História Bad girl - Bughead - Sixty five percent

Elizabeth Cooper

Merda! Eu to atrasada, de novo. E eu tenho 29 ligações perdidas da Verônica, inclusive acordei com uma delas. Atendo o telefone e corro pro banheiro

Ligação on

B: “V?” pergunto e logo ela percebe que eu estava dormindo pela minha voz rouca

V: “Betty, cade você? A aula já vai começar.”

B: “O QUE?”

Olho o celular, 7:55

B: “Merda! Eu nem tenho como ir...” sabia que estava atrasada, só não achei que fosse tanto assim, minha mãe já saiu pra trabalhar e levou o carro.

V: “Se arruma, RÁPIDO! Peço pro André ir te buscar”

B: “Ok, obrigada V”

Ligação off

Me arrumo o mais rápido que posso. Faço minhas higienes, coloco um short jeans curtinho e uma camiseta grande preta com um desenho dos Simpson (eu sei, sou uma criançona) que cobre o short, calço meu all star preto, jogo todos os livros na mochila, prendo o cabelo num rabo de cavalo e desço. Pego uma maçã e escuto uma buzina, é o André. Saio e entro no carro.

Chego na escola e desço do carro apressada, agradeço o André e quando me viro, esbarro em um cara alto, com um cheir... AI MEU DEUS! É O JUGHEAD!

“Ai!” ele fala e ri “você tem que parar de fazer isso, eu sei que sou irresistível, mas se me quer é só falar” ele da um sorrisinho

 “Cala a boca Jughead!” falo brincando e dou um tapinha no seu ombro “Você que me persegue e espera o momento certo pra esbarrar em mim” é a minha vez de rir

   “Eu não estou te perseguindo, vim falar com o André” ele faz sinal para o André que ainda está com o carro estacionado

    “O que? Como você conhece o André?” sua expressão fica confusa com a minha pergunta

“Verônica, minha melhor amiga. Meio que eu cresci com ela, vivia na casa dela” ele comenta como se fosse óbvio, e era, eu sou uma burra. Verônica já tinha me contado que eles eram melhores amigos, só não sabia que eram desde pequenos

“Ah, sim. Esqueci, vocês se conhecem muito bem mesmo...” droga, parece que estou com ciúmes

“Ciúmes Cooper?” ele pergunta com aquele sorrisinho bobo na cara de novo

“Não! Vamos, temos aula”

“Cooper, Cooper, não mude de assunto.” Ele se aproxima, chega no meu ouvido e sussurra “Relaxa, ela é minha melhor amiga, sou todinho seu” como de costume me arrepio toda, e acho que ele percebe, porque da uma risadinha e entra na sala. Como assim já estavámos aqui dentro? Eu não vi nada.

As três primeiras aulas são um tédio. Quando fianlemente o sinal do almoço toca, agradeço a todos os deuses possíveis e saio em direção ao refeitório.

Meus pensamentos estão num certo moreno, de olhos verdes, alto e com um cheiro maravilhoso quando Verônica fala comigo

“Então Betty?”

“Hm... oi” eu já estou na mesa com V e Kevin, Archie tá com o pessoal do time de futebol hoje. Faço uma anotação mental pra ir falar com ele mais tarde. E Jughead deve estar com seu novo brinquedinho em algum lugar, argh. Por que fico pensando nele? Ele provavelmente só quer que eu seja mais uma menina na sua lista de troféus.

“Ouviu alguma coisa que eu falei?” Verônica parece frustrada e me sinto mal por isso

“Desculpe V, estava distraída...” pensando em como seu melhor amigo é gostoso e eu quero enfiar minha língua na sua boca, mas sei que ele é um galinha. Ok, é melhor eu não falar a verdade “pensando no dever de matemática” minto

“Certo, vai à festa da Cheryl?” ela pergunta e parece animada

“Ah, não estou em clima de festa” falo fingindo

“O QUE? É A SUA PRIMEIRA FESTA DA ESCOLA, VOCÊ TEM QUE IR” V e Kev falam e uníssono e muito alto.

“Estou brincando, eu vou e preciso de carona. Minha mãe vai trabalhar na sexta à noite.” Falo e o sorriso dos dois voltam

“O André te busca às 6 e te leva pra minha casa, e a gente se arruma juntas” Verônica fala ainda mais empolagada e fico empolagada junto. Faz muito tempo que não me sinto assim, me sinto bem e quase completa aqui, com Verônica, Archie, Kevin, Jughead, isso foi o que eu mais quis de volta desde que meu pai morreu. Eu me perdi e perdi todos. Já faz 6 meses e talvez eu entenda minha mãe agora, querer mudar, recomeçar, é tão bom me sentir bem de novo. Não estou 100%, mas já é melhor do que antes, digamos que estou nos meu 65%. Eu não reparei o quanto quebrava estava antes de vir pra cá...

Verônica está me fitando com uma cara confusa e preocupada. Merda! Estou quase chorando e só agora eu percebi

“O que houve?”

“N-nada” ela me olha desconfiada “Juro, estou bem” passo a mão nos olhos para secar as lágrimas e tento pensar em outra coisa que não seja como não sou eu mesma a muito tempo. “Às 6 está ótimo” falo e forço um sorriso, sinto que tem alguém olhando pra mim e vendo o meu drama, mas quando olho em volta estão todos comendo e conversando normalmente.

Eu sei que Verônica não vai deixar pra lá, e vai me encher de perguntas depois, mas já acostumei.

Entro na sala e vou direto para o meu lugar, é aula de química e Jughead está de cabeça baixa rabiscando alguma coisa no caderno, não me vê quando entro. Me sento e ele fala sem tirar a cabeça do que ele está fazendo

“Esse lugar está ocupado”

“Oh, certo” pego minha mochila e vou sair, não acredito que ele falou isso que insensível, idiota, filho da pu...

“Betty?” ele finalmente levanta a cabeça e me olha nos olhos, e esqueço completamente por que estava irritada “Desculpe, achei que fosse outra pessoa”

Eu não consigo nem raciocinar direito perto dele, eu nem falo nada, simplesmente sento do seu lado e olho pra frente. Ele não pode me afetar. Já fiquei com alguns meninos como Jughead, e nunca acabou bem, já sofri tanto por meninos assim. Eles são sempre bem imaturos e só querem mais um nome na lista deles. Prometi a mim mesma que não me relacionaria com mais ninguém assim. Noah era assim... percebi que estva chorando quando uma lágrima quente escorreu pela minha bochecha, merda. Por que estou tão sentimetal? Seco a lágrima o mais rápido que posso, mas Jughead é mais rápido.

“Ei, o que houve loirinha?” ele pergunta triste e preocupado, só balanço a cabeça em sinal de negação e viro pra frente, ele segura meu rosto com as duas mãos e vira pra ele “Fale comigo, o que aconteceu? Fiz alguma coisa errada?”

            “N-não, você não fez nada” tento virar pra frente, mas ele vira meu rosto de novo

            “Então me diz o que eu posso fazer” ele está sendo tão fofo, não consigo controlar e dou um sorriso fraco, porém sincero

            “Só estou sentimental demais, devo estar de TPM... tá tudo bem” ele me olha como se estivesse decidindo se acreditava ou não, então ele me puxa mais perto dele

            “Sei que não é isso, mas você não quer falar, e respeito isso... estou aqui se precisar” então ele me abraça.

            MEU DEUS, ELE É MUITO BOM PRA QUEM SÓ QUER UMA GAROTA NA LISTA