1. Spirit Fanfics >
  2. Bad Behavior >
  3. Capítulo 8

História Bad Behavior - Capítulo 8


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos favoritos e a todos que comentam!!! :D


Para mais informações ou se quiserem bater um papo com as autoras,
nos sigam no Twitter: @giseledute | @isidoroka ;)

Capítulo 8 - Capítulo 8


 

 

O dia estava ensolarado e Yugyeom acordou animado por não ter aula naquele dia. O professor, na noite anterior, tinha cancelado por estar doente e por mais que Kim desejasse melhoras para o homem, estava mais do que feliz por dispensar Jungkook e ter um descanso.

— Meu filho, vamos ao mercado?

Yugyeom quase caiu do sofá quando sua avó lhe fez a pergunta. Como assim ir ao mercado, um dos lugares mais estressantes do mundo para ele?

— Nós precisamos comer, querido, não faça essa cara.

— Mas, vó…

— Tudo bem, querido, eu vou sozinha. Você precisa descansar.

Aquelas palavras fizeram com que Yugyeom levantasse de uma vez do sofá, suspirando pesado. Era bom saber que o novo remédio estava dando ânimo a senhora para se levantar da cama e até fazer algumas atividades, porém ir sozinha a um mercado? Impossível, ainda mais com alguns problemas de mobilidades causados após o AVC.

— Não… Tudo bem — Yugyeom falou, sorrindo. — As coisas acabaram mesmo, temos que fazer as compras do mês.

— Podemos comprar aquele leite que Jungkook gosta.

— Ei, eu que sou o neto!

A mais velha sorriu e levou a mão ao rosto do neto, ajeitando o cabelo do rapaz que estava bagunçado por estar deitado no sofá momentos antes.

— Você é mais do que neto, é o meu anjo.

Yugyeom sorriu beijando o rosto da avó sorridente. Ele tinha muita sorte de ter a mulher em sua vida, não poderia ter pedido por alguém melhor.

Assim, mesmo cansado, o rapaz mudou de roupa e ajudou a avó a fazer o mesmo antes de seguirem para o mercado. Ele pediu um Uber e por ser uma quarta-feira de manhã, chegaram bem rápido no supermercado mais próximo.

Sem demora, o rapaz conseguiu uma cadeira de rodas elétrica que o próprio mercado oferecia e daquela maneira começaram as compras do mês. Eles nunca eram extravagantes nas compras, mas também não deixavam e comprar nada que precisassem, afinal a senhora Haneul sempre dizia que eles podiam economizar em outras coisas menos na comida, comer sempre seria o mais importante, o resto eles dariam um jeito.

— Ai, vó… Isso está caro demais. — Yugyeom suspirou fundo, fazendo as contas na cabeça; ele sempre tinha sido bom em matemática. — Ainda temos em casa, vamos economizar e esperar baixar.

— Nunca baixa, Yug… Só aumenta.

— É, a senhora tem um belo ponto. — O rapaz sorriu. — Mas vamos esperar, que tal? Nas segundas tem promoção, eu passo aqui antes da faculdade e vejo se abaixou.

— Ai, não sei Yug…

Os dois continuaram na discussão, até que um carrinho bateu no deles. Yugyeom se assustou e segurou o carrinho com medo dele bater na cadeira que a avó estava sentada, mas não tinha sido com tanta força, então somente foi um susto.

— Ai, mil desculpas, eu não vi vocês aí. — A voz feminina logo se desculpou e Yugyeom a olhou pronto para dizer que tudo estava bem quando ele a reconheceu e arfou sem perceber. — Oh! Você é o namorado do meu filho! Yugyeom, certo? — A mulher sorriu abertamente. — Bambam! — Ela chamou mais alto. — Olha quem está aqui!

Yugyeom tinha os olhos arregalados quando Bambam apareceu virando o corredor de cereais segurando algumas caixas na mão e quase as derrubando no chão quando o notou ali.

 — Olha, filho! É o seu namoradinho!

 — Mamãe!

