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História Bamnan and Slivercork - I guess i'll take care


Escrita por: NaruSasuProject e SweetSwan

Notas do Autor


Oie

Capítulo quatro, e eu preciso dizer: esse é um dos que eu mais gosto ❤️

A música tema é a de mesmo nome: I guess i’ll take care. Os links:

youtube:https://www.youtube.com/watch?v=BgvNmZzHrRw&list=OLAK5uy_kIild3woV5rrxdMKsheAd-oXhV52A46OA&index=4&ab_channel=Midlake-Topic
spotfy: https://open.spotify.com/track/4OGNMmMepDq5fLGSi1BXgl?si=6d83d99fcd084d5f

Foi betado pela linda @Fuyuka_Hideki

Espero que gostem <3

Capítulo 4 - I guess i'll take care


I want you all the time

You want me too...

(Eu quero você o tempo todo

Você me quer também...)

 

Dois dias depois de receber seu presente de aniversário voador, Naruto estava na Kingfish Pies tentando escrever a carta de resposta para Sasuke. Já tinha tentado escrever quatro vezes, mas em todas achava completamente horrível. Nada do que escrevia, conseguia chegar aos pés do sentimento que queria passar através dela. Queria mostrar ao Uchiha o quanto aquilo o fez feliz. Foi o presente mais legal e bonito que ganhou na vida inteira. Mas não estava saindo nada como queria demonstrar. Nada do que escrevia, mostrava a sua paixão e seu carinho por ele.

Olhou no relógio que estava ao lado do paraquedas/planador que ganhou, junto da Slivercork. Os objetos ficavam perto de si. Estava chegando a hora de subir para o telhado. Poderia ter um pouco de inspiração olhando para o Uchiha, sabia disso. Então tentaria escrever a carta de novo mais tarde.

Naruto guardou seus papéis de carta dentro da pasta de madeira na gaveta atrás do balcão da loja, assim como suas canetas e a tinta. E já pegou a caixa do binóculo, a colocando em cima daquela superfície para se preparar para subir. Na frente do pequeno espelho que mantinha ali, arrumou o cabelo, limpou a fuligem do rosto, assim como esticou as roupas. Mesmo que não pudesse ser visto, queria estar bonito. Vai que, de alguma forma, Sasuke encontraria alguma maneira de vê-lo. Então tinha que estar sempre bonito.

Colocou a boina para que o cabelo meio bagunçado fosse escondido, e quando estava indo pegar o binóculo na caixa, ouviu o sininho habitual de quando tinha alguém entrando na loja — e no mesmo momento, desejou que fosse bem rápido. Não queria demorar a subir.

Ao olhar na direção da entrada, para atender cordialmente o cliente, o Uzumaki, mesmo tentando se controlar, quase foi ao chão.

— Naruto, querido! — Era a senhora Mikoto, sorrindo de maneira simpática. — Há tanto tempo não viemos aqui! Céus, senti saudade do cheiro das suas tortas. Que delícia!

Acompanhando a mulher que sempre era amável e simpática, estava... Sasuke.

O garoto segurava, junto ao peito, uma caixa de madeira de tamanho mediano — igual a que guardava o binóculo do loiro — e quando os olhos dele encontraram os seus, Naruto viu com perfeição, gradualmente, a cor das bochechas do Uchiha mudar devagar de cor-de-rosa para vermelho, logo depois para vermelho sangue.

— Bem... vindos! — Sorriu da melhor maneira que pôde, mesmo em meio ao enorme susto. — Fico feliz que sinta saudade das tortas, senhora Uchiha. Assim acaba voltando.

— Claro que voltamos! Meu pequeno disse várias vezes nos últimos tempos que queria comer torta. Não sou só eu que sinto saudade — a mulher disse de forma doce. — Meu marido e o meu pequeno mais velho gostam muito também. Eles pediram para levar as de sempre.

Como se fosse possível, Sasuke ficou ainda mais vermelho após aquela fala, tanto que tinha o olhar baixo. Ele não olhava para o loiro. Parecia estar muito tímido e com muita vergonha. Mas Naruto não conseguia parar de olhar para ele. O garoto da fábrica de balões estava ali. E era ainda mais bonito de perto, assim.

