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História Back 2 U (AM 01:27) - Capítulo 24


Escrita por: sichlng

Notas do Autor


oie, postei rápido dnv RS
gente eu amei esse cap mt espero q voces gostem tb!!

tem uma coisa mt importante lá nas notas finais, nao se esquecam de dar uma passadinha la quando terminarem de ler o cap ok??

boa leitura~

Capítulo 24 - Capítulo 24


Eu abri os olhos assustado, olhando pro lado e vendo os médicos mexerem a cabeça em negação. Pareciam ter desistido, assim tão fácil, e eu não pude acreditar naquilo. Me levantei por instinto de onde estava deitado, empurrei todos aqueles "profissionais" e me montei em cima de Ten, fazendo uma massagem cardíaca que havia aprendido anos atrás. Permiti que lágrimas escorressem dos meus olhos em disparada, enquanto gritava coisas ali mesmo no meio do hospital, implorava para que ele não me deixasse daquela forma, eu precisava dele comigo o tempo inteiro, sua presença era essencial. Quando estive prestes a desistir, vendo que não havia muita esperança, dei um soco forte em seu peito e me deitei sobre si, chorando como uma criança.


 Volta pra mim, seu idiota! Você não pode simplesmente ir embora! – Eu berrei, depois do que fiz. Os batimentos começaram a voltar, a máquina aos poucos voltava a funcionar direito. Me levantei rápido e segurei o seu rosto com minhas mãos.  C-Chittaphon...


Os médicos me tiraram de cima dele, pareceram ter percebido que eu consegui reanimar Ten e assim o levaram para dar cuidados melhores. Eu respirei profundamente, estava extremamente preocupado, mas também, aliviado por ter salvado sua vida. Apertei o espaço entre meus olhos, e a mesma enfermeira que me ajudou quando eu estava machucado por ter corrido, veio até mim sorrindo, me auxiliando mais uma vez a me sentar em uma cadeira ali pertinho, também me deu um pouco de água.


 Obrigado... Hm.. - Olhei para o seu crachá. – Jihye...?


 Sim! É esse o meu nome. Não foi nada, Sr. Seo. – Eu sorri de volta.  Espero que fique tudo bem. Aquela mulher... Eu nunca fui com a cara dela desde que ela entrou aqui no hospital.


 É uma prostituta vagabunda.  Resmunguei.


 D-De qualquer forma, se sinta à vontade para ir de volta até o seu quarto. Acho que as câmeras pegaram a agressão da garota, além dela ter utilizado sem permissão um remédio perigoso do hospital. 


 Sério? – Ouvir aquilo até me deixou mais feliz. Ainda que machucado eu fiquei ali na sala de espera por muito, muito tempo mesmo, até a mesma pequena enfermeira Jihye me chamar para ver o Ten. Eu me sentia nervoso, e recuei quando minha mão encostou na maçaneta da porta. De uma vez só abri e assustei Chittaphon, que estava quieto vendo TV. Permaneci estático entre os patentes da porta, sem saber o que fazer direito. 


 Entra.  Ele disse baixinho. Me aproximei aos poucos, até chegar à sua frente.


 Como você está..?  Perguntei, olhando em seu rosto. Ten não parecia querer ter um contato visual direto comigo. 


 Eu... Eu não sei. E você?


– Também não sei. – Falei rindo sem graça. – Ten... Por que você se arriscou tanto?


– Geralmente é muito triste pensar que você é um inútil pra pessoa que ama.  Ele abaixou a cabeça, brincando com os próprios dedos.  Eu queria... Tentar cortar esse sentimento, mas no fim do dia, você me salvou de novo. – Aquilo era fofo. Na verdade, nem tanto, já que ele esteve na beirada da morte por mim, de qualquer forma, ver que Ten queria mostrar que era alguém suficiente para ficar comigo era algo que me revigorava, apesar de apenas sua existência ser necessária pra me deixar completo. Eu passei a mão por seu rosto e o obriguei a olhar no fundo dos meus olhos, acabou que suas bochechas ficaram vermelhas.


 Ten... Você não precisa provar seu amor por mim, muito menos retribuir as coisas que eu faço ou fiz...  


– M-Mas...


