— Christopher, é muito bom te ver novamente! — minha mãe disse, dando uma abraço acolhedor no maior ao meu lado.
— É muito bom revê-la também! — deu um sorriso lindo.
— Jeongin acabou não vindo. — disse, tristonha.
— Ah, sei bem como é seu irmão. — ela disse, também cabisbaixa. — bom, agora subam, a viajem foi cansativa, vão descansar. Chris, você pode dormir na cama do Jeongin.
— Ah, tudo bem. — ele me encarou com uma feição séria, e eu ri.
Subi as escadas, o puxando comigo. Entramos no quarto e fui logo ajeitando minhas roupas, como de costume. Por que dessa vez, eu e ele iríamos passar um mês no Brasil.
— Aonde iremos mais tarde? — disse para mim mesma, me sentando na cama, e abrindo o Google Maps. — Talvez ao shopping?
— Eu topo.
— Então tudo bem, agora vou deitar, tô morta. — me joguei na cama, pegando no sono rapidamente. Chris ficou no lado dele, para evitar desentendimentos.
[ ... [
Já eram 17h, estávamos nos arrumando para ir ao Shopping. Vesti um vestidinho branco, coladinho no corpo e com alguns detalhes no ombro e nos braços. Com uma leve abertura na perna, também optei por um tênis simples da mesma cor.
Chris está com uma calça preta, uma bota da mesma cor e uma camisa branca de manga, ele estava ajeitando os punhos dela, de uma forma totalmente atraente. Caminhei na direção dele, com um sorriso nos lábios.
— Você está lindo. — ajeitei o colarinho da sua camisa, dando um selinho em seus lábios.
— Você está mais ainda, minha princesa. — apertou minha bochecha. — agora vamos? você é minha guia. — entrelaçou nossas mãos, me puxando.
— Ok, vamos nessa.
[...]
— É bem grande né? — andou na minha frente, girando igual um louco. — Uau, quanta gente.
— Se aquieta, menino. — puxei sua mão, vendo uma família olhar para nós, rindo. — Olha, as pessoas vão achar que eu tô andando com um doido! — nós conversamos em inglês, seria mais fácil por aqui.
— Mas eu sou seu namorado. — cruzou os braços, com um bico nos lábios, saíndo andando, me deixando para trás.
— Volta aqui, garoto. — corri até ele, parando em frente à um grupinho de meninas na faixa dos 15 anos, que encaravam o garoto perplexas, típico apaixonadinhas, dei uma risada. — Ah, sinceramente, eu só tava brincando amor. — disse, o puxando, ajeitando sua blusa novamente.
— Tem vergonha de mim?
— Não tenho, só se controla. Nunca fui pessoas?
— São muitas pessoas, brasileiras ainda. — fez um bico fofo.
— Deve ser tão legal namorar um asiático... — a menina de cabelo rosa disse baixinho, e eu dei uma risada discreta, vendo Chris encarar elas com uma carinha confusa.
— O que elas estão falando? É de mim? — ele me perguntou, baixinho.
— É, elas disseram que deve ser muito legal namorar um coreano. — disse, o encarando. — Viu como você é lindo? Todo mundo te acha gato.
— E a única sortuda de namorar com o lindo é você. — ele deu um sorriso, puxando meu rosto para perto, selando nossos lábios. — Te amo.
— Também te amo. — dei vários beijinhos em seus lábios, ajeitando o seu cabelo. — Agora, vamos comprar sorvete?
— Vamos sim!
— Uhu, amo. — saí correndo, e ele me puxou rindo também.
[...]
Estávamos em casa, depois de uma tarde inteira no shopping, foi algo maravilhoso, ainda mais aonde eu me sinta confortável. Ele também parecia estar em casa, todo fofo e atencioso, tentando dizer algumas palavras em português, aquilo só me deixa mais fascinada pelo seu esforço e carisma. Um amorzinho!
As pessoas tentavam conversar com ele e eu sempre ria me aproximando “Ah, ele não fala português, desculpe!”.
A carinha confusa dele me fazia rir.
— As pessoas parecem ser tão amigáveis e educadas. — Chris disse, tirando sua camisa, e a jogando dentro do cesto que minha mãe colocou ali.
— Elas são! Você gostou?
— Demais, quando vamos de novo? — abriu um sorriso, se encarando no espelho.
— Talvez semana que vem, né? — fiz um bico.
— Ah, eu tô gordo. — bateu na sua 'barriga' imaginária. — não é, amor?
— Amor? Sério? — dei uma risada, encarando-o por trás. — gordo? sinceramente, eu não vejo nem uma banhinha' aí! você tá no peso perfeito. — tirei minha bota, dando batidinhas no seu ombro.
— Eu vou ficar maior que isso. — cruzou os braços.
Homens realmente também tem problemas de auto-estima? Esse aqui, de fato, tem sim.
— Meu bem, se você engordar ou não vai continuar a coisinha mais linda. Você tem um corpo tão bonito, não é atoa que todo mundo fica caidinho por você. — dei um beijinho em sua bochecha. — seu físico só tá se desenvolvendo, eu também tenho muitos problemas com isso.
— É tão bom ouvir você dizer isso. Os garotos sempre dizem “você não deveria ter esse tipo de problema, não é uma garota! isso é besteira”. — me puxou de novo, juntando nossos lábios em um beijo rápido. — você é perfeita, não aguento!
— Tudo bem, eu sei. — me gabei. — o que minha mãe disse a você? Eu vim direto para o quarto.
— Ela perguntou se eu me diverti e depois mandou eu ir descansar. — riu. — ela é um amor.
— É mesmo. Que bom que ela gostou de você...
— Que bom mesmo, fiquei nervoso. — disse, enquanto andava em direção ao banheiro. — vai tomar banho?
