1. Spirit Fanfics >
  2. Bad Boys >
  3. The One With The Girl

História Bad Boys - The One With The Girl


Escrita por: KaliC_

Notas do Autor


''agente já samo'' quase trinta bad boys e bad girls! Gente, vocês são demais, é sério! Não preciso nem dizer que amei todos os comentários do capítulo anterior, cada um mais especial do que o outro!

Espero que gostem desse capítulo.

Boa leitura e nos vemos lá embaixo.

Capítulo 3 - The One With The Girl


''She's cold and she's cruel

But she knows what she's doin'.''

Just the Girl - The Click Five

 

Ela estava saindo de uma sala no final do corredor. Tinha cabelos longos e castanho avermelhados e usava uma blusa escura, uma bermuda verde musgo e um tênis all star. Olhava uma folha de papel eu sua mão enquanto caminhava. Quando ergueu a cabeça, o grupo de Luke passava ao seu lado. Ela agarrou o braço de um dos garotos do grupo, o mesmo que havia desaprovado o ato de Luke alguns minutos atrás, e sussurrou algo. O garoto correu até a sala de onde a garota havia saído e entrou sem bater. Luke disse alguma coisa para a garota e sorriu, enquanto ela virava de costas e revirava os olhos.

Quando olhou para mim, ela franziu o cenho.

— Esquisitão? – Ela perguntou.

Revirei os olhos.

— Prefiro que me chamem de Evan. – Falei. – E eu... conheço você?

— Bem, acho que não. – Ela disse. – Me chamo Lily, e o diretor me deixou responsável por você nessa primeira semana de aula.

— Como assim? – Perguntei.

Ela suspirou, como se já estivesse sem paciência.

— Bem, como você é um aluno novo, irei te ajudar com os seus horários, te mostrar onde fica as salas e blá blá blá... e se você me escutar, talvez você sobreviva o terceiro ano. – Ela parou de falar, como se estivesse analisando o que tinha acabado de falar. – Sem ofensas.

Passar uma semana ao lado dela? Talvez eu me mate antes.

No final do corredor, o garoto saiu da sala.

— Ashton! – Lily gritou e o garoto olhou para ela.

Ela fez um gesto para ele se aproximar, e Ashton correu até nós dois. Ele parrou ao lado de Lily, com um sorriso enorme nos lábios. O garoto vestia calças coladas com as de Luke, um tênis e uma camisa marrom rasgada em vários pontos. Parecia que ele era um sobrevivente de um incêndio. Uma bandana preta evitava que os cabelos castanhos e cacheados caíssem sobre o seu rosto.

— Lembra dele, Ash? – Perguntou Lily.

— Claro! Você é o Evan, não é? – Ele perguntou. – Você é famoso por aqui.

— Onde é a aula de literatura? – Peguei minha grade de horários e olhei, na esperança de fugir daquele assunto.

— Você tem aula de literatura agora? – Ashton perguntou sorrindo. – Pode deixar que eu te levo, vou para lá também! – Ele pegou a grade de horários da minha mão e comparou com a dele. – Acho que temos todos os horários de segunda iguais, menos os dois tempos depois do almoço.

Eu não sabia o que era pior: passar o dia com a senhora engraçadinha ou ter quase todas as aulas com um garoto que parecia estar conectado em uma tomada de duzentos volts, e que ainda por cima era amigo de Luke.

— É melhor vocês irem. – Disse Lily. – Cuide do nosso bebê, Ashley.

— Bebê? – Perguntei enquanto observava Lily beijar a bochecha de Ashton.

Ela passou ao meu lado, indo em direção a sua sala, sem dizer mais nada. Observei ela se afastar até entrar em uma sala.

— Ei. – Ashton me chamou. – Tira o olho dela.

— D-desculpa. – Falei e observei Ashton rir, enquanto ele pedia para eu o seguir.

— Eu sei o que está pensando. – Disse ele. – Ela é assim no começo, meio maluca... mas depois melhora. Ela é tão humana quanto nós.

— Ah. – Foi tudo que eu consegui falar.

Andamos até uma sala no meio do corredor. Ashton bateu na porta e em seguida, abriu.

— Desculpe o atraso, professor Lawrence. – O moreno se explicou. – Estava na sala do diretor.

— Tudo bem, senhor Irwin, pode se sentar. – O professor levantou e andou até mim. – Você deve ser o aluno novo, não é? – Concordei coma cabeça. – Como se chama?

