História Back Home - Sempre seremos um...

  A noite cairá junto com uma chuva forte, Jeongyeon ligou para as outras meninas e levou Mina até a delegacia, enquanto isso Momo se dispôs a ir até a casa da Myoui e contar para Chaeyoung tudo que estava acontecendo, inclusive sobre o bilhete que fora deixado no local e que obviamente era de Jackson. O clima estava tão péssimo, Jihyo fora até a amiga, porém Somi apenas ligara e desejara forças, pois ela não tinha condições de estar no mesmo recinto que a Park, ela só queria ficar no canto de seu antigo quarto na casa de sua mãe e pensar onde havia começado o erro e se ainda havia concerto ou não.

  Porém, enquanto o caos se instalava do lado de fora, Bambam e Mark adentraram o local onde Jackson ficava, no colo de Mark o pequeno Sehun estava tranqüilo com saquinho de balas nas mãos. O pequeno não dera trabalho algum para ser levado, o pequeno cairá no conto dos doces devido o fato que eles sabiam tudo sobre Mina e Chaeyoung, eles o convenceram rapidamente, dizendo que iriam leva-lo até o local de uma surpresa feito por sua mamãe.

—Seu pacotinho esta entregue Daddy. — Mark disse quando enfim avistaram Jackson com um sorriso nos lábios, ele colocou o pequeno no chão e o mesmo começou a olhar tudo com atenção. Aquele lugar cheira mal, era feio e não tinha nada relacionado a surpresa que imaginou, suas mães não estavam ali e esse fora o ponto que preocupara Sehun. —Estaremos do lado de fora, vamos tomar um ar. O moleque é uma matraca, chato demais. Divirta-se chefinho.

  Jackson assentiu para eles e encarou o pequeno garoto, ele agora tinha um rostinho assustado, mas parecia curioso demais com tudo aquilo. O rapaz se aproximou do pequeno e se abaixou  ficando de joelhos, assim praticamente ficando da altura dele. Ele encarava o menor com um olhar intenso, ele era tão fofo e lindo como Mina, porém podia ver bem os traços de Chaeyoung pelo rosto do mesmo, ele era um pequeno tigre com um pouco de pinguim sem duvidas. Porém a mente de Jackson entrara em pane, ele sempre sonhou ter um filho com Mina e agora parecia que esse sonho havia se realizado.

—Onde esta a minha mamãe? — Perguntou um tanto acanhado, Jackson suspirou, não imaginou que ele fosse começar a pedir por Mina tão rapidamente. —Falaram que a minha mamãe tinha uma surpresa pra mim aqui, cadê ela? — Sehun começou a olhar em volta, mas não via nem sinal da japonesa por ali.

—A sua mamãe foi busca a sua outra mãe, a surpresa é das duas rapazinho. — Disse esperando que o pequeno garoto falasse sobre Chaeyoung, soltasse que ela estava viva, pois ainda não tinha uma confirmação. —Você não quer ver as duas mamães juntas?

—Eu queria, mas a minha mãe Chaeyoung já morreu... — O pequeno podia ganhar um premio, pois sua expressão triste era digna de um Oscar. Jackson arqueou a sobrancelha, mas resolveu não desistir, ele podia estar fazendo algum jogo, instruído pela própria Son. —Moço, você vai ligar pra mamãe Mina? Avise que eu já cheguei.

—Não pequeno, sua mãe Chaeyoung não morreu, eu a vi outro dia. — Mentiu, esperando que a expressão do menor mudasse, porém ele continuava com aquela carinha triste, que chegava até a ser fofa ao seu ver, mas não passava o que Jackson queria ver. —E não, eu não vou ligar pra sua mamãe Mina, pelo menos não já. Termine de comer seus doces.

—Ta bom moço... — Disse e logo caminhou até uma cadeira e se sentou. —Espero que a mamãe não demore, estou com ficando com soninho. — Jackson podia estar completamente sem juízo, perdido das idéias, mas não tinha como não achar Sehun fofo. —Seu nome é Daddy?

