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História Bad Reputation (em pausa) - Tour com Dinah Jane


Escrita por: HeJuice

Capítulo 6 - Tour com Dinah Jane


Point of view: Shawn Mendes

 

Era segunda de manhã, o dia amanheceu ensolarado, proporcionando uma disposição a mais para enfrentar o dia que viria pela frente, que na minha opinião, seria muito promissor. Como já havia pedido pra Dinah, hoje vou até a universidade para assinar alguns papeis e entregar alguns documentos que estão faltando, fora que eu ainda tenho que comprar meus materiais para estudar.

Me olhei mais uma vez no espelho, para ver se estava tudo ok com minha aparência, tirando o corte na boca, estava tudo OK.  Respirei fundo e  peguei a mochila em cima da cama, onde estavam meus documentos e dinheiro para comprar os materiais, e desci até a sala, deixei a mochila lá e fui até a cozinha.

― Está atrasado. ― Dinah falou, assim que entrei.

― Oi? ― parei e olhei para o relógio, eram oito horas, e o compromisso era por volta das nove. ― falta uma hora.

― Falta uma hora. ― ela imitou minha voz. ― eu estou falando que está atrasado, é porque está atrasado. ― me encarou.

Bufei e sentei para tomar meu café, enquanto eu o arrumava Dinah via algo no celular, e parecia empolgada, pois sorria pra caramba. Vendo ela no celular me lembrei de Felicity, desde ontem de manhã que não falo com ela, a mesma deve está mega preocupada.

 

Eu: Bom dia, amor (emoji abaixonado)

Bae: Bom dia, amorzinho que esqueceu de mim ontem (emoji triste)

 

Sorri ao ler mensagem, terminei de beber o leite e respondi.

Eu: Ontem foi um dia corrido. (emoji triste)  cheguei cansado e esqueci de te ligar. Desculpa o seu amorzinho?

Bae: Como não perdoar uma criaturinha como você? (emoji coração)

 

Sorri e levantei da mesa, levando a louça até a pia.

 

Eu: Te amo.

Bae: Eu também te amo. (emoji coração) o que vai fazer hoje?

Eu: Vou até a universidade assinar alguns papeis e entregar alguns documentos, depois vou comprar alguns livros.

Bae: Quem vai te levar?

Eu: Dinah

Bae: Hm... a Lauren vai também?

 

Respirei fundo, eu não vou mentir dessa vez, eu não vejo a Lauren desde o dia em que eu cheguei.

 

Eu: Não, ela tem que resolver outras coisas.

Bae: Posso falar com ela?

 

Ferrou.

 

Eu: Bae, ela já saiu. (emoji triste) mas quando voltar, se eu não estiver cansado eu faço uma chamada de vídeo para você a ver, ok?

Bae: Ok!

 

― Da pra parar com o namorico no telefone e andar logo? ― Dinah arrancou o celular das minhas mãos.

― Vamos. ―  concordei.

Ela devolveu o celular e seguiu para a sala, e eu a acompanhei. Ela pegou as chaves e fomos para o carro, sentei no banco do carona  e esperei ela se ajeitar. Quando entrou Dinah logo conferiu seu rosto no espelho retrovisor, fechou a porta e ligou o rádio, não preciso nem falar que ela não pôs o cinto né?  Bom, ela deu partida e nós seguimos.

No caminho ela  começou a cantarolar uma música, que tocava na rádio, em outro idioma,  o mesmo era sonoro, mas bem complicado.

 

Você prepara, mas não dispara

Você repara, mas não me encara

Se acha o cara, mas não me para

 

Ela batucava no volante enquanto dirigia e cantava. A batida da música era boa e dançante.

Se você não vem, eu vou botar pressão

Não vou te esperar, 'tô cheia de opção

Eu não sou mulher de aturar sermão

Me encara, se prepara

 

Ela cantou mais alto e começou a se remexer.

 

Que eu vou jogar bem na sua cara

 

Ela praticamente gritou  essa frase e começou a jogar os cabelos de um lado para o outro, ao som da batida.  Aquilo era estranho e divertido ao mesmo tempo, ela se mexia como se estivesse em uma boate ou algo assim, não se preocupando com nada que estivesse em volta, muito menos a direção.

 

― Dinah, cuidado. ― alertei.

