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História Bad Boys Club - A esperança é a única que morre!


Escrita por: MiMoon

Notas do Autor


Vamos falar hoje sobre "evolução". Melhor não? Vamos, sim.
O "macaco" se transformou em "humano", como é mostrado em diversas ilustrações. Notem que o ser vai se erguendo, cada vez mais, até começar a vergar pra trás... Ou seja, pela lógica, o formato seguinte de "humano", naturalmente, será um salto mortal de costas, certo?
Portanto, acho que, em algum momento da evolução, a humanidade passará um tempo flutuando no ar. TENHO CERTEZA.

Boa leitura!

Capítulo 3 - A esperança é a única que morre!


Baekhyun andava sozinho pelo corredor vazio da escola. Naquele horário todos os alunos já estavam assistindo suas respectivas aulas, isto é, todos menos ele, que andava silenciosamente pelo corredor com todo o cuidado para não ser visto por ninguém.

Desceu as escadas do terceiro andar até o primeiro, redobrando seu cuidado para não fazer barulho, já que o piso do primeiro andar além de ser próximo à secretária, era de madeira velha que rangia a cada passo que se dava. Foi até a sala dos professores que ficava aberta e vazia naquele horário, se tivesse sorte, encontraria quem estava procurando. Colocou sua cabeça para dentro da sala dos professores e sorriu. Estava mesmo com sorte.

-Com licença! – Pediu entrando na sala e fazendo com que a mulher que estava parada de costas para si, arrumando alguns papeis, desse um pulo de susto. –Me desculpe. –Pediu sorrindo quando esta virou-se em sua direção com a mão no peito.

-Tudo bem. –Riu achando graça de seu próprio susto. –O que está fazendo aqui, não deveria estar na aula a essa hora? – Perguntou olhando para o garoto.

-É que a diretora Joon pediu para que eu viesse pegar um café para ela. – Sorriu de maneira fofa. Sempre conseguia o que queria quando sorria dessa forma, ainda mais com Hae Min, uma das faxineiras mais simpáticas da escola. –Será que você se importaria em fazer um?

-Claro que não, querido. Se a diretora Joon está pedindo. – Foi até a máquina de café para fazer o liquido preto.

Alguns minutinhos em silencio até que a mulher terminasse de preparar o bendito café. Baekhyun esperou pacientemente, sempre tomando cuidado para que ninguém passasse pelo corredor e o visse na sala dos professores.

-Aqui está meu bem. – Ela disse de forma doce, trazendo para Baekhyun uma pequena bandeja com a xícara de café.

-Muito obrigado. – Deu uma piscadela para a mulher que riu e balançou a cabeça para os lados enquanto ele deixava a sala.

Saiu a passos largos tomando cuidado para não derramar o café no chão. Ao subir para o segundo andar olhou para os lados checando se estava sozinho no corredor e retirou de seu bolso um vidrinho de tamanho pequeno, despejou um liquido no café e indo até uma janela próxima, jogou-o por ali, tendo certeza de que cairia na calçada e se espatifaria.

Após dar um fim na prova do crime, subiu até o terceiro andar, segurando a bandeja com cuidado. Esperando ainda estar com sorte, andou pelo corredor tendo certeza de que bem naquele horário o professor Choi estaria com a aula vaga, como ficava toda segunda-feira no segundo período. E não estava errado, lá estava ele, saindo do banheiro masculino, indo para a sala da diretoria, onde costumava ficar até que sua aula no 3ºB começasse.

-Daniel! – Baekhyun chamou, fazendo com que o professor parasse de repente, notando o menor ali. –Professor!

-O que faz andando nos corredores há essa hora? Você não está tendo aula não? – Perguntou desconfiado.

O professor Choi Daniel, além de ter um nome muito peculiar, era um tanto desconfiado, e Baekhyun sabia disso. Por isso mesmo Kyungsoo e Suho o colocaram para fazer isso, afinal ninguém melhor em persuasão e atuação que Baekhyun.

-Estou sim. Mas a diretora Joon pediu que eu fosse buscar um café para ela.

-E posso saber por que ela pediu para você e não para a Jiwon?

-Jiwon não estava na sala. Agora pare de ficar fazendo perguntas antes que o café esfrie. –Reclamou em tom de brincadeira, fazendo o professor sorrir finalmente convencido. –Eu preciso voltar para a sala logo. O professor Changeui vai me punir se eu demorar mais.

-Ah, sim. Deve ter demorado a fazer o café.

-Pois é... ainda bem que Hae Min estava lá. –Falou e logo focou seu olhar no professor com interesse. –Aliás professor, já que o senhor está indo para a sala da diretora, poderia entregar o café para ela?

-Claro. –Concordou sorrindo. –Melhor correr para a sua aula entes que o Changeui fique irritado.

Baekhyun sorriu. O professor Daniel era deveras ingênuo. Changeui irritado é realmente uma coisa impossível de se acontecer.

Viu Choi entrar na diretoria e graças à mesma possuir uma porta de vidro, pôde ver que ele entregava o café para a diretora que sequer questionou de onde aquele café vinha, tomando-o logo em seguida, pois estava distraída com alguns papeis.  

Pronto já estava feito.

Mais que depressa, calculando o tempo que tinha, sacou seu celular para enviar uma mensagem a Suho e Kyungsoo que encontravam-se naquele exato momento, escondidos no beco onde costumavam lanchar durante o intervalo, com suas mochilas nas costas.