– Sssh. – Eu o interrompi colocando meu dedo indicador sobre seus lábios.  A melhor prova de amor que poderia ter me dado até hoje... Foi ter ficado do meu lado mesmo sabendo que poderia ter sofrido tanto. Você foi o quem mais se arriscou aqui. Ainda que tivesse em mente os infernos que seria envolvido, você preferiu ficar comigo. Isso é o melhor que poderia ter feito.


– J-Johnny... – Ten me abraçou. Abraçou forte, e eu, obviamente, retribuí.  Enquanto você estava desacordado... E-Eu tive um sonho. 


– O que você sonhou?


 Que.. Tudo ficou bem, só que mais rápido. E que eu te beijei.  Ver o rosto envergonhado dele era a coisa mais fofa do mundo, e eu sempre ria pois acabava ficando sem graça também. 


– Eu vou transformar seu sonho em realidade então. – Eu colei os meus lábios aos de Ten, sentia falta daquilo, muita falta. Tinha saudades dos seus beijos, abraços, de poder o ver e entrelaçar meus dedos aos seus. O calor de Ten perto do meu era a melhor das sensações. Mordi seu lábio inferior e depois sorri. Alguém entrou no quarto, era Taeyong, que segurava uma mala. 


 Ah... B-Bom... Foi mal – Ele disse, deixando a mala no canto do quarto e saiu em seguida.


 O que é aquilo? – Perguntei, olhando pra trás.


– É pra você.  Continuei olhando, mas essa foi a vez em que Ten puxou meu rosto. – Mas não importa muito agora. – E ele nos fez retomar o beijo, matando a tamanha saudade que nós dois estávamos daquele momento maravilhoso.


• ● ◇ ● •


Aquele dia, eu estava muito animado. Me arrumei antes de sair da empresa e fui buscar o Jisung na escola, ele até se surpreendeu por eu ter aparecido lá sendo que geralmente ia embora com o Chenle, mas Jisung entendeu o porquê de tudo aquilo.


Jiyeon havia sido presa alguns meses atrás, depois de checarem as gravações do hospital, eu consegui me livrar de alguma forma daquele inferno de cela, então oficialmente eu estava solto, sem mais precisar me preocupar em pagar aqueles meses de punição. Agora, só precisava ser eu mesmo, e finalmente, tinha o direito de aproveitar o tempo com as pessoas que eu mais amava naquele mundo. 


Parei em frente ao hospital, Jisung ficou do lado de fora do carro enquanto eu entrei. Andei até o quarto que já não aguentava mais ter que voltar toda hora, enfim fiquei aliviado daquela ser a última vez. Antes de entrar, bati na porta levemente, Ten veio me receber, ele finalmente já estava livre daquele monte de aparelhos traumatizantes de hospital. Eu ia falar alguma coisa mas antes que pudesse dizer algo fui abraçado por aquele corpo pequenininho que Chittaphon tinha.


– Eu odeio o fato de você ser alto demais. – Ele disse. – Nunca consigo te abraçar direito.


 Eu gosto. 


– Onde você vê vantagens nisso?! – Ten perguntou indignado, tentando se soltar de mim, mas eu impedi ele.


– Pelo menos você pode ouvir meu coração que está batendo por você. – E mais uma vez eu pude ver Chittaphon se envergonhando por alguma coisa que eu disse, com aquelas bochechas coradas e desviando o olhar. Antes da gente se livrar daquele lugar, tivemos que dar uma passada no balcão para preencher algumas coisas sobre a alta de Ten e finalmente a gente pode ir até o carro. Jisung ficou tão feliz que pulou sobre ele, obrigando-o a carregar aquele peso leve, era até engraçado já que o Jisung era praticamente do tamanho de Chittaphon. 


