História Back To Me (Michaeng) - Especial: Natal

—Ommas! Me ajudem aqui, não sei como montar isso - Mina e Chaeyoung escutaram Umji falar.

—Amor, vai você. Ainda tenho que terminar de cozinhar isso – Mina disse apontando para o que estava fazendo.

—Certo, Minari – Chaeyoung sorriu, e então deu um longo beijo em sua esposa, para logo ir em direção a sala.

Chegando ao local, ela começou a rir alto, e ria tanto que chegou a ir no chão. O motivo de sua gargalhada foi por ter visto sua filha enrolada no que seria os objetos necessários para a decoração da árvore de natal.

—Omma! Eu pedi para que você me ajudasse, e não que risse de mim – Umji estava estressada, o que era raro de acontecer, ainda mais por um motivo tão fútil.

—Hey, calma! – Chaeyoung se recuperou do ataque de risadas, e pôs se a ajudar sua filha, e iria arrumar seu cabelo, mas a menina afastou suas mãos – Por que você está tão nervosa? Alguma coisa aconteceu? Eu fiz alguma coisa?

A mais nova, percebendo que não havia motivo para ter se estressado, se sentiu culpada por ter preocupado sua mãe e a encarou por alguns segundos.

“Será que eu devo contar?” – Pensou Umji. Chaeyoung franziu o cenho em confusão, mas ainda tinha o olhar preocupado – “É, eu devo”

—Omma... Eu estou gostando da Yuju. Estamos até ficando, mas ela está estranha ultimamente. Eu meio que estou com medo. Medo dela ter encontrado alguém melhor do que eu. Isso me atormenta... Não sei lidar com esta situação sem me estressar – Falou e deu um forte suspiro. Finalmente havia conseguido falar com alguém sobre o que incomodava.

—AHA! Sempre soube que vocês se gostavam, e que em algum momento iriam se pegar! – Chaeyoung comemorava gritando, porém, segundos depois assumiu uma postura mais séria - Mas, voltando ao assunto, duvido muito que ela tenha encontrado alguém melhor que você. Você é uma pessoa incrível, filha. Sinceramente, acho que ela está apenas confusa, porque, tipo, vocês eram melhores amigas, e é tudo novo agora. Apenas busque relaxar, e aproveita os momentos com ela hoje, okay? – Umji acenou a cabeça positivamente – Irei voltar a ajudar sua mãe, se cuida – Chaeyoung beijou a testa de sua filha, e rumou em direção a cozinha.

“Ajudar, ou ficarem se pegando? Eis a questão” – Pensou Umji.

Algumas horas depois..

—Todas terminaram? – Mina perguntou, e as duas concordaram – Ótimo. Daqui poucos minutos elas começarão a chegar – Suspirou para tentar livrar-se da ansiedade, mas isso não aconteceu – Ai meu Deus! Elas estão vindo! Eu senti muitas saudades! Eu vou surtar!

—Nossa, Mina. Acho que nunca te vi tão empolgada desse jeito quando me esperava – Chaeyoung disse com um falso tom de tristeza, queria apenas brincar com Mina.

—Se você soubesse o jeito que eu estava no nosso casamento, você iria realmente ver o que era um surto.. – Mina disse enquanto se recuperava do pequeno surto.

Ding Dong ~

Escutaram o toque da campainha e Umji estava indo abrir a porta se o som não tivesse continuado a tocar. As três se entreolharam e riram.

—Jeongyeon... – Disseram em sincronia.

Chaeyoung saiu de seu lugar para abrir a porta, quando o fez, ficou olhando para Jeongyeon que apertava a campainha freneticamente, Yerin ria, enquanto Nayeon estava tampando seu rosto com as mãos de vergonha, quando ela estava prestes a dar um tapa em sua esposa, ela reparou na baixinha, e entendeu seu pedido silencioso para que ela não avisasse Jeongyeon.

—Isso! Quebra minha campainha mesmo, desgraça! – Chaeyoung disse enquanto fazia cara de brava, mas se desmanchou em risada quando viu a cara de susto da mais alta – Cara, sua cara tava muito engraçada agora. Senti saudades, avestruz. De você também, coelha. Eita, você cresceu, Yerin. Entrem...

As três convidadas entraram depois de terem dado um rápido abraço em Chaeyoung, e logo abraçaram Mina e Umji.

Conforme o tempo ia passando, vinha chegando todas as meninas e suas filhas. A filha de Sana e Tzuyu se chamava Eunha. As de Jihyo e Somi tinham o apelido de Sinb e Sowon, restando apenas o casal Dahmo e sua filha Yuju, e era perceptível o nervosismo de Umji. Logo a campainha tocou pela milésima vez, e ela logo sai correndo para atender a porta.

—Oi, Dahyun e Momo. O-Oi Yuju. Entrem... – Falou e fez um gesto apontando para dentro. Fechou a porta e viu que Yuju estava ao seu lado. A onda de nervosismo voltou a ataca-la. Ela olhou para os olhos da mais alta que retribuiu o olhar, o que resultou nelas se encarando por um longo período de tempo, como se estivessem hipnotizadas.

—Umji! Yuju! Vem comer – Mina chamou pelas duas pombinhas, que quebraram o contato do olhar e foram em direção a mesa, envergonhadas, sentando ao lado de suas respectivas mães.

