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História Bad Liar - 12. stained


Escrita por: maomaon

Notas do Autor


me sinto na séria obrigação de dizer que o que Annabeth vai passar neste capítulo é abstinência. abstinência das pesadas e que você não quer passar por isso. se estiver com problemas de depressão ou ansiedade, procure ajuda profissional.
novamente, tudo que vai aparecer aqui tem nos avisos da fanfic.(+18)
a música é video games da lana del rey

Capítulo 12 - 12. stained


É você, é você. É tudo por você, tudo que eu faço. Eu te digo o tempo todo, meu paraíso é um lugar na terra com você. Soube que você gosta de meninas más, querido, isso é verdade? 

De repente, não senti mais nada. Eu parecia desligada.

— Você não pode continuar fazendo isso com você mesma.

Minha ideia de permanecer sóbria não tinha dado muito certo. Depois que eu comecei a esperar Percy, observando-o sorrindo e dando risada com a vagabunda que estava espalhando boatos maldosos sobre mim, comecei a me sentir mal. O observei enquanto ele acrescentava Hazel e Leo na conversa, como tentava juntar todo o grupo para que todos ficassem felizes. Grover, o amigo traidor que havia levado Calypso até lá, rapidamente se juntou à eles.

Percebi que Percy era como o Sol no centro de seu grupo, atraindo as pessoas para o seu redor como um imã. Com o sorriso cativante e a forma despreocupada com que ele conversava. Como as pessoas ficavam encantadas com seus gestos, com sua aparência. Eu entendia a razão de ele ser tão comentado naquele campus estúpido. Percy era uma estrela. Provavelmente, seria a maior do sistema solar. Ele seria o Sol.

E comecei a me sentir mal comigo mesma. Não que houvesse algo realmente errado com a minha aparência, mas eu era um saco de merda. Tinha um milhão de problemas psicológicos e um ex-namorado maluco, que era um perigo em potencial.

Calypso tinha cabelos castanhos bonitos, bem cuidados, bem contrários dos meus loiros que eu raramente parava para me preocupar. Seus olhos eram de um castanho claro que quase lembravam o mel. Ela era menor do que eu e, portanto, sentia como se ela fosse mais bonita. Como se aquilo, por alguma razão, a fizesse ser mais feminina. E, das duas vezes que a havia visto, ela estava com roupas lindas, maquiagem impecável. Percy já tinha me visto ensanguentada diante de uma privada nojenta. Já tinha me visto com o rosto completamente inchado de choro, e vomitada na bunda de um velho. Era impossível não se sentir inferior.

Rachel já tinha me deixado incomodada o suficiente, com os cabelos excêntricos e ruivos e olhos verdes. Calypso era a bomba nuclear da minha insegurança.

Fiquei repentinamente brava enquanto esperava por Percy. Como se eu tivesse acordado de um transe e entendido que nada daquela merda importava. Que eu tinha me aberto à troco de nada e que ele estava ali, com outra garota, na mesma noite em que eu tinha tentado me declarar.

Portanto caminhei até Ethan Nakamura, que continuava próximo de Piper, agarrado em sua cintura como um carrapato. Eu não costumava ir até ele, uma vez que Luke e ele eram próximos e estavam envolvidos com coisas que eram pesadas demais e que eu não queria saber.

— O que você tem hoje? – Perguntei ao agarrá-lo pelo ombro e afastá-lo de Piper. Ele franziu as sobrancelhas ao mesmo tempo que um sorriso malandro surgiu em seus lábios.

— Tenho nova mercadoria, e dá boa – Ethan disse tantos nomes químicos de uma vez que nem eu pude entender, e eu era muito boa em química.

— O que você daria para alguém que quer se sentir mais feliz? – Pensei por um momento antes de continuar. – O que você daria para alguém que quer esquecer que está na merda?

Ethan sorriu de novo, um sorriso que me pareceu cruel. Ele procurou no bolso do casaco e estendeu a mão com um saco pequeno, que continua uma pequena quantidade pó branco. Eu sequer queria saber o que era aquilo. O que realmente era. O que eu estaria ingerindo.

Piper pareceu preocupada comigo antes de eu virar para o lado e encontrar um banheiro. Ela tentou chamar meu nome, mas apenas fingi não ouvir. A preocupação dela comigo não ia muito longe, de qualquer forma. Ela logo se ocuparia nos braços de Ethan.