Depois do reencontro caloroso dos dois eu resolvi levá-los pra comer em um restaurante muito bom e deixei tudo por minha conta. Eu até me sentia mais saudável vendo o Ten comer bastante, vê-lo ali, na minha frente, se divertindo, sorrindo, como sempre fez, desde quando começamos a conviver um com o outro, era uma das melhores coisas que eu poderia receber depois dos momentos tão pesados. Só faltava uma coisa: desvendar o que tinha de tão misterioso em Jeno. Mas enquanto eu estava por perto de Ten e Jisung, preferi ignorar, era melhor aproveitar os bons momentos, desde que já fazia muito tempo que não passávamos um tempo juntos, nos divertindo e conversando sobre assuntos aleatórios e variados, comendo alguma coisa gostosa que todos os três gostavam. Eu admito que sentia muita falta de poder pagar uma refeição cara pra alguém e poder matar a saudade fazendo isso para aqueles dois foi uma satisfação incrível. 


Quando chegamos em casa, eram quase quatro da tarde. Chittaphon e Jisung quiseram passar no shopping, e eu não fiz nada além de obedecer. Faziam alguns dias que Jisung não tinha um celular e precisava usar o meu ou o de Ten.


A noite vinha caindo e com ela, a calmaria e a tranquilidade. Pensei que seria a hora exata pra mostrar ao Chittaphon uma surpresa, então peguei um envelope branco que havia guardado dentro da minha gaveta, vesti uma blusa grossa e peguei uma para o Ten também, logo fui até a sala onde ele estava, e joguei o casaco na cara dele.


– Vamos sair.  Falei. – Veste isso e vem atrás de mim.  Mesmo que confuso, Ten se vestiu e veio atrás de mim, segurando minha mão. Estava frio, então as ruas estavam vazias, nem mesmo carros passavam ali. Eu levei ele até uma praça ali pertinho. Era nostálgico lembrar que aquele lugar foi onde eu e Ten conversamos pela primeira vez, naquele dia que levei um soco na cara dele. Ele parecia tão confuso de estar ali.


– Por que me trouxe pra cá? – Perguntou, se encolhendo dentro do casaco. Eu tirei do bolso o envelope e o entreguei, mas antes que pudesse abrir, quis dizer algumas palavras.


– Há alguns anos atrás a gente veio conversar aqui, depois daquela briga. Eu quis te ver mesmo que você tivesse me dado um soco. – Ten revirou os olhos, provavelmente por lembrar daquele dia. – E agora voltamos pra cá, e estamos prestes a casar.


– Você veio aqui pra me fazer chorar?  – Ele reclamou enquanto socava meu peito levemente. Comecei a rir e o abracei, fazendo-o quase sumir dentro do meu casaco.


– Eu vim pra te dar uma coisa mas se quiser chorar pode.  Falei sorrindo.  Desde que seja de felicidade. Não quero mais te ver chorando de sofrimento.


 Você me deixa ansioso.  Sua expressão se tornou séria repentinamente. – Isso me faz sofrer. 


– Idiota. Você entendeu o que eu quis dizer de qualquer forma.


 Só me deixa abrir esse maldito envelope antes que eu fique ansioso de verdade! – Ten choramingou.


 Pode abrir. Eu amo você. – Suas mãos pequenas rasgaram o papel branco, até rasgando alguma coisa ele conseguia ser delicado. O sorriso tomou conta do seu rosto, mostrando satisfação, e aquilo tirou um peso enorme dos meus ombros, já que seria um passo enorme pra uma surpresa maior ainda. 


– Ahh, então o senhor americano está me convidando para conhecer sua terra natal?  Ten disse debochado, tirando os passaportes de dentro do envelope. – Jisung vai gostar disso.


 É só uma das passagens que eu comprei. Eu quis te dar um spoiler da melhor parte. Você vai se lembrar de Chicago pro resto da sua vida. 


 Quando você fala desse jeito me deixa com medo.  Nós começamos a rir.


– Você gostou? Quer ir pra Chicago comigo então?


 Claro que eu quero.  Ten sorriu radiante. – Do mesmo jeito que eu quero que você vá pra Bangkok comigo um dia.


– Eu vou. Com certeza eu vou. – Eu passei a mão pelo rosto dele, suavemente, estava prestes a lhe dar um beijo quando uma concentração de barulho pareceu vir em nossa direção. Revirei os olhos e pedi que Chittaphon esperasse ali, o que o deixou preocupado. Quando andei até a rua, vi alguns garotos amontoados, a vítima seria Jeno, mas ele era pequeno demais, aquilo era uma covardia.