Bambam precisou de muito autocontrole para não berrar de pura vergonha e correr para se jogar dentro do frigorífico. Morrer congelado deveria ser melhor que passar aquela vergonha.

— Namorado? — A senhora Haneul logo perguntou. — Yug, você não falou que estava namorando! E um menino tão bonito! Oh… Foi com ele que você passou a noite, querido? Yug, você não precisa esconder seus namorados de mim!

Yugyeom levou a mão a testa e esfregou nervoso. Que situação!

Hm… É-é um prazer revê-la senhora, o sanduíche estava muito gostoso. — Yugyeom reverenciou a senhora ainda tímido e então se virou para Bambam, sabendo que suas bochechas estavam coradas. — O-oi, Bam.

Bambam e Yugyeom se encararam sem saber exatamente o que fazer. Eles não eram namorados, mas como explicar toda a situação?

— Ah, você é tão educadinho! — a tailandesa elogiou com um sorriso simpático.

— Ele é sim, meu pequeno anjo, mas isso não explica o namorado, Yug…

— Bam n-não é meu namorado, vovó…

Bambam expirou com força, nervoso, sabendo o que sua mãe iria falar em seguida.

— Filho, como assim?! Bam, você estava transando com esse rapaz e ele não é o seu namorado?!

— Mamãe, por favor! Você quer me matar de vergonha?! — Bambam sibilou para mãe, quase chorando. — Estávamos assistindo um filme! — disparou o tailandês. Não era a verdade, porém nem beijo tinha acontecido naquela noite. — S-só isso. Somos amigos. Ele é meu amigo.

— É a v-verdade, senhora. Eu acabei perdendo a noção da hora e ficou muito tarde para voltar para casa.

As duas olharam uma para outra e depois para os rapazes, tentando encontrar alguma mentira no que tinham dito. Os dois sentiram a espinha gelar — por mais que fosse bobo —, porém elas riram e aceitaram aquela versão dos fatos.

— Tudo bem — a mais nova falou. — Então, você pode voltar lá em casa mais vezes, Yug. Dessa vez em um horário mais comum, hn.

O mais novo sentiu as bochechas esquentarem e concordou, sorrindo sem graça.

— Por que vocês não vêm fazer uma visita hoje? — A senhora Haneul perguntou, sorridente. — É bom conhecer outro amigo de Yug, ele só tem um. Eu sempre o acho tão sozinho…

— Ah, Bam também é bem sozinho, sempre enfiado no quarto...

— Mãe!

As duas senhoras começaram uma conversa interminável enquanto iam seguindo pelos corredores, passeando pelo mercado. Yugyeom sacudiu a cabeça negativamente e ao olhar para Bambam, o outro rapaz estava igual a ele. Que dia!

— Ei, como você está? — Bambam perguntou em tom baixo, seguindo as mais velhas.

— Indo… E você?

— Também.

Eles tinham trocado algumas mensagens desde o dia daquele primeiro encontro, porém não pensaram que se encontrariam tão cedo. Yugyeom gostava do outro, era muito fácil de conversar com o tailandês, mas novamente vê-lo, ao vivo, lembrava-o do fiasco que tinha sido ao chorar no que deveria ser a transa deles.

— Minha mãe gostou da sua avó. Vai alugá-la para sempre. — Bambam sorriu. — Qual mesmo o nome da sua avó?

— Haneul — disse o mais novo. — E da sua mãe?

— Nós a chamamos de Sorn.

Ahhh.

Definitivamente, era uma conversa estranha.

— Ai, senhora Haneul. Meu filho ama aquele canal do Youtuber dele — Os dois escutaram Sorn falar. — Ele agora é meio famoso então está sempre rodeado desses artistas fúteis que só tratam ele mal! Meu bichinho merece coisa melhor, sabe? O pior deles todos é aquele tal de Choi Youngjae. Já ouviu falar dele?

Bambam revirou os olhos. Quantas vezes tinha que falar que Youngjae não era igual as revistas pintavam ele? Que o cantor era gentil e doce, pelo menos com ele.

