°•~Amber vison~•°
Calmamente eu andava pela minha pouco iluminada e querida cidade de Monstad em direção ao meu último ponto de encontro, passei a tarde inteira colando posters pela cidade novamente... Não obtive muito sucesso na primeira já que muitos ignoravam ou apenas colaram outros cartazes por cima dizendo que estava sem espaço, porém, tenho um bom pressentimento que iremos encontrar o parente do viajante!!!
Vejo uma forte luz vinda do único local ainda aberto, o bar de Monstad, e meu último objetivo.
Discretamente entro no local, sendo recebida por uma leve olhada neutra do homem alto de cabelos longos e avermelhados atrás da longa mesa, nela havia dois homens bêbados que conversavam de forma alta misturando-se com os altos barulhos de risada e conversa por todo o local.
— Ainda entregando esses papéis de procura-se? Achei que havia desistido - ouço Diluc falar calmamente enquanto eu posicionava e colava os últimos posters em uma tabela de notícias
— Se isto está ajudando viajante a encontrar sua única família então não irei desistir tão fácil - Cruzo os braços e digo olhando confiante pro mesmo que somente suspira e volta a seus afazeres
No meio de todos as conversas, gritarias e barulhos de copos um som alto de espada sendo empunhada me chama atenção na hora, como se um alarme apita-se em meu cérebro, fiquei em alerta e comecei a seguir os sons e gritos que vinham da parte mais de dentro do pequeno bar.
O local estava meio vazio naquele parte então era possível ver perfeitamente a cena, minha querida nova melhor amiga Eula Lawrence empunhando sua espada olhando ferozmente para um homem, um pouco mais baixo que ela, que irritado gritava irritado.
— Sua família já não causou problemas de mais pra Monstad senhorita Lawrence?! Estou pedindo educadamente pra que saia deste bar logo, está assustando a todos!
— Se você não me deixar em paz neste exato momento terá sim um grande problema pra você e todos deste bar...
Ela se levanta e aponta a espada para o homem que mesmo com medo nos olhos mantia contato visual sem sair de seu lugar, quando percebi que a situação pioraria corri para parar a briga.
— Hey hey! Calma aí galera, não briguem!
— Amber, olá - A garota de gelo olha pra mim com serenidade mas não abaixa sua espada, com nosso pequeno contato visual consigo perceber seu rosto lindo e pálido como a neve brilhando com a luz do bar e seus lábios meio rosados que recebem meu olhar com um sorriso ladino.
—Tsk... não acredito mais uma causa perdida chegou... - ele vira os olhos ao me ver - Todos querem beber em paz e sua presença esta estragando nossa diversão, saiam daqui antes que eu faça que vocês saiam a força!!
— Como ousa chama-lá assi---
—Não se preocupe senhor. Estamos de saída - Interrompo a garota ao perceber a quantidade de pessoas que observavam atentamente a briga, mesmo sendo injusto não iria deixar minha amiga das neves ficar em perigo.
Puxo Eula pela manga de suas roupas para fora do bar rapidamente ouvindo um grunhido de desaprovação dela. Murmurei um "Fico te devendo uma bebida" para ela enquanto a puxava mais para longe do bar, saindo da vista de todos. Entre casas e pequenas lojas corríamos parando somente quando estávamos já perto da saída da cidade.
— Parece que você me tirou de um possível grande problema hum? - ela suspira de frustração ao lembrar que não havia terminado sua bebida.
— Foi como lhe disse, sempre estou disposta a lhe salvar e te tirar de qualquer perigo - sorrio alegremente pra ela mas algo percorreu minha mente me deixando meio envergonhada - Uh.. c-como eu poderia retribuir?
—Hm? Retribuir pelo o que?