Do meu grupinho de amigos, só estávamos nós duas. Vi Jason em algum lugar, mas nós não conversávamos tanto para eu me sentir a vontade para ir até ele.

Hesitei antes de colocar o pó em cima de uma nota de dez dólares.

De pouco tempo até aquele momento até minha veia tinha sido vítima. Um pó branco não podia ser pior.

É claro que eu estava terrivelmente enganada.

Quando usei a substância, foi como se minha mente tivesse sido desligada. Como se alguém tivesse aberto um buraco dentro do meu peito para que eu finalmente conseguisse respirar e sair daquele inferno constante que habitava minha cabeça. Era mágico. Toda vez que eu me entupia de droga, era mágico. Eu esquecia completamente de tudo de ruim que tinha em mim. O mundo finalmente parava um pouco. E fiz tudo que eu tinha direito de fazer em uma festa. Andei até um sofá e apaguei nele.

Para minha surpresa, Jason sentou ao meu lado. Eu estava falando muito lentamente para que ele me desse atenção ou entendesse minha condição, então ele não notou quão chapada eu estava. Ele apontou para Piper uma única vez, e foi assim que eu soube do que ele estava falando. Consegui captar uma palavra ou duas, de ele falando sobre ciúmes e raiva. Sempre pensei que ele fosse ser o tipo ex-namorado vingativo, mas ele apenas encostou a cabeça na minha no sofá e chorou em silêncio. Achei fofo.

Quando o efeito começou a passar, meu coração acelerou. Meus olhos abriram um pouco mais do que o normal e sentei ereta no sofá. Procurei por Ethan com os olhos, pronta para lhe oferecer meu corpo em troca daquela brisa, mas não o encontrei em lugar nenhum.

— O que você está fazendo? — Jason perguntou com a voz embargada do choro, mas não consegui lhe dar atenção. Os pensamentos estavam voltando para minha cabeça rápido demais e eu não queria dar à eles tempo o suficiente para me consumir.

Vi Percy olhar para mim com o semblante preocupado antes de Calypso desviar o rosto dele para o dela, e logo tratei de esquecer a emoção que vira em seu olhar.

Levantei cambaleante e saí da festa, esbarrando em algumas pessoas no caminho. Por um momento, pensei em quão pior minha reputação podia ficar e quase dei risada. Vagabunda e viciada em drogas. É o ápice da minha vida, certo?

Tropecei nos pés quando cheguei em um dos prédios de alojamento, quase caí em uma das escadarias. Existiam grandes chances de eu cair da escada e abrir os pontos da cabeça antes que chegasse ao meu destino.

Mas, quando cheguei até a terceira escadaria, bati na primeira porta do corredor.

— Frank! – Exclamei. Sabia que ele estava sozinho por Grover ser seu parceiro de alojamento, então podia gritar a vontade. – Sei que você está aqui! Ethan me mostrou o que vocês andam traficando de novo. Eu provei e agora quero mais.

Provavelmente minhas palavras estavam saindo completamente embaralhadas. Provavelmente os vizinhos de Frank sairiam de seus alojamentos para jogar frigideiras em minha cabeça, mas eu estava fora de meu corpo. Não daquela mesma forma prazerosa de quando senti meu corpo desligar. Era apenas o resto da substância que eu havia ingerido me levando para longe dos sentidos do meu corpo.

— Hoje não, Annabeth – O escutei falar atrás da porta e fiquei imóvel por um minuto. Fiquei imóvel antes de voltar a bater na porta.

— Para de palhaçada. Você não tem hora para vender suas merdas, então pode abrir essa porra. Pago o que você quiser, você sabe!

— Não vou mais te vender nada, Annabeth – Ele suspirou do outro lado da porta, parecendo realmente cansado. – Você saiu de um hospital com uma concussão na semana passada e hoje já está querendo uma das drogas mais pesadas que a gente tem.

— O que é isso? – Soltei uma risada incrédula, esmurrando a porta mais uma vez. – Você está me dando uma lição de moral?! Você?!

— Não vou mais te ajudar. Não vou mais alimentar seu vício – Ele murmurou, parecendo mais distante. – Sinto muito, Annabeth. Você precisa de ajuda.

