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História Back To You - Fanfic Amor Doce University Life - Distância


Escrita por: skyamy

Notas do Autor


OIEEEEE
Socorro, gente!!!!
Depois de meses, resolvi tomar vergonha na cara de postar capítulo novo.
Uma breve explicação é a minha falta de inspiração COMPLETA para o final dessa fanfic... Assim, preferi não continuar antes de ter uma ideia boa de como queria a finalização. Prova disso é que eu escrevi esse cap uns três, quatro meses atrás! É só que eu realmente não queria que nada ficasse muito avulso ou sem sentido. Dando essa pausa, eu pude pensar com calma como que os próximos caps vão se encaixar pra um final rrrs

Mas bem, agora que finalmente pensei num desfecho que me agrada...
Bem, prometo que logo tem mais!

E a grande inspiração para que eu continuasse essa história foram os comentários de vocês❤️ Li todos com muito carinho. Sério, vocês são muito maravilhosos por deixarem essa dose de carinho pra mim. É, definitivamente, o que me faz continuar.

Sem mais enrolação, vamos lá!
ps.: espero que vocês perdoem a falta de imagem de capítulo. talvez depois eu adicione uma, é só que não aguentava mais enrolar kkkkk

Capítulo 9 - Distância


“But I can't help but drive away from all the mess you made
You sent this hurricane now it won't go away
And I promised I'd be there but you don't make it easy
Darling please believe me“

Drive, Oh Wonder

 

   Amy observava a vista da pequena varanda do apartamento de sua tia. Era uma casa bem afastada do centro – só forçando a vista ela conseguia ver a Torre Eiffel se insinuando –, mas isso não impedia a garota de amar aquele cantinho da cidade. Talvez fosse até um motivo para ela gostar ainda mais dali. Isso a dava a impressão de ser a única a saber da existência desse lugar.
    Toda vez que ela e seu pai visitavam a irmã meio doida de sua falecida mãe, aquela era a parte da casa que sempre a encantou. Ali, respirando o ar parisiense e observando o movimento dos moradores na rua, a ruiva se sentia em paz. Simplesmente e, de um jeito único, em paz.
    Mas algo de estranho acontecia naquela manhã, porque não encontrou a paz que procurava ao estar naquele lugar. Na verdade, agora o nó no estômago que havia se formado no momento em que saiu daquele elevador se intensificava, pois agora não fazia a menor ideia do que podia fazer para a dor parar.
    Baixando seu olhar da vista para a caneca com um café quente e preparado pela tia, Amy fechou os olhos e deixou algumas lágrimas caírem. Ela as tinha segurado – por algum milagre – durante sua viagem até ali, e agora era hora de deixar rolar.
    Tudo o que pensava é que estava um puro disco arranhado, chorando e chorando sem parar, e que essa pessoa derrotada não se parecia com ela. Mas ela já sabia o que viria pela frente: dias e até semanas sem querer sair da cama, dias em que sentiria tanto sua falta que pareceria sufocar. Afinal, aquela não era a primeira vez que ele havia partido seu coração.
   Ao repassar a cena do elevador pela milésima vez em sua cabeça, a garota não pôde deixar pensar no que teria acontecido se tivesse seguido seus instintos e cedido a um beijo. Provavelmente teria se sentido maravilhosamente bem por alguns segundos, mas então se lembraria de que a namorada oficial estava no andar de cima, a namorada que ele fez questão de esconder dela. A outra era tudo que ela teria sido caso tivesse cedido a aquele momento. Simplesmente não valiam a pena alguns segundos de uma infinita felicidade que em seguida seria arrancada dela a força, ela repetia a si mesma.
   Mas agora, sozinha e pensativa bem longe daquele apertado elevador, Amy não parava de pensar se não teriam valido a pena aqueles segundos. Porque, mesmo não tendo acontecido nada, ela ainda sentia como se sua felicidade tivesse sido arrancada. Pior não poderia ficar.
    Pensou isso para em seguida se sentir extremamente culpada. E o namorado que era doido com ela? Não, se tivesse cedido a aquele momento ela nunca se perdoaria. Não suportaria ver Rayan sofrer. Ele era um amigo bom demais para ela.
   E então, simplesmente, lhe veio esta revelação: ele é um amigo. Um amigo maravilhoso, que a conheceu quando ela ainda estava meio mal e lhe deu todo o apoio. Um amigo lindo, inteligente e simplesmente louco por ela.
   Mas um amigo que ela não amava.
   Batendo sua mão em sua própria testa, Amy se culpou por ter demorado tanto tempo para chegar nesta conclusão. Tanto tempo em que não se entregou para Rayan como ele para ela. Tanto tempo para perceber que não, ela ainda não havia superado Armin.
   “Mas... Será que um dia vou superá-lo?”, pensou.
   Bebendo um gole generoso de café e nem reparando que ele queimava sua língua, ela jurou para si mesma que sim, ela iria. É a coisa mais normal do mundo ter desilusões amorosas. Ela não seria a primeira nem a última a morrer de saudades do ex.
   Mesmo se forçando a ser racional, uma parte dela mesma sabia que seria difícil, difícil demais. Ainda mais difícil do que a última vez fora, porque dessa vez ela havia olhado em seus olhos quando foi embora.
   Por fim, acabou ficando o resto da manhã naquela espécie de varanda. Ficou lá até não ter forças para ficar de pé depois de completas vinte e quatro horas sem dormir. Fechou os olhos marejados, deu um longo suspiro e prometeu a si mesma que quando acordasse estaria um pouco melhor.


