História Bad Boy - Bang Chan. - Chapter 1 - Você me deixa confusa.

E lá estava ele, com seu lindo sorriso audacioso, concentrado enquanto fazia o seu incrível arremesso. Todos nós ouvíamos de longe as animadoras torcendo e sorrindo para o rapaz, enquanto ele insistia em fixar seus olhos nos jogadores rivais. Eu sempre fui amiga dos oito rapazes do grupo dele, inclusive ele. 

Não éramos lá tão próximos, porém havia algumas conversas em que eu era mencionada pelo mesmo. Em competição de beleza principalmente, eu era a terceira do seu Ranking, passei a me gabar depois disso. “Nossa, ele realmente me acha bonita?”.

— É estranho, você não acha? — Changbin disse algo ao meu lado, porém acabei não escutando. Revirei os olhos, o encarando brevemente.

— O que exatamente seria estranho, Binie? — encostei meu rosto em seu ombro, cansada. Já faziam duas horas que estávamos assistindo os garotos jogar, só faltavam cinco minutos para final.

— O jeito que a Amélie é extremamente trouxa pelo Bang, e ele é tipo caguei' pra ela. — deu uma risada em escárnio, revirei os olhos novamente, até o nome dela me dá enjôo.  — E mesmo assim ela não larga do pé dele.

— Ela é pior do que uma pulga, e pior ainda... Toda vez vem atrás de mim como se eu soubesse tudo sobre ele! — meus dentes rangiam, de ódio.

— E você sabe. 

— Cala a boca, anão. —  bati em sua coxa, irritada. — mas eu não suporto dar informação pra' ela! Tipo, como se eu soubesse do gosto feminino dele...

— Ele nunca fala sobre estereótipo, nem pra' gente dá casa. Ele fala que é uma completa bobagem. — disse, enquanto agarrava sua mochila e a colocava nas costas. Changbin, Félix e Bang moravam na mesma casa, e... imagina só como deve ser.

— Pelo menos ele pensa dessa forma, também me sinto desconfortável falando sobre isso. No Brasil as coisas são levadas a sério, e aqui então... Me sinto pior. — sussurrei, enquanto levantava da arquibancada. Os garotos ganharam, como de costume, vinheram até nós recolher as bolsas e suas garrafinhas.

— Você é linda pra' caralho, não se preocupa com isso aqui, bae. — Binie deu seu sorriso acolhedor, me dando um beijo na testa. — E aí, campeões! 

— A melosidade de vocês me cansa. — Seungmin brincou, passando por mim, não deixando de dar um beijo em minha testa.

A realidade é que desde que entrei no ensino médio nunca tive amigas mulheres, o 1° ano foi extremamente desconfortável, porém fui me acostumando com eles e acho estranho ficar perto de meninas. Principalmente as daqui, são tão esnobes e interesseiras.

— Você vai pra' lá hoje? — Christopher se aproximou de mim, dei dois passos para trás pela aproximação, era sempre dessa forma. Ele se referia em, se eu iria para a casa deles.

— Acho que vou direto para o apê, talvez eu passe lá mais tarde. — dei um sorriso nervoso, enquanto descia os degraus da arquibancada, o maior me seguia cautelosamente, como se estivesse apreensivo com algo.

— Eu te levo. — Afirmou sem mais, nem menos. seus olhos se cruzaram com os meus por longos segundos enquanto ele passava rapidamente pelo portão da quadra.

— S/n, você viu minha cesta? — Jeongin chegou até mim, enlaçando seu braço no meu, dei um sorriso afirmando com a cabeça. Sempre fui orgulhosa de meu irmão, desde pequeno ele sempre foi interessado por basquete.

— Parabéns maninho. — o abracei de lado, enquanto passávamos pelo portão de entrada, observei de longe Bang do outro lado da rua, seus olhos fixos em mim, a minha espera. — Ele vai me levar para o apê, pra' onde tu vai agora?

— Vou na casa da maya. — o maior disse, se referindo a minha cunhada, que infelizmente faltou hoje. — Se cuida.

Dei um sorriso de orelha a orelha, me despedindo dos garotos. Atravessei a rua cuidadosamente enquanto me aproximava do rapaz na moto.