— Er.. m-meio que eu devo ter estragado sua noite te tirando de lá... - olho pro lado com vergonha por ter acabado com a diversão dela
— Oh... bom... - ela olha pra saída de Monstad pensativa - Ainda não está tarde, gostaria de me acompanhar em uma caminhada na floresta? - ela olha de canto de olha pra mim me deixando meio estranha
— Não é uma má ideia, só não vamos ficar até tarde lá...
—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—
Dês de o ocorrido na montanha, eu e Eula nos tornamos ainda mais próximas... Todos acham que ela é uma tirana egoísta e nojenta como sua família era, porém, eles não a conhecem de verdade como eu! Ela é esperta, uma ótima amiga, seus olhos são como o reflexo do oceano em uma noite brilhante sem nuvens e tem o espirro mais fofo de todos! Ela é demais e queria que as pessoas a enchergassem assim... talvez deste jeito iriam trata-lá de uma forma melhor.
Agora estamos caminhando pela floresta, enquanto admiro o local várias lembrança me veem em mente como quando encontrei o viajante pela primeira vez ou do encontro com o menino lobo em que Bennet sempre falava quando conversávamos a sós na montanha, além, de muitas das minhas primeiras aventuras... Ai eu amo Monstad...
—Amber? - sou tirada de meus pensamentos pela doce voz de minha companhia - Você já viu como a lua está bonita hoje?
De certo ela estava correta, ao olhar no céu nos deparamos com um lindo mar azul escuro estrelado com uma linda lua brilhante de solstício de verão, como estávamos em uma parte sem muitas árvores se era visível tudo, até mesmo um pouco do reflexo de um rio próximo. Eula começou a andar para frente observando mais ainda o céu com um sorriso lindo, era como se as estrelas do céu se refletissem em seus olhos.
— Oh... Amber - na hora por algum motivo eu fiquei corada e nossos olhos se encontraram - Sabia que para se dançar tango... precisa-se de duas pessoas?... gostaria de dançar comigo agora?
— E-Eu não danço muito bem como você... - vou até a mesma que me estica sua mão, sem pestanejar a pego fazendo nossas palmas das mãos se encontrarem se tocando.
— Não se preocupe, eu lhe guio...
Assim ela, em movimentos lentos e melodiosos, colocou sua mão esquerda em meu ombro deslizando-o com um dos dedos devagar até uma de minhas mãos.
— Não tenha medo, só foque em mim
Levanto um pouco minha mão seguindo os movimentos da mão de Eula que me gira mais pra perto colocando a mão em minha cintura, estava muito nervosa de ela não gostar de algo que eu faça mas ao olhar no fundo de seus olhos cor de outrora comecei a me acalmar e como se estivéssemos conectadas os passos que eu dava se encaixavam com sua dança... a nossa dança.
Carinhosamente Eula passa um de seus dedos de forma delicada em meu pescoço usando sua mão livre, com vergonha a puxei para juntarmos a outra mão começando a dançar, não nos importavamos com a falta de som musical apenas a nossa sincronia bastava. Com astúcia a azulada, com uma das mãos em minha cintura e a outra em minha mão livre, me segurou enquanto me descia de forma lenta.
— Está indo bem - ela diz sorrindo com a proximidade de nossos rosto mas logo já me puxa novamente pro chão voltando com nossos passos e rodopios sincronizados e lentos
Passando a mão livre pelo meu próprio rosto lentamente, observo Eula ficar um pouco corada durante a dança. Não podia julga-lá também estava sentindo minhas bochechas arderem e meu coração estava em disparada como um coelho correndo de um predador voraz. Nunca tinha me sentido tão estranha e viva ao mesmo tempo, tudo o que ela aquela deusa estava fazendo naquela dança estava me deixando louca e cada vez mais com o coração na mão, qual mesmo seria o nome dessa sensação?
Hmm...dor de estômago?... não.... paixão?... não... não pode ser... ela é minha melhor amiga... porém, ela é tão linda... e me trata tão bem... e essa dança...