– Ya! Vão se intrometer com alguém do tamanho de vocês. – Gritei com as mãos no bolso. Jeno aproveitou a situação para correr e se esconder atrás de mim. 


– Então você conhece esse pilantra?  O maior deles perguntou, enquanto andava até mim.


– Óbvio que conheço. Ele é meu irmão.... Qual é seu sobrenome mesmo? – Perguntei enquanto me virava pra Jeno, que respondeu um "Lee" baixinho e assustado.  – É isso aí, sou irmão do Lee Jeno, Lee Youngho.


– Mas os nomes nem tem a ver. Respondeu outro carinha.


 Sou adotado.  Os garotos ficaram confusos e se entre olharam.


– Se quiser a liberdade dessa peste vai ter que pagar então. 


 Quanto é? 


 Vinte mil dólares. – Ao ouvir aquela taxa eu engasguei. Na minha época tudo era mais barato. 


– Então tudo bem. – Peguei a carteira do bolso e a levantei na direção deles. – Tem todo o dinheiro e um pouco mais aqui, se conseguirem tirar a carteira da minha mão, é tudo de vocês.  Eu estava indiferente, enquanto os outros garotos se sentiam determinados a acabarem comigo. "Infelizmente" em um tempo todos começaram a correr por eu ter torcido a mão do primeiro. Comecei a rir, aquelas crianças da atualidade eram fraquinhas demais, só que eu tinha outras coisas mais importantes pra resolver. 


 Y-Youngho-ssi, obrigado por me ajudar!  Jeno se ajoelhou e juntou as mãos. Eu o puxei de volta para que ficasse em pé.


– Me chama só de Youngho. De qualquer forma, nosso assunto ainda não acabou, pirralho. – Ele realmente se lembrava também dos assuntos inacabados, então assentiu com a cabeça e eu o levei até Ten, que não pareceu muito feliz em ver o garoto.


– Ele quem estava causando encrencas? – Chittaphon perguntou bravo.


– Na verdade, não. Os outros é quem estavam causando encrenca pra ele, mas olha que coincidência, o seu herói é seu inimigo.  Respondi colocando a mão no ombro do mais novo e apertando bastante, ele reclamou de dor e eu ri. 


 Eu... Eu posso finalmente falar tudo o que aconteceu comigo.  Jeno abaixou a cabeça de novo, dessa vez ele começou a chorar bem baixinho. 


 Jiyeon é sua prima, não é?


 Sim. Mas como os meus pais morreram há um tempo eu tive que ficar com ela, mas foi horrível demais, porque ela só me usava, e como chantagem me deixava sem comer, se eu não fizesse o que mandava. Aish, eu arrepio só de lembrar das coisas horríveis que ela me dizia. – Ele começava a chorar mais alto e Ten parecia estar emocionado, tanto que limpou as lágrimas de Jeno com a manga de sua blusa e o abraçou. Apenas rolei os olhos impaciente. 


– Tá criança, mas a Jiyeon se enfiou num buraco que não sai mais. O que vai fazer?  Perguntei com os braços cruzados, os dois me olharam.  


 Ah, eu não sei. – Jeno suspirou profundamente. 


 Vamos procurar algum parente seu. Por enquanto você passa a noite lá em casa. – Os olhos do garoto brilharam, ele parecia extremamente feliz. Acho que poderia experimentar o que é viver em harmonia depois de tanto tempo, imagino todas as palavras que entraram em sua cabeça enquanto morava com Jiyeon. Eu peguei do meu bolso a chave de casa e entreguei para Jeno.  Você sabe a direção. Vai jogar video-game com o Jisung e fala que eu deixei. Você tá frito se tentar fazer qualquer coisa. – Acabei deixando ele e Ten confusos, mas o mais novo não fez nada além de engolir seco pela ameaça e me obedecer. Chittaphon me olhou sem entender.


– Mas e a gente? Não vamos embora? – Perguntou, se encolhendo perto de mim enquanto envolvia meu braço.


