Finalmente eles chegam ao apartamento de Sérgio. Era muito modesto mas tudo estava muito organizado e limpo. Raquel pôde reparar em cada detalhe, havia uma estante com muitos livros, e algumas plantas, um piano e uma vitrola. O lugar era muito aconchegante e confortável.
“Por favor, sente-se.” Sérgio aponta para o sofá.
“Primeiro, vamos colocar gelo no seu rosto, para não inchar ainda mais.”
“Só mais um pouco e eu prometo que vai melhorar.” - Ela inclina o rosto, dando mais acesso a mão dele.
“Obrigada por ser tão gentil comigo. E desculpe o que eu disse mais cedo.” - diz olhando nos olhos dele.
“Eu entendo. Mas já passou.” - Ele dá um leve sorriso.
“Vou preparar o almoço para nós. Você gosta de massa?” - Ele pergunta ajeitando os óculos.
“Sim, gosto muito.” - Ela sorri. Ah... aquele sorriso, ele fica todo bobo quando ela faz isso.
“Ótimo! Vou começar a cozinhar então. Por favor, Raquel, fique à vontade.” - Ele sai da sala e vai para a cozinha.
“Já está pronto!” - Ele sorri para ela. “Você gosta de vinho?” - pergunta ainda sem jeito.
“Sim.” - Ela assente.
“Está delicioso!” - Ela dá outra garfada no espaguete
“Ainda bem que eu tinha um pouco de parmesão na geladeira.” - Ele sorri e bebe um gole de vinho.
“Alô? “ - Ela diz tensa.
“Raquel? Onde você está?” - Ele pergunta nervoso do outro lado do telefone. Sérgio escuta tudo o que ele diz. Ele só consegue sentir ódio nesse momento. E pensar que o dia que se encontrar com Alberto ele vai pagar tudo o que fez com Raquel.
“Eu estou almoçando, saí pra fazer uma investigação de campo e já estou voltando para a delegacia.”
“Não se esqueça de buscar Paula no colégio.” - Ele disse muito sério e desligou. Devia estar na delegacia perto dos outros policiais, ela pensou. Ela desliga o telefone e olha para Sérgio novamente.
“Eu preciso ir trabalhar. Devem estar me esperando na delegacia.” - Eles se levantam. - “Obrigada pelo almoço, estava tudo maravilhoso.” - Ela sorri, desapontada por ter que deixá-lo.
“Raquel, eu...”
“Você precisa de uma carona até a escola?”
“Não, não se preocupe. Eu entro mais tarde hoje."
“Por favor, deixe-me saber que você está bem, ok?” - Ele a olha nos olhos com aquele olhar de cuidado e saudade. Raquel dá um meio sorriso. - “Espere, este é o meu telefone, me ligue quando estiver em casa e segura.”
“Obrigada por tudo, eu não teria conseguido sem você.” - E eles ficam abraçados por um minuto. Sérgio fica sem fala. Ela só queria ficar ali, com ele e esquecer do mundo lá fora.
“Eu tenho que ir.” - diz se soltando do abraço. Eles se olham de novo com saudade e ela sai com pressa para a delegacia.
“Raquel, onde você estava? Te vi saindo com um cara. É o mesmo cara do Hanoi?”
“Sim, ele está me ajudado a resolver um caso.” - Ela respondeu na intenção de mudar de assunto.
“Que caso, Raquel?”
“Está me interrogando, Ángel? Você também?” - Ela diz já irritada.
“Onde está o policial Alberto Vicunha?” - um dos policiais vai chamá-lo e volta com ele.
"Estou aqui."
“Alberto Vicunha, você está preso por violência doméstica.” - Raquel ficou nervosa.
"O que? Como assim?"
"Você agrediu sua mulher. E está preso. É melhor que não tente resistir, pois poupará todos nós. Virá por bem ou por mal?"
"Isso é um absurdo! - ele olhou para Raquel - Ela está mentindo! Cadê as provas?"
"Os hematomas que você deixou no meu corpo não são provas suficientes, seu filho da puta?" - Raquel esbravejou, não acreditando na cara de pau de Alberto. Um dos policiais chegou por trás dele e o algemou.
"Isso não vai ficar assim, Raquel! NÃO VAI!"
"Vai pro inferno, desgracado!"
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