 

“Está feito. Esperem por mim.”

 

Suho e Kyungsoo receberam a mensagem e sorriram satisfeitos. Aquilo seria perfeito.

Poucos minutos depois Baekhyun aparecera no beco, andando apressado e indo até os outros dois que o esperavam. Kyungsoo pegou uma terceira mochila que descansava no chão e a entregou para Baekhyun.

-Vamos rápido, não temos muito tempo. – Suho falou apressado, já abrindo a porta que dava para o jardim da entrada principal da escola.

Sem o menor cuidado para não serem vistos, correram juntos, com suas mochilas postas em suas costas até o grande portão, prontos para escalá-lo. O porteiro que estava ao topo da escadaria os viu de longe e gritou do alto da escada.

-Parem aí. Aonde pensam que estão indo? – Correu até eles com uma cara nada agradável e no mesmo instante os garotos pararam o que faziam. Sequer desconfiou de algo.

Suho sorriu, mas logo Baekhyun lhe deu uma cotovelada para que se controlasse. As coisas não poderiam estar se saindo melhores para eles.

-O que estão fazendo fora da sala? – Ninguém respondeu. –A diretora Joon sabe que vocês estavam tentando matar aula? – Questionou em tom repreensivo, achando-se o máximo por estar fazendo mais do que guardar um portão. –Vamos para a diretoria. –Falou autoritário, fazendo com que os garotos fossem andando em sua frente.

Perfeito, agora a diretora Joon teria a oportunidade perfeita de se gabar por poder provar que aqueles garotos estavam aprontando algo. Isso seria uma coisa ótima! Certo? Bom, depende do ponto de vista.

 

*•♫•*¨`*•.¸♥✰♥¸.•*¨`*•♫•*

 

-Eles não vieram hoje. – Lay comentou de repente, virando-se para trás e vendo Chanyeol concentrado em escrever em seu caderno.

-E eu com isso? – Falou irritado.

-Nada. – Lay sorriu de canto ao ver o mau humor do amigo. –Tem certeza de que ficou com alguém na sexta? Pelo seu humor, não está parecendo.

-Na boa, cala a boca. – Resmungou, evitando encarar Lay que ainda estava virado para si.

-Relaxa, eu também estou numa seca de quase uma semana. – Jongin falou logo atrás de Chanyeol. Lay riu.

-Está por que quer. – Chanyeol reclamou mais uma vez.

-E você está porque, então? – Lay perguntou.

-Eu não estou. Já disse que fiquei com alguém na sexta. –Bradou irritado, finalmente encarando o outro.

-E quem foi? – Olhou-o desconfiado.

-Não me lembro. – Voltou seu olhar para o caderno, evitando as perguntas de Lay que continuou a rir.

-Eu estou na seca pelas forças das circunstancias. – Jongin finalmente voltou a falar. –Se o Kyungsoo não fosse tão estranho eu já teria pego ele antes do final de semana.

-Mesmo querendo ele, você poderia ter ficado com outra pessoa na boate depois que eles foram embora. – Lay agora falava com Jongin, mesmo que Chanyeol se encontrasse entre os dois.

-Não podia não. Não quando se tem um Kyungsoo gostoso demais para pensar. – Sorriu de canto. –Mas vai por mim, logo, logo, essa seca some junto com a virgindade do Soo. –Riu.

-Você acredita que eles são virgens ainda? – Lay sussurrou, percebendo que mesmo que ninguém estivesse prestando atenção na conversa, ainda tinham um professor dentro da sala.

-E você ainda duvida? – Jongin riu soprado.

-Até mesmo o Baekhyun?

-Quem iria querer comer aquela bunda? – Chanyeol retrucou.

-Muita gente, pelo que andei vendo na sexta. – Lay falou sacana e Chanyeol rolou os olhos.

-Posso saber de onde vem toda essa irritação? – Jongin perguntou, enquanto ria, junto de Lay, da careta nervosa do outro.

-Eu estou irritado, porque minhas notas estão péssimas. – Revelou batendo com seu caderno na carteira. –Não importa nada. Se eu não estudo eu me fodo, seu estudo me fodo também. A questão é, eu não gosto de ser fodido, eu gosto é de foder. – Esbravejou, arrancando mais gargalhadas de seus dois amigos idiotas.

-Esse é o problema? – Lay perguntou. –Achei que você não se importasse tanto com isso.

-Você não está entendendo. – Chanyeol falou em desespero, largando seu peso no encosto da cadeira. –Meus pais estão me ameaçando com as minhas notas. Eles descobriram meu boletim e surtaram. Disseram que eu preciso recuperar no próximo semestre e até lá, nada de festas, e se caso eu não conseguir recuperar sem precisar das recuperações, eles cortam a minha renda de vez e me botam pra trabalhar. – Choramingou vendo seus dois amigos arregalarem os olhos.

-Fodeu. – Foi à única coisa que Jongin conseguiu pronunciar.

-Eu até tentaria te ajudar se eu tivesse boas notas, mas você bem sabe, não é? – Lay o olhou pesaroso. –Se bobear, eu estou pior que você.

-Eu também não sou a pessoa mais indicada para isso. – Jongin falou sentindo-se consternado.

-Eu sei. – Chanyeol falou aborrecido. –Eu vou resolver isso sozinho, não se preocupem.

