História Bad Intentions - Montgomery

Camila's POV

-Ah...Lo...Hum - Falava com dificuldade. Lauren continuava me penetrando cada vez mais rápido, antes que eu gozasse, ela tirou seus dedos de mim e sugou-me com força, sua língua rígida passeava pela minha intimidade de um jeito que me levava à loucura, minha cabeça girava quando ela me tocava assim. Meu corpo se contorcia de prazer, à medida que a sua língua adentrava em mim. Parecia que eu ia explodir no orgasmo que estava por vir. Enquanto me chupava, Lauren aproveitou e enfiou dois dedos em mim com rapidez - Não...para - A minha fala mais parecia um sussurro por conta do estado em que Lauren estava me deixando ficar - Lo... - Mais algumas chupadas e estocadas e então eu gozei, eu estava ofegante, me sentia tonta e minhas pernas ainda tremiam. Lauren subiu pelo meu corpo e veio de encontro aos meus lábios.

-Eu te amo, Camz - Falou ofegante também.

-Eu...também...te amo - Falei entre um suspiro e outro tentando retomar o ar para os meu pulmões - Mas eu preciso ir, Lolo. É o meu primeiro dia lá, não posso me atrasar.

-Tudo bem - Lauren fez um bico e foi saindo de cima de mim.

Eu estava dentro do seu carro, no banco de trás. Lauren ia me levar até o meu novo trabalho. Pois é, eu consegui, a vaga era minha mesmo. E eu estava super empolgada por ser meu primeiro dia, tão empolgada que fiz uma rapidinha dentro do carro da Lauren e isso me fez relaxar.

-Você ta mais relaxada agora? - Lauren perguntou rindo e sentando-se no banco do motorista.

-Sim, mas você demorou demais, agora eu estou atrasada - Disse olhando no relógio e me sentando no banco do passageiro.

-A culpa é sua que demorou pra gozar - Lauren abotoou a sua camisa e ligou o carro.

-Claro que não. A culpa é sua que não fez direito - Lauren olhou pra mim com uma cara de que se ofendeu. Eu só pude rir de sua cara porque era óbvio que eu estava brincando.

-Como é que é? Escuta aqui, Cabello - Ela parou de olhar pra pista e pousou seus olhos em mim como se eu a tivesse desafiado - Não me provoque. Se você acha que isso aqui foi pouco, eu vou te mostrar do que eu sou capaz.

-Aposto que você não da conta - Eu curtia provoca-la. Ela ficava mais selvagem e era muito engraçado ver a sua cara de ofendida.

-Haha - Lauren riu, sarcasticamente, e voltou seus olhos para a pista - Eu só não vou provar isso agora porque está atrasada, mas quando você chegar em casa, a gente resolve.

-Quero só ver - Falei rindo.

Ao que parece, não somente eu estava atrasada mas Lauren também. E a corretora ficava do outro lado da cidade. Com toda a certeza ela iria chegar bem tarde no trabalho, mas o que importa, ela é a chefe daquela bagaça de empresa, não é mesmo? E eu não ficava comentando com a Lauren, mas sempre fiquei chateada por ter saído de lá. Não era exatamente o que eu queria fazer e admito que ás vezes eu voltava reclamando, mas me pagava razoavelmente bem e eu tinha uma certa

estabilidade. Mas bola pra frente pois agora eu estava num lugar que me pagaria muito mais do que a Jauregui Company. E seria só questão de tempo até o meu pai poder parar o tratamento e eu, enfim, me dedicar aos estudos.

Demorou, porém chegamos. Lauren estacionou na entrada da corretora.

-Prontinho, amor - Lauren abriu um sorriso e me deu um selinho carinhoso - Tenha um bom primeiro dia e não fale com estranhos - Ela riu e eu também.

-Obrigada, amor - Dei mais um beijo nela e sai do carro. Acenei pra ela antes de entrar no prédio.

Eu me sentia confiante no momento. Sempre soube que era uma excelente profissional, então, tinha certeza que iria dar conta do trabalho.

[...]

A parte da manhã estava sendo ótima, sem nenhum problema pra resolver, até porque era meu primeiro dia.

Na hora do almoço aquela tal de Rachel, que me entrevistou, o Austin e mais uma garota que eu não me lembro o nome agora, me chamaram pra almoçar juntos. Eu fui de boa, todos ali eram simpáticos e estavam me tratando bem. O único, digamos, "problema" era que de vez em quando o Austin me olhava de um jeito meio diferente e também falava umas coisas de duplo sentido pra mim. Não sei se era coisa da minha cabeça, mas eu sentia que algumas coisas ali eram umas cantadas pra mim. Eu nem dei bola, afinal, não tinha motivos pra corresponde-lo e muito menos vontade. Mas se continuasse assim, eu teria que ter uma conversa com ele e pedir pra parar com esse tipo de coisa.

Voltamos do almoço e o resto do dia ali foi bom, ótimo até. Cuidei de tudo sozinha e não fiquei tão perdida pra um primeiro dia.

Eu estava me preparando pra ir embora, quando de repente, quem aparece atrás de mim me fazendo levar um susto? Pois é, o Austin.

