História Bad End Night - My Crazy King

A história de hoje será especial. Não só pelo seu enredo diferenciado, mas pela sua mensagem e pelo seu drama romântico, também adicionando o fato de que ela é passada de geração para geração como se fosse uma lenda familiar, e é tradição contá-la em datas especiais como esta de hoje. Vamos começar pois há muito para se contar, crianças.

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No ano de aproximadamente 1800 havia um reino. Um luxuoso reino. Onde ali habitavam a bondade e a maldade, caminhavam juntos mas nunca entrariam em um acordo nem se quisessem; trabalhavam bem sozinhas. Por causa disso, este reino nunca teve um nome definido, mas pelo seu povo era chamado de Mono Kingdom, o Reino Dupla Face.

Um ambiente totalmente bipolar, mas sua majestade de destaque é um príncipe de cabelos rosados e de apenas catorze anos; seu nome era Kim SeokJin. Seu sorriso exalava confiança, paz, harmonia e felicidade. Era mais do que um belo rostinho. Sempre teve tudo o que queria, desde doces dos mais exóticos tipos até brinquedos, mas nunca se deixava levar por esses bens materiais. As vezes até compartilhava de seus tesouros com crianças que necessitavam de atenção, ato que surpreendia os pais daqueles que tinham contato com o jovem príncipe. Ele era a bondade.

O rei, seu pai, que sabia de todas essas boas ações vindas de seu filho não ficava nada contente. Muito pelo contrário. Queria que seu filho fosse alguém frio, cruel, de pulso firme e que exigisse por respeito apenas com um olhar fatal, mas era tão mente fechada que sequer sabia a diferença entre respeito e medo! Diferente do filho, aquele que era a última esperança para que o reino tivesse uma personalidade única, punia os mais pobres com torturas severas, apenas por não seguirem suas leis sem sentido, e agora que adquirira a mais nova tecnologia da época, a guilhotina, puxa, agora mesmo que ele não descansaria. Ele era a maldade.

Discussões entre os dois era o que mais poderia ser escutado pelos serventes do palácio quase todos os dias. Frases como "deveria ser menos cruel", ou "deveria aprender a ser mais severo", ecoavam pelos largos corredores. O rei era alguém difícil de lidar; boatos correm a solta pelo castelo. Parte diz que ele é assim por ter perdido sua esposa no dia do nascimento do príncipe, enquanto outros dizem que esse comportamento é de família, desde a fundação do reino sem nome. O príncipe era bondoso demais, diferente de toda a sua linhagem real e não estava errado, era alguém extremamente maduro para sua idade. As vezes alguns serventes soltavam piadinhas para o jovem dizendo-lhe em sussurros; "você seria um rei melhor, você é a salvação desse lugar."

O castelo agora pela tarde se encontra vazio por parte do rei. Liberdade? Sim. Por hora. O jovem príncipe gostava de esquecer de sua riqueza e da monarquia para divertir-se com seus seis amigos que conquistara meses atrás, plebeus de bom coração, na qual escondia-os, com ajuda dos criados, dos olhos sedentos por sangue de seu pai. Min Yoongi, Park Jimin e Jeon Jungkook de treze anos, os mais novos. Jung Hoseok e Kim Taehyung de catorze, os do meio junto ao príncipe, e o mais especial de todos para a jovem majestade, o mais velho de quinze, Kim NamJoon. Faziam de tudo naquele castelo na falta do rei, brincavam, corriam, pulavam, inventavam histórias, tinham bons tempos como as adoráveis crianças e adolescentes que eram.

-Podes correr, mas não se esconder por muito tempo! -Gritou Jimin enquanto se encarregava de procurar seus amigos em uma brincadeira, em uma parte do castelo. O silêncio indicava seriedade dos amigos, até poder ser escutado um espirro de um deles vindo debaixo de uma mesa de jantar. -Kook?

-N-não tem nenhum Kook aqui! -Falou de maneira inocente e fez Park rir junto aos que já foram achados, assim o encontrando.