A diretora entrara na sala num rompante e dirigiu-se para frente da turma trazendo junto de si, Baekhyun, Kyungsoo e Suho. O professor Changeui que até então escrevia sua matéria na lousa, parou o que fazia, um pouco surpreso pela entrada repentina da diretora. Essa, trazia um sorriso vitorioso em seu rosto. Jongin, Chanyeol e Lay que antes conversavam, miraram, confusos, os três garotos que não pareciam nem um pouco assustados com a situação. A turma que antes continha alguns burburinhos, agora se encontrava calada. Um tênue verniz de desembaraçada segurança mal dissimulava o nervosismo dos alunos.

-Meus queridos alunos. – Trombeteou com falsidade, mas com um sorriso sincero.

Houve um silêncio profundo, todos se voltaram.

-Meus queridos alunos – Repetiu mais uma vez a diretora. -Desculpem-me interromper os seus trabalhos. Um dever penoso a isso me obriga. Alguns de seus colegas, ainda não aprenderam a obedecer as regras e cumprir seus deveres. Sim, meus alunos, AINDA não. Estes três. – E apontou para Baekhyun, Kyungsoo e Suho, com seu dedo acusador. -Estes três que aqui estão diante de todos, esses três encrenqueiros a quem tantas coisas foram perdoadas, e a quem, portanto, muito se deveria esperar, estes colegas dos senhores, traíram grosseiramente a confiança que tinham. Por suas ideias heréticas sobre a nossa forma de ensino e conduta, pela escandalosa irregularidade de suas vestimentas, pelas suas recusas em obedecerem aos ensinamentos e comportarem-se fora dos períodos de aula, como alunos normais e sociáveis. 

Neste ponto de seu discurso, Kyungsoo deu alguns discretos passos para trás, segurando uma pequenina chave entre os dedos - chave essa, que certa vez descobrira onde as faxineiras guardavam - e aproveitando-se da distração geral, trancou a porta rapidamente sem sequer olhar para tal. Porém Jongin reparou em sua façanha, pois estava com os olhos fixos em si desde que pusera seus pés para dentro da sala.

– Eles se revelaram péssimos, eles se revelaram subversores, meus alunos, de toda a ordem, de toda estabilidade. Conspiradores contra os próprios alunos. Por este motivo, eu estou dando detenção a eles, de forma vergonhosa, para que passem alguns dias refletindo sobre suas ações enquanto cumprem trabalhos escolares em suas residências, a fim de que esse castigo possa servir de alguma coisa. Ficando em suas casas durante algum período, terão poucas oportunidades de desencaminhar os outros com seus maus exemplos. – A diretora calou-se repentinamente com uma pontada aguda em sua barriga, mas manteve-se firme, depois cruzando os braços, voltou-se com ar imponente para os três garotos que a olhavam. –Vocês – Disse –Podem apresentar alguma razão para que eu não execute nesse instante a sentença que acaba de ser pronunciada contra os senhores?

-Sim, posso. – Respondeu Baekhyun em voz muito alta.

Um pouco desconcertada, mas sempre majestosa, a diretora ordenou:

-Então, apresente-a.

-Certamente. Você apresentou muitas razões para nossa detenção, mas nenhuma delas é válida. Diga-me, se somos assim tão errados na nossa maneira de nos comportar, se fizemos tão mal assim a nossa escola e se conspiramos contra nossos colegas a ponto de representarmos perigo a conduta adotada pelos os outros alunos, diga qual foi o mal tão absurdo que fizemos para estarmos aqui e prove que fomos nós. – Falou com seu jeito astuto.

-Ora! – Exclamou. Mas antes que pudesse completar sua frase sentiu seu estomago se remexer apressado, e pode sentir que suava.

-E o que nossas roupas têm haver com a conduta? – Suho perguntou, deixando a diretora confusa entre a dor e a vontade de rebater.

-Pegamos vocês tentando escapar da escola.

-E quantos alunos já não foram pegos desse modo? A senhora deu detenção a todos eles? Não acha que está fazendo um escândalo por tão pouco? – Kyungsoo pronunciou-se de braços cruzando olhando para a mulher que começava a demonstrar reações.

-Por que não liga para os nossos pais? – Baekhyun caçoou em frente toda a sala. Porém a mulher já não os ouvia mais, enquanto começava a contorcer-se chamando a atenção dos alunos.

-Diretora, a senhora está bem? – Professor Changeui foi até ela, espantado pela mulher que começava a gemer.

Houve uma agitação nos alunos, um murmúrio de espanto e de horror, um dos garotos tentando ver acena melhor lá do fundo, derrubou seu estojo cheio de suas canetas. A diretora insuportável, com sua incrível monocelha, um monstro de meia-idade estranho e aterrorizador entre aqueles corpos juvenis e rijos, aqueles rostos lisos, contorcendo-se como uma lombriga. Ela, porém, adiantou-se, sorrindo coquetemente e ao mesmo tempo embaraçada.

-E-Eu preciso... – Outro gemido sofrido quase como um grito – ir.

Correu até a porta, desesperada, tentando abri-la, mas a mesma não se movia um centímetro sequer. Exasperada, chutou-a causando mais alvoroço e espanto entre os alunos.

-Quem foi? – Gritou para os três parados ao lado do professor.

-Nós não fizemos nada! – Baekhyun defendeu-se.

-E-Está trancada? – Changeui perguntou ainda espantado demais para reagir de forma apropriada. –Como?

