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História Bad Things - Viagem


Escrita por: Koha

Notas do Autor


Eeeeeeei

Capítulo 10 - Viagem


Eu quero você para sempre, mesmo quando não estamos juntos...



— E não durma tão tarde.

— Mebuki…

— Nada de ficar sem comer. Eu vou saber, entendeu?

— Ela sabe, querida...

— Também não estude até ficar exausta. — dito isto, seu pai ergueu uma sobrancelha, impaciente. — Bem, estude sim. Mente vazia é oficina do diabo.

— Já acabou? Sakura sabe de tudo isso. — com um suspiro, seu pai gentilmente a afastou, sorrindo de uma forma que parecia ser quase um aviso. — Tome cuidado, tudo bem? E nos ligue se precisar de algo. Todos os telefones de contato estão grifados na geladeira.

— Para qualquer coisa, querida. Entendeu? — sua mãe sorriu, gentilmente beijando o rosto dela. — E se sentir muito sozinha, me ligue e eu voltarei correndo.

— Eu irei ficar bem. — ela suspirou, aceitando o abraço rápido e impessoal de seu pai. — Façam uma boa viagem e não se preocupem comigo. Eu sei me cuidar.

Sua mãe ainda lhe repetiu tudo antes de finalmente ser colocada dentro do carro pelo seu pai. Do lado de fora, fosse uma pequena prévia dos próximos dias, o Sol cobria boa parte da rua de uma forma encantadora e o clima era agradável. E com um sorriso mínimo nos lábios, ela ficou encarando o carro até ele dar a volta na rua.

Se sentia um pouco culpada, no fim. Em outros tempos, ela não se sentiria feliz por seus pais passarem alguns dias fora. Ela não gostava de ficar sozinha, e tinha uma mente muito agitada para não criar teorias milaborantes de coisas que, bem, só existiam em sua mente caótica.

Mas, muito embora a casa ao lado parecesse vazia agora, ela não conseguia realmente estar decepcionada. Talvez fosse porque não estaria sozinha, ou porque queria ficar sozinha

com Sasuke, obviamente.

Então, quando entrou, afim de se concentrar em suas tarefas e nas lições que precisava fazer, decidiu que não pensaria mais em como estava sendo uma mentirosa e desordeira. Não gostava de enganar os pais, mas não confiava que eles pudessem entender seus sentimentos.

Oh, não, nem pensar! Talvez um dia, ela precisasse mesmo contar aos seus pais. Queria ficar com Sasuke, e eles teriam que entender que ela gostava dele. Mas a ideia de que eles descobrissem sua relação com ele a deixava apavorada.

Seria um trabalho árduo, para não dizer a beira do impossível.

Sua mãe faria um drama, em seguida de palavras hostis e histéricas, teria um ataque e cairia no chão de uma forma que não a machucasse, mas que desse ênfase no quanto aquilo prejudicaria seu coração e, pasmem! seus neurônios. Então, seu pai teria que tomar as rédeas, porque aquela era uma brecha que Mebuki deixaria no ar para não ser considerada tão cretina.

Por Deus! Essa não era a palavra adequada a se usar. Na verdade, imprópria seria bem melhor.

Também, não era uma mentira. Todos sabiam que Kizashi nunca iria contra uma ideia de Mebuki. Antes que Sakura conseguisse explicar que Sasuke não é exatamente um péssimo garoto, Sakura já estaria condenada a queimar no fogo do inferno.

Não exatamente por Deus, é claro.

Sakura acreditava que Deus era a personificação de amor. Não havia pecado nenhum em amar. Era a coisa mais linda, e fazia das pessoas melhores. Ela mesma estava mais bem humorada, mais atenta as coisas ao seu redor e, droga, que ninguém perguntassem os motivos pelos quais estava rindo, sem exatamente ter falado com alguém ou visto algo engraçado.

Eram sorrisos de alguém apaixonada.

Quando aconteceu? Não perca seu tempo perguntando. Não que Sasuke também soubesse, mas ele já entendia que a admirava desde pequeno por um motivo. Seus sentimentos eram imaturos demais para compreender que aquele sentimento ia bem além de admiração. E Sakura admirava a forma dele de ser honesto e totalmente direto, embora invejasse um pouco também.

Porque, tudo bem, ela estava aprendendo algumas coisas com ele, mas isso não significava, de forma alguma, que ela se sentia menos insegura ou constrangida.