— Claro, senhora Uchiha — disse de maneira atenciosa, apontando para a vitrine. — Queijo, damasco e alho poró; camarão com molho branco; frango com creme de espinafre... e... Banana com canela. São essas, sempre me lembro.

— Isso, querido! — Mikoto sorriu. — Maravilha, tem todas. Você pode embalar para a gente levar?

Sasuke permanecia naquele silêncio vermelho, ainda olhando para baixo, abraçando aquela caixa de madeira como se ela pudesse ajudá-lo a ficar mais tranquilo. Ele parecia buscar aquilo. Naruto entendeu porquê Hinata disse que ele era tão tímido. Mas parecia ainda mais do que ela descreveu. Mas, de nenhuma forma, o coração do Uzumaki parou de bater forte. Pelo contrário. Conseguiu achar o garoto ainda mais lindo e fofo que antes.

— Como já está bem tarde, temos que adiantar um pouco esse processo, sim? Kakashi está esperando com a charrete — Mikoto expôs, ainda de maneira simpática. — Ainda temos que pegar os bolos no Kimimaro.

— Sempre demora um pouco pra arrumar pra viagem, acho que a senhora sabe — Naruto lembrou. — Eu... A senhora... Vocês podem pegar o bolo enquanto embalo as tortas, se preferirem. Quando voltarem, estará pronto.

Naruto disse aquilo porque tinha que se mostrar simpático aos clientes, mas se Sasuke fosse embora dali, teria um colapso. Era esse o sentimento. Há quanto tempo esperava para vê-lo de perto assim?

— Hum, ótimo. — Mikoto parecia satisfeita. — Vamos, meu amor? — Ela olhava para o filho, já um pouco menos vermelho.

— Mãe... Eu... Estou meio cansado — Sasuke falava baixinho. — Posso espe-rar pela senhora... A-qui? Eu me sento... Ali. — Ele apontou para a mesa do canto.

— Hm, não sei se te deixo sozinho. Sabe que é perigoso. — Ela franziu o cenho. — E vamos no Kimimaro. Ele é sempre legal com a gente, igual ao Naruto. Esqueceu?

— Senhora... Eu entendo o medo. A respeito de vocês... Uchiha... Vocês têm que ter mesmo. — Naruto tinha que agir ali. Não havia nenhuma forma de perder aquilo. Não podia. — Eu posso fechar a porta e passar a tranca até a senhora voltar. Já que o Sa... Ele não quer andar mais. Assim... Ninguém mais vai entrar aqui.

O Uzumaki costumava se dar bem com as palavras. Esperava que aquilo convencesse a mulher. E sempre havia sido simpático e pegava as melhores tortas para ela. Uma gota de confiança ela deveria ter.

Havia um cara alto e ruivo na porta, olhando o que acontecia. Era o guarda deles, sempre o via acompanhando os Uchiha pela cidade.

— Hum. Quer esperar aqui então, querido? — Mikoto indagou de novo ao filho e olhou para o ruivo na porta, em busca de aprovação. Afinal, ele entendia melhor de segurança. E o homem assentiu após olhar todos os cantos do estabelecimento, assim como a tranca. A loja não possuía janelas, a única forma de entrar era mesmo pela porta.

Sasuke assentiu para a pergunta da mãe dele, sem contato visual com Naruto, estando um pouco vermelho de novo.

— Tudo bem. — Ela foi até a porta. — Pode vir trancar, Naruto, querido — ela pediu. — Juugo vai comigo pegar os bolos. — Ela olhou para o filho que ia na direção da mesa. — Descanse, meu amor. Voltamos daqui a pouco.

— Obriga-do, mãe. — Sasuke sorriu para a genitora, que sorriu para ele também.

Naruto foi até a porta, e viu a mulher e o cara alto observando a porta ser fechada, só os ouvindo partir após o barulho da tranca lacrada.

Aquilo estava mesmo acontecendo? Nem em seus mais remotos sonhos o apaixonado Uzumaki imaginou que algo como isso poderia acontecer. Nunca. Estava trancado com Sasuke dentro da Kingfish Pies. Apenas os dois.

Devagar e em silêncio, Naruto foi na direção do balcão atrás da vitrine, e se abaixou, pegando quatro caixas de papel para colocar as tortas. Céus, estava muito tímido. Não sabia o que dizer ao Uchiha, que estava exatamente do mesmo jeito.