-Abra isso! Dê um jeito. Agora! – Ordenou aos berros.

-Não foram eles, eles estavam parados o tempo todo. – Changeui falou de repente, defendendo seus alunos. Contudo, o pobre professor estava muito enganado.

-Não me interessa, só abra essa porta. Preciso sair agora! – Fez uma careta e apoiou-se na porta trás de si.

-A senhora está se sentindo bem? – Perguntou sem atender ao pedido.

-Eu pareço bem? – Esbravejou e arrancou algumas risadas. –Eu preciso ir ao banheiro, abra essa maldita porta agora mesmo. - As risadas explodiram em urros irreprimíveis. –AGORA! – Vociferou a diretora.

Com o rosto vermelho, o professor procurou pelas chaves reservas que eram guardadas dentro da gaveta da mesa dos professores.

-Acalme-se, acalme-se, eu já irei abri-la. – Sua voz era abafada pelos risos. –Eu não sei o que houve com a porta.

Um som conhecido e bastante constrangedor ecoou alto, dominando o tumulto. Houve um silêncio súbito e apavorante. Os olhares vagueavam constrangidos, não sabendo onde se fixar. A diretora empalideceu de repente, parou de debater-se e ficou ali, fitando a turma horrorizada.

Suho por sua vez, levou sua mão até o nariz tapando-o e franzindo suas sobrancelhas em uma expressão de nojo.

-Puta merda.

Essas palavras comicamente indecorosas vieram aliviar uma tensão que se tornara absolutamente intolerável. Estrugiram gargalhadas, enormes, quase histéricas, em rajadas sucessivas, como se não fossem acabar mais. Alguém peidara estrondosamente – e era a diretora.  Oh, Deus! Oh, Deus! Essa era verdadeiramente colossal. Os uivos e rugidos de riso renovaram-se, os rostos pareciam estar a ponto de desintegrar-se, as lágrimas corriam. Outros três estojos com canetas e lápis foram derrubados.

Changeui correu ao auxilio da diretora com a chave nas mãos pondo-se a abrir a porta. Lívida, de olhos desvairados, a diretora circunvagava o olhar numa agonia de humilhação perplexa. Assim que o professor conseguiu abrir a porta, ela tapou os ouvidos com as mãos e precipitou-se para fora da sala.

As gargalhadas, que pareciam querer aplacar-se, recrudesceram outra vez, mais fortes do que nunca.

 

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Depois da cena na sala B, toda a escola ria incontrolavelmente pela fofoca que rodava pelos corredores. Aquela história era boa de mais para ser verdadeira.

Baekhyun, Kyungsoo e Suho encontravam-se no corredor movimentado devido à troca de professores. Baekhyun espalhava a fofoca entre os outros alunos que vinham lhe perguntar se aquilo havia realmente ocorrido. Kyungsoo e Suho riam ouvindo a narração cômica que Baekhyun fazia. Os outros alunos também riam incontroláveis e saiam para passar a notícia adiante.

No momento, somente Jiwon cuidava da diretoria, pois a diretora tirou o restante do dia de folga para descansar em sua casa. O professor Changeui, após tamanho sufoco naquela sala de aula, também não podia deixar de rir da situação da diretora, e foi através dele que a história chegou aos ouvidos dos outros professores, que aproveitando-se da ausência da mulher, riram como se não houvesse amanhã.

Kyungsoo distanciou-se de seus amigos por um momento, indo até o bebedouro que ficava no corredor ao lado do banheiro feminino. Andou até ele calmamente, mesmo que soubesse que logo a aula de sociologia começaria, contudo, estava preguiçoso demais para se preocupar em andar rápido. Chegou até aquele oásis no meio do corredor lotado de alunos e curvou-se em direção a ele para livrar-se da sede, mas seu momento de paz não durou muito, pois logo toda aquela água que descia pacifica por sua garganta resolveu que seria uma boa hora de entrar pelo canal errado, fazendo-o ter uma crise de tosse, enquanto sentia seu coração acelerar devido ao susto de sentir algo – ou melhor, alguém – aproximar-se por trás de seu corpo e roçar em sua bunda, que se encontrava arrebitada devido à posição.

Não. Não mesmo. Ele não merecia isso. Quem é que teria tamanha cara de pau de encoxar uma pessoa de bem, em pleno corredor lotado enquanto ela bebe água? Só podia ser Baekhyun e suas brincadeiras insuportáveis. Recuperando-se da crise de tosse em um quase afogamento no bebedouro, voltou-se para trás com seus olhos ardendo de raiva, pronto para estrangular Baekhyun. Mas não era Baekhyun quem o encarava com um sorriso de canto e uma cara maliciosa.

 Jongin enganou-se ao pensar que Kyungsoo coraria ao ver que era ele quem o encoxava. Para sua infelicidade, ao ver que era Jongin, a raiva do baixinho só aumentou e proporcionou ao moreno um merecido chute em seu tornozelo.

-Você enlouqueceu? Tá achando que é quem? – Kyungsoo gritou, atraindo alguns olhares, enquanto Jongin fazia uma careta dolorida.

-Puta merda, Kyungsoo. – Gemeu. –Isso doeu.

-Agradeça por eu ter chutado somente a sua canela. – Kyungsoo bradou, acalmando-se para não fazer um show na frente das pessoas do corredor. –O que você estava fazendo?