 

Ela parou de se remexer e focou na rua, mas continuou cantarolando a batida da música. 

Passando-se quinze minutos chegamos a Universidade, nem preciso dizer que fiquei boquiaberto com o tamanho do campus, quando ela atravessou o arco de entrada eu pude ver o quão grandioso era , lá mais parecia uma mini cidade. Dinah estacionou o carro no estacionamento que lá havia e descemos.

― Nossa, aqui é enorme. ― falei olhando para todos os lados.

― É. ― ela concordou colocando os óculos de sol. ― vamos?

Concordei. Arrumei a mochila nos ombros e a segui. Enquanto andávamos pelos caminhos já trilhados com cimento, eu olhava tudo ao redor, e todo lugar que eu olhava havia paisagismos incríveis e grandes prédios.

― Eu acho melhor andar logo, aqui é imenso, se não agilizar o passo nunca chegaremos a secretaria. ― Dinah advertiu mais uma vez, concordei e apressei meus passos.

― É ali que ficam os dormitórios?  ― apontei para um prédio.

― Não, ali há laboratórios, é onde você fará algumas de suas aulas. ― ela explicou.

― Ah, sim.

― Tá vendo aquele complexo ali. ― ela parou no meio do caminho e apontou numa direção.

― Sim. ― concordei.

― Então, é ali que ficam os apartamentos, onde os alunos ficam hospedados.

― WOW. ― falo surpreso .

― Mas é claro que não tem só aquele. Aqui há muitas republicas, sabe? ― voltamos a andar. ― já assistiu filmes onde nas universidades há casas, e cada uma pertencia a um tipo de... como posso dizer... irmandade. ― riu.

― Sim, já assisti.

― Então, há algumas casas aqui, são verdadeiras mansões. As mesmas geralmente passam de geração em geração, e claro, é ocupada pelos mais ricos. São áreas bem valorizadas, e nada baratas. ― me encarou.

― Entendi. ― assenti. ― e porque você não mora aqui?

― Não quero ter que me submeter a regras. ― deu de ombros. ― todo lugar tem regras, e aqui também tem. Se bem que a maioria dos estudantes as burla, mas há regras, e eu não quero isso.

― Então é por isso que mora em uma casa separada e um pouco distante daqui, para não obedecer regras.

― Exatamente. ― concordou. ― gosto de fazer minhas próprias regras, bom, na medida  em que meus pais não me monitoram. ― bufou.

Sorri.

― Está vendo isso daqui? ― ela apontou para direita.

― Sim

― Aqui fica a sala das bandeiras. Pelo menos é assim que eu gosto de chamar. ― ela apontou para um prédio coberto de vidro por fora. ― aí dentro, no teto, tem pendurada bandeira de vários países, é uma coisa extraordinária. ― me olhou. ― Eu gosto desse lugar.

― Wow!  ― falei.

― Agora vamos, você já está atrasado. Quando você sair talvez eu te leve para ver o campus. ― sorriu.

 Mais uma vez apressamos o passo, e só paramos quando já estávamos no interior no prédio principal. Fomos subindo as escadas, que não eram poucas, até o andar onde ficava a secretária, entramos e fomos até o balcão principal.

― Bom dia. ― cumprimentei a senhora que estava atrás do balcão.

― Bom dia, pois não. ― ela me respondeu.

― Eu vim aqui para assinar alguns papeis que faltam e entregar alguns documentos.

― Qual seu nome?

― Shawn Peter Raul Mendes. ― respondi.

A senhora começou a procurar no computador. Olhei para meu lado esquerdo e Dinah ainda estava lá, apoiada no balcão.

― Aqui está. ― a senhora disse. ― É só você entrar naquela sala ali. ― apontou para uma porta a direita, onde estava escrito “secretária”. ― ela estará te esperando.

― Obrigada! ― agradeci.

Segui até a sala, lá dentro havia outras duas pessoas sentadas, uma garota e um garoto, sentei em uma das cadeiras  e fiquei esperando.

Um a um foi entrando até chegar a minha vez, levantei e caminhei até o interior da sala, a moça me convidou para sentar, assim eu fiz.

― Senhor Mendes?

― Sim. ― sorri.

― Trouxe os documentos?

― Sim. ― abri a mochila e peguei o envelope que estava com meus documentos. ― aqui está. ― a entreguei.