— Vou, pode ir primeiro.
— Vem comigo. — se encostou no batente da porta, me encarando carinhosamente, não havia malícia em seu olhar, e muito menos em seu tom de voz.
— Ok. — peguei minha toalha, e entrei no banheiro, me despindo. Não fiquei com vergonha de estar perto dele, o que fez ele sorrir fofo.
— Me deixa confiante... A forma que você confia em mim, você é tão linda. — me puxou para seus braços, acariciando meu rosto. — vem, vou lavar seu cabelo, posso?
— Claro, tá aqui. — disse pegando o shampoo e o condicionador, enquanto ele ligava o chuveiro na água quente. — vou lavar o seu depois.
[...]
Depois de uma semana, ainda, estávamos indo em direção à um lanche perto da minha casa, eu pedi para ele um hambúrguer, e como um belo namorado, ele disse que iria comprar.
Meus pais estavam trabalhando, e nós passávamos a maioria do tempo sozinhos em casa, sabe...
Toda vez que saíamos as garotas da rua paravam e batiam fotos, e eu já estava acostumada, e dessa vez não era diferente, o que me fazia ficar enciumada, SOMETIMES.
— Ajeita a sua carinha emburrada. — apertou minha bochecha, enquanto entrelaçava nossas mãos. — Aí amor, toda vez isso.
— Mas elas se aproveitam poxa, e ainda estamos de mãos dadas, que ódio. — revirei os olhos, e o garoto parou no meio da rua, me fazendo parar também, o encarei com um bico nos lábios, ele me puxou, selando nossos lábios em um selinho lento, me soltando depois de tanto esforço.
— Pronto! Satisfeita? Todo mundo viu. — fez careta, beijando minha bochecha, e me puxando pelo braço novamente.
— Me deixou com vergonha. — abaixei a cabeça, enquanto chegamos no local. — vou pedir, o que você quer?
— Eu quero um hambúrguer e batata... E refri. — disse, sorrindo, igual um bebêzinho.
— Tá, senta aí. — apontei para a mesa vazia, do lado de fora. Caminhei até o balcão, e fui atendida de imediato. — Eu quero dois x-saladas, uma porção grande de batata e duas cocas em lata.
— Ok, já vou na sua mesa. — sorriu, o rapaz, educadamente.
Andei novamente para a mesa, vendo Chan me encarar atento.
— Viu o jeito que ele sorriu pra' você? — disse, enciumado.
— Ele tá sendo educado, faz parte do trabalho dele amor.
— Você que nasceu linda até demais. — cruzou os braços.
— Falou você, que encanta qualquer pessoa só de andar na rua. — fiz bico.
— Que relacionamento saudável. — deu uma risada, para descontrair.
— Eu falo brincando, ok? — o tranquilizei, eu não sou tão obcecada e enciumada, é apenas para descontrair. — Amo você.
[...]
— Obrigado pela escolha, voltem sempre. — o mesmo rapaz disse, enquanto Chris o entregava o dinheiro. Comemos alí mesmo, ao ar livre, e já estávamos saíndo. — Aliás, qual seu nome?
— Eu? S/n... por que? — o encarei, e depois encarei Chris.
— Não, nada... Só curiosidade, pensava que te conhecia.
— Ah...
— Let's go babe. — Chris disse, me puxando.
— Ele é americano?
— Sim, é meu namorado. Preciso ir agora, tchau! — gritei, sendo puxada para longe, dei uma risada do garoto. — Você não toma jeito.
— Não mesmo, o que ele estava falando?
— Ele perguntou meu nome e disse que achava que me conhecia.
— Idiota. — cruzou os braços.
— Let's go babe. — disse o imitando. — foi fofo.
— Sei, foi mesmo. — disse, soltando uma risada discreta. — Amoooorr, olha! — apontou para o gatinho perto das plantinhas, ele era na cor cinza, tão fofo. — por que ele está na rua? E os donos?
— A rua é meio que a casa deles, então qualquer pessoa que passar pode adotar, entendeu?
— Eu quero!
— O que? Você quer o gato? Mas...
— Eu quero amor, por favor. — fez um bico, agarrando meu braço. — Vai, por favorr!!!
— Tá bom, mas você fala com a minha mãe sobre! — o encarei. — sorte sua que ela ama gatos.
— YES! — correu até o gatinho. — hi little, can we be friends, huh? oh, so cute. I will be your owner, okay? come here. — pegou o gatinho em seu colo, com um sorriso genuíno. — será que ele gostou de mim?
— Aparentemente sim. — dei um sorrisinho, também tenho uma quedinha por bichinhos fofos. — ele é adorável.
[...]
— O nome dele... Puppy! — disse, para a minha mãe, que agradava o gatinho.
— Ah, que fofo. Não tem problema em deixar ele aqui não, meu filho. — disse, entregando o gatinho para o maior. — vou no mercado, e compro ração, ok?
— Ah, aqui o dinheiro. — Chris disse botando a mão no bolso.
— Não, não precisa, eu compro. — bateu nas costas do maior, que concordou calado. Ela saiu de casa, enquanto nós fomos para o quarto.
— Virou filho dela de repente. — fiz um bico, fazendo drama, Chris sentou na cadeira, com o gatinho no colo. — Vou bater uma foto. — peguei meu celular rápido, batendo a foto deles. — Fofo.
— Ele é nosso filho. — me encarou com um sorriso.
— Ok, nosso filho. — dei um selinho em seus lábios.
— Te amo, amor. — fez um bico.
— Também te amo muito, meu Christopher Bang. — apertei sua bochecha. — também amo nosso puppy.
Nos deitamos na cama, passamos a noite brincando com o gatinho, e logo pegamos no sono, com ele deitadinho em nosso meio.
Minha família♡
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