— Não vem com essa porra de precisa de ajuda para cima de mim! – Esmurrei a porta de novo e de novo, dando um chute para completar. De alguma forma, suas palavras pareceram me acordar, como se tivessem expulsado o efeito alucinógeno. Como se eu estivesse mais presente naquele momento, como se eu realmente precisasse de mais droga para poder ficar bem. Para poder manter os pensamentos escondidos no fundo da minha cabeça. – Foi você quem começou com isso para início de conversa! Você me fez experimentar as porcarias que você vende, você que acabou com a minha vida! O mínimo que você pode fazer agora é abrir essa maldita porta!

Quando ele não respondeu, quando eu comecei a sentir ainda mais falta de estar altamente chapada, entrei em pânico. Comecei a chutar e empurrar a porta enquanto o xingava, enquanto gritava de forma histérica ali.

E então voltamos para o começo.

Quando Frank falou:

— Você não pode continuar fazendo isso consigo mesma.

Deixei minhas costas escorregarem sobre sua porta até eu estar sentada no chão. As mãos entre o rosto, as lágrimas manchando minhas bochechas. O coração acelerado, a mente alucinada. De repente lembrei que Ethan tinha cobrado um valor muito alto por aquela droga, um valor que eu não tinha. De repente, lembrei que meu pai odiava por conta das inúmeras traições que minha mãe havia cometido, mesmo antes de eu nascer. De repente, lembrei que eu não tinha mais uma mãe. De repente, lembrei que tinha um ex-namorado que havia tentado me matar e que o campus inteiro me chamava de vadia. De repente, me lembrei que estava apaixonada por um homem que me trocou por uma garota mais bonita na primeira oportunidade que havia surgido. Então, eu estava desesperada, soluçando. Estava implorando para que Frank abrisse a porta e me desse qualquer que fosse a substância necessária para que eu esquecesse todos aqueles pensamentos. Mas ele não abriu.

Deitei no chão à frente de sua porta e coloquei na cabeça que esperaria o momento em que ele sairia dali. Implorado a mais uma vez para que ele me desse o que eu queria assim que o visse.

— Que porra – Abri um dos olhos quando senti alguém tropeçar em mim. Era Nico, a paixão platônica de Will. – O que caralhos você está fazendo aqui, Annabeth?

— Mendigando droga. Qualquer droga – Limpei o nariz nas costas da mão enquanto me sentava novamente. – Desculpe estar no seu caminho.

— Era você quem estava fazendo aquele escândalo? – Ele perguntou, arqueado uma das sobrancelhas. – Consegui escutar do primeiro andar. E você tem muita sorte que praticamente todo mundo deste prédio está na festa. Se você fosse denunciada e encontrada neste estado, seria expulsa da universidade.

— Não consegui me importar com o volume da minha voz. Estava muito ocupada tentando fazer essa merda de Frank se sentir mal por ter me viciado – Resmunguei, ao mesmo tempo que arqueava as sobrancelhas para Nico sentando ao meu lado.

— Pensei que você tivesse se livrado de Luke. Pensei que ele fosse o principal motivo pelo qual você sempre parecia tão chapada nas festas – Ele me olhou, com aquele olhar sério e melancólico que parecia tão cotidiano para ele.

— Você anda passando bastante tempo pensando na minha vida — Eu estava sendo grosseira, mas não me importava. Minhas mãos estavam trêmulas e eu estava suando frio, não era um bom momento para pensar em ser gentil com ele.

— O que você usou, Annabeth? Você parece que vai cair morta — Ele colocou a mão sobre a minha testa, como se isso fosse lhe revelar alguma coisa sobre meu estado. 

Lágrimas continuavam escapando dos meus olhos enquanto ele me avaliava. Por mais que eu odiasse chorar na frente das outras pessoas, não conseguia parar. Eu sentia como se tudo tivesse voltado para minha cabeça com força demais.

— O que você usou dessa vez? — Nico parecia preocupado, o que me deixou curiosa. Nós nunca tínhamos conversado muito para que ele sentisse empatia por mim, e a maioria das pessoas apenas torcia o nariz quando via um viciado implorando por drogas. — Você não pode ficar aqui, cara. As coisas podem dar muito errado.

Ele tentou segurar meus braços para me levantar, mas eu me contorci no chão. Murmurei algo sobre esperar Frank sair, esperar que ele me desse as drogas e eu pudesse ficar estável novamente.