—Não, meu nome é Jackson, mas pode me chamar de tio Jack. — Ao ouvir o nome o pequeno garoto se lembrou muito bem do que suas mães haviam lhe explicado, aquele era o homem que queria se livrar de sua mãe Chae e roubar sua mamãe Mina, ele era o famoso homem mal que deixar sua mãe sem andar. —Se você sentir sono, eu te deixo dormir na minha cama.

  O pequeno apenas assentiu e tentou concentrar-se em comer suas balas, agora que sabia que aquele homem era mal, tinha certeza que não tinha surpresa alguma, suas mães não iriam aparecer ali, se bem que seria incrível se elas chegassem vestidas de mulher maravilha ou super girl e lhe salvassem. Jackson ascendeu um cigarro e começou a pensar, em breve teria Son na sua frente e acabaria com ela na frente de Mina, para que ela visse o quanto a mesma era indigna de estar ao seu lado, Jackson se achava o único qualificado para estar junto com Mina.

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  Jeongyeon estava dando seu depoimento, Nayeon já havia dado e a policia queria ouvir as outras também, pois todas que tinham ligação com o garoto podiam estar envolvidas ou conhecer alguém que não gostasse da família, era hora de começar a falar sobre Jackson e reabrir o caso. Mina estava abraçada com Sana e Momo, as duas japonesas eram como suas irmãs, elas foram as primeiras a chegar na delegacia, Dahyun não fora por que ficara cuidando de Yuju e de Yerin, mas no dia seguinte ela também teria que prestar depoimento.

—Meu filhotinho deve esta morrendo de medo... — Mina falara e chorava contar o ombro de Sana que mexia em seus cabelos, fazendo um suave carinho. —Ele começa a sentir soninho a essa hora... Eu quero meu filhotinho de volta.

—Mina se acalma, vão achar o Sehun baby. — Momo falou e entregou um copo com água para a Myoui, ela pensou em recusar, mas estava nervosa demais e não queria passar mal, então aceitara logo. —Por que você não abraça a Chae? Ela parece tão nervosa. — Disse e Mina virou para encarar a outra que parecia totalmente alheia a tudo que estava acontecendo ali, parecia imersa em outro mundo.

—Pra que? Ela não esta nem chorando, parece totalmente indiferente com o que esta acontecendo com o nosso filho. — Mina disse num tom duro, estava magoada com ela desde hoje cedo e agora essa magoa estava maior. —Ela não esta fazendo nada, ela simplesmente não esta fazendo nada e a culpa é dela por não ter optado por enfrentar tudo. A policia já devia ter reaberto o caso a muito tempo, vigiado aqueles dois idiotas e chego no imundo do Jackson.

—Mina, sei que a situação é bem complicada. Mas você precisa se acalmar e tentar entender, pois ela sabe que tudo isso roda em torno dela e do passado. Pode parecer fácil, mas não é e você sabe disso, só esta nervosa demais no momento. — Dessa vez fora Sana quem se pronunciara, Mina suspirou, sabia que ela tinha razão. —Agora termina sua água e vai falar com ela. Vocês se amam tanto, uma é parte da outra, precisam se apoiar agora pra recuperarem o filhotinho de vocês.

  A japonesa assentiu e saiu dali, deixando Sana e Momo ali esperando a vez de falarem o que sabiam. Chaeyoung estava serena por fora, porém internamente parecia uma bomba relógio prestes a explodir, tinha uma coisa que ainda não havia contado para a policia e teria que contar, mas provavelmente estragaria tudo e eles machucariam Sehun ou Mina. Meia hora antes de receber Sana com a noticia sobre o sumiço de Sehun, Chae havia recebido um bilhete que chegara por debaixo da porta. No mesmo havia um endereço escrito e dizia eu ela acharia Sehun naquele lugar, mas que em troca teria que ir busca-lo sozinha e depois nunca mais aparecer na vida de Mina.

—Chaeng. — Despertou de seu transe ao ouvir a voz chorosa de Mina, ela logo se sentou em seu colo e a abraçou carinhosamente pelo pescoço, Chae a envolveu pela cintura. —Desculpa, eu quero nosso filho de volta. Eu já perdi você uma vez e agora que retornou, eu não quero que percamos nosso bebê, desculpa mesmo meu amor.