— Ele sempre está envolvido com escândalos — comentou a mais velha. — Mas só sei o que vejo nos programas de televisão. Mas nem todos os artistas são assim, minha querida. Meu Yug é um príncipe e tão talentoso! Ele será famoso logo, logo!

— Sua avó é muito sábia — Bambam murmurou, empurrando o mais alto levemente com o ombro enquanto sorria abertamente.

— Para. — Yugyeom sorriu de volta, também empurrando o outro com o ombro. — Eu já desisti disso.

O mais novo falou baixo para a avó não escutar, mas era a verdade. Ele não tinha tempo, dinheiro e nem saúde mental para ficar indo a audições e voltando somente com o fracasso. O melhor mesmo era focar na sua faculdade, arranjar algum emprego em uma empresa e dar uma vida melhor para a sua avó.

— Você não pode desistir! — O tailandês quase gritou. — É o seu sonho, Yug!

— Mas eu tenho que pisar na realidade. Não vai acontecer, Bam.

— Não diz isso, por favor!

Yugyeom suspirou pesadamente, mas era a verdade. Ele não queria mais tentar somente para se decepcionar, então era mais fácil desistir de vez e tentar um sonho mais fácil, um sonho que sabia que poderia alcançar.

— Você não vai desistir, Yug. Não enquanto somos amigos!

— Nos conhecemos há uma semana.

— Não interessa!

— Você nem me ouviu cantar, Bam! E se eu for ruim?

— Não é!

O mais novo não pode deixar de sorrir e se lembrar porque se sentiu conectado ao rapaz em tão pouco tempo; tinha algo na forma que Bambam era insistente quando necessário, sorridente quando não deveria e amigo até para uma pessoa que mal conhecia, o que fazia com que Yugyeom não conseguisse evitar parar e escutar o que o outro tinha a dizer. Era quase um dom e mesmo sendo um pouco tímido, Kim conseguia ver o mais velho indo longe com aquela habilidade.

— Eu andei vendo o curso de teatro na minha faculdade — disse o rapaz. — É uma horinha, duas vezes na semana… Talvez você consiga fazer, Yug.

— Minha vó, Bam… Eu não posso deixá-la sozinha muito tempo.

— Você levaria no máximo três horas para ir e voltar. Ela pode ficar sozinha esse pouquinho. Fora que eu acho que ela fez uma nova amiga…

— Isso é bom, minha avó não tem amigas.

— Não se preocupe que minha mãe sozinha faz o papel de dez amigas.

Os dois riram outra vez um para o outro, pensando que as coisas não pareciam mais tão estranhas entre eles agora. Tinham quebrado o gelo e de alguma forma uma bonita amizade parecia crescer daquele repentino reencontro.

Daquela maneira, a conversa continuou até o resto das compras e assim aceitando o pedido anterior, Bambam e sua mãe foram fazer uma visita a casa de Yugyeom e da senhora Haneul.

O local era simples e não muito grande, contudo era confortável. Bambam gostou bastante, por mais que tivesse se surpreendido com a falta de muro, com a casa dando diretamente para a rua. O rapaz então percebeu que estava passando tempo demais em lugares tão mais ricos que coisas como aquelas eram praticamente uma loucura. Dessa maneira, o tailandês se viu pensando em como deveria ajustar sua visão novamente, pois se sentia privilegiado naquele momento.

 — Você está há tempo demais fitando essa parede branca — comentou Yugyeom, sorrindo quando o outro desviou os olhos da parede em questão e o olhou. — Alguma coisa interessante nela?

— Nada… Só estava pensando. — Bambam sorriu. — Você tem um pôster de Jae aqui.

— Jae? — Kim riu. — Eu sou muito fã dele, queria poder ir em algum show dele, mas agora ele é super famoso e ‘tá muito caro. — O mais novo sorriu outra vez, agora um tanto sem graça. — Você o conhece, né? Ouvi sua mãe falando…

— Meu canal do Youtube me fez uma subcelebridade — explicou, rindo. — Mas ele não é tão ruim quanto ela faz parecer. Na verdade, somos amigos. Ele faz merda, mas é um cara muito legal.

