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História Ballerino (Jikook) - Capítulo 17


Escrita por: writerphoria

Capítulo 17 - Capítulo 17


Fanfic / Fanfiction Ballerino (Jikook) - Capítulo 17

QUANDO YOONGI ABRIU A PORTA do apartamento, Jungkook passou direto pelo mais velho, sem falar um "a", indo para a lavanderia. Ele deixou o cachorro e a gata no chão e abriu as bolsas que Jimin tinha o dado com as rações dos animais e os potinhos de comida e água. Ele respirou fundo, tentando não se desesperar, já que nunca teve um cachorro ou gato na vida, e ele não sabia fazer nada! Jungkook sabia algumas coisas. Quando namorava Jiah, ele limpava a caixinha de areia de Ryu e colocava água e comida para ele, assim como fazia quando era para Rapmon e o cachorro passava alguns dias com Namjoon e isso foi antes dele se "rebelar", pois nunca mais brincou com os cachorros dos outros.

— Não sabia que tinha adotado pets — Yoongi falou de longe.

Jungkook piscou algumas vezes, confuso, enchendo os potinhos com ração.

— Seu amigo que me deu — respondeu. — Ele sequer sabe se eu sei cuidar de animais. Se eles morrerem, eu não quero ninguém me chamando de monstro.

— Ninguém vai te chamar, você que vai se sentir um — disse, afastando-se na entrada da varanda. — Todos aprendem a cuidar.

Após ter deixado um canto da lavandeira meio que "preparada" para eles. Jungkook olhou para os dois pets, dando risada.

— Eu vou comprar alguma coisa para vocês dormirem em cima e uma caixinha de areia — ele passou o olhar pelas roupas estendidas, pegando um casaco de Taehyung e jogou-o no chão. — Deitem aí até eu chegar e se alguém tentar mexer com vocês, podem morder, viu?

Jungkook subiu para seu quarto, pegando seu cartão, antes de sair atrás de qualquer Pet Shop perto dali.

Quando voltou para casa com as coisas compradas, Jungkook ficou dez minutos tocando a campainha, porém ninguém o atendia.

Não era possível que tinham naquela casa, estavam o ignorando! — pensou, pegando o celular para ligar para o telefone de casa. — Eles são podem estar transando!

O coração de Jungkook quase parou quando viu uma mensagem de Namjoon dizendo que ele estava indo para Daegu com Yoongi. O rapaz colocou as sacolas no chão, mandando mensagem para os outros, perguntando qual era a senha da porta e foi ignorado com sucesso por todos que nem se deram ao trabalho de abrir as mensagens que já tinham chegado para eles. Ele até fez a proeza de desbloquear Yoongi e mandar mensagem para ele e até tentou ligar para todos, entretanto não teve resposta.

Por um momento, Jungkook tinha esquecido dos animais de estimação, mas logo lembrou quando deu um soco no teclado da porta e ouviu latidos. Ele resolveu ligar para Jimin, pois ele poderia ser o único a ajudá-lo naquele momento e, quem sabe, os outros não responderiam o Park. Infelizmente, para seu azar, assim como os outros, Jimin não atendeu seu telefone.

Realmente, hoje não é meu dia de sorte! — lamentou-se, deixando as coisas na porta de casa, saindo.

Jungkook continuou ligando várias vezes para Jimin e foi ignorado em todas elas. O idol pegou um táxi, indo para a academia, onde ele poderia estar ou, talvez, poderia arrumar o endereço da casa do bailarino. Quando desceu do carro, ele correu até o interior do estabelecimento, dando-se de cara com a mesma recepcionista que tinha o atendido anteriormente, onde fingiu ser primo do Park, apenas para saber onde ele treinava.

Ela deu um sorriso tímido ao ver Jungkook ali pela segunda vez em menos de um mês e ele não perdeu tempo para começar a "enganar" a mulher.

— Oi — ele falou para atendente, aproximando-se do balcão. — Jimin-hyung está por aqui?

— Sim — confirmou. — Veio falar com ele?