-Eu só vim falar com você. – Ignorou a dor em seu tornozelo e voltou-se para Kyungsoo.

-E precisa esfregar o seu pau na minha bunda pra fazer isso? – Indagou irritado, fazendo mais algumas pessoas olharem curiosas. Serrou os dentes e fechou os punhos, policiando-se para não bater naquele garoto exibido, que por alguma razão passara a achar que tinham algum tipo de intimidade. –O que você quer? – Bufou.

-Eu sei que foram vocês que fizeram aquilo com a diretora. – Foi direto, o sorriso voltando em seu rosto.

-Prove! – Deu de ombros.

-Eu não preciso provar, eu vi com os meus olhos. – Desta vez fora Kyungsoo quem sorrira de lado, zombando do fato de o maior ser incapaz de provar algo contra si. –Mas se quer uma prova...

Jongin aproximou-se cautelosamente, um pouco receoso devido ao chute de segundos atrás, mas ainda assim confiante o suficiente para continua a aproximar-se de Kyungsoo que recuava a cada passo dado em sua direção. Para o azar de Kyungsoo a parede atrás de si o impediu de continuar a recuar, fazendo com que seus olhos se arregalassem em desespero ao perceber que Jongin se aproximava cada vez mais. Olhou para os lados calculando uma forma de escapar, mas foi em vão quando o maior passou seus dois braços pela sua cintura o puxando para mais perto, fazendo seu rosto colar contra o peito forte do moreno. Poderia bater em Jongin, fazer um escândalo, causar. Mas isso atrairia muita atenção para aquela cena bizarra do garoto popular abraçando o garoto mais estranho da escola. Sem contar que, no mínimo, inverteriam a história e diriam que Kyungsoo estava forçando Jongin a abraça-lo ou algo assim.

Sem saber o que deveria fazer Kyungsoo congelou no lugar com seus olhos arregalados. Queria empurrar Jongin para longe e lhe xingar de todos os palavrões possíveis, mas por alguma razão desconhecida, sentiu seu coração bater desesperado no peito e suas mão começarem a tremer. Seria um inicio de infarto? (Pensou) A questão é, nunca havia passado por uma situação assim em sua vida. Nunca ninguém havia sido louco o suficiente de cruzar as barreiras de distancia que Kyungsoo impunha para si, e ainda mais o abraçar daquela forma tão cara de pau. Ninguém nunca sequer puxava assunto, quem dirá algo daquele tipo. Kyungsoo possuía muitas teorias de suas possíveis reações em situações como aquela, mas na prática era muito diferente. Aliás, quando foi que pensou que passaria por aquilo na prática,realmente?

Estava assustado, com Jongin, com a situação, consigo mesmo. Suas mãos ficaram geladas em questão de segundos e tinha absoluta certeza de que Jongin o sentia tremer em seus braços. Não pensou que aquilo pudesse ficar pior, mas ficou.

Quando uma das mãos de Jongin se arrastou, descendo da sua cintura até suas nádegas, Kyungsoo pareceu voltar à vida. “O que esse idiota pensa que está fazendo? Está achando que eu sou o que?” Levantou suas mãos para o peito de Jongin, empurrando-o com força e o fazendo cambalear para trás.

-Nunca mais faça isso de novo, seu imbecil. – Gritou sem se importar com os alunos que olharam assustados. Sua vontade era apenas de matar aquele garoto insuportável.

Porém, Jongin sorriu de forma sacana e levantando uma de suas mãos, revelou uma pequena chave ali. A mesma chave que Kyungsoo usou para trancar a porta da sala de aula.  Jongin sorria pela cara confusa que o menor esboçava.

-Como você... ?

-Eu disse que eu vi. Eu sei que toda essa história foi plano de vocês. – Jongin continuava sorrindo satisfeito por ganhar a atenção do garoto de preto. – Mas eu gostei disso, de verdade. Foi muito bom. – Riu.

-Me devolva isso. –Kyungsoo pediu sério, estendendo sua mão em direção ao maior.

-Você quer? – Sorriu de lado.

-Me dê. – Sua expressão era assustadora, mas Jongin mantinha-se firme.

-Eu te dou. – Foi sua vez de estender a mão que segurava a chave, para Kyungsoo, mas quando o mesmo tentou pegá-la, sua mão logo se fechou em volta da chave novamente. –Mas quero um beijo antes.

Kyungsoo levantou seu olhar homicida para Jongin que o encarava mantendo um sorriso maroto nos lábios. Ah, como Kyungsoo queria socá-lo. Comprimiu os lábios, engolindo um palavrão e sem pensar duas vezes, girou seus calcanhares voltando pelo caminho que havia feito para chegar até o bebedouro.

-Ei, não vai querer? – Jongin perguntou confuso, voltando a mostrar a chave.

-Não. – Falou seco, sentindo que Jongin o seguia.

-Eu posso te dedurar. – Ameaçou.

-Dedure então. – Falou sem dar importância. –Quem acreditaria em você, se a chave não está comigo?

O queixo de Jongin despencou e seu corpo paralisou no lugar vendo Kyungsoo continuar a andar até sumir dentro da sala. Ele tinha razão. Como poderia provar que fora Kyungsoo quem trancara a porta da sala de aula se a chave não estava mais com ele? Havia perdido sua chance de chantageá-lo, ou pior, de beija-lo. Grunhiu irritado jogando a chave no lixo do corredor.