— Eu acredito — disse o moreno. — De certa forma, eu fiquei feliz em saber que ele é LGBT. Quer dizer, pelas letras das músicas estava meio escancarado, mas sempre adoram falar que interpretamos mal…

— Isso é verdade. — Bambam apoiou os braços atrás do corpo e pela primeira vez notou que estava sentado na cama do outro. Dias antes, estavam assim quando se prepararam para fazer sexo, mas agora era uma situação completamente diferente e o mais baixo se sentiu envergonhado sem nem saber o porquê. — Eu já tentei transar com ele, mas Jae disse que sou criança.

Hm… Okay.

— Eu não sei porque eu falei isso. — Bambam esfregou o rosto com força. — Acho que estou nervoso. É… a primeira vez que entro em um quarto de outro cara.

— Mas eu já estive no seu…

— Eu sei… — O tailandês arregalou os olhos. — M-mas foi o primeiro, quer dizer, eu não levo todo mundo lá para casa. Assim… eu pago, sabe?

— Você paga companhia?

— Quê? Não!

Yugyeom riu com todo o corpo enquanto escutava o outro gritar quase em desespero. Kim não se aguentou e deixou o corpo tombar para trás, deitando na cama enquanto ainda gargalhava alto.

— Ei, você está tirando uma com a minha cara! — Bambam sentia o rosto quente e sabia que sua mãe estava escutando os gritos, o que de alguma maneira o deixava ainda mais envergonhado. — Argh, eu te odeio!

— Odeia nada!

O mais novo puxou o tailandês pela cintura, jogando na cama junto com ele. Os dois voltaram a gargalhar e Bambam aproveitou para estapear o braço e o peitoral do moreno que gritou pedindo ajuda pela agressão.

— Seu idiota! Só por isso não vou te apresentar Jae!

— Quê?! — Yugyeom arregalou os olhos. — Sério?!

— Eu ia, mas você só me maltrata, então esquece!

Bambaaaaaam!

— Nada disso!

— Eu faço qualquer coisa! — disparou o mais novo, juntado as mãos em força de uma prece. — Qualquer coisa!

Hm… tentador. — O mais velho piscou um dos olhos, voltando a apoiar o corpo nos braços. — O que seria Qualquer coisa?” — perguntou, fazendo aspas com os dedos.

O moreno piscou algumas vezes e por mais que tivesse mil respostas sexuais para dar, sentiu as bochechas ficando quente e grunhiu frustrado, pegando o seu travesseiro e escondendo o rosto enquanto gritava contra a fronha. Bambam não pode deixar de achar adorável.

— Fofo! — disparou o mais velho, dando uma batidinha no ombro do outro. — Você é a coisinha mais fofinha do mundo todo e eu vou te colocar em um potinho e te proteger contra todo o mal!

— Para! — gritou o moreno. — Você quer me matar, para!

— Eu paro com beijinhos!

Outra vez, o moreno ficou envergonhado, causando gargalhadas no mais velho. Porém, a ação seguinte surpreendeu o tailandês, que quando menos esperava, sentiu os lábios de Yugyeom na sua bochecha, dando-lhe um beijo estalado no local. Bambam olhou para o outro surpreso e não conseguiu evitar de abrir um largo sorriso.

— Esse foi o melhor beijo que já recebi.

Os dois sorriram um para o outro e Bambam percebeu que não tinha mais volta, era amigo de Yugyeom. Assim, sem pensar em mais nada, ele pegou o celular e fez uma ligação.

— Ei, para quem você está ligando?

— Youngjae.

— Quê?!

Bambam não teve tempo de responder, pois a ligação de vídeo foi atendida e Bambam sorriu para a tela, dando um aceno alegre.

— Bambam, bom dia!

É a voz de Youngjae, pensou Yugyeom, correndo os dedos pelo cabelo em desespero enquanto tentava se arrumar minimamente para talvez aparecer na tela. Meu ídolo… Divindade, é Youngjae!

— Bom dia, Jae! — Bambam sorriu. — Você está sozinho? Pelado? Ocupado?