— Ah... Sim... — ele ficou nervoso, tentando achar uma desculpa para fazê-la liberar sua entrada. — Minha tia veio para Seul e está esperando por ele na porta da casa dele e ele não atende! Aí ela ficou me ligando várias vezes e eu vim atrás dele e levá-lo para casa.

— Ah... — ficou confusa. — Esqueci que vocês são primos.

— É — confirmou com a cabeça. — Por favor, tem como chamar ele?

— O senhor Park não gosta de ser incomodado, principalmente quando está tendo aulas particulares — falou com toda calma do mundo. — E ele meio que proibiu a sua entrada aqui.

— A mãe dele está plantada para fora de casa e está um calor do cara... — sorriu. — Posso entrar e tentar falar com ele? Assim, se ele ficar irritado, eu recebo a bronca.

— Certo, por favor, não demore.

— É rapidinho — Jungkook continuou sendo simpático e ela liberou para que ele entrasse. — Segundo andar, certo?

— Isso.

Jungkook não sabia como ele tinha conseguido subir quatro lances de escada até o segundo andar tão rápido. Ele procurou Jimin nas salas de dança e quando ouviu uma música que parecia clássica em uma delas, abriu a porta com cuidado entrando no local, sem fazer barulho.

Jimin estava apenas com uma calça moletom um pouco colado no corpo, mas não chegava a ser uma legging. Ele também estava sem camisa e sapatilhas da cor de sua pele. O Park parou de dançar, olhando para Jungkook, que fechou a porta com rapidez e entrou sem nenhuma vergonha na sala, onde encarou o professor de Jimin também.

— Não sabia que tinha chamado alguém para ver sua aula hoje — o professor falou em inglês, o que não surpreendeu Jungkook, uma vez que o homem era ocidental.

— Eu não convidei ninguém! — Jimin respondeu-o em inglês.

— Olha, senhor — Jungkook falou. — Eu sou Jeon Jungkook, primo do seu aluno.

— Quê? Primo? — Jimin perguntou em coreano. — Desde quando você é meu primo?

— Desde quando eu uso essa desculpa para entrar aqui, Park — ele respondeu. — Senhor, eu preciso ter uma conversa bem rápida com ele. — Jungkook falava devagar.

Ele sabia bastante de inglês, porém não conseguia ter um ritmo fluido na fala, já que quase nunca praticava com outras pessoas.

— Ah, tudo bem — balançou a cabeça. — Dez minutos de descanso, Jimin, eu volto daqui a pouco.

Assim que ficaram sozinhos na sala, Jimin cruzou o braço, olhando bem para o mais novo.

— O que foi? — perguntou, um pouco irritadiço. — Não consegue mais ficar longe e está me perseguindo?

— Olha, eu preferia que realmente que fosse isso — suspirou. — Eu estou com um problema sério e acho que só você pode me ajudar.

— Fala.

— Todo mundo foi viajar e me deixaram sozinho e sem a senha da porta. Eu já liguei para todos e eles não me respondem! Vai ver, eu sou até silenciado das coisas deles e você pode me ajudar com isso, só me passar a senha da porta.

— Eu não sei — deu de ombros, afastando-se de Jungkook, pegando sua garrafa d'água.

— Liga para um deles e pede.

— Jungkook, você não pode invadir minha aula para eu resolver um problema seu.

— Eu te liguei três mil vezes e você não me responde! Aí, eu pensei que poderia estar aqui e se não estivesse, eu descobria onde você mora e iria lá — Jungkook sentou no chão. — Por que essa ideia de mudar a senha, foi sua, ou seja, esse problema é de nós dois!

— Não, não é da minha conta! — Jimin respondeu filme. — Continua ligando para eles, uma hora eles cansam e te atendem.

— É sua também, sim, senhor — Jungkook continuou calmo, como se fosse a pessoa mais assertiva do mundo. — Você me deus dois pets para cuidar, lembra? Se não fosse por isso, eu nem estaria aqui, pois eu dormiria na casa de algum amigo.

— Ao menos você demonstra ter responsabilidade.

