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História Bad Reputation (Mark Tuan, GOT7) - Don't make me go away


Escrita por: ninx_zi

Notas do Autor


Desculpem a demora!
Boa leitura! ❤️

Capítulo 12 - Don't make me go away


Tae Yuna


- Pai...me desculpa, não foi porque eu quis. Eu juro - a voz de Mark saiu como um sussurro, eu podia perceber o desespero estampado no seu rosto.

- Solte a mão dessa garota - ele ordenou.

Relaxei meus dedos para que o garoto pudesse soltar minha mão, mas ele nem se quer hesitou e ao invés de separar-se de mim, apertou mais meus dedos aos seus.

- Por favor, não me faça ir embora - Mark parecia uma criança com medo do pai naquele momento.

Eu não duvidava que ele realmente estivesse.

- Eu só queria um filho obediente, correto, que fosse o aluno mais inteligente e pudesse ser o melhor em tudo. Você é totalmente o contrário - o Sr. Raymond olhou com desprezo para o próprio filho.

- Você queria que eu fosse igual o meu irmão e essa é uma decepção que eu sinto muito prazer em te dar. Tem noção do que o Adam sentia com tanta pressão que o senhor colocava nele? Claro que não! Nunca foi presente em nossas vidas

- Não fale o nome do seu irmão! Você nunca vai ser digno de se quer citar algo sobre ele! - gritou.

Todos naquela delegacia pareciam tensos, eu só queria puxar Mark e sair dali rapidamente.

- Quantas vezes vou ter que dizer que EU NÃO TENHO CULPA?! - o garoto esbravejou e começou a chorar.

- Você tirou de mim a única pessoa que eu amei. Seu irmão foi meu primeiro filho, meu filho amado e logo quando ele tinha acabado de se formar e poderia ser o dono da faculdade, você acabou com tudo - o homem falava amargamente.

Eu podia sentir o rancor, a dor e a arrogância nas palavras proferidas pelo Sr. Raymond. Ele era um homem desprezível por tratar Mark daquela forma, independente do que o garoto possa ter feito no passado.

- Eu te odeio, Raymond - Mark proferiu aquelas palavras com tamanha dor em sua voz, que estava embargada pelo choro. - Pode ter autoridade sobre mim, mas nunca será meu pai. Nunca! - gritou e me puxou para fora da delegacia.

Ele caminhava apressadamente e eu tentava acompanhar seus passos. Andamos em silêncio por um longo tempo até que o mesmo parou em frente a um prédio.

Passamos pela recepção e ele me conduziu até um elevador, subimos e o mesmo foi até uma porta específica, colocou uma combinação de números num monitor ao lado da tranca da porta, que abriu com um clique.

Entramos e eu dei de cara com um enorme apartamento luxuoso. Todos os móveis eram de cor cinza e preta. Havia um grande lustre no teto da sala, um tapete preto cheio de detalhes bordados com uma mesa no centro, uma grande televisão digital posta na parede e um corredor no fim da sala que eu deduzi ser caminho para os quartos.

- Eu venho pra cá as vezes - deu de ombros e se sentou no sofá da sala.

Continuei em pé, sem saber exatamente o que fazer.

- Não vai doer se você sentar ao meu lado - ele deu batidinhas no sofá, indicando o lugar.

Fui até Mark e me acomodei bem perto dele, o rapaz ainda estava com os olhos vermelhos.

- O que eu posso fazer por você? - perguntei.

Eu queria ajudar, mas não sabia o que havia acontecido, de fato, entre Mark e seu pai no passado. Qualquer coisinha indevida que eu falasse, poderia deixar o garoto pior do que já estava.

- Já está fazendo - ele disse e olhou para mim. - só permaneça aqui comigo, amanhã eu te levo na faculdade - pediu.

- Mark...eu não trouxe nada além do meu celular - falei.

- Use minhas roupas, eu prometo que te levo bem cedo amanhã para que não perca nenhuma aula

- Tudo bem, mas só dessa vez

- Obrigado Yuna - sorriu fraco.