-Vamos entrando. – Daniel chegou andando com sua pasta na mão, obrigando os alunos que ainda estavam para fora da sala, como Jongin, entrarem apressados.

 

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-Certo. Vamos começar então. – O professor Choi havia terminado de escrever a matéria na lousa, e sem esperar que seus alunos tivessem terminado de copiá-la em seus cadernos, começou sua explicação sobre a matéria, como de costume. –Isolamento social.

-Ótimo tema. – Ironizou baixinho, Baekhyun, enquanto rolava seus olhos em tédio. Sabia que Kyungsoo adorava as aulas de sociologia e filosofia do professor Choi, mas ele simplesmente detestava aulas de lições morais e fazia questão de comentar a cada segundo, mesmo sabendo que Kyungsoo ignoraria seus comentários completamente.

-O isolamento social é um tipo de categoria sociológica que tenta estudar fenômenos onde grupos ou indivíduos são - voluntária ou obrigatoriamente - banidos do convívio com determinados grupos ou pessoas. Muitas vezes, esse tipo de fenômeno envolve a ação de grupos em maiores números de pessoas interessados em evitar o contato com determinadas parcelas da sociedade, alegando “superioridade” em relações às demais. Nesse quesito fica claro que o preconceito se torna um dado fundamental para que possamos compreender muitas das situações onde o chamado isolamento social ocorre.

-Foda-se. – Baekhyun sussurrou um pouco alto demais, pois o professor o olhou com uma cara nada agradável.

-O que disse?

-Nada. – Respondeu com pouco caso.

-Retornando. – Daniel voltou sua atenção para a matéria escrita na lousa. –Podemos aplicar o isolamento social em situações onde diferentes tribos sociais são evitadas devido a seus estilos e modos divergentes. Na medida em que a modernidade se apoia na difícil gestão das relações entre razão e influência, racionalização e subjetivação, na medida em que o próprio sujeito é um esforço para associar a razão instrumental à identidade pessoal e coletiva. – Voltou-se para os alunos de forma autoritária. – Ou seja...

-A redução do ser humano a ser apenas um cidadão passivo e frívolo. O projeto perfeito da sociedade atual. – Indignou-se Baekhyun. Fazendo com que o professor lhe repreendesse com apena um olhar.

-Gostaria de dar aulas no meu lugar? – sua paciência não era muita para com Baekhyun que passava praticamente a aula toda murmurando ou fazendo caretas de tédio.

-Não. Eu só gostaria que essa matéria não existisse mesmo. – Foi sincero, apoiando seu rosto na palma da mão.

-Como? – Daniel o olhou ofendido.

-Não é nada contra o senhor. Apenas não gosto de aulas morais.

-Então Baekhyun, pode se retirar da minha aula. – Cruzou os braços em frente ao peito.

-O quê?

-Isso mesmo. Não vou te mandar para a diretoria, apenas fique no corredor até que minha aula termine. Também não gosto de alunos que atrapalham as aulas por falta de interesse. – Apontou seu dedo em direção à porta, indicando que Baekhyun saísse. Alguns risinhos foram ouvidos, no entanto, Baekhyun ignorou completamente, pondo-se de pé com o queixo erguido. –Baekhyun – Chamou antes que o aluno saísse.

-O que foi agora? – Perguntou um tanto irritado, no entanto o professor somente pegou um papel entre outros muitos papéis exatamente iguais de sua mesa e lhe estendeu.

-Antes de sair, pegue o seu boletim. – Baekhyun aproximou-se o suficiente para puxar o papel da mão do professor, recebendo um sorriso de canto do mais velho. -Como sempre, as melhores notas da sala. Pena que é tão teimoso.

Baekhyun não quis ouvir mais nada, saiu sem olhar para trás, batendo a porta com força e deixando os outros alunos assustados. Kyungsoo suspirou pelo amigo e Suho soltou um risinho achando aquilo engraçado.

-Bom, antes de continuar a explicação da matéria. Vou aproveitar para fazer a entrega dos boletins antes que eu me esqueça.- Falou recolhendo o restante dos papeis empilhados.

Um coro de “Ah, não!” foi ouvido, mas antes que tivessem mais chances de protesto o professor já distribuía os boletins por ordem de chamada. Kyungsoo e Suho já habituados com suas notas, sequer sentiam o nervosismo que todos demonstravam. Apenas a preguiça incomodava Kyungsoo que resmungava baixinho por ser obrigado a levantar de sua carteira para ir pegar suas notas com o professor. Suho por outro lado odiava ter de andar até a frente da turma para pegar seu boletim e ficar ouvindo os burburinhos de “Quanto você tirou?”, “Eu fui bem.”. Poxa, aquilo lhe feria o orgulho.

E lá estavam os resultados de sempre. Kyungsoo lamentando-se das matérias de exatas, enquanto Suho amassava seu boletim, amaldiçoando humanas.

-Mas que droga. – Jongin olhou seu boletim com seus olhos cansados. –Elas não sobem. Não sobem! – Queixou-se.

-Pelo menos, minhas notas ficaram na média. – Lay falou consolando-se por não ter tido nenhuma nota maior que sete.

-Eu quero me matar. – Chanyeol bufou choroso, batendo com sua testa na carteira em um impulso de ira, mas logo voltando à cabeça para cima com uma expressão de dor.

-Muito mal? – Jongin perguntou curioso.