— Sozinho eu não estou, mas não estou ocupado e nem pelado. Por quê?

— Eu tenho um amigo…

— Bom para você — interrompeu Youngjae.

— Idiota, me deixa terminar! — Bambam quase gritou, escutando as gargalhadas do cantor. — Então, meu amigo é muito seu fã, mas ‘tá desanimado por conta de algumas coisas… Ele só queria te conhecer, Jae.

— Okay, ele está aí? — perguntou o cantor, vendo o amigo concordar. — Passa para ele.

Bambam esticou o celular na direção do mais novo, que arregalou os olhos e negou com a cabeça, nervoso. Como assim ele iria falar com o homem que olhava todos os dias antes de dormir e sonhava ser como ele?

— Eu não posso falar com ele! — sussurrou o mais novo. — Isso é loucura!

— Fala logo! — Bambam disparou, entregando o celular para o outro. — Jae é legal! Fala com ele!

Kim sentiu a sua mão suar enquanto segurava o celular na altura do seu rosto e assim que viu Youngjae lhe sorrindo, quase deixou o aparelho cair, mas conseguiu segurá-lo a tempo de não passar mais vergonha.

— Bam falou que você tem uma crush em mim. — Youngjae falou, piscando um dos olhos.

— Divindade! — gritou o mais novo.

Choi começou a gargalhar e Bambam tomou o celular de volta, com uma expressão falsamente irritada.

— Não seja mau com ele! — pediu o youtuber. — Idiota!

O celular voltou para a mão de Yugyeom, que tinha os olhos arregalados para o cantor, que se divertia com a expressão do rapaz. Youngjae amava encontrar fãs, principalmente os que pareciam estar vendo uma assombração quando o fitavam; era fofo demais, na opinião do artista.

— Olá — Youngjae falou, sorrindo. — Qual o seu nome, fofinho?

— Divindade! Eu não sou fofo!

— Eu sei que sou divino.

Bambam pegou outra vez o celular e ordenou que o loiro se comportasse de uma vez, escutando uma promessa em seguida, então outra vez entregando para Kim, que não sabia se estava sonhando tudo aquilo ou realmente estava falando com o seu ídolo.

— Oi — o loiro disse, dessa vez sem nenhuma gracinha. — Então, você é o meu fã?

— S-sim — o mais novo respondeu, mordendo o lábio inferior. — M-meu nome é Yugyeom. E-eu sou seu fã. Ah, eu já falei isso… Ah.

— Oi, Yug. — Youngjae sorriu quando o mais novo fez um som abafado — Eu fico feliz por você ser meu fã. Muito obrigado pelo apoio.

— E-eu amo suas músicas! Q-quando estou me s-sentindo mal, e-elas me a-ajudam e… eu a-amo dançá-las. Me lembra um outro momento quando as coisas eram mais fáceis. Oh, estou falando besteiras.

Youngjae sorriu e dessa vez não foi sarcasticamente ou com segundas intenções, ele realmente escutou de gostar o que Yugyeom falava.

— Você dança? — Choi perguntou.

— E-eu dançava, t-tenho algumas coreografias com as suas músicas — explicou Yugyeom, sorrindo nervosamente. — Mas aconteceram algumas coisas e eu tive que parar… M-mas eu gosto de dançar.

— Isso é bom — afirmou o loiro. — Arte é sempre uma dádiva na nossa vida.

Yugyeom sorriu abertamente e sem saber ao certo, sentiu algumas lágrimas chegando aos seus olhos, contudo logo disfarçou com uma tosse. Ele estava tão feliz naquele momento que chegava a ser idiota.

— Jae, ele canta. — Bambam apareceu na imagem e pela primeira vez Yugyeom percebeu que o outro estava atrás dele na cama, apoiando em seu ombro. — Ele é sensacional!

— Ei, você nem me escutou cantar!

— Eu confio em você. — Bambam riu. — Jae, ele quer ser cantor, mas não consegue oportunidades!

— Ai, que vergonha, Bam! — Yugyeom tentou afastar o mais velho, porém sem sucesso. — Ele não precisa saber disso.