—Esta tudo bem pinguim. Vai dar tudo certo, eu vou trazer o nosso gatinho de volta, eu te prometo meu bem. — Respondeu tentando passar tranquilidade para seu amor, Mina selou os lábios dela por alguns segundos e escondeu o rosto no pescoço da mesma. —Amor, por que você não vai pra casa da Dahyun e tenta se acalmar um pouco?

—Você vai ficar aqui? — Perguntou e Chae logo assentiu, Mina não queria ir embora, mas já era tarde e seu corpo pedia por um cantinho confortável, não que o colo de seu amor não fosse, mas um sofá seria ótimo naquele momento, fora que não havia comido nada e sua cabeça doía bastante. —Vou pedir pra Tzuyu me levar, acho que ela é a mais tranquila aqui e ela já deu testemunho. Qualquer coisa vai me ligar né?

—Vou pinguim. Fica tranquila meu amor. — Disse e Mina se levantou de seu colo, Chae sorrio para ela e observou ela caminhar até Tzuyu, ela estava tão exausta. Iria devolver o a parte que faltava nela. —Vou trazer nosso gatinho de volta. — Suas mãos se firmaram nos braços da cadeira de rodas, apertando com força.

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  Dahyun estava preocupada, Momo já havia ligado para dar noticias e Tzuyu para avisar que estava levando Mina para lá, porém a situação era complicada por demais, não tinha como não se preocupar. Mas tinha de tentar, pois não queria passar mal e ouvir uma baita bronca de Momo, iria passar com o obstetra apenas no dia seguinte, então tinha de seguir coisas básicas que toda grávida segue. Agora estava sentada no sofá, enquanto Yuju e Yerin comiam pipoca e assistiam a um filme de comédia que não era tão ruim, mas que a Kim não estava nem um pouco afim de ver.

—Tia Dubu, é verdade que beijo na boca é legal? — Yuju perguntou e Dahyun resmungou um breve sim. —E é por isso que nos filmes tem tanto? Geralmente a mamãe muda de canal em cenas assim, menos nos contos de fadas. — Dahyun riu, não sabia que Tzuyu fazia esse tipo de coisa, ela queria proteger a criança do mundo.

—As minhas não ligam, elas me deixam ver, só mudam quando aparece as duas pessoas indo pro quarto ou tirando a roupa. — Dahyun pretendia ser uma mãe assim, bem tranquila como Nayeon e Jeongyeon. —Aish, mas elas me explicaram que trocam de canal nessas partes por que é um ritual para ter bebes e eu não posso ver ainda. Aff, as coisas legais ficam todas para os velhos. — Yerin dessa vez fizera Dahyun gargalhar.

—Eu não sou velha ainda. E saibam que nem tudo na vida adulta é legal, trabalhar é uma dessas coisas. É como estudar, porém é algo que você jamais vai se livrar, não tem formatura e nem todo mundo te ajuda. — Dahyun começou a explicar e as mais novas a encararam com atenção. —Passar por esse ritual de ter bebês é bom, mas é uma coisa que tem que ser bem pensada. Você deve amar a pessoa junto de você e ela te amar de volta, para só então pensarem nisso, porém o amor é complicado de entender e vocês duas ainda são tão novas. Mas são coisas que vem naturalmente na vida de todo mundo e um dia vai vir na de vocês duas. — Elas olhavam para Dahyun como se ela fosse incrível. —Não tenham presa e nem fiquem pensando nisso, aproveitem a idade atual.

—Eu vou aproveitar mesmo, beijar parece tão nojento, então esse ritual de ter bebê também deve ser. — Yuju  resmungou já voltando a olhar para a TV, Yerin concordou com a cabeça e recostou na outra para continuarem vendo o filme. —Yerin já ta com sono. — Disse para si mesma e com a mão livre começou a mexer nos cabelos dela.

—Mal sabem que de nojento não tem é nada. — Sussurrou para si mesma e encarou a tela do celular, estava olhando todas as fotos que tinha de Momo e as que haviam tirado juntas, isso sempre lhe ajudava a ficar calma e pensar em coisas que não fossem relacionadas ao problemas que estava rolando. —Preciso me lembrar de perguntar pro obstetra por que nesse começo estou tão sensível, mas não estou querendo brincar com a Momo como antes.