O jantar foi feito totalmente em silêncio, é isso que acontece sempre que elas comem algo muito bom juntas. Umji não evitava de encarar Yuju, que apenas comia sua comida tranquilamente. Chaeyoung, que estava sentada ao lado dela a provocou.

—Você é troxa por ela que nem eu sou pela sua mãe, que orgulho – Chaeyoung deu um risinho baixo quando viu o olhar mortal que sua filha lhe deu. Logo sentiu um estralo em seu braço.

—Agora é hora de comer, não de brincar – Mina falou, e todas na mesa riram disfarçadamente, o que resultou em uma Chaeyoung sem graça.

Depois do jantar, elas brincaram de amigo secreto. Um momento muito marcante foi quando Jeongyeon havia ganhado uma nova coleção de legos, ela pulava sem parar e não parava de dizer que amava a Chaeyoung. Por outro lado, Nayeon estava fuzilando a baixinha, pois sabia que seria deixada de lado por alguns dias por conta disso.

Depois da brincadeira, e de uma sessão de filmes, finalmente estava chegando o dia do natal. Todas se direcionaram ao quintal da casa, e se sentaram nos bancos ali perto. Sana havia caído nesse meio tempo, e Momo não parava de comer. Umji e Yuju estavam um pouco afastadas das outras para conversarem a sós.

—Ér... – Começou Yuju – Desculpa.

—Pelo quê? – Umji se fez de desentendida.

—Eu fiquei um pouco distante esses dias, então gostaria de me explicar. Posso? – Recebeu um aceno de cabeça e suspirou fundo, pensando em como falar aquilo certinho – Me afastei um pouco para avaliar melhor o que eu sentia por você, e sinceramente, foi a pior coisa que fiz. Me sentia um lixo quando via como você ficava, e me questionei se você realmente iria querer alguém tão idiota como eu. Mas também percebi o quanto eu gosto de você, e que ficar longe de você é uma tortura. Enfim, me desculpe por ter sido infantil.

—Idiota! Sabe o quão insegura fiquei com esse seu ato? E em como fiquei pensando que você tinha encontrado alguém melhor do que eu? Eu fiquei preocupada achando que havia feito algo de errado. Não fique agindo estranhamente quando algo estiver te incomodando, e sim fale comigo – Umji a essa altura estava distribuindo soquinhos na garota, enquanto tinha suas bochechas infladas.

—Você é tão fofa quando fica com raiva – Sorriu e viu que a outra havia corado. Foi pensando no tanto que ela queria aquela garota para si que teve coragem de pedir algo que mudaria tudo para as duas jovens – Umji, namora comigo?

—Q-Que? O-O que você está falando assim do nada? Quer me matar? – Umji respirou fundo, e raciocinou o que Yuju havia dito. Olhando para a mesma, ela percebeu que não se tratava de uma brincadeira – Hmpf! Eu aceito aturar essa sua idiotice ao seu lado.

—Wow! Que tipo de resposta bem alegre – Yuju riu sem graça, mas não pensou duas vezes em dar um abraço seguido de um selinho em Umji.

—Gente! Olhem lá! As pombinhas finalmente ficaram juntas – Sowon disse enquanto abraçava Eunha de lado. E todos aplaudiram a atitude de Yuju.

—Olha, não é querendo ser chata e nem nada, mas agora já são meia noite e três do dia vinte e cinco de dezembro. Não é agora que nos abraçamos e dizemos “ Feliz Natal”? – Jihyo disse enquanto tinha suas mãos entrelaçadas com as de Somi, e todas se alegraram ainda mais, começando a se abraçarem e desejarem um feliz natal.

—Eu quero mais comida! – Momo gritou enquanto passava a mão em sua barriga.

—Mas você acabou de comer – Dahyun falou confusa.

—Exato! Eu acabei de comer, ou seja, devo comer mais – Chaeyoung ria de Momo quando sentiu algo gelado e pesado lhe atingindo nas costas.

—Mas quem foi a desgraçada? – Olhou para trás e viu Jeongyeon com uma bola de neve em suas mãos – Neve? Eita! Nem vi que tá nevando, que brisa.

—Guerra de neve! – Sana gritou empolgadamente, fez uma bola de neve e iria tacar. Isso se não tivesse se desequilibrado e caído pela segunda vez. Tzuyu a ajudou a levantar, pegou a bola de Sana e acertou em cheio na Jeongyeon que tinha rido de sua mulher.

—Isso é para você aprender a não rir da minha mulher – Tzuyu falou, e parecia que dentro de seus olhos estavam saindo chamas.

—Agora você me desafiou, Yoda – Logo elas entraram em uma disputa acirrada.

Chaeyoung iria entrar no meio da disputa, mas desfez essa ideia de sua cabeça quando percebeu que sua japonesa a olhava. Foi para perto dela e deu um abraço.

—Te amo muito, Minari – Chaeyoung sorriu mostrando suas covinhas.

—Também te amo muito, Chaeng – Retribuiu o sorriso.

Estar com suas amigas, sua esposa e sua filha era algo super gratificante para Chaeyoung. Afinal, elas foram e continuam sendo o motivo de sua felicidade, sempre que precisou elas estiveram lá. Ela nunca as trocaria por nada nessa vida. Elas definitivamente tinham que se reunir mais vezes.

O amor que ela sentia por essas meninas era imenso, e tinha certeza de que era recíproco. Sabia que mais momentos como esse se repetiriam, com certeza iria...