-Seu espirro te entregou! -Disse Jimin ainda entre risadas enquanto observava o novo sair do local onde estava.

-A culpa não é minha se estou resfriado. -Fez bico e logo se juntou aos outros, rindo de si mesmo.

-Ah que pobre coitadinho. -Yoongi gargalhou no fundo.

-Quem mais falta achar? -Perguntou Hoseok enquanto brincava delicadamente com duas flores brancas.

-Acho que... -Jimin olhou pros lados pensativo. -Nam, Jin e TaeTae. -Respondeu.

-Eu estou aqui! -Tae falou de boca cheia, se entregando. O mesmo mastigava um doce e seus lábios estavam recobertos de açúcar e glacê.

-Por que não esperou para eu ir até você?! -Questionou Jimin confuso.

-Eu estava com fome, não queria mais esperar! -Gritou Tae batendo seu pé no chão, fazendo os amigos caírem na gargalhada mais uma vez.

-Onde conseguiu o doce? -Perguntou mais uma vez Hoseok, limpando uma lágrima do olho esquerdo que escorreu devido as intensas risadas.

-O Jin está na cozinha com Nam, ele que me deu. -Respondeu ainda mastigando, sem nem perceber que teria exposto seus amigos.

-Taehyung, você é um idiota. -Yoongi falou. -Acabou de falar onde os outros dois estão. -Seguido disso, foi possível escutar um "ih" saindo dos lábios do que estava com um doce em mãos seguido de um estalo de língua, mais uma vez fazendo os outros quatro darem altas gargalhadas, até mesmo risadas dos serventes que estavam na porta da sala de jantar os observando e os protegendo.

-Mais fácil pra mim! -Exclamou Jimin enquanto corria até a cozinha. Os outros não queriam ficar parados, então fizeram o mesmo.

Da cozinha, NamJoon e Jin pareciam mais dois despreocupados; estavam se deliciando com mais doces além de estarem rindo uns dos outros. Foi somente ouvir as vozes dos outros se aproximando que foram correr para se encolher em um armário de madeira próximo.

-Merda, Taehyung deve ter dedurado nosso esconderijo para Jimin! -Falou NamJoon enquanto fechava a porta do armário qual estavam bem escondidos. -Ninguém mandou aquele idiota sair daqui!

-Fale baixo, assim quem irá dedurar nosso esconderijo será você! -Sussurrou Jin entre sorrisos enquanto empurrava o ombro do mais velho de leve.

-Pare com isso, não me empurre! -Exclamou e fez o mesmo no príncipe, ganhando um tapa em seu ombro. Ambos ficaram nesse briga por um tempo até sossegarem e ficarem em silêncio, de mãos dadas sem perceber o contato que obtiveram automáticamente.

-Aqui está muito quente, abafado, poderia ter escolhido um lugar melhor... -Suspirou Jin enquanto se abanava com a sua mão livre.

-Acho que o calor não vem só do clima do lado de fora, hyung. Aqui é apertado demais para duas pessoas, estamos próximos demais um do outro.

-Sua mãe sabe que você é tarado assim? -Sussurrou o príncipe enquanto corava e dava risada.

-Eu não estou sendo tarado, estou contando fatos, se não quiser vê-los o problema já não é meu! -Respondeu o mais velho, que mais uma vez recebeu um tapa em seu ombro. -E pare com isso, eu sei que você me ama.

-Eu te amo? Está a fim de se tornar um rei? Está insinuando querer virar um rei? -Se virou para o amigo, sem querer ficando mais próximo dele.

-Isso não é uma má ideia, majestade.

-Mas você quer isso apenas pela minha riqueza? -Provocou.

-Por que eu quero o seu amor também. -Retribuiu um tapinha leve em seu ombro. -Idiota. -Corou.

-Então acho que eu já posso te considerar um rei.

-Rei de quem? -Provocou Joon com uma pergunta.