— Escutei o suficiente da conversa de vocês para saber que ele não vai te dar nada, sua maluca. E eu não posso deixar você aqui — Nico me puxou para cima com tanta força que eu arregalei os olhos. Nós éramos praticamente do mesmo tamanho, o que significava que ele não era muito alto. Ele me empurrou até entrarmos em um dos alojamentos daquele mesmo andar, e me fez sentar em uma das cadeiras da pequeníssima cozinha que cada alojamento tinha. O observei enquanto ele enchia um bule com água e jogava algumas plantas dentro, meus soluços sendo o único barulho no cômodo.

Quando tive certeza que não desabaria em lágrimas mais uma vez, respirei fundo para falar:

— Por que está me ajudando? Eu passaria longe de uma filha da puta como eu.

— Porque já estive no seu lugar — Nico não olhou para mim. Ele estava concentrado em passar geleia em uma torrada, e não disse mais nada até tirar o chá do fogo e o derramar em uma xícara. Ele levou até mim, com a expressão séria. — Você vai se sentir melhor se comer alguma coisa. E o chá vai ajudar a te acalmar.

— Não sabia que alguém usava as cozinhas do alojamento.

— Quando cheguei aqui, ela estava nojenta — Nico olhou para o canto onde haviam alguns eletrodomésticos, quase orgulhoso por não parecer tão horrível quanto a que havia no alojamento de Thalia, Piper e eu. — Mas não gosto de descer até a cafeteria. Raramente estou por lá. As pessoas costumam falar demais — Ele me ofereceu um sorriso emblemático, entendedor, como se compartilhássemos um segredo profundo.

Pensei em todas as vezes que pessoas fora do meu grupinho tinham mencionado Nico perto de mim. Ele tinha uma aparência levemente fora dos padrões, então as pessoas costumavam cair em cima. Diziam que ele tinha cara de quem era maluco por drogas e coisas do tipo. Que o pai dele era uma pessoa horrível e havia feito isso com o próprio filho. Nunca tinha pensado na veracidade das informações até aquele momento.

— Então, já esteve no meu lugar, hein? — Perguntei, tomando um gole do chá.

— Estava pior — Ele suspirou, desviando o olhar para o resto da mobília. — Fui diagnosticado com depressão muito cedo, e acabei encontrando formas muito erradas de lidar com isso. E só consegui parar ao ver o estrago que eu tinha feito com minha irmã, Bianca. Ela sempre deu muito por mim e eu tê-la deixado tão mal quanto deixei me fez sentir horrível. Não vou entrar em detalhes, mas sei exatamente onde você estava quando começou a gritar igual uma louca por drogas.

Nico falava de uma forma tão madura que fiquei surpresa.

— Sei o suficiente da sua vida para saber que você não tem uma irmã, ou um familiar, que se preocupe o suficiente para fazer você querer sair dessa vida. Por isso não podia deixar você deitada na frente da porta de um traficante, implorando por drogas. Não podia deixar você sozinha.

Quase comecei a chorar novamente, então me concentrei em comer a torrada que ele havia preparado.

— Will gosta de você — Falei, desesperada para mudar de assunto.

— Eu sei — Nico deu um leve sorriso.

— Você não gosta dele? — Arqueei a sobrancelha.

— Gosto. Mas ainda estou em tratamento — Ele disse, como se aquilo explicasse tudo. Vendo meu semblante confuso, ele continuou. — Preciso me recuperar cem porcento antes de me envolver com alguém. Minha estabilidade emocional é bem sensível, e eu sinto que podia me apaixonar muito profundamente pelo seu amigo. Se algo desse errado, seria como um gatilho.

Nessa hora, alguém bateu na porta do alojamento.

Quando Nico foi atender, me surpreendi ao ver Percy.

— O que aconteceu? — Ele perguntou, caminhando em passos rápidos em minha direção. Se ajoelhando diante da cadeira em que eu estava, segurando minhas mãos. Os olhos procurando por qualquer que fosse o ferimento em minha face. Sua preocupação aqueceu meu coração e, de repente, esqueci a razão de ter ficado brava com ele.

— Vim procurar por Frank para conversar e ele não estava — Menti. — Nico me viu batendo na porta e se ofereceu para me fazer companhia até Frank chegar. Me desculpe ter te preocupado.