― Muito bom. ― ela falou olhando. ― você é de Mckinney, não é?

― Sim. ― concordei.

― Está bem longe de casa. ― me encarou.

― Sim. ― sorri.

― Você está hospedado em algum hotel? ― perguntou enquanto digitava algo no computador.

― Não, eu estou na casa de uma amiga. ― respondi.

― Ok. ― assentiu. Ela levantou e foi pegar alguns papeis na impressora. ― aqui está. ― me entregou os papeis. ― rubrica todas as páginas e na ultima assina seu nome por extenso.

Assenti e comecei a assinar as páginas, que não eram poucas. Depois de tudo assinado a entreguei.

― Essas aqui são suas. ― me entregou algumas folhas. ― você vai querer solicitar uma vaga no dormitório?  ― perguntou.

Eu parei e fiquei pensando, se eu disser sim eu vou está me livrando de muitos problemas futuros, Fely já esta desconfiada, não sei por qual motivo, entretanto seria desfeita com a Dinah, pois ela me acolheu, mesmo não querendo. Mas por outro lado, se eu disser não, posso me meter em encrenca e Fely vai ficar ainda mais desconfiada, como ela já está.

Ai, Deus, porque me deste uma vida tão difícil?

― Senhor Mendes? ― ela chamou minha atenção.

― Ah... sim, eu vou querer. ― respondi. ― mas pode dá preferencia para outras pessoas, pois eu tenho um lugar provisório, com certeza deve ter alguém que não tenha nem aonde dormir. ― completei.

― Ok, assim que surgir uma vaga nós o avisaremos. ― concordei. ― isso é tudo, pode passar na recepção e pegar seu fluxograma, horário de aula e lista e materiais necessários. Tudo isso se encontra no site também. Daqui a alguns dias você receberá um e-mail com sua matricula e senha. ― assenti. ― Seja bem-vindo a FIU, senhor Mendes.

― Obrigado! ― agradeci com um sorriso no rosto.

 

 Confesso que sai da sala até mais leve, nem acredito que agora é definitivo. Caminhei até o balcão, onde Dinah ainda estava apoiada, mas agora segurava uma pasta com o emblema de Universidade.

― Com licença. ― chamei atenção da senhora. ― você poderia me dar o fluxograma, horário de aula e lista de materiais... é que ficaria mais fácil para mim.

― Claro. ― ela concordou. ― qual é o seu curso?

― Medicina.

― Vejamos.... ― ela começou a digitar. Não demorou quase nada e as folhas já estavam saindo pela impressora. Ela colocou tudo em uma pastinha, igual a que Dinah segurava e me entregou. ― aqui está.

― Obrigado. ― agradeci.

― As aulas começam na segunda que vem. Seja bem-vindo. ― sorriu.

― Obrigado. ― agradeci mais uma vez.  

― Vamos? ― perguntei a Dinah.

Ela assentiu meio sem animo e seguiu junto comigo para o exterior da sala. Fomos descendo as escadas em silêncio, o que eu estranhei, pois quando subimos ela estava mais... agitada.

― O que houve? ― me atrevi a perguntar, quando já estávamos quase chegando ao térreo.

― Peguei uma recuperação. ― bufou.

― Em qual matéria?

― Saúde coletiva. ― revirou os olhos. ― essa matéria é um saco. ― Tem muita lei.

― Ei, eu posso te ajudar... bom, provavelmente estudaremos na mesma turma, então, quem sabe... não sou nenhum gênio, mas sou esforçado. ― sorri.

Ela me olhou e sorriu de lado.

― Valeu, vaqueiro. ― bagunçou meus cabelos com uma das mãos. ― obrigada por de se oferecido para ser o otário que fará meus trabalhos. ― sorriu marota.

A encarei sério e parei de andar.

― O que foi? ― segurou o riso.

― Falei ajuda, não significa que farei seus trabalhos. ― arqueei a sobrancelha.

― Tem certeza? ― imitou meu gestou.

Bufei e voltei a andar, mas apresei o passo e a passei.

― Ei, vaqueiro. ― me chamou rindo.

Ouvi seus passos mais rápidos atrás de mim, ignorei e continuei descendo as escadas, até terminar tudo e chegar a um grande saguão, antes de dar mais um passo senti um peso nas minhas costas, chegando a fazer meu corpo ir um pouco pra frente.