-Meu rei. -SeokJin riu baixo e colou sua testa na testa de NamJoon, ainda segurando sua mão e arrancando um sorriso do rosto do mais velho.

O momento só foi interrompido depois de alguns momentos mais quando as portas do armário foram abertas por Yoongi.

-Achei o casal perdido. -Min gritou para os outros amigos enquanto os observava.

-Finalmente! -Exclamou Hoseok e Jimin.

-O que raios estavam fazendo aí dentro? -Perguntou Jungkook.

-Nos escondendo talvez? -Respondeu com ironia NamJoon.

-Eu deveria maliciar as expressões de vocês? Estão vermelhos e suados. -Disse Yoongi, logo todos os olhares estavam voltados para os dois dentro do armário da cozinha.

-Não fizemos nada! -Exclamou Jin, saltando fora de onde estava com Nam logo atrás com as mãos nos bolsos e rindo da reação do príncipe.

-Eu não compreendi o que Yoongi quis dizer com isso... -Jungkook disse com suas mãos atrás de suas costas.

-Permaneça inocente, não vale a pena saber o que Yoongi pensa. -Joon gargalhou e ganhou um tapa, nem tão forte assim, do mais novo citado, fazendo os amigos gargalharem.

Quando todos se acalmaram, Jin não estava totalmente ciente das horas, então resolveu esgueirar uma janela próxima, assim se surpreendendo com a carruagem de seu pai parando nos portões principais. O rei voltou. O príncipe se desesperou e os olhos arregalou.

Os serventes foram alertar apressadamente o grupo dos sete garotos que com a notícia começaram a correr e se esbarrar entre si, procurando lugares para esconder-se e sair os seis dali assim que tivessem oportunidade. O desespero tomou conta deles, a alegria se transformou em medo, a brincadeira de esconde-esconde ficou mais séria; aquele plebeu que fosse encontrado no meio do palácio pelas mãos do velho seria friamente morto, e esse pensamento perturbava o príncipe.

Jin ao presenciar a euforia dos seus meninos pôs-se a pensar em uma solução e rapidamente a encontrou; disse que da cozinha havia uma segunda porta que levava rapidamente até o corredor onde seu quarto ficava, disse que até tudo se acalmar e quando tivesse oportunidade poderiam descer pela sacada e cair sobre arbustos sem espinhos que amorteceriam a queda, assim podendo fugir para o vilarejo. Pediu pelo amor de Deus para que os serventes fingissem estar trabalhando duramente e implorou para que não contassem nada a ninguém.

Todos concordaram e colocaram o plano do pequeno príncipe em prática; o grupo se reuniu, amontoados e de mãos fortemente dadas passaram por aquela porta indicada pelo de cabelos rosados. Pelo corredor os sete garotos chegaram pálidos de medo, olhando o tempo todo para os lados atentos a qualquer movimento.

-Estamos seguros? -Sussurrou Tae em uma pergunta, o mais baixo que conseguia, e logo foi respondido não com uma voz dos amigos, mas com a voz grossa e rouca do velho rei conversando com um guarda, som que gelou a alma de cada um e fez os olhos se arregalarem. -Retiro o que eu disse! Vamos nos apressar de uma vez antes que seja tarde! -Exclamou o mesmo e todos correram para o quarto do príncipe.

Sem hesitar, Jin ao entrar por último ali fechou a porta ao entrar no cômodo e trancou a porta o mais rápido que pôde.

-Se escondam! Se ele bater na minha porta serei obrigado a atender! -Falou Seok com suas mãos trêmulas e cada um concordou com um lugar para todos se esconderem ao mesmo tempo; eles se expremeram embaixo da cama do anfitrião, arrancando uma respiração pesada do príncipe. -Fiquem quietos, por favor! -Não se ouviu mais uma palavra dos outros.

-Filho, está aí dentro? -Ecoou a voz do rei seguida de batidas na porta, que fez Jin se arrepiar por completo.