— Tem certeza? Vi Ethan te dar alguma coisa. Pensei que tinha acontecido alguma coisa... E quando Nico me mandou mensagem dizendo para eu vir... 

Eu abracei seus ombros, trazendo-o para perto de mim. Absorvendo seu cheiro bem no fundo dos pulmões.

— Tenho. — Dei um beijo em sua bochecha. — Pode me acompanhar até meu alojamento? — Não confiava no meu próprio corpo para me levar até lá em cair em algum lugar e morrer. E, ao mesmo tempo, queria aproveitar da companhia de Percy. Estava estupidamente feliz por ele ter deixado Calypso por preocupação comigo.

Agradeci Nico antes de sair.

Quando estávamos na mesma praça em que havíamos transado, Percy parou. Agarrou meus ombros e me virou para si.

— Fiquei realmente preocupado quando vi Ethan te dar o que quer que ele tenha te dado. Pensei que algo tivesse acontecido com você e quase entrei em pânico — Ele explicou, afastando alguns fios loiros de minha face. — Não quero sentir essas coisas toda vez que você estiver longe de mim, Annabeth. Não quero ficar preocupado com a possibilidade de você morrer de overdose. Lembra do que eu já te falei? Que não me preocuparia com as drogas até o momento em que elas prejudicassem sua vida?

— Você está terminando comigo antes mesmo de me pedir em namoro? — Arqueei as sobrancelhas, confusa.

— Estou dizendo que não quero ser namorado de uma pessoa que pode morrer a qualquer momento por abuso de drogas. Posso te apoiar da forma que for, mas não quero que você continue desse jeito.

Ele pareceu tão sério que qualquer piadinha remanescente que eu quisesse dizer tinha fugido de minha mente.

— Tudo bem. Eu vou... Eu vou parar.

Por ele, eu pararia. Pela pessoa que ficou ao meu lado durante tantos momentos difíceis, que me aguentou em tantas situações constrangedoras.

Percy abriu um sorriso triste, como se não estivesse certo das minhas palavras, mas me abraçou. Enterrou a cabeça em meu pescoço, fazendo cócegas.

— Então, isso significa que estamos namorando? 

— Meu deus, finalmente posso falar para todo mundo que a garota dos meus sonhos é minha namorada — Ele afastou o rosto do meu corpo apenas para beijar meus lábios. Com uma doçura tão grande, com tanto carinho. Dei risada antes de passar os braços ao redor de seu pescoço, aprofundando o beijo até que estivéssemos sem ar.

— Garota dos seus sonhos? — Perguntei, um sorriso nos lábios.

— Annabeth, estou afim de você há muito tempo — Percy disse, como se fosse óbvio, enquanto entrelaçava os dedos nos meus e voltava a andar na direção dos alojamentos. — Só você não percebeu.

— Obrigada por ter ido atrás de mim, Percy — Eu disse, apertando sua mão. — Obrigada por se preocupar comigo e por passar por tantas coisas ao meu lado que você realmente não precisava. Obrigada.

— Você vale a pena — Ele me olhou de canto de olho, parecendo bastante seguro de sua resposta.

Abri um sorriso enorme antes de abraçar a lateral de seu corpo. Por um momento, pensei em como havia melhorado rápido.

— Amanhã é meu primeiro dia de trabalho na empresa do seu pai. Você tem algum conselho para me dar? — Perguntei, olhando para cima, para seu rosto.

— Quando conhecer minha madrasta, não acredite nas coisas que ela vai te falar sobre mim. Ela pode te contar coisas muito constrangedoras da minha adolescência, mas é tudo mentira.

— Aí meu Deus, além de ser meu primeiro dia de trabalho, também vou conhecer sua madrasta. Estou mais ansiosa ainda, muito obrigada. 

Percy gargalhou, me apertando ainda mais contra si.

— Posso te acompanhar até lá, e no caminho te dou algumas dicas de como se sair bem. E, agora que estamos oficialmente namorando, queria saber se você não queria conhecer a Sally...

— Quem é Sally? — Arqueei as sobrancelhas, começando a me preparar para mais uma onda de ciúmes.

— Minha mãe — Ele sorriu, como se soubesse que o que eu estivera pensando.

E senti minhas bochechas corarem.

 


Notas Finais


complicadíssimo
e aí mores oq vcs acharam
comentem e favoritem por favor~
beijão achocolatado~


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