—————————
   Jessica fazia um carinho na mão de Armin por debaixo da mesa. Ele geralmente gostava quando ela fazia isso, mas estava tão absorto em seus pensamentos no momento que nem percebeu.
   Estavam os dois juntos dos irmãos e pais de Armin, todos reunidos e um pouco apertados na mesa de jantar. Jessica puxava vários assuntos com seus “sogros", e estes a respondiam com bom-humor palpável.
   Depois de passada a surpresa da chegada de uma namorada que a família não fazia nem ideia da existência, pode se dizer que a recepção feita a nova convidada foi bem calorosa. Armin pensava que tudo era até um pouco “demais". Os pais pareciam absolutamente encantados com Jessica – e com o fato de que o filho estava finalmente namorando.
   Quanto aos irmãos, não se podia dizer a mesma coisa. Alexy ficou completamente atônito com a chegada da loira, bravo com seu irmão por ter guardado segredo por esse tempo todo e com a consciência de que tudo permaneceria em segredo se não fosse pela investida ousada da namorada de aparecer ali.
   E, bem, Losty e Jessica já se conheciam. Não havia como Armin esconder nada de sua irmã, a única da família a morar no mesmo continente que ele. E sua recepção com Jessica foi a mesma de quando se cruzavam na faculdade: a cumprimentou, e só. 
   Não que a albina odiasse a pseudo namorada do irmão. Só não a via como amiga. Além de achar, com toda a sua certeza, que os dois não combinavam um com o outro. 
   Jessica era o típico tipo de garota que se importa muito com o que os outros pensam. Ela parece estar deslumbrante em todo lugar que vai, não importa a hora ou dia. Além disso, faz questão de ter vários amigos, sendo simpática com todos. Ela é adorada por todos da universidade. Pode se dizer que ela fez seu nome lá.
    Não que isso seja uma coisa ruim. Não há nada de errado em ser uma pessoa gostada por todos, do ponto de vista de Losty. Mesmo sendo invejada por várias pessoas, ela nunca desprezou ninguém. Armin não sairia com alguém detestável.
   É só que... Na visão da irmã, eles não tinham química. Quer dizer, química eles tinham, sim. E ela sabia muito bem disso, considerando a quantidade de vezes que ela sabia que a loira passava a noite no quarto do irmão – e pelos, eca, barulhos que eles faziam.
   Era mais uma questão de personalidades. Eles simplesmente não combinavam. Não dariam match no Tinder. Armin era reservado, tinha poucos, mas fiéis amigos, gostava de sua própria companhia. Enquanto sua namorada era o oposto, gostando de estar sempre rodeada por várias pessoas. E, pelo amor de deus, ela fazia moda enquanto ele computação. Tinham interesses completamente diferentes. Fora a atração física, eles não tinham nada em comum.
    Mas, ainda assim, Jessica era louca por ele, e isso Losty nunca entendeu muito bem. Mas a respeitava por isso. Sabia que a garota queria puramente o bem a Armin, e por isso nunca a tratou mal. O mesmo ela não pode dizer a respeito do irmão. Losty nunca aprovou a maneira como ele prendia Jessica a um relacionamento que ele sabia, no fundo, que não tinha futuro. Eles não namoravam, propriamente falando. Na cabeça de Armin, eram apenas um caso e eram exclusivos, mas, para Jessica, significavam muito mais um para o outro.
   Por esses motivos, Losty e Alexy assistiam a conversa de Jessica com seus pais quase que como espectadores. Alexy percebeu o estado vegetativo que Armin se encontrava, e se perguntou se o sumiço de Amy na última noite estaria relacionado ao mau-humor estampado em sua cara.
   Certamente algo havia acontecido quando o irmão disse, do nada, que precisaria sair para buscar Losty, pois os dois só chegaram uma hora depois e com o irmão já com cara de morte.
   Chegou a tentar o confrontar a respeito, mas o mesmo não teve um minuto em paz longe da namorada desde que retornou. E, como Alexy suspeitava que isso tudo tinha a ver com a ex-namorada do irmão que, por acaso, era sua melhor amiga, acabou preferindo não mencionar o assunto perto de Jessica.
   Tudo o que ele sabia era que Armin havia se mostrado extremamente preocupado com o sumiço de Amy na noite anterior, apesar de ter tentado disfarçar ao máximo para o bem de seu atual relacionamento. 
