slash, meio puto.

– Mas depois dessa, acho que nunca mais ela chega perto! – esse foi Axl.

– Acalmem-se, rapazes. – começou Scarlet, sorrindo. – Ela é só uma pobre coitada.

Olhei de canto de olho para Scarlet, enquanto ela dava um saboroso gole em sua vodka e em seguida uma tragada em seu cigarro. Por alguns segundos eu fiquei hipnotizado por aquela mulher. Como uma criatura pode ser tão bela? Mordi meus lábios rapidamente, enquanto largava minha garrafa de cerveja sobre a mesa e puxava Scarlet para um beijo. Aqueles lábios apimentados com álcool e nicotina me fizeram tremer na base.

– Quando você quiser... – sussurrei em seu ouvido, assim que nos afastamos do beijo.

– Calma, garoto... – ela também sussurrou, de forma quente, algo que me fez ter sérios arrepios. – Vamos beber mais um pouco, e depois nós vamos.

– Eu não vou aguentar mais muito tempo...

– Vai aguentar...

Percebi ela sorrir. Após dizer isso, ela mordiscou levemente o lóbulo da minha orelha, me fazendo morder os lábios.

– Mais quarenta minutos. – falei apenas.