— Evan. – Falei, enquanto ouvia algumas pessoas cochichando entre si. – Evan Peters.

— Ah, sim. – O professor pareceu reconhecer meu nome, mesmo nunca tendo me dado aulas. – Seja bem-vindo, senhor Peters. Pode se sentar ao lado do senhor Irwin, por favor.

Assenti e andei até o único lugar vago da sala, ao lado de Ashton.

— Doeu? – Ele perguntou com um sorriso.

— Foi estranho, mas estou bem. – Falei, olhando para frente. – Obrigado.

— Queria dar as boas-vindas a todos os alunos. – O professor começou a falar. – Sei que muitos de vocês estão assustados por estar finalmente no terceiro ano do ensino médio, afinal, esse é um ano em que vocês irão tomar decisões que irão influenciar em todo o futuro profissional... mas, nas aulas de literatura, vamos esquecer um pouco de todo esse estresse e aprender mais sobre o maravilhoso mundo de William Shakespeare e Franz Kafka. Afinal, cultura e conhecimento literário é tão importante quanto equações e fórmulas químicas.

Desde que comecei a estudar em casa, literatura nunca foi o meu forte. Minha mãe me fazia ler um livro clássico a cada duas semanas, mas isso nunca aumentou meu interesse. Sempre preferi uma revista em quadrinhos dos X-Men ou dos Vingadores.

— Senhor Ball, será que pode ler esse fragmento de Romeu e Julieta, na página quinze? – Perguntou o professor, enquanto folheava o livro em suas mãos.

— Claro, senhor Lawrence. – Disse o garoto. Assim que olhei para ele, vi que era um dos meninos do grupo de Bradley. - "Ah, ela ensina as tochas a brilhar! Parece estar suspensa na face da noite, tal qual joia rara na orelha de uma etílope; beleza incalculável, cara demais para ser usada, por demais preciosa para uso terreno!"

— Que outras palavras poderíamos esperar de um jovem loucamente apaixonado como Romeu? – Perguntou o professor.

— Xingamentos cairiam bem. – Cochichou Ashton. Dei uma leve risada. — Desde o início da história o Romeu já seria um fodido no final. Todo apaixonado desse jeito, só poderia dar merda.

— Para quem não sabe o final, nunca vai parecer tão óbvio. – Falei.

 

-{...}-

 

— Então, esse aqui é o refeitório. – Ashton disse, enquanto caminhava ao meu lado.

Já era hora do almoço, após as aulas de literatura, biologia e cálculo. O refeitório estava lotado de alunos do primeiro e do nono ano, falando alto, gargalhando e jogando restos de comida e guardanapos sujos uns nos outros. O chão estava grudento pela quantidade de refrigerante que já havia caído e secado.

— Eu sei que aqui parece bem anti-higiênico, mas eu juro que a comida é boa. – Ashton disse, me entregando uma bandeja e entrando na fila da comida.

Após me servir com duas fatiadas de pizza e um refrigerante, nós nos sentamos em uma mesa para quatro pessoas. Era impossível não notar os copos plásticos e os papéis jogados pelo chão do refeitório.

— Nem adianta, eles só limpam quando o horário do almoço acaba. – Disse Ashton, tomando um gole de milk-shake.

Senti falta do silêncio da minha casa durante o almoço e da comida da minha mãe.

— Esses fedelhos poderiam pelo menos parar de gritar enquanto mastigam! – Lily chegou com sua bandeja e se sentou ao lado de Ashton. – Eu achava que esses alunos mais novos poderiam parecer civilizados durante a hora do almoço.

Observei a bandeja de Lily. Hambúrguer, batata frita, um pretzel, um pedaço de bolo, um milk-shake e um copo grande de refrigerante. Para onde vai isso tudo?

— Esqueci os guardanapos! – Ela levantou, sem paciência.

— Se está achando que ela come muito, preciso te apresentar meu amigo Michael. – Disse Ashton, enquanto mastigava um hambúrguer.

Lily voltou e se sentou, tacando meia dúzia de guardanapos em sua bandeja.

— E então, Ash, como o nosso bebê se comportou? – Ela perguntou, olhando para mim.

Parei de mastigar e olhei para ela.

— Foi tudo tranquilo, Lily. – Disse o moreno. – Tirando todos os murmurinhos que se formavam sempre que ele entrava nas salas.

— Que bom. – Disse ela. – Papai vai ficar orgulhoso da gente.

— Vo-vocês são irmãos? – Perguntei, sem jeito.