   Uma risada irrompe na mesa chamando a atenção de todos. Ela afasta Armin de seus pensamentos e o contagia a rir apenas para que os outros não reparem em seu estado completamente alheio – como se pudesse passar despercebido. Vê sua namorada gargalhar, tranquila, e sente a mão da mesma apertando seu joelho por debaixo da mesa num gesto calmo de intimidade.
   Mas, ainda com a presença da namorada bem ao seu lado, não é nela que ele pensa. E pensar nisso fez com que ele se odiasse um pouquinho mais.
   Sua mente – ou coração – idiota ainda estava presa a Amy, mesmo depois de ter sido rejeitado ontem com todas as letras.
   Sentia como se não tivesse mais nenhum controle sobre si mesmo. Ontem, quando confessou sua atração, não previa que o faria até o momento em que palavras saíram de sua boca. Ele havia ficado plantado na porta do apartamento dela por cerca de meia hora, com a desculpa de que tinha ido buscar Losty, tentando ensaiar seu discurso, mas tudo que queria dizer foi por água a baixo no instante em que ela entrou em seu campo de visão, ainda mais linda que o normal.
   Ah, ela estava linda, pensou, e se maravilhou ao imaginar a cena em sua cabeça. Além do vestido vermelho curto que exibia suas pernas e que deixava sua clavícula à mostra, a tonalidade vermelha que atingiu seu rosto a deixou ainda mais adorável aos olhos de Armin. Ela estava vermelha de pura irritação, mas ainda mais – se é que é possível – linda.
   Porém, assim como havia se lembrado ontem, ela não se arrumara assim para ver ele, e sim para se encontrar com Rayan. E esse pensamento o atormentou na tarde de hoje da mesma forma que havia acontecido na noite passada.
   Se culpou pela milésima vez por ter se mostrado tão vulnerável naquele momento no elevador. Odiava isso de não se entender quando estava ao lado dela. Nunca foi uma pessoa paciente, mas havia conseguido melhorar o traço com o passar dos anos. Agora, porém, se sentia o mesmo adolescente que se estressava por pequenas coisas. E isso o irritava ainda mais.
   Estava irritado com Amy por ter o feito ficar acordado a noite toda. Na verdade, o que o irritava de verdade era o fato dela ter sumido e só ter dado notícias já estando do outro lado do país. Então era assim, ela viajaria para longe e o deixaria voltar para os EUA sem nenhuma outra explicação? O desfecho de ontem seria o único que ele conseguiria?
   Esfregou as têmporas, sentindo uma dor de cabeça se formar provavelmente devido à falta de sono. Os olhos pesaram, e ele soube que precisaria sair dali antes que desmaiasse de cansaço.
   Beijou Jessica na bochecha rapidamente e murmurou um monossilábico “vou me deitar". Não deu nenhum outro tipo de explicação e seguiu para seu quarto.
    Deitou-se e esperou o sono voltar, mas o olhar parou sobre um porta-retratos em sua cômoda. Nele, havia uma foto sua e de Amy no dia da formatura do colégio. O objeto ainda estava no mesmo lugar desde a última vez que foi visitar seu país natal, a cerca de dois anos atrás, quando os dois ainda namoravam.
   Com uma força vinda de algum lugar, se levantou novamente e, num ataque de raiva, virou o porta-retratos de cabeça para baixo, ouvindo um forte som da madeira da moldura sobre a mesa. Não conseguiria dormir se não fizesse isso. Não podia dormir assombrado pela época em que os dois estavam juntos.
   Voltou a se deitar encarando o teto e dormiu na mesma posição quando finalmente o cansaço o vencer.


Notas Finais


E... Foi isso.
Apesar de ser um capítulo bem triste e que me doeu escrever, realmente gostei de escrevê-lo em terceira pessoa. Isso me deu uma liberdade maior pra mostrar um pouquinho pra vocês sobre todos os pontos de vistas dessa história. E pelo capítulo ter passado tanto tempo sendo relido e mudado mil vezes por mim antes de ser postado, acho que realmente a escrita ficou mais bem-feita.

Bem, realmente tá bem deprimente isso aqui audhaisjsj Prometo uma coisa um pouco mais feliz no capítulo 10

E deixe seu comentario pra apressar a autora


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