ROBIN
Saio de cima de Regina rapidamente enquanto ela arrumava o sutiã e fecha o roupão. Tinha certeza que estava vermelho feito um adolescente que tinha acabado de ser pego.
Que merda! Por que eu não consigo manter meu pau dentro das calças e os sentimentos escondidos quando essa maldita mulher aparece?
— Eu vou dar o tempo de vocês fingirem que nada aconteceu — ouço Zelena falar e se retirar da sala.
Zelena estava certa. Foi um deslize que vou fingir não ter acontecido.
Olho para Regina, ela estava com a boca e a bochecha vermelha, ainda ofegante, cabelos despenteados e a roupa não estava ajeitada perfeitamente — Então?
— Estou com fome — ela levanta tentando mais uma vez se arrumar.
— Acho melhor eu ir desta vez — passo a mão no cabelo.
— Não quer comer com a gente? — ela oferece fazendo bico.
— Com a sua irmã? E ouvir um sermão? Não, obrigado.
Ela revira os olhos — Ok — suspira — Posso te levar até a porta pelo menos?
Eu aceno com a cabeça positivamente e a sigo até a porta. Ela anda rebolando o curto caminho até a porta e tenho certeza que faz de propósito.
Paro em sua frente e ela se apoia na porta — Te vejo amanhã? Aí podemos ver os detalhes da viagem.
— Claro, será um prazer — ela morde o lábio inferior
É, definitivamente ela está querendo me provocar.
Me aproximo dela e beijo o canto de seus lábios — Tchau, Regina — minha voz sai meio rouca
Ela puxa a gola da minha camisa, me tomando em um beijo.
A prenso contra a parede, apertando sua cintura. Essa mulher me deixa louco
Nossas línguas travam a típica batalha sem se importar com um vencedor, pressiono meu membro rígido contra o pequeno corpo dela. Infelizmente ela tinha um poder grande sobre mim e a bruxa sabia muito bem disso.
Sinto ela arranhar minhas costas e dar um gemido baixo no meio do beijo.
Minha cabeça dizia para eu me afastar, mas não conseguia. O ar estava começando a ficar escasso e mesmo contra minha vontade, separei meus lábios dos dela. Nossas testas coladas, respiração ofegante.
Passo a ponta de meu nariz pela bochecha dela indo até o pescoço. Sinto seu cheiro que continua o mesmo depois de tantos anos.
Beijo sua bochecha rapidamente e me afasto.
— Tchau Regina! — grito já na calçada
Vejo ela acenar e me mandar beijo.
Saí da casa de Regina e fui até a da minha irmã, pois, elas moravam perto e já que eu não iria voltar para o trabalho, iria ficar com o meu filho.
Quando cheguei lá a loira praticamente me obrigou a falar tudo que tinha acontecido. Ela ficou chocada e também me disse que eu deveria levar o Roland nessa viagem. Preciso nem dizer que revirei os olhos na hora.
— Você vai ficar comigo hoje, papai?
— Vou, meu filho! O que você quiser papai vai fazer com você.
— Sorvete! — ele sorri evidenciando as covinhas.
— Agora não é hora de sorvete, Roland — digo calmo, pois, não queria o assustar.
— Mas a Regina deixa — ele olha pra baixo.
— Ela deixa, é? — ele faz que sim com a cabeça — E qual sorvete vocês pedem?
— O meu preferido, chocolate e a Gina pede…
— Flocos! — as palavras saem sem querer e meu filho me olha surpreso
— Como você sabe? — arqueia a sobrancelha.
— Ela me contou — dou um sorriso para tentar não parecer nervoso.
— Vou te levar para tomar sorvete, mas não se acostuma não — bagunço o cabelo dele.
— Tá bom.
O levo em uma sorveteria que tinha ali perto.
Compro nosso sorvete e me sento em um banco com ele.
— Gostou?
— Chocolate é sempre bom — sorri — Obrigado, papa.
— Não precisa agradecer, filho. — sorrio e fico o observando. Ele se sujava todo, mas estava se divertindo então deixei.
Quando ele termina eu o limpo e pego ele no colo.
— E a escolinha, Roland?
— Eles pararam de implicar comigo.
— Implicar com você? — arqueei a sobrancelha
— Sim — ele confirma como se fosse algo normal.
— Por que eles implicavam com você, filho?