Só de lembrar que deixou claro que queria... Bem, você sabe… suas mãos apertavam seu rosto quente e murmúrios incrédulos saiam de sua boca. No fim, ele ainda conseguiu contornar a situação para não deixá-la tão mal. Agora eu te pergunto: você poderia julgar essa pobre adolescente por estar apaixonada por Sasuke Uchiha?

Não, eu sabia que não.

Estava concentrada em seus estudos quando ouviu a campanha tocar. Com os pés descalços e amarrando seu cabelo no alto da cabeça, ela correu até o fim da escada, sem poder evitar tropeçar no último degrau.

Ofegante, e completamente assustada com a imagem que recebeu em sua porta ao abri-la, ela quase sentiu o ar lhe faltar.

— Você… — e antes de continuar, verificou rapidamente os dois lados da porta, para checar se alguém conhecido não estava por lá. — Você está louco, Sasuke?

— Seus país já foram, né? — ele deu de ombros, segurando sua mochila no ombro. — Não vai me convidar para entrar, Semana Santa?

— Não!

— Por que, não?

— Porque alguém pode te ver. Você sabia que sua mãe vai ficar de olho em mim durante o tempo que meus pais ficarem fora?

— É, ela comentou algo sobre a doce filha dos Haruno ser uma garota exemplar, diferente do péssimo exemplo de filho que ela tinha em casa. O péssimo exemplo de filho sou eu, no caso. — ele suspirou, deixando os ombros caírem com um pequeno bico em seus lábios. — Daí, no único intuito de ser um filho melhor para a minha mãe, pensei em vir estudar com a minha vizinha exemplar. Talvez ela pudesse me dar algumas dicas de como ser alguém melhor.

— Isso não tem nada a ver com ficar me beijando e me fazer passar raiva?

— Nossa, Sakura, você acha mesmo que eu viria até aqui para isso?

— Acho.

— Realmente, você é bem inteligente. — sem esperar que ela lhe desse passagem, Sasuke avançou e a puxou pela cintura, fechando a porta com o pé. — Ah, me dá um desconto. Eu não te vejo têm duas semanas…

— Só foram dois dias.

— Eh? Para mim cada dia teve a carga de uma semana. — ele beijou o pescoço dela, subindo até a orelha para soprar em seu ouvido. — Vai mesmo me expulsar? Eu ainda tenho um caminhão de coisas bonitas para te convencer.

— Você é um trapaceiro. — ela lhe deu um leve tapa no ombro, mesmo que seu rosto quase estivesse doendo com a força de seu sorriso. — Só se for para estudarmos, entendeu?

— Claro, claro… estudar, com certeza. Quem diria que eu ia passar mesmo por essa porta. — ela olhou ao redor, de uma forma indiscreta e até pegou um porta retrato em que ela era pequena em cima da mesinha. — Ah, eu me lembro desse dia. Sua festa de aniversário de seis anos, né?

— Como pode lembrar de tanta coisa? Você estava aqui?

— Claro. Eu ainda não tinha tatuagens, não pichava muros e a sua mãe me adorava.

— É sério?

— Claro que ela gostava mais do Itachi. Todo mundo gosta. — ele rolou os olhos, se aproximando dela quando o puxou para subir as escadas. — Mas eu lembro bem dela apoiar totalmente que a gente se casasse no futuro.

— Eu gosto mais de você, se serve de consolo.

— É melhor não fazer essa cara dizendo algo tão adorável assim. — ele a empurrou levemente contra a parede ao lado de seu quarto, tornando o clima mais tenso e pesado quando quase encostou os lábios no seus. — Eu posso esquecer que eu preciso mesmo estudar para a prova de química, e te atacar aqui mesmo.

— Então é melhor se afastar de mim, Sasuke Uchiha. Nós iremos mesmo estudar.

E mesmo que Sasuke não estivesse realmente afim de estudar, Sakura se segurou na precisão. Sasuke não era um péssimo aluno, mas química não era seu forte. E mesmo que ele a puxasse de vez em quando, insinuando com lábios em sua orelha e as mãos a puxando da mesinha de estudos, ela ainda se manteve firme em seu propósito.

Nunca se sentiu tão orgulhosa por não ceder a tentação. E sim, eles conseguiram aproveitar mais o tempo para estudar, do que para beijar. Muito embora Sakura não se lembrasse o momento em que foram parar em sua cama, com o seu corpo por cima do dele e a mão dele insinuando entrar por baixo de sua blusa.