— Céus, isso são borboletas na barriga? - sem querer solto baixo como se fosse um murmúrio, esperando que ela não tenha percebido continuo os passos de dança
Me puxando pela cintura novamente a garota das neves me segura repetindo o mesmo passo de dança, porém desta vez ela estava com um sorriso ladino e me olha de um jeito totalmente diferente que ela já tinha me olhado.... me colocando no chão novamente estranhamente ela não tira a mão de minha cintura.
— Levante os braços... - sem pestanejar levanto os meus dois braços, com a mão direita ela passa seu dedo delicado sobre todo meu braço calmamente enquanto aproxima seu rosto do meu - Ah Amber... Acho que também sinto as mesma coisa... por você.... - descendo a mesma mão Eula acaricia meu rosto e passa um de seus dedos sobre meu lábio inferior
— S-Será que eu poderia.... - ela se pergunta baixinho com vergonha
Então era real.... eu estou apaixonada por Eula Lawrence e ela também está apaixonada por mim... mas somos tão diferentes e não há muitas pessoas que gostam de nós... o que devo fazer?...
— Eula... - ela para de olhar para meus lábios e olha com ternura em meus olhos - E-Eu gosto de você.... Mas não sei o que fazer....
— E-Eu também gosto de você Amber... - ela olha pro lado envergonhada como se pensasse no que dizer - Será que você deixaria eu te guiar em uma nova dança?
— Eu... - olho pra lua que já estava dançado no mar escuro daquela noite estrelada - Eula já está tarde.... m-mas se você quiser podemos dançar novamente amanhã... - Me senti meio mal segundos depois por ela me fazer uma careta confusa, porém, ela concorda e pega em minha mão.
— Então deixe-me abriga-lá pelo menos esta noite, está tarde de mais pra você voltar pra casa sozinha - os olhos dela me olham esperando uma resposta, aí como eu amo aqueles olhos...
— Er... t-tudo bem... - sinto que isso pode ter sido uma má ideia....
—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—.—
— Aqui sinta-se à vontade - Eula e eu entramos em um pequeno local onde provavelmente ela está passando os dias, era aconchegante
A caminhada para cá foi muita estranha... A azulada sempre me olhava de canto de olho de um jeito que não conseguia decifrar seus pensamentos, será que ela estava triste comigo? Mesmo entrando em sua moradia ela continua me olhando da mesma forma... argh a curiosidade está me matando....
— Eula? - olho pra mesma que estava tirando suas luvas e sua capa, ao ouvir minha voz ela me olha novamente de canto de olho
— Sim?
— Er você.... - tiro minha faixa do cabelo e a seguro firmemente com vergonha - ...Você está triste comigo por não ter dançado com você?
Estava com muita vergonha, meu trabalho era recompensar pelo estrago que tinha feito em sua noite mas agora eu talvez tenha deixado pior... ah eu quero enfiar minha cabeça na terra...
Porém ouço a risada doce de Eula e passos calmos se aproximando, sinto uma de suas mãos geladas, agora sem as luvas, tocarem meu queixo o guiando pra cima obrigando a olha-lá. A proximidade me fez perceber melhor seu rosto lindo pálido e corado, seus lábios rosados, seus olhos que com curiosidade olhavam minha expressão confusa... ah aqueles olhos.... mesmo se parecendo com um mar infinito ainda era possível enchergar traços em dourado que se misturavam tornando aquilo umas das visões mais bonitas que já tive.
— Oh querida Amber... tão doce e tão ingênua... provavelmente você não entendeu o que eu havia dito não é? - ela sorri pra mim e me encara com os olhos semicerrados, estava tão confusa...
— O-O que eu não entendi?
— Naquele momento em que terminamos de dançar... - ela puxa meu rosto mais pra perto, dando pra sentir a respiração um pouco descontrolada da garota - Eu havia me declarado pra você boba... eu perguntei se poderia ficar com você
— Eh?...- AAH CLARO! AGORA TUDO FAZ SENTIDO ORAS!! COMO EU PODERIA TER SIDO TÃO BURRA?! - Então v-você quer ficar comigo?