― Dá pra sair das minhas costas? ― questionei.

― Ah... não. ― riu.

― Sério... ― respirei fundo. ― eu não tô afim. ― bufei.

― Ei, para de mal humor. ― foi a vez dela bufar. ― vamos conhecer o campus. ― senti um alivio quando ela desceu das minhas costas, não que ela fosse muito pesada, a diferença de peso entre ela e Fely era pouca, mas estava uma coisa incomoda.

― Eu ainda tenho que comprar meus materiais e ...

― Nada disso... você tem que conhecer pelo menos os pontos principais. ― me encarou. ― vamos. ― ela me puxou pela mão e foi me levando pra fora, passamos algumas mesas até entrarmos em um outro prédio, era uma espécie de anexo. ― aqui está ela.

Parou antes de entrar em um salão cheio de bandeiras no teto. Aquilo era realmente fantástico e alto. Andei mais e fiquei olhando o teto.

― Legal,  né? ― questionou.

― Sim. ― concordei ainda olhando as bandeira.

― Agora venha. ― me puxou

Começamos a olhar tudo e eu realmente estava me confundindo com um shopping, pois lá era enorme e havia várias lojas, de eletrônico, roupas, papelaria, e produtos exclusivos da Universidade, fora os restaurantes e lanchonetes. Se eu não soubesse que ali era uma universidade eu confundiria com uma praça de alimentação de um shopping.

― Quando voltar às aulas você pode comprar algumas coisas aí. Tem casacos, blusas, varias roupas. ― ela disse.

― Aqui parece um shopping. ― Falei.

― Sim. ― ela riu. ― vem, vamos conhecer mais.

Concordei e sai do prédio com ela. Fomos andando pelo campus e a cada lugar que passávamos ela fazia uma observação ou me explicava o que era. Pela primeira vez Dinah estava sendo uma boa guia.

Nem preciso falar que lá era enorme, do ponto de vocês olharem ao redor e não ver o fim, a única coisa que se via de fim era os arranhásseis afastados. No caminho encontramos alunos caminhando ou outros sentados lendo em espécies de mesas cobertas e suspensas, era uma coisa bem legal.

― Mas já tem gente aqui? ― perguntei surpreso, pois tecnicamente ainda estávamos de férias.

― Lógico, muitos passam as férias com a família e tals, mas outros não ou já voltaram, não dá pra deixar para retornar na ultima hora, se não você perde as festas de começo de semestre. ― sorriu.

― Que festas? ― perguntei curioso.

― Não se preocupe, eu te levarei em uma. ― sorriu de lado e deu uma piscadela.

Lá vem problema.

Andamos mais um pouco até chegarmos a uma área aonde havia piscinas enormes, onde alguns alunos, salvo eu, estavam se refrescando.

― Bom, aqui é a piscina. ― Dinah falou. ― você pode desfrutar quando quiser, mas desde que você não esteja no seu horário de aula. ― piscou. ― para lá fica as quadras, tem de tênis, basquete, vôlei... ― ela apontou pra esquerda. ― e ali.. bom você vai gostar do que tem ali. ― sorriu.

Caminhamos até o interior do espaço, assim que entramos já senti a atmosfera mudar, a temperatura lá dentro era controlada, subimos as escadas e já via alguns caras descendo todo suado.

― E aqui fica a academia. ― apresentou quando terminamos de subir as escadas.

― WOW! ― exclamei. Ali era incrível e enorme.

― Tem tudo aqui, musculação, Jump, aeróbica, yoga, luta, tudo...

― Aqui é imenso. ― olhei ao redor.

― Sim, para utilizar aqui você tem que se cadastrar, assim como tudo que tem nesse complexo... aliais, tudo que há nesse campus necessita de um cadastro. Mas fica tranquilo, o sistema daqui é rápido, então  assim que você receber o numero da matricula e senha seu nome aparecerá no sistema, aí quando você vier aqui é só dize-la e seu cadastro vai ser mais rápido. ― assenti. ― Ah... no site tem mais informações.

― Ok. ― ri. ― agora sim você sendo uma ótima guia.

― Não abusa. ― riu.

Quando estávamos descendo as escadas para sair do local Dinah encontrou um garoto, o mesmo estava subindo para malhar, já que as roupas que o mesmo vestia era para isso.