-Para isso ficar mal, ainda precisa melhorar muito. – Chanyeol fez uma careta sofrida.

-Conseguiu ficar pior do que eu? – Esgueirou-se sobre os ombros do amigo tentando olhar por cima destes.

-Cara... – Suspirou chutando a perna de sua carteira – Eu tirei quatro em artes.

-Quatro em artes? – Lay e Jongin perguntaram em uníssono, espantados.

-Em artes? – Lay teve um colapso mental. –Você tá brincando?

-Eu gostaria de estar. – Bagunçou seus cabelos. –Eu não sei o que eu faço. Eu preciso de muitos pontos no próximo semestre pra conseguir recuperar tudo isso sem ficar de recuperação.

-Você vai precisar de um milagre. Isso é quase impossível. – Jongin disse.

-Obrigado. Muito obrigado pelo incentivo. – Chanyeol bateu com o boletim na mesa, ponto-se de pé.

-Aonde você vai? – Lay perguntou confuso, vendo-o deixar o papel sobre a carteira.

-Vou beber água. – Foi até o professor para que pudesse sair daquela sala para refrescar a cabeça.

 

*•♫•*¨`*•.¸♥✰♥¸.•*¨`*•♫•*

 

Baekhyun encontrava-se escorado nos armários do corredor. Segurava seu boletim nas mãos, mas não esboçava nenhum tipo de satisfação por suas notas perfeitas. Ele poderia ser o melhor aluno da sala, mas de que isso adiantaria? O que isso poderia lhe dar, se não uma boa faculdade ou um bom emprego? Não aceitava e não queria aceitar, que vivesse somente para trabalhar. Não conformava-se que sua vida resumir-se-ia a estudos, faculdade e emprego, como parecia ser o desejo de vida de todo ser humano. Será que ninguém possuía sonhos? Queria outro propósito para si, queria dar valor a outras coisas e não a números. Meros números idiotas. Odiava números. Detestava viver sendo controlado por números.

Acordava por causa de um maldito número. Sua inteligência era medida por um número. Os números lhe traziam compromissos, pois marcavam os dias da semana, meses e anos. Os números determinavam os preços das comidas. Os números controlavam o seu peso. Os números lembravam-no de o quão baixinho era. Números, números e mais números. Sempre essa porcaria de números.

Chutou os armários atrás de seu corpo com o calcanhar. Pendeu a cabeça para trás apoiando-a em um armário qualquer.

-Eu odeio notas. – Murmurou em voz alta.

Chanyeol que passava por ele no corredor, indo até o bebedouro, soltou um riso sem humor pelo que acabara de ouvir. Não tinha ideia do que aquele garoto estava reclamando, era ele quem devia estar chorando e não Baekhyun com suas dezenas. Passou reto pelo garoto baixinho que acompanhava seus passos com um olhar curioso. Ignorou Baekhyun que o observava e foi até o bebedouro debruçando-se nele e bebendo a água gelada, tudo o que precisava para esfriar a cabeça.

Baekhyun desviou o olhar de Chanyeol, desinteressado pelo maior. Bufou mais uma vez deixando alguns gemidos chorosos escaparem de seus lábios. Olhou para o teto uma vez, bateu sua cabeça contra o armário atrás de si e em seguida voltou seu olhar para Chanyeol que terminava de beber água e se levantava novamente, secando os lábios com as costas da mão.

-O que foi? Virei atração do bebedouro? – Chanyeol perguntou seco.

-Se eu quisesse ver uma girava bebendo água, eu iria ao zoológico.

Chanyeol o ignorou por completo, passou pelo menor novamente, voltando pelo caminho que havia feito de início. Baekhyun aproveitando-se que o outro estava de costas, continuou a acompanhar seus passos com o olhar, até que de repente parou de andar. Chanyeol parecia pensar em algo enquanto Baekhyun continuava a visualizar suas costas.

Hesitou um pouco, pensando se deveria mesmo fazer o que iria, chegou à conclusão de que não tinha outra escolha, aquela era a única solução para o seu problema. Só conhecia uma pessoa que poderia ajudá-lo e por pior que pudesse parecer, essa pessoa era Baekhyun. Soltou um suspirou, e sem pensar duas vezes, virou-se para Baekhyun que arqueou uma sobrancelha em dúvida.

-O que foi? – Baekhyun perguntou desconfiado.

-É... – Chanyeol começou, mas não deu conta de terminar. Aquilo seria muito humilhante.

-É? – Baekhyun cruzou os braços em frente ao peito, vendo o maior mordiscar o lábio inferior, pensativo.

-Eu... – Travou novamente. Bufou frustrado. –Aish.

-Você está se sentindo bem? – Baekhyun sorriu de lado. –Por que parece que você está com vergonha de mim?

-Eu não estou com vergonha de você. – Vocifero, encarando Baekhyun com um ar irritado.

-Então o quê? – Baekhyun também irritou-se.

-E-Eu... – Bagunçou os cabelos.

-Mas que droga, garoto. Fala logo. – Baekhyun foi andando até Chanyeol. Daria umas boas sacudidas no maior se esse não abrisse logo a boca.

-Tá legal. Vou ser direto então. – Falou recolhendo coragem.

-Já está demorando muito. – Baekhyun parou de frente para Chanyeol e foi obrigado a levantar a cabeça para olha-lo. Isso o irritou um pouco.

-Eu quero te pedir um favor.