— Vai me ajudar ou não? Eu posso ser bem irritante e seguir até sua casa e eu vou te ficar te irritando e eu vou cantar a plenos pulmões a música dos Minions na porta da sua casa. Ah, você vai levar uma multa também.

— Desgraça! — xingou. — Falta uma hora para minha aula acabar.

— Não tem problema — respondeu. — Eu fico aqui, sentindo e assistindo até a hora de sair — ele pegou seu celular, colocando os fones de ouvido. — Você nem vai lembrar que estou aqui, juro.

Jungkook encostou suas costas na parede e colocou qualquer playlist de músicas que tinha, pois se recusava a ouvir aquelas músicas chatas e queria que o tempo passasse mais rápido.

Assim que o professor de Jimin voltou, Jungkook só viu que Jimin falou alguma para ele, enquanto apontava para ele, só que Jungkook não estava nem um pouco interessado no que os dois estavam conversando. Provavelmente, era só um aviso de que ele acompanharia o resto da aula e logo voltaram a ensaiar.

De alguma forma, o treino de Jimin estava chamando mais atenção de Jungkook do que as músicas. O cantor tirou seus fones de ouvido, guardando-os junto com o celular e passou a prestar atenção no bailarino.

Os passos de Jimin eram tão delicados, porém os saltos que dava, faziam Jungkook sentir o impacto em suas próprias pernas. Eram passos tão precisos e sincronizados com a música que ele se sentiu como estivesse vendo um filme com balé de tão perfeito que as coisas estavam. Até o professor de Jimin estava animado e ficava falando "yes" para lá, "perfect", "wonderful" para cá. Jungkook que não era nenhum pouco interessado em balé, achou a performance muito balé e sentiu falta de alguém dançando com ele, contudo não entendia nada sobre a dança.

O tempo até passou rápido e o professor foi o primeiro a sair, deixando-os sozinhos.

— Eu vou tomar um banho e te encontro lá embaixo — Jimin avisou, enquanto pegava suas coisas.

— Não precisa tomar banho — Jungkook disse. — Toma na sua casa.

— Eu vou tomar um banho e te encontro lá embaixo — falou a mesma coisa.

— Não mesmo! — levantou-se do chão. — Eu só saio daqui com você, entendeu? Quem prova que não vai sair pelos fundos?

— Eu — Jimin respondeu com a maior seriedade do mundo. — Quantas vezes eu quebrei sua confiança?

— Hoje de manhã, por exemplo — fez um sinal com as mãos, indicando o óbvio. — Me dá seu celular.

— Oi?

— Me dá seu celular, aí, eu vou saber que realmente vai me ajudar — repetiu. — É isso ou eu vou ficar na porta do vestiário, te esperando sair.

— Onde que eu fui me meter! — Jimin reclamou, procurando na bolsa e estendeu a chave de seu carro para Jungkook. — Me espera no meu carro. É o branco que está estacionado na frente da academia.

— Eita, dar a chave do carro é mais seguro que o celular? — zoou. — Não ia mexer no seu celular, ok? Podia ficar tranquilo que não ia procurar suas nudes para depois de obrigar a pedir demissão. Só se sua senha for 1234, porque nesse caso, você mereceria.

— Vai logo! — pediu.

— Estou indo — Jungkook respondeu. — Você vai dirigindo?

— Não, meu querido, meu carro se teletransporta, não sabia?

— Para de ser grosso comigo, caralho!

— Então pare de fazer perguntas estúpidas — pediu.

— Eu não estou fazendo perguntas estúpidas — bufou. — Só não sabia que você dirigia... Se sabia, eu não lembrava.

— É que para você, eu não sei fazer nada! Não sei me defender, não sei mandar, não sei ser psicólogo, não sei ser empático, não sei ser legal, não sei nada além de balé, estou certo?

— Longe de mim pensar essas coisas de você — disse, sorrindo. — Entretanto… Talvez.

Jungkook fez uma careta, desdenhando Jimin e saiu da sala.

