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História Bad Reputation (Shawn Mendes) - Capítulo 11


Escrita por: febs_

Capítulo 15 - Capítulo 11


— Só pra constar, eu estou fazendo isso por que não sou uma pau no cu...

Lauren disse — porque tinha que fazer um comentário idiota — enquanto segurava o meu cabelo, impedindo que o mesmo caísse na privada ou que eu vomitasse nele.

Quando terminei, me joguei sentada no chão, com os braços largados, sem forças para me arrumar em uma posição confortável.

— Você... — puxei o ar com força —... namora o meu ex, isso faz de você uma pau no cu lendária...

Mesmo sentindo que desmaiaria a qualquer momento, comentei com um micro sorriso seguindo minha fala.

— O que?! — ela exclamou exasperada — Eu sempre gostei dele, Charlote!

Ouvir aquilo fez o meu sangue ferver.

— Me desculpe, Lauren... Você tem tudo. Eu não tenho uma bola de cristal...

— Mas você deveria saber... — ela proclamou indignada.

Na última vez em que eu e aquela jovem da pela alva e os olhos verdes mais surreais que já havia visto nos falamos, foi para esclarecer que nossa amizade era uma farsa.

Depois disso (de ela ter me largado sozinha quando eu mais precisava de um ombro amigo), nós não vivíamos mais na mesma órbita. Era como se nós nos dignassemos a viver em mundos totalmente paralelos, onde nenhuma realidade era igual e nunca fora.

Mas, naquele momento, que poderia ser de reconciliação, optamos por desenterrar mágoas e assuntos mal resolvidos do passado.

E ela não era a única que tinha verdades à serem ditas.

— Se você acha isso, então eu estou no direito de dizer que você poderia ter me ajudado a evitar tudo o que aconteceu no ano passado.

— Como?! — ela posicionou as mãos na cintura, em uma nova mania de soar intimidadora.

— Exatamente! — me apoiei na parede da cabine para me levantar e sair dali, obrigando a garota a fazer o mesmo — Eu não deveria saber. Você deveria ter falado...

— Pra quê?! — ela perguntou, rindo nervosa — Pra quê? Pra você ignorar os meus sentimentos, pra fingir que ficaria longe, que não se permitiria se apaixonar pelo capitão gostoso do Time de Hóquei da escola?

— Eu... Eu poderia...! — tentei, me escorando na pia de mármore e lavando a minha boca com a água corrente para tentar tirar o gosto de suco gástrico da minha língua.

— Seja honesta, Charlote...

Eu estava de costas, mas graças ao enorme espelho a minha frente, podia ver a sua expressão irritada e ela podia me ver desviar o olhar e passar uma toalha de papel recém-encharcada em minha nuca.

— Diz que você deixaria o Ethan se eu pedisse... Diz que você largaria o que sentia, por mim...

— Não! Eu não largaria! Lauren, eu não largaria... Se você gostasse mesmo dele tomaria uma iniciativa!

Eu amassei o papel em minhas mãos e o arremessei na lixeira com força.

Queria sair dali.

Apenas isso. Queria sair dali e não ter de ficar ouvindo Lauren me condenar por uma falha que também era dela.

Eu já estava cansada demais para aquilo e o dia ainda nem havia começado direito.

Provavelmente eu já havia perdido a primeira aula, então teria de esperar pela próxima.

Mas não ali, com Lauren.

Ameacei sair em um movimento previsivelmente brusco, o que permitiu que minha ex-melhor amiga agarrasse o meu braço e me empurrasse contra a parede.

— Eu sei que você não ligaria... Você é uma imbecil... — ela disse próximo ao meu rosto.

— Não...! E eu cansei de ser a imbecil que fazia tudo o que você queria — seu rosto ainda perto o suficiente — Que estava sempre pronta pra balançar a cabeça de acordo e fazer com que tudo girasse em torno de você. Eu cansei, Jauregui.

Soltei o meu braço e a empurrei.

— Você acha que eu planejei tudo? Acha que estava nos meus planos honrar a memória da minha mãe, me "deixando" apaixonar pelo garoto mais filho da puta do mundo, só pra que a minha melhor amiga não tivesse chances de ficar com ele? — aumentei o tom de voz.

Meus olhos estavam marejados e minhas lágrimas carregavam raiva e frustração. Os de Lauren também.

— Acha que o meu sonho era ter uma foto em que eu estou pelada e drogada colada em todos os armários, murais, portas de sala e banheiros dessa escola? — as lágrimas que antes eu segurava já escorriam por minhas bochechas pintadas e Lauren estava catatônica.

Dizer tudo aquilo à ela era um tanto humilhante. Eu estava abrindo o jogo para a garota que compactuou com a minha infelicidade por um ano e meio, sem um mísero esboço de compaixão com a sua ex-amiga.

— Você não sabe, e eu espero, de coração, que nunca saiba o que é todos ficarem em silêncio te olhando e condenando quando você chega. Não poder assistir uma aula sequer sem um professor tarado te encarando como se visse em você apenas o que aquela foto mostrou. Não sabe o que é ser assediada por esses meninos idiotas que ficam passando a mão em você. Não sabe o quão humilhante pode ser descobrir que não tem ninguém. E, acima de tudo, não sabe o que é odiar a si mesmo por amar quem você deveria odiar.

— Charlie, eu...

— Eu não vou dizer que não quero que você se sinta culpada. Eu quero. Se sinta culpada, sim. Mas não por mim, eu deixei de me importar com o que os outros pensam há muito tempo — enxuguei as minhas lagrimas com a manga do meu casaco e funguei — Mas, você não. Então se sinta culpada. Se corroa de culpa! Deixe a culpa te deixar tão pra baixo que você... mal possa respirar — a vi engolir em seco — Mas, você tem que ser forte... Não é pra qualquer um... Prometa que você não vai desistir no meio do caminho.

Eu a empurrei contra a outra parede dessa vez.

— Que você vai tirar algum proveito dessa culpa que você carrega, Lauren! — eu estava quase gritando — Aprenda algo com ela, aprenda a ser forte e a não cometer o mesmo erro novamente — ela parecia uma caça assustada — Não caia na idiotice de dizer que não sabe, que não viu, não sentiu, e que isso é você, porque não é. Só... seja você... de verdade.

— Do que é que você está falando?

— Que, no fundo, você e quem você mais despreza são a mesma.

Respondi rapidamente. Lauren estava abismada. Seus olhos arregalados como se tivesse sido flagrada cometendo um crime.

Saí dali correndo antes que ela começasse a chorar e eu também.

Eu não tinha cem porcento de certeza do que estava falando. Mas, havia aprendido que as pessoas fazem interpretações diversas.

Elas entendem o que querem entender. Eu tinha deixado em aberto algo que a machucava de verdade.

No fundo, eu tinha dito exatamente o que ela precisava ouvir, ela só não sabia.

E nem eu.


Notas Finais


Ooi, gente!!!

Desculpem pela demora de postar, eu estava juntando algumas ideias pra esse capítulo que me deixou meio G-DEUS!, mas eu tô bem.

E vocês?

Estão bem?

Preparem o ❤ para o próximo capítulo, recomendo.

é isso

With all love,
Eu


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