-Ai, Austin - Falei assustada - Precisa me assustar assim?

-Me desculpe. É que eu queria te perguntar uma coisa.

-Pois então...

-Você quer uma carona pra casa? - Perguntou meio desconfiado. E eu pensei seriamente em recusar, mas acho que seria meio grosseria da minha parte. Não tinha motivos pra eu dizer não. Afinal, ele estava sendo gentil e seria apenas uma carona.

-Eh...Tudo bem. Mas pra você não fica meio contramão me levar até em casa?

-Você mora no Coral Glabes, não é?

-Sim - Afirmei me perguntando como ele sabia que eu morava por lá.

-Então, eu moro em Pinecrest, é bem perto - Ele falou com um sorriso no rosto.

-Ah - Suspirei. Na verdade, não era tão perto assim, mas quem iria me levar até em casa era ele e que estava de carro. Então, beleza - Tá bom, eu aceito a sua carona.

Do caminho da corretora até em casa, o Austin não parou um minuto de falar comigo. Parecia uma vitrola, Jesus. Teve até um momento que eu fiquei monossilábica, e só o que se poderia ouvir era o som de sua voz e o som do rádio. Não que ele fosse chato, muito pelo contrário, era super legal eu só não curtia quando ele me dava umas "cantadas".

Enfim, Austin parou em frente a minha casa e quando foi se despedir deu um beijo em meu rosto.

-Foi muito bom trabalhar com você, Mila - Falou sorrindo.

-Amanhã tem mais né - Dei uma risadinha tentando parecer ser mais simpática - Você vai me ver muito mais por ai, vai acabar enjoando.

-Enjoar de você? Acho que não é possível.

-Tchau, Austin - Falei saindo do carro. Não ia ficar prolongando.

-Tchau.

Entrei em casa e me deparo com uma Lauren de cara emburrada encostada num movél perto da porta, me esperando.

-Oi, Lolo - Falei indo beija-la mas não sei porque ela se esquivou do beijo, eu estranhei aquela reação mas não perguntei nada- Onde está o Papa?

-Ele esta tomando banho - Fez uma pausa e cruzou os braços - Quem era aquele dentro do carro, Camila?

-Era o Austin - Não acredito que ela viu, agora ia começar a implicar.

-Porque ele te trouxe até aqui? - Ela falava com o semblante sério. Ciúmes.

-Bom, ele se ofereceu pra me trazer até em casa, então eu apenas aceitei - Falei a verdade.

-Ah, claro. Ele se "ofereceu". Que cara gente boa, não é mesmo? Primeiro a vaga de emprego, agora uma carona até em casa - Ela já estava exaltada - O que vai ser depois?

-Você esta exagerando.

-Não, não estou não. O que ele quer contigo? Por acaso ele sabe que você tem namorada?

-Pelo amor de Deus, Lauren. Não seja tão ciumenta, o cara só me trouxe até em casa, só isso. Qual o problema?

-O problema é que você nem o conhece e... - Interrompi a Lauren.

-Foi só uma carona. Ele não fez nada.

-Não fez ainda - Lauren olhou pra baixo. Dava pra perceber o quanto ela estava incomodada com a conversa e eu não queria brigar com ela assim, a gente estava indo tão bem, estava tudo na maior paz, e eu não ia querer ficar discutindo por causa de um cara qualquer.

-Acho melhor a gente parar por aqui - Decidi.

-Acho melhor você não ficar pegando carona com aquele babaca.

-Você esta querendo controlar com quem eu saio ou não?

-Não é isso, Camila - Ela falou me olhando com raiva.

Ficamos em silêncio. Ambas precisando falar coisas, mas Lauren não ia ficar batendo na mesma tecla, falando que eu não deveria ficar saindo com o Austin e eu não iria discutir com ela por aquilo ser tão bobo e ciumento.

Lauren descruzou os braços e foi indo em direção à porta.

-Você não vai ficar aqui hoje? - Perguntei confusa.

-Hoje não - Ela disse brava saindo e batendo com força a porta.

Droga.

Logo depois meu pai apareceu na sala. Ele estava analisando a minha expressão.

-Vocês estavam brigando? - Perguntou meio inocente. Caralho. Não acredito que meu pai ouviu tudo.

-Mais ou menos - Falei embargando a voz. Eu não queria que Lauren fosse embora ainda mais daquele jeito. Brava - Eu não estou afim de falar sobre isso.

Papa entendeu e não prolongou o papo, apenas me deu um beijo carinhoso no rosto e me abraçou.

Eu juro que não queria terminar o dia assim. Começou tão bem. Estava tudo ótimo. Agora, a gente estava brava uma com a outra.

Quando já era noite, na hora em que estava pra dormir, eu senti uma falta da minha Lauren do meu lado, pensei até em ligar pra ela e tentar resolver aquilo, mas eu não sentia que estava errada. Então, apenas esperei ela me ligar dizendo que o erro estava no que ela tinha dito pra mim.

Esperei tempo demais, tanto que acabei dormindo. Mas no meio da madrugada, vi que eu tinha recebido uma mensagem. Eu tive que ver se era dela.

"Eu sei que exagerei um pouco. Me desculpe, Camz".