— Por que você não canta para a gente?

O mais novo negou com a cabeça, todavia sua mente já pensava na música que cantaria naquele instante. Realmente, estava preso em um sonho e se a divindade fosse boa, ele não acordaria nunca mais.

— Ah, caaaanta, Yug! — pediu Bambam, balançando o ombro do outro. — Por favor! Por favor!

Yugyeom respirou fundo e soube que passaria vergonha, pois seu ídolo tinha um vozeirão e a música que tinha pensado era a sua favorita, sem nem saber ao certo o motivo, talvez fosse a letra direcionada para os fãs ou o motivo de sempre chorar ao escutá-la, mas agora não tinha mais volta. E, mesmo que errasse todas as notas, quantos poderia dizer que cantaram para Choi Youngjae? Não muitos, certo?

Era a chance da vida de Yugyeom e céus, ele não a desperdiçaria.

I’m so lucky! Ah… I’m so lucky, to be able to meet you. So lucky, everyday is shining brightly. So lucky... You and me forever… If we believe in each other, we all are one!

Ao final da música, Yugyeom sentia que tinha gasto todas as suas forças para fazer a apresentação da sua vida, por mais que estivesse sentado na cama e mal tivesse se mexido. Porém, estava tão feliz naquele momento que seu sorriso iluminou todo o quarto ou pelo menos tinha sido isso que Bambam pensava ao encará-lo.

— Garoto, o que você está fazendo não sendo um cantor profissional? — Youngjae disparou a pergunta, surpreso. — Uau! Simplesmente uau! Estou entregando essa música para você, pois ela não mais me pertence!

— Oh! — Yugyeom levou a mão a boca, tampando-a. — O-obrigado! E-eu nem sei o que dizer. O que dizer que o seu ídolo te elogia?! Ahhh, eu não sei!

— Você é muito fofo. — Choi sorriu. — Olha, eu tenho que ir agora, mas… Oh, Bam?

O tailandês piscou surpreso ao ouvir o seu nome. A realidade é que ainda estava surpreso com a voz do mais novo e não tinha se recuperado da música.

—  Hm… Oi? —  Bambam grudou o corpo ao do mais novo para aparecer na tela. —  Fala, Jae.

— Você vai gravar um vídeo desse garoto cantando e mostrar a Mark — disse o cantor, estalando a língua. — Esse talento não vai ficar perdido por falta de oportunidade, okay? — Choi sorriu. — Yug, você é especial e a sua voz é uma em um milhão. Nunca deixe ninguém te falar que não talento ou que não vai chegar a lugar algum, ‘tá? Sempre acredite em você.

Yugyeom concordou com a cabeça, sentindo que estava em choque ou algo parecido.

— Obrigado! — Kim falou, um pouco alto demais. Ele estava tão alegre naquele momento. — Eu te amo!

Youngjae riu alto e se despediu de vez, mandando um beijo e antes de desligar, falou para Bambam que a pele do tailandês estava precisando de uma limpeza. O loiro mais novo revirou os olhos e mostrou o dedo médio antes de finalizar a ligação.

— Eu disse que ele era legal.

Bambam sentiu o corpo do outro contra o seu e quando percebeu os braços do mais novo lhe apertando, não pode evitar de sorrir e retribuir o abraço. Foi de certo modo reconfortante ter aquele contato.

— Obrigado, obrigado, obrigado! — Yugyeom falou, afastando-se do outro somente para lhe beijar a bochecha. — E-eu nem sei o que falar! Você fez isso tudo por mim e mal nos conhecemos, e-eu… Obrigado!

— Ah, não foi nada. Sério.

— Para mim, foi tudo.

Os dois estavam próximos e mesmo notando esse fato não se afastaram, somente ficaram se olhando com sorrisos nos lábios. Havia algo, desde a primeira vez que se viram no bar, que não deixava exatamente eles se separarem, havia algo os movendo para mais perto, uma atração que não sabiam de onde via, porém não sabiam ao certo se queriam eliminá-la no momento. Na verdade, para que lutar, correto? Pelo menos era isso que pensavam ao mesmo tempo que seus rostos estavam tão próximos que podiam sentir o calor de suas respirações em suas dermes. Parecia o momento certo para aquele beijo acontecer.