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Jimin andava pelo corredor do andar do apartamento de Jungkook, ligando e mandando mensagem para cada um dos garotos. Realmente não era possível que nenhum não estivesse perto do celular para atender. Até passou pela cabeça dele que tivessem combinado aquilo para deixar Jungkook desesperado e sem lugar para dormir sem dar uma satisfação.

O Park resolveu mandar mais mensagens, voltando para perto da porta, onde Jungkook estava sentado em esperança que fosse conseguir entrar no lugar que morava.

— Estou me sentindo um criminoso iniciante que nem arrombar a porta de casa, sabe — disse, olhando para cima, onde Jimin se encostou na parede. — Responderam?

— Não. Vamos esperar mais um pouco — Jimin passou a mão pelo rosto. — Deveria estar em casa, descansando. Até tive que desmarcar meu encontro de hoje.

— Hum... — maliciou. — Desculpa por ter estragado seu encontro... De novo.

— Fica quieto! — Jimin não gostou nenhum pouco de como Jungkook falou.

— Namorado ou peguete? — perguntou, dando risada, recebendo o silêncio como resposta. — Eu estou tentando manter uma conversa com você, sabe? Ficar no silêncio total com você, é um bem constrangedor para mim.

— Você fica no silêncio total comigo quando estamos no carro e nunca reclamou.

— É que eu não gosto de conversar quando estou no carro. Eu gosto de colocar meus fones, colocar uma música e ir ouvindo até chegar no lugar — explicou. — Sobre isso, não é nada pessoal. Só é pessoal, quando resolve sentar ao meu lado.

— Você acha cada coisa idiota para implicar comigo, pois eu não te irrito de verdade, né?

— Irrita, sim! — encostou a cabeça na parede. — Sério, desculpa ter atrapalhado seu encontro. Em compensação, se ele não quiser mais, eu tenho duas pessoas que estão interessadas em você.

— Por acaso, você está fazendo propaganda minha?

— Não, no entanto, só de falar que tenho um adestrador que é o próprio Lúcifer ou filho de Lúcifer encarnado, as pessoas já acham sexy demais e pedem seu telefone.

— Me sinto especial por saber que está falando de mim para os outros — Jimin gargalhou. — Vou ligar para meus pais e dizer sobre isso.

— Tenho que dar explicações do motivo de não estar mais saindo com eles.

— Fique sabendo que eu não quero número de ninguém.

— Eu não ia dar mesmo. Deus me livre você namorando algum dos meus amigos e ter que te suportar quando for embora do trabalho — mexeu os ombros. — Senta aí.

— Não, obrigado.

— Ficar em pé, não vai fazê-los responderem mais rápido.

— Estou bem, Jungkook. Obrigado pela sua preocupação.

— De nada.

— Vi que comprou uma caixinha de areia para a gata — sorriu. — Você está saindo melhor do que imaginei.

— Você queria me ver desesperado, não?

— Não. Só não imaginei que seria tão bom.

— Jiah tinha um gato — falou, mordendo os lábios, lembrando-se do bichano. — Eu ajudava a cuidar dele quando estava com ele.

— Explicado.

— Eu nunca tive um animalzinho de estimação, até você chegar com dois — rolou os olhos. — Nem me perguntou se tenho tempo e paciência para esse tipo de coisa.

— Se achou ruim, devolve — Jimin cruzou seus braços, fazendo contato visual com o cantor. — Jungkook, serão quatro dias que passaremos juntos, não me irrita, pois será melhor para você também.

— Já disse para parar de me ameaçar.

— Não foi uma ameaça, foi um aviso para o seu bem.

— Continua sendo uma ameaça — ele ficou quieto por alguns segundos. — Posso te denunciar por maus tratos.

— Se poupa do ridículo, pequeno.

— "Pequeno" — deu risada. — Se enxerga, Park.

— Se poupa do ridículo, pirralho. Vai chegar na polícia e falar o quê? Que acha que foi ameaçado?

— Que você quebrou meu coração e eu sou uma pessoa sensível.

— Pelo seu histórico, eles iam rir da sua cara e mandar te prender por uma semana.