– Nós dois? Por quê?  Me virei pra Ten.  Nosso encontro acabou de começar.  Eu peguei sua mão, a empacotando dentro da minha, estava frio, e o puxei até o centro da pracinha, me lembrava perfeitamente do chafariz centralizado e do branco frio que sentamos juntos pela primeira vez. Parecia até que estávamos vivendo aquele momento de novo. Nós dois ficamos sentados nos mesmos lugares.  É engraçado pensar que muito tempo atrás você me odiava e estávamos sentados nos mesmos lugares aqui.


 Como assim eu te odiava? Você também me odiava.


 Nunca te odiei, muito pelo contrário.  Me ajeitei sobre o banco para o olhar assustado. – Já se esqueceu do que Jaehyun te disse? Ah, achei que te importasse alguma coisa. – E depois sentei mais relaxado com os olhos fechados. Internamente, fiz uma contagem de três segundos até que Ten começasse a dizer que eu estava enganado.


– N-Não foi isso que eu quis dizer! S-Só que... Aigooo...


– Eu sei, bobo. – Puxei ele, para que se aproximasse de mim. Chittaphon se levantou para sentar sobre minhas meu colo e me deixou envergonhado, simplesmente por ter feito aquilo por conta própria. 


 Se você sabe então não diga coisas assim pra me preocupar. 


 Sabe com o que você se deve preocupar...? – Perguntei com a voz baixa, passando minhas mãos pela extensão de suas coxas, apertando-as levemente, enquanto aproximava meus lábios aos seus devagar, apenas para aumentar a ansiedade de sentir aquele beijo de novo. Admito que meu coração estava disparado, talvez eu tenha me apaixonado por Chittaphon mais uma vez, quando eu parei para notar sua expressão maravilhosa, os olhos quase fechados e a boca semi-aberta, a pele pálida brilhando pela luz de um poste que nos tirava da escuridão, tudo isso bem pertinho de mim, a ponto de eu sentir sua respiração lenta no meu rosto.


– Com o que?


– Com o quanto eu vou te beijar agora. – Então finalmente pude sentir os lábios de Ten, que estavam gelados pelo frio que fazia, e só deixava aquele beijo ainda mais satisfatório. As mãos de Chittaphon que puxavam meu cabelo levemente eram um incentivo, eu o aproximava ainda mais do meu corpo.


...


 Quanto tempo ficamos fora?  Ten perguntou, enquanto eu o carregava no meu colo. Ele na verdade estava cansado demais, e eu me ofereci para o levar daquela forma.  Bom, não fizemos nada demais na praça depois de ficar quase umas duas horas nos beijando em cima daquele banco em um frio de quase sete graus, mesmo que eu quisesse.


– Muito tempo... – Deixei meu casaco sobre a mesa e andei cuidadosamente até a sala, a TV estava ligada com a tela do "se fodeu" do GTA, e quando olhei pro chão, Jisung e Jeno estavam adormecidos sobre o tapete. Ten veio até mim e riu daquela situação, depois trouxe alguns travesseiros e cobertores para os dois garotos.


Nós subimos juntos para o quarto, de mãos dadas. Fui empurrado pra cima da cama e depois tive que segurar o peso leve de Chittaphon sobre o meu corpo. 


– Você quase me matou. – Falei enquanto o ajeitava sobre mim.


– Só por ter pulado em cima de você? Precisa voltar a malhar urgente.


 Não, foi do coração mesmo. Você mexe tanto com ele que eu quase morro. 


 Você é idiota.  Ten riu e me deu um selinho rápido, depois se sentou sobre meu colo. – O que a gente vai fazer?


– Que tal... Aquilo que não deu pra fazer na praça?  Ele revirou os olhos sorrindo. 


– Você só pensa nisso? – Perguntou enquanto eu carregava seu corpo para o deitar abaixo de mim. 


 Há quanto tempo a gente não se relaciona assim? Tenho saudades de sentir seu calor perto do meu. – Vi o rosto de Ten se avermelhar levemente, mas ele não disse nada, apenas continuou sorrindo, enquanto me transmitia luxúria e desejo.


Finalmente eu o tinha em meus braços de novo, e ninguém mais poderia tirar aquilo de mim. 


Nem mesmo a própria morte. 


...


• ● ◇ ● •


[JISUNG POV.]