Sasuke colocou a caixa de madeira — que provavelmente continha o binóculo novo dele — em cima daquela mesa, indo em direção da vitrine também, em extremo silêncio por trás de bochechas muito vermelhas, talvez querendo ajudar no embalo das tortas. E chegando naquele ponto, Naruto percebeu que o moreno notou que no canto estava o paraquedas/planador Bamnan, e a Slivercork. E ali, um pequeno esboço de sorriso apareceu no rosto bonito. Ele pareceu ficar feliz por ter dado certo o envio do presente.

E após esse esboço de sorriso, o garoto da fábrica de balões ficou ainda mais vermelho, olhando para baixo, sem dizer nada, pegando a caixa de papel, estendeu um pouco para que Naruto pudesse colocar a torta de queijo e damasco.

Tendo a primeira torta embalada, Naruto colocou a tampa, em seguida, a alocando no canto, sem nenhuma ideia de como conseguir falar diante da timidez do outro, assim como da sua própria — aquilo nunca tinha acontecido; ficar tímido. Geralmente era desbocado e atirado, mas diante do garoto pelo qual se apaixonou, se via sem palavras.

Mas, mesmo sem saber como falar qualquer coisa, a ânsia por estar perto de Sasuke era tão grande, que acabou não conseguindo fazer nada além de olhar para ele. E diante disso, o Uchiha abaixou mais o olhar, ainda mais sem jeito e mais vermelho, claramente sem saber o que fazer, ainda mais que o Uzumaki.

Porém, Naruto era assim. Mesmo diante da timidez, conseguiu dar um passo, e estava um pouco mais perto do Uchiha, que continuava do mesmo jeito. E respirou fundo enquanto o coração batia em disparada, quase incontrolável.

Naruto levou a mão direita ao rosto de Sasuke, tocando com a ponta dos dedos as bochechas vermelhas com cuidado e carinho. Eram quentes, a pele era macia e bonita. Com esse toque, o Uchiha fechou os olhos. Aquele fechar de olhos não era um ato de desaprovação. Se fosse, ele teria se afastado. Mas Sasuke respirava um pouco mais fundo, mostrando com o corpo que aquilo o agradou.

Com isso, o Uzumaki moveu um pouco mais os dedos na bochecha vermelha e quente, agora usando o polegar, e esperava poder olhar nos olhos do Uchiha. Mas não sabia se ele iria olhá-lo. Ele apenas estava... Parecendo gostar de sentir a mão do loiro fazendo carinho.

Mas, por fim, aconteceu o que Naruto queria. Sasuke abriu os olhos, finalmente olhando nos seus. Um olhar que demonstrava carinho. Ele parecia querer mostrar isso, diante do que recebia. E a mão direita do Uchiha se moveu um pouco para cima, indo na direção do ombro de Naruto. Ele o tocou com a ponta dos dedos ali, ainda o olhando nos olhos, e a moveu mais um pouco, o segurando pela gola camisa, apertando um pouco por entre os dedos.

O Uzumaki olhou aquele ato e o Uchiha continuava a segurar a gola, como se pedindo alguma coisa. Olhando novamente nos olhos negros e bonitos, entendeu. Conseguia entender. Os olhos mostravam.

Naruto aproximou o rosto do dele, quase encostando os narizes e não via nenhuma reação negativa. Nada. Sua gola continuava a ser segurada naquele pedido silencioso do outro. Então selou seus lábios aos de Sasuke. Tentar descrever aquilo era muito difícil. Era o garoto pelo qual estava apaixonado e estava beijando os lábios rosados e quentes dele. Se o coração batia rápido antes, estava ainda mais agora.

Ao se afastar, sentia suas bochechas vermelhas como as do Uchiha, ambos tinham o olhar mais tímido e baixo, mesmo em meio a respiração um pouco mais rápida. Naruto ergueu um pouco o olhar, gostava muito de ver os olhos bonitos, assim como gostou de encostar os lábios nos dele.

Sasuke o olhava fundo nos olhos e apertou mais a gola da camisa do loiro, aumentando a intensidade daquele pedido silencioso. Ele não precisava dizer nada. Para o Uzumaki, aquele pequeno ato tinha mais clareza do que se a palavra em si fosse dita.