— Mudando de assunto — Jungkook limpou a garganta. — Parabéns pela dança, gostei bastante.

— Um elogio vindo de você? Muito obrigado! — o bailarino arregalou os olhos de forma exagerada. — Gostou mesmo ou está me zoando?

— Eu não sou chegando em balé, só vejo em filmes, porém realmente achei bom. Realmente, me faltou alguma coisa...

— O que seria dessa coisa? — Jimin cansou de ficar em pé e sentou-se também.

— Uma pessoa? — disse sem certeza. — Eu não sei...  Não entendo nada de balé para saber se está fazendo certo ou errado, só digo que não é nada demais do que já vi em programas ou filmes. Para mim, é tudo muito genérico, para falar a verdade. Por isso, não sei falar o que é ou não. E eu estou acostumado a ver solos de bailarinas e o casal dançando juntos... Ah... Não estou te criticando, só que é tudo muito igual, porque não faz algo diferente para se destacar dos outros?

— E o que você propõe?

— Já disse que eu não entendo nada de balé — mexeu os ombros. — Eu teria que te ver dançando mais vezes e aprender sobre esse mundo do balé. Eu não sou professor de dança ou formado na área. Eu só considerado um dos melhores performers do k-pop, então... Olha, nem todas as pessoas talentosas chegam ao sucesso, não porque são ruins. Tem algumas que são perfeitas e a sorte não está ao lado deles. Outros perdem oportunidades por não explorarem seu potencial e aquele "mais ou menos" que consegue se impor no palco e diante do público que consegue essa vaga. Pode ser que você seja o melhor dos bailarinos, porém não é seu destino ser um profissional. Não foi você que me disse que "nem tudo é como queremos"? Vai ver seu destino é ser psicólogo de uma clínica conceituada, já que você é de uma família influente e a dança ser seu passamento. Uns passam o tempo jogando bola, você vai dar suas piruetas por aí.

— Eu aceito meu destino, Jungkook! Eu estou pronto se ele for assumir meu papel como psicólogo.

— Você tem certeza disso? — perguntou, provocando Jimin. — Não parece, uma está se sujeitando a ficar aqui, apenas para não desistir do seu sonho, porque após tantos "não" que recebeu, se realmente aceitasse o seu destino, você estaria em Busan.

— Destino é uma baboseira, isso nunca dá certo — reclamou. — E não tente ditar o que eu devo ou não fazer com a minha vida.

— Por que você tenta ditar a minha?

— Minhas decisões não afetam a vida de ninguém, além da minha. Já as suas... Você sabe o que eles fazem.

— Você diz me entender, no entanto, na primeira oportunidade, já joga a culpa toda pra mim.

— Eu te entendo e você não é só a vítima da história. Você tem consciência do que faz e uma pessoa consciente de seus atos, já não é mais inocente ou vítima — Jimin descruzou os braços. — As maiores vítimas dessa história são os outros três que não tiveram nada a ver com seu passado e estão sendo usados como saco de pancadas disso. A verdade é que todo mundo é vítima e culpado em algum ponto. Alguns são mais culpados e outros mais vítimas em algum momento.

— Seu verdadeiro talento é ser psicólogo — sorriu. — Vai ser maravilhoso as porradas intelectuais que dará nos seus clientes.

— Eu estou tentando te ajudar e você nega, pois não gosta de mim! Eu já falei para você tentar, e dependendo de como sair, eu peço demissão e vou embora, como o seu presente de aniversário — Jimin relembrou-o da conversa. — Você diz que não gosta de mim e, ainda assim, não faz nada para me mandar para longe e quer que continue aqui te enchendo o saco. Até parece que é masoquista!

— Sou um pouco — suspirou. — Tudo bem, Park — ele ergueu os braços como se rendesse. — Eu aceito tentar me reaproximar deles. Por acaso, você tem alguma dica? E eles vão saber que eu estou fazendo isso por sua causa.

— Deixa comigo. Você só precisa dizer "sim" para tudo o que pedir para fazer.