O que, logicamente, não foi adiante.

— Nós podíamos sair hoje. Alguns amigos meus vão dar uma festa.

— Você têm amigos?

— Eu vou ignorar esse tom de surpresa em sua voz, porque você realmente está me tirando o fôlego agora. — ele sugou levemente o lábio inferior dela, apertando sua cintura. — Topa?

— Uma festa em Konoha? Meus pais saberiam mesmo estando em Kyoto.

— Essa é a melhor parte: não é em Konoha. É numa cidade vizinha, totalmente liberta de qualquer pessoa que conheça os nossos pais.

— Hmm… Não sei…

— Eu vou estar com você o tempo todo. — ele murmurou, carinhosamente deixando um beijo em sua têmpora. — Mas se não quiser ir, eu não me importo de passar a noite dormindo com você.

Sakura sentiu seu interior se contrair, porque na menção à palavra "dormir" sua mente trilhou um caminho totalmente oposto aquela ideia, que, na verdade, envolvia ficar muito bem acordado.

— E você não vai se eu não for? — ela deitou a cabeça em seu peito, no intuito de não deixar que ele percebesse seu rosto vermelho. — Não faz muito seu estilo.

— Normalmente, eu iria. Mas eu quero aproveitar bem esses dias livre dos seus pais. Não vai ser sempre que eu vou ter a oportunidade de ver a minha garota a hora que eu quiser. — ele inclinou a cabeça, trilhando um caminho de dedos pelo braço dela.

— Tudo bem.

— Mesmo?

— É, mesmo. — ela sorriu, erguendo a cabeça para olhá-lo. — Quero conhecer os seus amigos.

— Não espere grande coisa. — ele riu levemente, virando seu corpo de costas na cama, de uma forma que ele estivesse por cima. — Agora, deixa eu beijar minha namorada mais um pouco.

Mesmo que tenha gostado da companhia dele, e tiveram um bom tempo para estudar, Sasuke precisava ir embora, segundo ele mesmo para resolver algumas coisas

Assim que abriu a porta, no entanto, seu coração deu um salto e, ela tinha quase certeza absoluta, parou por alguns segundos.

— Anh? Sakura? — ela abriu a boca, levemente, desviando os olhos incrédulos para Sasuke. — Você? O que está fazendo aqui? Seus pais… eles sabem?

— Estávamos estudando, meus pais viajaram, e isso já responde tudo.

— Bem, eu acho melhor eu ir…

— Não. — Ino, rapidamente, se colocou na frente dele. — Eu com certeza não fazia ideia que você estava aqui, mas não importa. Na verdade é até melhor, o que tenho para dizer para Sakura vale para você também.

Sakura percebeu que Sasuke não estava realmente se importando, ainda sim, ele manteve o braço ao redor do ombro dela, com certa proteção.

— Eu sinto muito.

— Anh?

— O quê? — tal como ela, Sasuke parecia surpreso, com um riso cuspido que fez Ino respirar fundo.

— Eu não deveria tentar te dizer o que fazer, e eu também não deveria julgar o seu… namorado, quando você nunca me julgou. — e com seu tom de lamento e os olhos brilhantes, ela se aproximou puxando Sakura gentilmente dos braços de Sasuke. — Então, tudo bem. Eu não me importo nem se você namorar um presidiário. Mas eu me importo se você não for mais a minha amiga.

— Ela me comparou à um presidiário?

— Ela tinha te comparado à Adolf Hitler. — murmurou de volta, segurando uma risada ante a careta de Sasuke. — Certo. Mas não é para mim que você deve desculpas.

— Você vai me obrigar mesmo a fazer isso? Já não serviu como um "sinto muito" coletivo?

— Ei, Semana Santa… — Sasuke a cutucou, fazendo Sakura encará-lo. — Não precisa…

— Não… — apesar de Sakura parecer resoluta, foi Ino quem interveio. — Ela têm razão, Sasuke. Me desculpa por tentar boicotar seu relacionamento com a Sakura. Eu ainda não gosto de você, mas eu tenho que respeitar a decisão dela.

— Está tudo bem, Meia-noite. Eu também não gosto de você. — parecendo não se importar realmente com a situação, ele se virou e encarou Sakura dando um rápido beijo nela. — Te vejo mais tarde.