Youngho e Ten me deixaram sozinho em casa tão de repente que eu nem percebi, só tinha entrado no meu quarto pra tomar banho e quando saí, percebi minha solidão na casa. Aproveitei aquela situação e enviei várias fotos pro Chenle, porque eu sabia que o Jaehyun e o Taeyong nunca deixavam ele ficar sozinho, nem que tivessem que chamar uma pessoa pra tomar conta do chinês. Nisso, fui xingado de vários nomes por ele, o que só me trouxe ainda mais diversão aquela noite. Tinha um pote de lamen sobrando e eu estava com fome, mesmo sendo um pouco desastrado pra fazer as coisas, desafiei a mim mesmo, tentando lembrar todas as dicas que recebi de Doyoung quando eu fiz o jantar pro Ten junto dele. Coloquei água pra ferver, e nesse mesmo momento ouvi a porta se abrir, então saí correndo para receber meus dois pais. Porém... Todas as minhas esperanças morreram quando vi Jeno entrando na casa. Aliás, também fiquei muito confuso, por que ele tinha a chave da minha casa?


– O que você tá fazendo aqui?  Perguntei curioso. Jeno me olhou assustado, mas depois sorriu.


– É uma longa história... Mas o Youngho me disse pra passar a noite aqui hoje e me deu a chave. Parece que ele e Ten vão voltar mais tarde. – Aquilo era de se entender, já que meus dois pais não se viam já fazia muito tempo. 


 Bom... Se é assim.  Fui até ele, coloquei seu casaco sobre o apoio pendurado na parede e também pedi que ficasse apenas de meias. – Pode ficar à vontade. Você já comeu?


– Ah... Na verdade não... Eu não tenho dinheiro pra comprar coisa pra comer por agora, então...


 Vem comigo, eu tô fazendo macarrão.  Peguei o pulso de Jeno e o puxei até a cozinha.  Aigoo, pena que não tem tanto. Vamos dividir. – Ele assentiu com a cabeça. 


Em alguns minutos a comida ficou pronta e nós começamos a comer juntos. Jeno, apesar de ter passado pelas coisas que passou e de ter se envolvido em várias encrencas, era um garoto muito educado que se importava com as pessoas ao seu redor, principalmente aquelas que já lhe haviam feito algum favor. Foi por isso que ele deixou a maior parte do macarrão para mim e também se ofereceu para lavar toda a louça que tinha na cozinha, tanto é que Ten havia me pedido para limpá-las mais cedo. Depois nós fomos jogar video-game juntos. Jeno me contou várias histórias sobre sua vida, mesmo que com dezessete anos, tinha vivenciado muitas coisas que eu acabava me identificando um pouco. Afinal, éramos dois garotos jovens como qualquer outro, porém, com um passado um pouco amedrontador demais.


Já tinha se passado tanto tempo, que eu percebi que estava arde quando Jeno aleatoriamente roncou. Quando olhei para o lado, estava dormindo com a cabeça encostada no sofá, nós dois estávamos sobre o tapete da sala. Aos poucos também comecei a me sentir cansado e caí no sono.


...


[TEN POV.]


Durante o tempo em que eu estive só, me perguntei o que Youngho era de verdade pra mim. Muitas questões surgiam na cabeça, mas só de pensar no nome dele minha mente ficava à mil e eu embaralhava todas as respostas de novo, sempre falhando nas minhas tentativas de entender que amor era aquele.