— Por que quis me levar? Tem algo pra' me dizer? — disse baixinho, enquanto subia na garupa. Me encostei em seu corpo, antes que ele mandasse.

— Não, eu só... quis. — cortou o assunto, girando a chave. Encostei meu rosto em suas costas, sentindo a brisa gelada bater em minhas pernas.

Não disse mais uma palavra sequer, apenas respirei fundo, até chegarmos na frente do apartamento, não tão longe da escola.

— Vem, vamos entrar. — entendendo o motivo do rapaz ter me ”acompanhado”, puxei seu braço delicadamente, indo em direção ao elevador. Assim que passamos do Hall, ele deu um riso soprado.

Sempre que Bang não se sentia bem, estava sobre-carregado ou confuso com algo ele vinha até minha casa. Segundos os garotos eu era a única que o acalmava, eu não entendia isso antes. Talvez eu tenha boas palavras ou um ombro amigo, até demais.

Eu adorava vê–lo sorrindo, ele era completamente diferente do cara mal da escola. Ele também é um humano assim como todos, só que seus sentimentos são um pouquinho mais presos. Eu entendi que ele é um rapaz muito machucado pelo passado.

— Deixei o ar da casa ligado. — bati em minha testa, porém o clima estava agradável, deixei ligado.

— Eu posso, né? — apontou para minha cama.

— Ela nem é tão macia e você gosta tanto assim dela? — brinquei. — você sabe que pode ficar a vontade aqui, somos amigos, afinal.

— Mesmo assim, continuo sabendo poucas coisas sobre você. Acabo te descobrindo aos poucos. — sussurrou.

— Já é bem óbvio que eu sou divertida, educada e fofa. — dei um sorriso convincente e ele deu uma risada. — Por que você decidiu vim pra' cá em vez de me levar pra' casa de vocês?

— É que o Félix ía levar os garotos pra' lá e você sabe, eles são tão barulhentos. — revirou os olhos, retirando sua jaqueta, a colocando encima da minha cadeira.

— Ah, pode tentar dormir, vou tomar banho. — dei um meio sorriso e entrei no banheiro, tranquei a porta e me encostei nela por bastante tempo.

MEU CRUSH ESTÁ DEITADO NA MINHA CAMA, ELE SORRIU PRA' MIM.

Respirei fundo e tomei um banho rápido, inquieta. Vesti um shortinho confortável e um moletom, já que o clima estava friozinho e agradável.

Sequei meu cabelo, o ajeitando da maneira que eu me sinto “bonitinha”. Saí do local, me encostei na parede observando Bang com os olhinhos fechados, ainda de tênis, jogado pela cama. 

— Nossa, que espaçoso. — dei uma risada baixinha, retirando seu tênis e sua meia. O ajeitei com um pouco de dificuldade na cama, me sentei em seu lado para tirar a corrente de seu pescoço, que de certa forma deveria estar incomodando. Me assustei assim que senti sua mão em meu pulso, assustado. — Eu só vou... tirar a corrente, pode te sufocar...

— Hm... ah, ok... — disse sonolento, com os olhos entre-abertos, seguiu-me com os olhos enquanto meus braços rodeavam seu pescoço, desengatando a corrente do mesmo, dei um sorriso e o embrulhei cuidadosamente, enquanto colocava o objeto encima da cabeceira.

— Ele caí no sono com facilidade... — sussurrei.

— Na verdade eu tenho dificuldades em relação ao sono... — sussurrou, o que me assustou. — mas eu realmente estou com sono e me sentindo confortável...

— Changbin me disse que você dorme raramente. — fiz um bico. — isso é preocupante, já foi ao médico?

— Está tudo bem s/n, você está aqui agora. — respirou fundo, deixando de completar a frase. Me deixando com um ponto de interrogação na testa.

— Você me deixa confusa. — falei o mais baixo que pude, como em um sussurro.

Vi a marrie subindo encima da cama, essa gatinha é tão esperta. A pequenina foi em direção ao Chris e deitou ao seu lado, em silêncio. Dei uma risada, peguei meu celular e registrei o momento.

Fofos.