― Ei, blue. ― ele a abraçou.

― Eai, little boo. ― os dois riram.

Bom, eles deveriam ter alguma intimidade, pois pela forma de tratamento.

― O que aconteceu com você, não retorna minhas mensagens? ― ele questionou.

― Talvez eu esteja ocupada. ― sorriu de lado.

― Sei. ― ele riu. ― rola um encontro hoje?

― Hm... não sei. ― ela mexeu nos cabelos. ― o que você tem pra mim? ― sorriu de canto.

― O melhor... isso eu garanto. ― ele se aproximou mais e sussurrou algo no ouvido dela, algo que eu não entendi.

Em resposta ela riu.

― Vou pensar no seu caso. ― se afastaram.

― Pensa com carinho, ok? ― sorriu abertamente e se foi.

Eu ia perguntar quem era o cara, mas eu resolvi me calar. Continuamos andando, saímos do local e andamos mais um pouco pelo campus, vimos alguns espaços como o jardim, a estufa entre outras coisas, e eu fiquei surpreso, pois havia uma área verde para trilha, mais parecia uma pequena mata, Dinah e eu nos aventuramos a entrar, e olha, havia de tudo lá, encontramos até alguns animais silvestres.

― Eai, gostou do que viu? ― ela falou ofegante quando chegamos ao portão.

― Sim. ― ri.

― E olha que não vimos nem a metade. ― me olhou e ajeitou os cabelos. ― Eai, vamos pro shopping?

― Será que ainda tenho folego? ― ri.

― Você está muito fraco. ― ela veio até mim e passou um de seus braços pelo meu pescoço. ― vamos logo, temos muito que fazer hoje. ― e saiu me puxando em direção do estacionamento.

 

****

Quando chegamos ao shopping já passavam de uma da tarde, minha barriga estava começando a doer de fome, eu necessitava de comer algo. Passamos pela porta principal do shopping e fomos até o primeiro elevador, pois íamos para o quarto andar.

― Eai, está com sua lista? ― ela me perguntou.

― Sim. ― encostei na parede do elevador, enquanto olhava pelo vidro, as pessoas ficando cada vez menores, a medida que subíamos mais. ― você não trouxe a sua?

― Vou comprar só o básico. ― deu de ombros. ― meus pais já encomendaram meus livros, provavelmente chegam amanhã.

― Ata. ― concordei.

O elevador parou no andar desejado e nós saímos. Dinah me puxou para a primeira papelaria que havia no andar. A loja era enorme, e tinha de tudo, tudo mesmo.

― Segura isso daqui. ― me entregou uma cestinha.

― Tem certeza que vai caber tudo aqui? ― encarei a cestinha, que era “minúscula”.

― Claro que não. ― revirou os olhos. ― toma. ― ela puxou um carrinho. ― coloca a cestinha aqui. ― e ela mesma colocou dentro do carrinho. ― agora vamos.

Fomos primeiro para a sessão de cadernos, Dinah pegou vários da série Diário de um vampiro, chegando até discutir com uma menina que tentava pegar o caderno com o Damon na capa.

― Você gosta mesmo dessa série, hein. ― falei rindo, porque realmente a cena foi engraçada.

― Cara, é o Damon. ― revirou os olhos e riu. ― não vou deixar ele com aquela pirralha. ― rimos.

― Vamos, temos muito que comprar. ― falei e continuei andando.

― Não vai comprar caderno? Vai escrever aonde? Posso saber? ― me olhou.

― Pega qualquer um. ― dei de ombros.

Ela deu de ombros e começou a olhar as prateleiras até que pegou uns cinco cadernos.

― Gosta de Harry Potter? ― perguntou mostrando os cadernos.

― Minha saga favorita. ― ri.

― To gostando ainda mais de você. ― ela falou rindo e colocou os cadernos no carrinho.

― Não sei se isso é bom ou ruim. ― ri.

Continuamos nossas comprar, passamos por todas as sessões existentes na loja, até mesmo as desnecessárias. Nosso carrinho já estava cheio, estava na hora de passar no caixa.

― Vamos pro caixa. ― ela fala, pegando duas barras de chocolate em uma caixinha.

― Ah, agora você lembra. ― ironizei. ― pensei que ia levar a loja inteira.