Desde muito tempo atrás, voltando aos tempos em que eu era um garoto de poucos dezessete ou dezoito anos, quando problemas psicológicos causados pelos eventos passados ainda me atormentavam a vida, eu havia encontrado alguém que eu não ia com a cara. Ele era um rapaz alto, com cara fechada, cabelos negros e encapuzado, veio até o balcão da loja em que eu trabalhava me comprar algumas coisas, dizia que os remédios eram pra sua irmã, a mesma que eu descobri ser a garota que encontrava todo dia de manhã no ponto de ônibus que me levava para minhas obrigações. A escola, o inferno da escola, tudo o que eu passei por lá, ele me fez esquecer. Cada história, palavra maldita, que impregnaram na minha mente, foram apagadas com uma borracha que eu chamei por muito tempo de compaixão, e hoje em dia, prefiro lhe dar o nome de amor. A mesma pessoa que eu odiava e dei um soco no rosto usando todas as minhas forças (pouco tempo depois de sair de uma escola de luta, algo que sequer lembro hoje em dia), é a mesma que se deixa ao meu lado todos os dias sobre um colchão largo e simples, e a mesma que me beija a testa e diz um "Boa noite" ou "Eu te amo" antes de dormir. É que nem eu nem Youngho sabemos o momento em que alguém pode aparecer para acabar com a nossa paz tão repentinamente, como fizeram durante muito e muito tempo, e agora, finalmente, os deuses nos deram o sinal verde para viver uma vida normal como qualquer outra pessoa. Mas era estranho demais também pensar que mesmo sabendo de todas as desgraças que cairiam sobre mim como uma tempestade violenta, eu continuei parado esperando a chuva vir e me ensopar, já que tinha em mente, o Sol estaria sempre atrás das nuvens para me iluminar quando a garoa fosse embora. O Sol é o Youngho, e eu sou a Lua pra ele, e não nos importa fazer essas metáforas tão clichês um com o outro, pra gente, são essas coisas simples que alimentan a chama do nosso amor, e são essas mesmas coisas que acabam se tornando coisas que apenas nós dois entendemos, o que torna as palavras únicas e comoventes de ouvir.


Quando eu tinha quatorze anos de idade, minha mãe ao me ver chorando por ter que lidar com o amor, me disse algo importante: mesmo com as mágos que nos trazem, tem pessoas que valem muito a pena dar um segundo, terceiro, ou até mesmo décimo perdão, e a gente percebe isso, vem da alma e do instinto de querer fazer valer a pena dos dois. É claro que com Jiyeon não foi assim, mas de qualquer jeito, era pra ser com Youngho, e não por ela.


E as coisas parecem ser mais gostosas assim, quando vêm de repente e te fazem parar pra pensar no rumo que uma semente tão pequena, brotou. Um soco que eu troquei, hoje em dia, é um beijo de carinho. Um xingamento que eu gritei... Ainda é um xingamento, mas não é sério. Ah, de vez em quando a gente realmente precisa liberar um pouco da raiva. Falando nisso, Youngho é muito paciente de aguentar minhas crises de raiva de vez em quando, imagino que ele tem os mesmos pensamentos que eu.


Johnny é uma das únicas pessoas em wuem confio de olhos fechados e ele tem isto da forma mais merecida.


Essas palavras que vieram à minha cabeça assim tão repentinamente, enquanto eu tomo uma xícara de café bem amargo, no meio do sofá com o Sol gritando forte lá fora, vou me lembrar delas. Serão úteis quando eu estiver em cima de um altar, encarando Youngho bem nos seus olhos e segurando suas mãos exageradamente maiores que as minhas.


Espero que ele esteja preparado para viver comigo para o resto de sua vida, tendo que aguentar minhas chatices e manias, defeitos e erros. 


Assim como eu farei, nem que eu tenha que enfrentar cada obstáculo que ouse surgir à nossa frente. Não irei temer nada.




Nem mesmo a própria morte.










Notas Finais


oi genten rs sou eu
eu tava mt afim de poder interagir mais com vcs sobre a fic e saber mais oq voces acham e tals, queria saber das suas teorias, alguma coisa q voces mais gostam, algum medo ou sentimento que tiveram. Eu acho mt legal quando eu interajo com os leitores pq me aproxima mais e assim posso conhecer vcs melhor e poder fazer alguma coisa que agrade ainda mais!!

obrigada de verdade por apoiarem back 2 u até agora, essa fic é uma das coisas que ru mais amo atualmente e se ela tá no capitulo 24 (mano isso é MT coisa), é pq voces tornaram isso capaz e me deram incentivo o tempo inteiro pra continuar escrevendo mais e mais. Eu digo isso pq a fic ta prestes a alcancar 100 favoritos e isso me deixa mega feliz, já q eu amo muito escrever e ter isso reconhecido por tanta gente é satisfatorio demais!!

eu amo voces assim como o ten ama o johnny, assim como o johnny ama o ten. Obrigada por reconhecerem uma das coisas q mais gosto de fazer, voces sao uns anjos!!

ate o proximo cap meus amores ♡♡


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