— Eu preciso de mais pra mostrar que estou gostando de você?... - ela olha pro lado envergonhada enquanto esperava minha resposta
— Eu... também gosto de você Eula... m-mas como eu disse não sei o que fazer... nunca me senti assim antes... - disse sincera
— Bem se é assim... - ela coloca sua mão livre em minha cintura - Se você quiser ficar comigo eu posso te guiar... eu também meio que nunca realmente fiquei com uma garota mas sei mais o menos o que fazer... o que me diz?
— Iremos juntas aprender mais sobre... t-tudo isso? -
— Não tenha dúvidas... seremos você e eu contra o mundo... aprendendo coisas novas sobre nós e... tudo isso... - Oh céus, como estou curiosa... eu quero muito isso...
— Eu quero muito isso...
Com um sorriso de alegria no lábios, a garota tira sua mão de meu rosto e me puxa pela nuca para um abraço sincero, mesmo tendo mãos geladas como a neve seu corpo era tão quentinho e confortável... queria abraça-lo pra sempre... mas esse momento durou pouco por que logo ela se vira colocando a palma da mão em meu rosto acariciando.
— Eu posso.... te beijar? - ao sentir sua mão livre em minha cintura coloco minhas duas mãos em sua nuca trazendo-a ainda mais pra perto
— Você tem essa permissão dês de que dançamos...
Ela ri baixo e delicadamente sela nossos lábios em um beijo calmo, seus lábios são tão mácios... meu coração está batendo tão rápido e está me trazendo uma sensação tão diferente das outras... é como se a chama de meu coração aumentasse ainda mais... é uma sensação tão boa... sinto que o coração dela também está assim pela proximidade... ah queria ficar assim pra sempre... mas...
— Nossa... - nos separamos por uma maldita faltar de ar, com os olhos ainda fechados descanso minha cabeça no ombro da princesa recuperando minha respiração- foi tão bom... você tem um beijo divino... - sinto sua mão esquerda acariciando minha bochecha... porém... eu não estava satisfeita
— Eula... eu preciso de mais... - digo baixo perto de seu pescoço, instantaneamente sinto ela se arrepiar toda
Novamente começamos a nos beijar porém eu procurava desesperada por mais daquilo forçando um pouco meu rosto pra frente tirando um grunhido de surpresa da garota, ela em passos fervorosos começa a me empurrar pra trás e a passar sua língua em meu lábio inferior, não sabia o que fazer então cedi totalmente pra que ela me guia-se, oh céus isso realmente foi uma má idea.
Sinto em minhas costas uma das paredes do local me fazendo desejar sair de perto, porém, Eula me prende entre seus braços enquanto explorava cada canto de minha boca, não conseguia segurar grunhidos de satisfação com o maravilhoso gosto da saliva da garota infestando minha boca cada vez mais a cada local que ela explorava, realmente estava como um coelho preso naquela tamanha armadilha aproveitando agora cada último momento.
— Oh céus.... - ela passa uma de seus dedos perto de minha boca capturando um pequeno fio de saliva minha que escorria - Desse jeito ficarei viciada em seu gosto minha querida Amber...
Observava atentamente Eula Lawrence, a minha agora ficante (talvez até mesmo namorada?), aproximar seu rosto de meu pescoço descoberto onde com delicadeza deixava pequenos beijos me deixando cada vez mais necessitada de seus toques, não conseguia falar nada... só conseguia soltar pequenos grunhidos de satisfação a cada beijo e a cada pequena mordida e lambida que ela dava em meu pescoço, aquilo tudo era realmente divino.
— Querida... - Ela se aproxima calmamente de meu pescoço e enquanto acariciava com a mão livre as curvas de minha cintura ela me fala baixo me deixando arrepiada - Está pronta para ainda mais?
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.