— Eu não posso, simplesmente, te dizer "sim" para tudo o que quiser, Park — Jungkook debochou. — Vai que me pede uma coisa que eu não possa fazer ou não queira.

— Eu só pedirei coisas simples de fazer, certo? Não vou mandar você dançar da lua ou tacar fogo no corpo.

— Eu não acho que deveria acreditar em você — Jungkook bufou, estendendo a mão para Jimin. — No entanto, trato feito.

— Ótimo — Jimin pegou a mão dele, apertando. — Seja legal comigo e você só sairá ganhando nessa história.

— Aliás, você não quer te ajude a se tornar um melhor performer e você passar em 1° lugar no próximo teste?

— Deveria?

— Você me ajuda e eu te ajudo.

— Ok — Jimin sentiu a mão de Jungkook apertar mais a sua, para em seguida, largá-la. — Trato feito.

— Lá vai eu ficar durante semanas ouvindo músicas chatas! — reclamou.

— Não são chatas.

— São sim.

Jimin sentiu seu celular vibrar e pegou-o do bolso, lendo a mensagem de Jimin. O Kim tinha mandado tanto pedido desculpas, dizendo que tinha esquecido que Jungkook não tinha mais a senha da porta que até ficou difícil achar a mensagem que tinha a senha.

— Mandaram? — Jungkook perguntou, quando viu Jimin levantar-se.

— Sim — ele foi até a porta, digitando a senha que tinham mandado.

— Qual a senha? — Jungkook perguntou, esperançoso que fosse tê-la.

— Não vou te dizer — o mais velho abriu a porta.

— Park, você não vai me a senha da porta da minha própria casa?

— Acertou.

— Tudo bem, estou aqui para te servir, senhor — Jungkook fez uma reverência, enquanto ligava as luzes.

O mais novo foi direto para a lavanderia, ligando as luzes durante o caminho, quase tendo um ataque do coração quando viu a cozinha e a lavanderia cheia de cocô e xixi. Jimin que veio atrás dele, até deu risada da bagunça.

— Boa sorte! — o mais velho desejou.

— Ah, não, pode me ajudar! — Jungkook não deixou Jimin se afastar, pegando-o pelo antebraço. — Isso é sua responsabilidade também, sabia?

— Pede com educação que eu ajudo.

— Me ajuda, Park, eu não sei limpar as coisas. Eu nunca tive um cachorro e nem um gato para chamar de meu em toda a minha vida e preciso de ajuda, por favor! — pediu como uma criança que tivesse acabado de ser repreendida.

— Ok — Jimin concordou, tirando a mão de Jungkook de seu pulso, indo até a pia da lavanderia, pegando um balde. — Vai deixar eles dormindo aqui?

— Até eu arrumar um lugar para deixar eles, sim — respondeu. — O Rapmon e o Yeontan dormem aí quando vêm passar uns dias aqui e nada aconteceu. É fresco no verão, e é quente no inverno.

— Você vai se apegar a eles e vai querer que durmam no quarto com você — disse com convicção.

— Não vou!

— Vai sim — Jimin pegou uma sacola, entregando para Jungkook. — Vai pegando o cocô, enquanto encho esse balde para lavar a cozinha.

— Que nojo!

— Você sabe que vai ter que dar um banho na gatinha, né? — Jimin reparou ela, dormindo em cima de uma blusa de frio, perto do cachorro. — Ela é cega e se sujou toda.

— Eu não vou dar! — exclamou.

— É sua, vai dar sim.

— Credo! — reclamou. — Ainda tem tempo de devolver?

— Se você lavar a cozinha, eu dou banho nela.

— Nenhum dos dois e quando for embora, pode levá-los.

— Vai limpar as coisas logo! — Jimin ficou bravo.

— Isso aqui é minha casa, Park, você não manda em nada aqui, entendeu? — saiu de perto de Jimin, indo para a cozinha.

— Vamos finge que eu acredito nisso, tá? — Jimin começou a procurar produtos de limpeza. — Vamos terminar com isso logo, eu quero ir para casa comer.

— Eu já estou fazendo — o mais novo falou, ficando quieto.



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