― Ridículo. ― jogou as barrar dentro do carrinho e sentou na ponta dele.

― O que está fazendo? ― a encarei.

― Estou esperando você me levar. ― falou como se fosse obvio.

Bufei e comecei a empurrar o carrinho, que estava bem pesado, levando em conta a quantidade de peso que estava dentro dele.

― Tá parecendo uma criança. ― falei ao ver ela balançando os pés.

― Crianças não fazem o que eu faço. ― virou pra trás e piscou. ― agora me leva logo. ― ordenou.

― Folgada. ― murmurei.

Chegamos ao caixa, Dinah passou as coisas dela primeiro e logo em seguida passei as minhas. Até que a conta não ficou tão cara como eu pensava que ficaria. Pegamos as sacolas, que eram umas três pra cada um, e saímos da loja.

― Cadê meus chocolates? ― ela já saiu da loja reclamando, procurando dentro das bolsas. ― achei. ― comemorou quando encontrou, o abrindo rapidamente e dando uma mordida generosa. ― Humm.. eu estava precisando disso. ― degustou. ― quer?

― Aham! ― concordei abrindo a boca, ela levou o chocolate até ela e eu peguei um pedaço generoso também.

― Não era você quem não comia besteiras? ― me encarou irônica.

― Eu estou com fome, tá legal. ― ri.

― Já está tarde né? ― questionou olhando no celular. Assenti. ― Vamos em mais uma loja, para comprar algumas coisas e vamos almoçar na praça de alimentação. ― concordei.

Caminhamos até uma loja, que já na vitrine identifiquei o que era, um loja que vendia equipamentos para área de biológicas. Entramos e Dinah foi logo para uma sessão de jalecos.

― Qual seu tamanho? ― me perguntou.

― Bom, por eu ser muito alto, é melhor o G. ― falo segurando as sacolas. Ela deu de ombros e pegou uns três ou quatro.   ― Ei, pra que tudo isso? ― perguntei. ― isso deve ser caro. ― adverti.

― Eu sei o que eu faço. ― respondeu e continuou andando, até chegar perto de luvas, mascaras e outros utensílios. A essa hora eu já estava segurando minhas sacolas e as delas, fora uma cesta, que ela colocava tudo dentro.

― Vamos pro caixa. ― ela fala.

Eu não conseguia nem andar direito, de tanta coisa que eu segurava. Chegamos aso caixa e ela foi passando as coisas, e eu só prestando atenção no monitor, que já passava dos duzentos dólares.

― To ferrado. ― murmurei. Coloquei as bolsas no chão, para poder pegar o cartão de crédito na mochila.

― O que tá fazendo? ― ela me olhou.

― Vou pagar, ué. ― dei de ombros.

― Não. ― ela afastou minha mão. ― eu sei o que eu faço. ― pegou seu cartão na bolsa e entregou seu cartão  pra vendedora.

― Não precisa fazer isso, eu pago. ― falei imediatamente, já estendendo o cartão para a vendedora.

― Já falei que não. ― ela pegou o cartão. ― para de ser idiota. ― bufou. ― vai, minha filha, passa isso logo. ― resmungou.

A balconista passou as comprar e eu fiquei lá, olhando com cara de tacho, enquanto aquele monte de sacola era entregue a ela. Sinceramente, me senti mega desconfortável com essa situação, nem Felicity eu deixo fazer isso, quem dirá Dinah, que não é nada minha.

― Vamos. ― ela me chamou, já andando em direção a saída.

Respirei fundo, peguei as sacolas do chão e fui atrás dela. Assim que saímos da loja eu falei:

― Eu vou te pagar isso depois.

― Já falei que não quero. ― falou emburrada. ― é um presente.

― Presente por quê? Não somos nada.  ― a encarei.

― Larga de ser mal agradecido. ― bufou.

― Eu pago o  almoço. ― falo.

― Vamos dividir. ― falou.

― Não. Eu quero pagar. ― falei quando chegamos até uma mesa.

Ela sentou em uma das cadeiras e me encarou.

― Você quer pagar algo pra mim? ― me encarou. ― então depois conversamos. ― deu uma piscadela.

Aí viria merda.  


Notas Finais


Desculpem a demora em postar, eu tinha esquecido kkk espero que tenham gostado :)


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