Eles se olharam e disseram ao mesmo tempo:

— Somos.

— Achei que eram um casal. – Falei, com um pouco de vergonha.

Lily estava tomando um gole do refrigerante no momento em que eu falei. Ela cuspiu praticamente tudo no lugar na sua frente, que felizmente estava vazio, e desatou a rir. Riu por longos minutos, enquanto eu me perguntava qual pecado eu tinha cometido contra os meus pais para estar ali naquele momento.

— Você não bate bem da cabeça, Peters. – Disse Lily.

Legal. O maluco agora sou eu.

Observei as características que eles tinham em comum que, para falar a verdade, não eram muitas: cabelos ondulados, porém com tons diferentes, e olhos castanhos-esverdeados.

Passei o resto do almoço sem dizer mais nada, enquanto os dois conversavam animadamente.

— Ashton! – Um garoto parou ao lado da nossa mesa. – Luke quer falar com você.

— Ele não me deixa nem almoçar em paz! – Ashton exclamou, colocando o copo de milk-shake com raiva na bandeja antes de se levantar e desaparecer no mar de alunos.

O garoto se sentou no lugar de Ashton e deu um sorriso. Ele era bem branco, tinha cabelos vermelhos que estavam escondidos por um boné e olhos verdes. Os lábios eram tão vermelhos quanto os cabelos, e as roupas eram parecidas com as de Ashton.

— Você é o Peter, né? – Ele perguntou, animado.

— Não. – Falei. – Meu nome é Evan.

— Ah, sim. – Disse ele, roubando uma batata frita de Lily. – Meu nome é Michael. Você não é muito de falar, né?

Respirei fundo.

— Não. – Falei.

Ele concordou com a cabeça, enquanto pegava mais batatas.

— Michael! Para com isso! – Protestou Lily.

— Levanta aí, gordinho. – Ashton surgiu. – Lucas Roberto me disse que depois da aula eles vão lá na loja de Cds, porque hoje sai o disco novo do Good Charlotte.

— Você vai, Ash? – Perguntou Michael, enquanto mastigava. — E de onde você tirou essa coisa de Lucas Roberto?

— Acho que sim. – Ele deu de ombros.

— Desde que o Ashton trocou francês por espanhol, ele fica traduzido os nomes de todo mundo. Daqui a pouco ele está te chamando de Miguel.

— Ih, sai fora! – Michael levantou da cadeira, enquanto o sinal que anunciava o fim do almoço tocava. – Eu tenho que correr, tenho aula de física agora. Tchau para vocês, e foi um prazer, Peter!

— É Evan. – Tentei corrigir, mas Michael já tinha corrido para fora do refeitório.

— Bem, vou indo para a aula de espanhol. – Disse Ashton. – Evan, agora você tem francês junto com a Lily. Nos vemos nos últimos tempos! – Ele concluiu e saiu do refeitório.

— Vamos bebê. – Disse Lily, levando sua bandeja que já estava completamente vazia. — Aposto que vai adorar a professora de francês, ela é chata que nem você. – Ela me olhou e deu uma risada da minha expressão. – É brincadeira, Peters! Tenta se soltar um pouco.

Fomos até o corredor, que estava quase vazio, exceto por alguns alunos correndo para as aulas.

— Oi Lily. – Um garoto passou por ela.

— Ah, O-oi James. – Ela sorriu de volta e observou ele se afastar.

— Esse que é o namorado né? – Perguntei e ergui uma sobrancelha.

Ela me olhou, carrancuda.

— Cala essa boca, garoto.

Ela se virou e saiu andando.

Eu dei um meio sorriso e a segui até a aula de francês.

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Com toda a minha sinceridade (olha que eu sou de áries) eu achei esse capítulo bem bostinha, socorro. Porém também dei umas risadinhas enquanto estava escrevendo.

Queria fazer uma perguntinha para vocês: Qual é o melhor personagem até agora? (Tirando o Evan)

Falando em Evan, nesse capítulo ele tava quase falando pra Lily: ''Quem é você? Mal te conheço e já tá cheia das intimidades, eu te dei liberdade?''

E uma ultima coisa: gente, acho que a lily é uma das melhores personagens que eu já criei em toda a minha vida, to falando sério. Me apaixonei por ela desde que desenvolvi as primeiras cenas dela na fic (eu tenho algumas cenas avulsas de idéias que do nada aparecem na minha cabeça), com esse jeitinho e essas roupas estilo avril lavigne de 2002.

Até o próximo capítulo meus Babes.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...