Bom, não era uma mudança total, no fim. Ino ainda parecia enojada, encarando aquela cena. E Sasuke… bem, conhecendo seu namorado, sabia que ele a beijara propositalmente para que Ino pudesse ver.

— E então? Estou perdoada ou não?

— Só se me prometer que vai parar de implicar com ele.

— Eu prometo, tá? Eu teria feito isso no dia em que vim aqui, mas você não estava. Por que você estava na minha casa, né?

Quando entraram, Sakura fechou a porta e respirou fundo, sabendo que, mesmo que ambas tivessem se desentendido, ela devia algumas explicações à Ino.

— Eu estava com Sasuke, tá? Eu deveria ter te mandado uma mensagem. Obrigada por não me dedurar.

— Por favor, até parece que eu faria isso. Não importa que a gente não concorde em algumas coisas, ainda sou sua amiga.

Sakura não podia sentir raiva de Ino, no fim. Ela era sua amiga, e desde sempre usava de uma posição super protetora quando se tratava dela. Então, a deixando rapidamente a par de toda situação, percebeu que não suportaria perder a amizade dela.

— Espera... Você pediu ao Sasuke para tirar a sua virgindade?

— Não foi bem assim…

— Caramba! — ela expirou, se jogando em sua cama assim que passaram pela porta de seu quarto. — Você está se mostrando ser alguém muito surpreendente. E aí, como foi?

— Não sei… nós não fizemos nada.

— Não?

— Sasuke disse que quer que a minha primeira vez seja inesquecível. — ela suspirou, olhando rapidamente pela fresta da cortina. Mas as cortinas da varanda em frente a sua ainda estavam fechadas.

— Ok, eu estou tentando raciocinar. Sasuke Uchiha foi atencioso e, mais do que isso, foi a parte entre os dois que não quis transar?

— Bem, não é nada que eu não tenha te dito antes.

— Será que o mundo já está para acabar? — ela inclinou a cabeça, os olhos azuis alarmantes. — Não que você já tenha dito, mas eu sempre tive uma ideia diferente de você. Tipo… sexo depois do casamento e essas coisas.

— Não é uma má ideia. — ela suspirou, encarando o rosto confuso da amiga. — Digo, não é como se esse fosse um sonho, também. Quando estou com Sasuke, na verdade, eu sinto que eu posso fazer qualquer coisa. Ele consegue me compreender, e eu só quero ter todas as experiências possíveis com ele.

— Uau! — exclamou a amiga, ainda incrédula. — Você está entrando mesmo nisso. E os seus pais?

— Hm… Vou ter que lidar com eles uma hora, mas não estou com medo. — virando-se na direção de Ino, ela sorriu timidamente. — Não importa o que eles disserem, eu não vou me separar de Sasuke por um motivo menos que plausível. E hoje, vou conhecer os amigos dele.

— Ele têm amigos?

— Não vou negar, também fiquei surpresa. — ela colocou um dedo indicador no queixo, ponderando. — Eles farão uma festa numa cidade vizinha.

— Uma festa? — Ino se levantou, com um leve tom de interesse em sua voz. — E você já sabe o que vai vestir?

— Não...

— Não?

Por que ela, bem no fundo, não confiava naqueles olhos interesseiros? Ainda mais quando ela se aproximou de seu armário, dando uma breve olhada em suas roupas.

— Você não tem nada que dê para usar aqui. Que tal irmos às compras?

— Ino…

— O quê? Não era isso que você queria? — com um muxoxo, ela cruzou os braços, rolando os olhos. — Você quer se jogar nisso, não é? Então, vou te deixar lindíssima para o delinquente do seu namorado.

— Ino!

— Um fato não anula o outro, querida. Ele não deixou de pichar muros, deixou? — sem uma resposta realmente adequada, ela apenas suspirou. — Vamos, imagine só a cara do Sasuke quando te ver toda bonitona para sair com ele.

— Isso é trapaça…

— Então você não quer impressionar ele? — ela se aproximou, abraçando o braço dela com o seu. — Nós podemos comprar roupas mais adequadas, fazer uma boa limpeza de pele e dar um jeito nesse cabelo.

— Meu cabelo?

— Claro… a gente pode dar uma renovada, não acha?

A ideia, rapidamente, se tornou de suspeita para atraente aos olhos brilhantes e o sorriso que se formava no rosto de Sakura.

Bem, que mal tinha ficar bonita para o seu namorado?


Notas Finais


Hehehehe aiaiaiaiaia, isso vai ser beeem legal


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