-S-sim papai. -Respondeu. -Abrirei para o senhor. -Falou hesitando em fazer o que foi argumentado, mas fora realmente obrigado a fazer. Abriu e o velho entrou.

-Querido você está sozinho? -Perguntou.

-Sim, estava lendo alguns livros. -Mentiu.

-História?

-Contos de fadas.

-Quanta baboseira. Deveria ler algo mais sério. Como quer que este reino vá adiante no futuro?

-Eu ainda sou uma criança, cada coisa no seu tempo, pai.

-Pois na sua idade já sabia de todas as histórias desse reino. Será uma vergonha para a linhagem se prender-se a livros idiotas. 

-Contos de fadas também tem boas lições morais. -Suspirou Jin com a resposta costumeira.

-Que seja. Mas creio que agora deseja focar em seus estudos. Lhe deixarei sozinho aqui. -Acariciou os cabelos do filho. -Não se atrase para o jantar. -Falou e o rei saiu do quarto fechando a porta.

O silêncio se fez novamente presente no ambiente, e quando teve certeza de que o corredor estava vazio, Jin trancou a porta rapidamente, dando duas voltas na chave sem hêsito. Ao fazer aquilo parecia ter se livrado de um enorme peso nas costas enquanto suspirava de alívio, parecia ter se esquecido de respirar diante de toda a tensão.

-Eu não consigo respirar. -Jimin falou com uma respiração pesada. -Rezo que por isso seja devido ao espaço que eatava disponível aqui.

-Acalmem-se, ele já se foi. -Disse e os outros seis saíram dali debaixo aliviados e suspirando, se colocando em pé e outros sentados na cama. -Mas acho que será realmente mais seguro se forem embora por hoje. Me perdoem.

-Está tudo bem, a culpa não é sua. -Disse Yoongi.

-Vamos tentar voltar outro dia, ou nos encontrar no mesmo jardim de sempre, tudo bem? -Sorriu Hoseok para tentar confortar o coração confuso de SeokJin, que retribuiu o sorriso concordando.

Com o tempo, ambos foram se despedindo e saindo do quarto por aquela sacada que fora indicada por Seok. Afinal não era tão alta e o mesmo já teria pulado dali algumas vezes para alguns encontros secretos. O pequeno príncipe observava a todos como se quisesse os proteger de todo o mal que seu pai faz.

-Eu quero tentar voltar ainda essa noite. -NamJoon disse indo até a sacada e puxando Jin pela mão para o acompanhar. -O que acha?

-Que você é louco. -Riu.

-É sério. Quero tentar voltar hoje a noite, sozinho, enquanto todos daqui estiverem dormindo. Me prometa que ainda estará acordado para me esperar. Deixe uma corda amarrada ali para que eu tenha facilidade de entrar em seu quarto de novo sem ter que passar pela entrada comum.

-Tudo bem, eu irei. -Jin sorriu. -Mas tome cuidado, eu não me perdoaria de maneira alguma se algo te machucasse por aqui.

-Não se culpe por algo que não tem envolvimento. -Beijou a testa alheia com carinho e calma. -Eu sempre dou um jeito. -Disse e se juntou aos amigos, sendo assim o último a pular e deixando Jin paralisado, sem palavras e pela primeira vez apaixonado, soltando um suspiro leve que confirma o sentimento.

O príncipe correu mais para o parapeito da sacada, para os ver melhor. Todos já corriam para longe, mas Nam permanecia parado, olhando para cima como se estivesse esperando pela majestade de cabelos cor-de-rosa, e quando pôde visualizar seu jovem amado ali, mandou-lhe um air-kiss, sendo retribuído pelo outro, indo embora satisfeito com um sorriso bobo no rosto, feliz com seus atos de coragem e carinho diante de SeokJin.

-Eu irei te esperar, NamJoon... -Sussurrou Jin ainda ali, apoiando-se pelos cotovelos. -Meu rei louco.

[...]