— Ei, vocês precisam de camisinha?

Os dois se afastaram tão rapidamente que Yugyeom quase caiu da própria cama. O rapaz realmente tentou não ficar vermelho, porém mal conseguiu olhar para a mãe do tailandês de tanto que seu rosto queimava naquele momento.

Mããããe! — Bambam pegou um dos travesseiros e jogou em direção a porta. — Vai embora!

— Ai, eu só vim avisar que partimos um bolo de chocolate, quando vocês quiserem, podem vir comer — a mulher disse, revirando os olhos. — Agora vou deixar o casalzinho de “não-namorados” sozinhos — afirmou, fazendo aspas antes de sair e fechar a porta do quarto.

Bambam levou as mãos ao rosto e esfregou com força, sua mãe era louca! Ele olhou para o lado a sequência e viu Yugyeom com o rosto enterrado no travesseiro e não pode deixar de sorrir. Não sabia explicar, porém não sabia como se afastar do mais novo e, na realidade, nem sabia se queria que isso acontecesse.

— Yug…

— Não! — Yugyeom falou, com a voz sendo abafada pelo travesseiro. — Eu nunca mais saio desse quarto!

— Seu bobinho… Como você vai virar um grande idol sem sair do quarto?

— Não vou virar!

O tailandês sorriu outra vez, percebendo que na presença de Yugyeom ele vivia cheio de sorrisos. Entretanto, após afastar aquele pensamento, ele cutucou o mais novo na lateral do corpo, fazendo o rapaz reclamar e se sentar, mas com o rosto ainda visivelmente avermelhado.

— Nada de fazer essa cara. Vou gravar um vídeo de você cantando e vamos te fazer famoso!

— Mas… como?

— Sei lá, mas daremos um jeito — Bambam afirmou. — Eu não vou deixar o Jae em paz enquanto ele não der um jeito de te fazer famoso.

Bambam balançou os ombros e se levantou, com o celular nas mãos.

— Anda, comece a cantar de novo para eu fazer um vídeo bem bonito! — falou o mais velho. — E, se não sair nada disso, te coloco no Twitter e no Youtube, quero ver não se tornar viral, hn.

— Okay, senhor manager.

O mais velho riu e bateu de leve no ombro do outro em implicância, escutando em seguida a risada do moreno.

Não demorou muito para gravarem outro vídeo e Bambam ainda fez o rapaz cantar uma outra música para um segundo vídeo, somente para garantir que a voz do mais novo fosse bem apresentada a quem quer que visse aquelas gravações.

— Bam… — Yugyeom chamou o outro, que olhava a gravação no celular. Bambam pausou o vídeo e o fitou.  — Obrigado.

— Não por isso.

— Sério, Bam… Mesmo que não dê nada certo, obrigado. — Yugyeom sorriu. — Eu falei com Choi Youngjae! I-isso já é mais do que imaginei durante toda a minha vida.

— Eu aceito o agradecimento, mas esse não será o final de tudo. — Bambam levou a mão até a perna do outro e apertou de leve. — Você tem uma voz incrível e tenho certeza que dança tão bem quanto. O mundo não sabe o que está perdendo sem saber da sua existência.

— De qualquer maneira, obrigado por me fazer sonhar outra vez.

Bambam sorriu abertamente e concordou com a cabeça. Não tinha muito o que falar como resposta aquilo.

Quando os dois saíram, minutos depois, para comer o bolo de chocolate, Yugyeom tinha certeza de duas coisas: a primeira era que sua avó tinha encontrando uma amiga e a segunda é que ele queria manter Bambam ao seu lado por muito e muito tempo.

 

 

 


Notas Finais


Gostaram do capítulo? Divulguem a fic!

E, por favor, deixem comentários com as suas opiniões; amamos lê-los.

Até amanhã ;*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...