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  A japonesa saiu do banheiro da delegacia com uma expressão de desanimo, Sana estava cochilando na cadeira e esperando que Tzuyu voltasse com o carro para ir embora, Nayeon estava falando no celular com sua mãe, desabafando praticamente e Jeongyeon estava cochilando encostada em seu ombro, Jihyo agora é quem estava conversando com o delegado e o investigador responsável pelo caso. Porém o que chamou a atenção de Momo fora o fato de que Chaeyoung não estava ali, ela simplesmente não estava ali mais, a japonesa caminhou até Sana e a empurrou quase derrubando ela da cadeira.

—Que foi? Acharam o Jackson? Tzuyu chegou? — Sana se assustada com o empurrão repentino de Momo, a Hirai segurou uma risada e encarou ela com uma expressão séria, a Minatozaki arqueou a sobrancelha. —O que foi que eu fiz?

—Você ficou encarregada de vigiar a Chae e agora ela não esta aqui porra. — Momo deu um tapa no ombro dela e Sana se levantou rapidamente. —Poxa Sana, eu só fui ali no banheiro mandar um nude pra Dahyun por que ela disse na ultima mensagem que queria um estimulo novo pra relaxar a mente. Quando volto você simplesmente esta dormindo, e agora?

—A Chae deve estar lá fora tomando ar. Eu vi ela descendo pela rampa tem uns quinze minutos. — Nayeon resmungou pausando um pouco a ligação e Momo correu para o lado de fora atrás de encontrar a baixinha. —Mãe tenho que desligar. — Disse e logo a coelha encerrou a ligação.

  Momo correu até o lado de fora da delegacia, porém não viu Chaeyoung em lugar algum, apenas a cadeira de rodas com um papel no assento. A japonesa arregalou os olhos, apanhou o papel e correu novamente para dentro, as outras já estavam alertas, só Jihyo que continuava lá dentro dizendo o que sabia sobre o acontecimento. A Hirai entregou o papel nas mãos de Jeongyeon e se sentou na cadeira, estava muito chocada, haviam levado Chaeyoung ou ela simplesmente sumira como num passe de mágica.

"Obrigado por dormirem e se distraírem. Eu não sei o que vai acontecer, mas é provável que quando notarem minha ausência eu já esteja longe. Antes da Sana chegar para me avisa de tudo eu já tinha recebido um bilhete com o endereço pra ir buscar o Sehun e nesse momento é isso que estou indo fazer. Se eu não voltar até amanhã de manhã, por favor, continuem cuidando da Minari pra mim e do Sehun, por que eu posso morrer, mas vou recuperar meu filho, eu prometi pra pinguim. Eu amo todas vocês palhaças, obrigado por tudo que fizeram nesses anos e que podem vir a fazer nos próximos. Digam a Mina que eu a amo muito, que amo muito nosso filho também, ambos são partes de mim e aconteça o que acontecer, sempre seremos um. E na próxima vida espero que possamos viver juntas por mais tempo, tentarei não demorar para me declarar como nessa demorei e nem irei servir o exercito."

Com amor: Chaeyoung"

—Puta que paril... — Sana soltou e logo deu um tapa na própria boca devido o palavrão. As outras estavam bastante surpresas com aquilo. —Chaeyoung conseguiu andar pra ir salvar o filho, eu acho que eu vou chorar. Temos que mostrar isso para o delegado e avisar a Mina, ela não pode ficar assim no escuro sem saber de nada, eu vou ligar pra Tzuyu.

—Na verdade a Chae sempre conseguiu andar, ela apenas estava com bloqueio. — Explicou Nayeon enquanto tentava assimilar tudo que estava acontecendo naquele momento, era bastante surpreende. —O sumiço do filho deve ter serviço para perfurar a barreira do bloqueio que havia entre ela e os movimentos das pernas que ela mesmo havia criado por medo.

  Enquanto isso, Chaeyoung seguiu pelas ruas pouco iluminadas, de acordo com o endereço que Jackson lhe passara, não faltava muito para que ela chegasse até o bueiro que tinha de descer para encontrar seu garoto...