-Recuso. – Respondeu prontamente.

-Mas eu nem disse qual é.

-Eu não estou a fim de fazer nada por você. – Negou freneticamente.

-Olha, eu sei que é estranho eu estar pedindo algo pra você, mas acredite, eu não faria isso se não fosse a única chance que eu tenho.

-Desembucha. – Deu uma chance para que Chanyeol continuasse.

-Preciso que me ajude a estudar. Minhas notas... Elas estão péssimas e prometi aos meus pais que eu recuperaria no próximo semestre. – Viu que Baekhyun o olhava confuso. –Você é o aluno que tem melhores notas. Fora você, não tem mais ninguém na nossa sala, com notas boas o suficiente, que possa me salvar. – Baekhyun fez uma careta desgostosa. –Por favor, eu deixei o meu orgulho de lado pra poder te pedir isso, então pense com carinho. – Tentou um sorriso amigável.

-E o que eu ganho com isso? – Ponderou por alguns instantes a hipótese, mas não faria nada de graça.

-Ah... –Chanyeol parecia confuso. –O que você quiser. Faço qualquer coisa.

-Qualquer coisa? – Sorriu arteiro.

-Mas pra isso, você vai ter que me prometer que irá me fazer recuperar tudo no semestre que vem. – Enfatizou.

-Ok. Eu prometo. – Sorriu e viu Chanyeol parecer surpreso por ter aceitado.

-M-Mas, o que quer que eu faça? – Engoliu em seco, percebendo que era Baekhyun com quem estava negociando. Um dos três garotos mais estranhos da escola. Um membro do Bad Boys Club.

-Ainda não tenho nada em mente, mas quando eu souber, eu te conto. – Fez uma expressão satisfeita. –Mas me diga, onde vamos estudar? Não quero estudar aqui na escola. Ser visto junto com você pelos outros alunos não me parece uma coisa agradável.

-Podemos estudar na minha casa.

-Na sua casa? – Pensou um pouco. –Tudo bem para os seus pais?

-Minha mãe está fazendo uma viagem em Paris e meu pai trabalha o dia todo, só volta às sete da noite. Passo a maior parte do dia sozinho, então não tem problema.

-O que você faz a tarde toda, que não estuda? – Perguntou curioso. –Bom, enfim. Não é da minha conta. Quando quiser começar a estudar me mande uma mensagem, ou simplesmente me procure. Mas não se esqueça de que tem uma dívida comigo.

-Certo. – Concordou. No fundo estava completamente aliviado, ainda tinha uma chance. Virou-se de costas para Baekhyun e voltou a caminhar em direção a aula.

-Ei, não vai me agradecer? – Baekhyun gritou indignado para o maior que já se distanciava.

-Não. – Falou seco. –Te agradeço depois que eu recuperar minhas notas.

 

*•♫•*¨`*•.¸♥✰♥¸.•*¨`*•♫•*

 

-Você o quê? – Kyungsoo perguntou espantado.

-Isso que você ouviu, vou estudar junto com Chanyeol e na casa dele. – Falou rindo um pouco.

-Isso é tão estranho. – Suho comentou.

-E nós somos o que? – Baekhyun deu uma risada.

-Achei que você recusaria. – Kyungsoo mirou o amigo enquanto andava ao seu lado.

Os três andavam pela calçada lado-a-lado, enquanto desviavam de algumas pessoas pelo caminho até a casa de Suho. As aulas do dia haviam acabado e estavam indo até a casa do amigo fazer uma maratona de doramas, ramen e preguiça. A casa de Suho era próxima da escola, ficava localizada bem ao centro da cidade e o caminho era curto, perfeito para aqueles três bichos preguiça.

-Eu pensei em recusar, mas depois eu pensei um pouco. Isso não parece divertido? – Sorriu olhando para seus dois amigos.

-Por causa da dívida? O que vai o mandar fazer? - Suho perguntou curioso.

-Não sei ainda. Mas independente da dívida que ele tem comigo agora, isso me parece bem divertido.

-O que você está pensando? – Kyungsoo tentou ler os olhos do amigo.

-Eu vou deixar aquele garoto louco, lembrem-se disso.  Além de boas notas, vou dar a ele uma passagem direta para um manicômio. – Riu – Isso vai ser muito divertido.

-Vai infernizar a vida do garoto. – Suho riu.

Uma senhora que vinha caminhado no sentido contrario de Kyungsoo, Baekhyun e Suho, encarou-os de cima a baixo, e com uma cara assustada ao ver três garotos de preto, vestindo moletons debaixo daquele calor infernal, desviou seu caminho fazendo o sinal da cruz, como para se proteger.

-Que assim seja. – Kyungsoo falou em voz alta quando passou pela senhora, fazendo com que ela tivesse um sobressalto e apressasse os passos.

-Amém. – Suho e Baekhyun falaram em conjunto, rindo em seguida, já acostumados com aquele tipo de situação.


Notas Finais


Então pessoas!!! Essa foi a vingança do BBC com a diretora Joon!
O inicio das tentativas falhas de Jongin com o Kyungsoo, nem indícios de sulay ainda e o começo do inferno da vida de Chanyeol.
Espero que estejam gostando! Qualquer coisa, estarei aberta para criticas e sugestões nos comentários!
Um grande abraço de urso para vocês!!!
Chu~*3* até o próximo!!!!

Pra gente se amar um pouquinho mais!
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