“Mais”

Voltou a beijar, então. Desta vez, não se afastou rápido. Moveu um pouco os lábios nos dele, bem devagar, notando aquela coisa que costumava notar quando beijava alguém novo nessa área. Sasuke não parecia já ter beijado alguém. Ele estava curioso e parecendo descobrir.

Levou a mão para os cabelos negros, descobrindo que eram macios como imaginava, passando a acariciá-lo ali, na nuca, enquanto a outra mão o segurou pelas costas, trazendo um pouco mais para perto. Sasuke, que estava descobrindo uma coisa nova, repetia o que o loiro fazia, o segurando pelas costas também, movendo o lábio devagar, como achava que tinha que fazer para acompanhar.

Era sempre muito gostoso para Naruto vê-los descobrindo como fazer. E ter Sasuke ali, descobrindo consigo, fazia o coração bater ainda mais rápido, muito. Estava tão apaixonado por ele, que mal conseguia se controlar. A respiração ficou tão rápida, que precisou afastar os lábios, mas logo encostou o rosto no pescoço do moreno, o beijando com carinho na região, sentindo a respiração quente e rápida do outro em seu cabelo, se vendo na liberdade de tirar a boina e colocar em cima do balcão.

O cheiro de Sasuke... Céus. Aquilo estava deixando-o maluco — algo como menta misturada outra coisa verde —, tanto que fazia carinho nas costas dele com mais intensidade, assim como o segurava pela nuca com mais firmeza, respirando fundo, memorizando o aroma tão gostoso. E não parava de beijá-lo ali, percebendo, bem diante de si, o corpo do outro responder com respiração mais ofegante e toques mais intensos em suas costas.

Naruto ergueu a cabeça, ofegava, voltando a olhar nos olhos bonitos que mostravam que ele estava gostando.

Sasuke estava gostando de beijá-lo.

O Uzumaki abaixou um pouco a mão que segurava o mais velho nas costas, a depositando na cintura dele, ainda apertando naquela intensidade e alternava o olhar entre os olhos e a boca rosada, que parecia ansiar por um novo encontro com a sua. Sasuke, mesmo naquela situação extremamente nova para ele, estava gostando muito. Mesmo. Naruto tinha uma experiência que o permitia identificar certas coisas. Ainda mais ao beijar um garoto. Ele está ficando excitado —  era o que o Uzumaki pensava sem parar. Aquilo o estava deixando louco, ainda mais, pelo alvo de sua paixão.

Mordeu o lábio inferior, olhando-o nos olhos para deixá-lo com mais vontade, e via Sasuke ainda ansiando pelo beijo, também mordendo o lábio como o assistia fazer, enquanto o tocava e apertava as costas do loiro, pedindo daquela forma que, mesmo silenciosa, era perfeitamente compreensível.

Naruto, então, voltou a selar seus lábios nos do mais velho e desta vez, levou a língua, bem devagar, algo que não tinha feito ainda para não assustar o outro. E notava o primeiro momento de susto do Uchiha, que aparentemente descobriu que era gostoso sentir outra língua, começando a puxar e apertar mais o loiro. Até que a timidez daquele ato se esvaiu, fazendo o garoto tímido usar a língua dele também, encostando na alheia.

O Uzumaki puxava os cabelos negros com ainda mais intensidade, colando ainda mais os corpos, louco pelo Uchiha. E naquele ato, acabou sentindo aquela coisa que já sabia que iria sentir. Conseguia saber que ela estaria ali, mesmo sem ver ou tocar. Os sinais eram bem claros. E voltou a beijar o pescoço do moreno, querendo aumentar mais ainda o desejo. Já tinha notado que ele gostou daquilo.

Sasuke, desesperado e com vergonha, afastou o quadril de onde estava encostando — na perna direita do loiro — e com uma das mãos começou a abaixar a camisa, tentando esconder aquele volume denunciador, se afastando, mas ainda ofegante diante dos beijos do Uzumaki em seu pescoço.