— Porque eu não tinha mãe, mas agora eu tenho. — sorri.
Arregalo os olhos e sinto meu coração acelerar.
— Como assim agora você tem, Roland?
— A Gina é minha nova mama, não é?
Eu sorrio forçado — Ela é a tia Gina, rapazinho
— Por que ela não pode ser minha mama? — a voz dele sai triste e eu não sei se é chantagem ou se aquilo realmente o chateia.
Passo a mão no cabelo. — Não é que ela não pode, filho, sua mãe é a Marian e ela é uma estrelinha, lembra?
— Sim, mas aí, eu posso ter outra mãe que não é estrelinha.
Suspiro. Não queria que ele se apegasse a Regina e ela fosse embora novamente, mas penso que já é tarde para isso.
— Acho que ela vai gostar muito se você a chamar de mãe
Roland sorri e me abraça e tenho a certeza que nunca vi meu filho tão feliz como ele está agora.
Entro no carro com ele e começo a dirigir para minha casa.
— Regina sabe que você quer chamá-la de mãe?
— Não sei — ele faz uma cara pensativa — Será que a gente pode ir contar para ela?
— Não sei, Roland. Ela pode estar ocupada… — Na verdade, eu não queria ter que encarar ela tão cedo após o que aconteceu de manhã.
— A tia Tinker disse que ela estava dodói, vamos lá ver ela, por favor papa.
— Tudo bem, Roland mas se ela estiver ocupada vamos embora
— Tá bom
Faço o caminho de volta para a casa de Regina e Zelena quando paro Roland já pula para fora.
— Calma! Ela não vai fugir — Eu acho. Toco a campainha.
A porta é aberta pela ruiva — Você de novo? — ela arqueia a sobrancelha surpresa.
Olho para Roland e ela segue o meu olhar — Ele quer ver ela — sorrio forçado
— Ela esta tomando banho — informa
— Zelena, quem é? — a morena pergunta, descendo as escadas só de toalha, engulo a seco. Isso só pode ser castigo.
Antes que eu possa evitar, Roland corre e pula no colo dela.
Fico parado na porta vendo a cena.
— Posso te chamar de mamãe? — meu filho diz passando as mãos no cabelo molhado dela enquanto ela o segurava no colo.
— É… Como? — ela fica um pouco nervosa.
— Você é a minha mamãe que não é uma estrelinha, não é? — ele pergunta fechando um pouco o sorriso.
— Você quer que eu seja sua mamãe? — ela sorri pro meu pequeno.
Ele afirma com a cabeça e fica esperando uma resposta da morena.
— Então eu sou sua mamãe, meu amor — o abraça.
— Mamãe! — ele diz feliz e a abraça forte. Nessa hora eu já estava perto deles e Zelena havia ido para algum. Eu dou uma tosse forçada para os lembrar que eu estava lá.
Ela abre os olhos encontrando os meus e me mostra a língua
— Seu pai esta com ciúmes — ela cochicha no ouvido de Roland.
Reviro os olhos. — Não estou com ciúme de ninguém, Mills
— Ta sim — ri — Fica aqui com seu pai que eu vou colocar uma roupa, ta bom?
—Tá - ele diz e ela o coloca no chão. Meu filho corre em minha direção — Não precisa ter ciúme. Você é o único, papai.
O abraço forte e vejo que Regina ainda esta nos olhando.
— Você está ocupada? A gente pode ir embora…
— Não, eu estava tomando banho e ia fazer comida. — ela sobe pra colocar a bendita roupa.
— Vamos te esperar aqui — falo um pouco mais alto e me sento no sofá com Roland no meu colo.
— A casa dela é bonita — ele comenta olhando em volta.
— É sim
— Pode ver desenho? — pede.
— Espera a tia Regina, filho.
— Pode colocar desenho, Roland — Regina diz descendo a escada. Ela estava com um short jeans e um moletom cinza. Seus cabelos molhados na altura do ombro estavam bem penteados.
Ele sai do sofá e procura o controle perto da televisão.
Eu estava sentado em uma ponta do sofá e Regina se sentou com perna de índio do outro lado. Parecia que queria distância, mas logo meu filho se sentou no meio de nós e segurou nossas mãos. Olhei nos olhos da morena e ela sorriu, abaixando a cabeça em seguida.
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