Percebi que ele fez sinal como quem fosse me abraçar, erguendo um pouco os braços. Apenas peguei o rapaz de surpresa e o envolvi em meus braços, ele precisava daquilo.

Mark chorou como um bebê enquanto eu acariciava seu cabelo, podia sentir seu peito descer e subir devido as lágrimas que estavam presas por um longo tempo.

- Vai ficar tudo bem, sei que é uma boa pessoa

O garoto se afastou de mim e olhou-me intensamente.

- Será que sou mesmo? - as lágrimas continuavam a descer de seus olhos.

- É, é sim - com a pergunta dele, em questão de segundos passei a não ter tanta certeza mas escolhi acreditar no rapaz.

Ele levantou e segurou minha mão, conduzindo-me até seu quarto, que era tão luxuoso quanto a sala.
Sentei em sua cama macia enquanto observava Mark ir até outra porta dentro do quarto, que deduzi ser seu closet e voltar com um moletom amarelo e uma calça folgada preta.

- Bem...são as roupas menores que tenho - me entregou.

- É o suficiente - falei tranquilizando o rapaz, que me conduziu até o banheiro que ficava no seu quarto também.

***


Quando terminei de tomar banho e voltei para o quarto, Mark não estava mais lá. Me dirigi até a sala e parei um pouco antes na cozinha ao sentir um leve cheiro de queimado.

O rapaz estava examinando algo na geladeira e se virou assim que percebeu minha presença.

- Bom...eu tentei fazer algo mas não sou muito bom cozinhando então pedi pizza - sorriu envergonhado.

- Tudo bem - ri. - pizza é uma ótima ideia

Fomos para a sala e enquanto esperávamos a comida chegar, o garoto começou a conectar seu XBOX na TV.

Alguns minutos depois, o pedido chegou e eu fui buscar.

- Sabe jogar? - Mark estendeu um controle para mim assim que depositei as duas caixas de pizza em cima da mesinha de centro.

- Eu costumava jogar bastante... - antes de eu ser expulsa de casa, virava várias madrugadas jogando com meu pai que era viciado em games, assim como eu.

- Então vamos ver se ainda é boa - me entregou o controle e ficamos boa parte da noite concentrados nas partidas de vários jogos diferentes.

Depois de comermos a maior parte das pizzas, me sentei no sofá já exausta e com sono. O dia havia sido cheio.


Mark


Sentei ao lado de Yuna, percebi que a garota estava sonolenta. Seus olhos piscavam lentamente e a mesma estava quase os fechando.

- Yuna? - sussurrei.

- Sim...? - ela disse, fazendo certo esforço para manter os olhos fixos em mim.

Olhei para a frente, se não, não conseguiria dizer para ela.

- Sempre tive brigas sérias com meu pai e depois delas, eu me isolava de tudo e de todos, ficava trancado no meu quarto por dias. Hoje foi a primeira vez em anos que resolvi não fazer isso e me senti muito melhor estando com você, eu me arrependeria amargamente se tivesse escolhido ficar aqui sozinho - falei e olhei para a garota, que estava de olhos fechados e com a cabeça um pouco inclinada para o lado.

Sorri minimamente e com todo o cuidado do mundo, a peguei no colo e levei a mesma para o quarto de hóspedes. Coloquei Yuna na cama e a enrolei com uma coberta.

Olhei para aquela garota uma última vez antes de sair e fechar a porta.

Ela havia aparecido na minha vida de forma inesperada, mudando rapidamente meu modo de pensar, fazendo-me ser alguém melhor em tão pouco tempo. Eu era um cara muito sortudo por ter conquistado sua amizade e eu desejava ser mais que um amigo, porém Yuna era repleta de traumas, medos e inseguranças, eu não queria estragar nada na vida dela e nem tornar as coisas piores ou mais difíceis. Seria paciente.

Mas costumavam dizer que o amor tudo esperava. Então, eu esperaria.


Notas Finais


Até a próxima! ❤️


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