Naruto, que tinha apreciado muito sentir o corpo do Uchiha cedendo diante de seus toques, não estava gostando de vê-lo tentando esconder o desejo que sentia. Então segurou a mão do moreno que trabalhava para ocultar a “vergonha” e a levou para seu peito, indicando que ele podia tocar ali. E ao mesmo tempo, aproximou os corpos mais uma vez, bem perto, mostrando ao mais velho que sua situação não era nada diferente da dele. Mostrou isso encostando seu volume na perna dele, esfregando um pouco, dizendo silenciosamente que aquilo era normal. E era normal, ainda mais com um garoto.

Sentir aquilo pareceu deixar o Uchiha menos envergonhado, e mais que isso, o deixou mais excitado, aparentemente. Pois passou a ofegar mais com os toques e puxões em seus cabelos, e apertar mais o mais novo, pedindo por mais.

Naruto sorriu no pescoço do garoto da fábrica de balões, se movendo mais uma vez para o beijo de lábios, agora mais afoito e com o encontro de línguas mais certeiro. Sasuke aprendia rápido — uma grande alegria para o Uzumaki.

Como já tinha mais liberdade, Naruto sugou um pouco a língua do moreno, o fazendo quase gemer quando, ao mesmo tempo, moveu uma das mãos para a coxa do Uchiha, apertando-o com certa força. Ele gostou, era o que pensava ao senti-lo pedir mais com um pequeno movimento do quadril. E ali, o Uzumaki não tinha mais controle. Estava muito louco por ele, aquilo queimava demais. Sentia que poderia beijá-lo para sempre, sem precisar beijar ninguém mais.

E com essa pequena falta de controle, moveu aquela mão um pouco mais para cima, indo para aquele local que, minutos antes, o Uchiha tentava esconder. E sem conseguir se segurar, o tocou lá, sentindo o corpo do outro se contrair enquanto ele afundava o rosto em seu pescoço, soltando um gemido de agrado extremo. Sentir aquilo extrapola, de verdade, todos os sonhos que o apaixonado Uzumaki teve em relação ao moreno. Aquilo era...

Então ouviram altas batidas na porta.

— Naruto! Querido. Abra, por favor. Já voltamos. — Era a voz de Mikoto.

Naquele momento, os dois se afastaram rápido em um baque, muito ofegantes e vermelhos. Ambos tinham situações nas calças que denunciavam algo que era, de fato, abominável para a maioria das pessoas.

Se olhavam nos olhos, pensando no que fazer, então, Naruto pensou. Apontou para o banheiro, indicando para o Uchiha ir. Seu casaco era grande e esconderia aquilo, logo poderia abrir a porta para a mulher.

Sasuke assentiu, indo rápido ao banheiro, fechando a porta atrás dele.

— Claro, senhora Uchiha! Vou abrir agora — disse de uma maneira simpática, vestindo o casaco que escondia sua situação, pegando a chave em seguida.

Foi abrir a porta, pensando na desculpa para não ter as tortas embaladas, e conseguiu pensar em uma coisa muito boa.

Quando abriu, a mulher e o segurança entraram de cenhos franzidos, procurando o jovem herdeiro.

— Ele está no banheiro — apontou. — Acontece que eu vi que não tinha caixa de papel para as embalagens, então o Sasuke me ajudou a montar elas. Agora só falta colocar as três tortas e está pronto.

— Hum, tudo bem — Mikoto disse tranquilamente, indo se sentar na mesa que estava o binóculo do filho. — Acho que também estou meio cansada.

O cara ruivo colocou as caixas de bolo na mesa e foi para a porta fazer guarda. Naruto, ainda se recuperando de uma coisa que jamais imaginou que aconteceria, foi para o balcão terminar de embalar as tortas. E até que Sasuke saiu do banheiro, só faltava uma torta para guardar.

O Uchiha tinha uma expressão mais serena por trás das bochechas rosadas, indo até o Uzumaki ajudar a empacotar a torta. E naquele pequeno processo, trocaram breves olhares que, sem nenhuma dúvida, mostravam o desejo por mais.

Quando estava tudo pronto, Naruto amarrou as quatro tortas uma por cima da outra, entregando ao Uchiha, sorrindo um pouco para ele.

E ganhou um sorriso dele também. Lindo. Sasuke é lindo.

— Bom, vejo que estamos prontos. — Mikoto ficou de pé. — Juugo, querido — ela chamou.

O ruivo entrou novamente na loja, foi até Sasuke e pegou as caixas das tortas em uma mão, e as dos bolos na outra, já saindo na frente dos Uchiha.

— Até mais, Naruto. — Mikoto sorriu de maneira doce. — Obrigada por aquela hora, um dia, voltamos por mais tortas.

— Imagina! — Sorriu para ela. — Vou esperar a volta de vocês. Espero que gostem das tortas.

A mulher assentiu com um sorriso bonito, saindo da loja. Sasuke, bastante acanhado — mas menos que antes —, foi até a mesa, pegou a caixa de madeira, a abraçando perto do peito como fazia antes, mostrando a Naruto. Aquilo era mesmo o binóculo.

O Uzumaki sorriu timidamente e sentiu vontade de beijá-lo de novo, mas não podiam mais.

— Eu vou te… ver agora — Sasuke disse baixinho, sorrindo também.

— E eu vou te ver também — completou, com o coração batendo rápido.

O Uchiha assentiu e saiu da loja, já deixando aquele sentimento de saudade no Uzumaki. De verdade, não queria que ele fosse. Ainda mais depois daquele sonho ter se tornado uma realidade tão gostosa.

Mas iria vê-lo enquanto ele o veria. Isso acalmava um pouco seu coração.

 

{...}

 

Naquele mesmo dia, à noite, Naruto não aguentou esperar. Subiu no telhado de sua casa e da avó, no escuro. Mesmo que não fosse hora de encontrar o Uchiha, na fábrica de balões, quis olhar para ela. As luminárias externas estavam acesas e como sempre, no pátio, o anemômetro girava e girava bem rápido. Naquele outono, os ventos estavam fortes.

Daquele ângulo onde ficava a casa, era mais difícil ver o terraço onde Sasuke ficava. Não favorecia muito. Mas mesmo assim, olhando bem, podia ver que uma luminária estava lá também. E focando mais na visão, via alguma coisa. Alguém estava lá, só que não conseguia mesmo ver bem. Seria ele?

Desde que o moreno partiu, Naruto não conseguiu parar de pensar no que aconteceu no interior da Kingfish Pies. Não conseguia parar de pensar em Sasuke. O cheiro dele estava impregnado em sua camisa — esta que não quis tirar após tomar banho, vestiu de novo para continuar sentindo o cheiro.

Não conseguia mesmo saber quem era naquele terraço, mas em seu coração, acreditaria que era o Uchiha. A palpitação e a felicidade por vê-lo estava ali, então tinha que ser ele.

E olhando para o garoto pelo qual estava apaixonado, Naruto soube o que escrever na carta.

 

13 de outubro de 1877

 

Oi, Sasuke. Ou... O garoto que é tão cheiroso quanto é bonito. Acho que não tivemos muito tempo para conversar quando nos vimos, e eu não pude agradecer ainda pelo presente de aniversário.

Eu nunca ganhei uma coisa tão legal e especial quanto o filho do Bamnan e a Slivercork. Foi um presente voador! Fiquei tão feliz quando consegui pegar que até chorei. Você me fez mesmo muito, muito feliz. Obrigado por ser tão lindo!

Eu olhei para a fábrica na noite do dia em que você esteve na cidade. Da minha casa não dá pra ver muito bem o terraço, mas vi luz e alguém lá, só que não dava pra ver quem é. Eu queria acreditar que era você, e que eu estava vendo você.

E... Aquilo que aconteceu... na Kingfish Pies. Antes de acontecer, eu não sabia que você queria... Eu... Queria muito. Eu ainda quero muito. Quero que você saiba... Eu te quero o tempo todo, garoto da fábrica de balões.”

 

Na manhã do outro dia, Naruto entregou a carta para a amiga, que a levou para o alto da montanha. Ali tinha revelado seus sentimentos, de certa forma, o que o deixava muito ansioso para receber a resposta.

 

16 de outubro de 1877

 

Oi, Naruto. Ou... O garoto que é o mais bonito que eu já vi. Fico feliz que tenha gostado do presente... Fiquei aliviado quando vi que você pegou. Tive medo de não dar certo, mas fiquei mesmo feliz.

Era eu no terraço naquela noite! Eu estava testando o meu binóculo. Agora você sabe que já uso ele, porque nós nos vimos na hora de sempre e agora, eu posso te ver. Gosto muito mais de ver do que pensei que iria gostar. Depois me diga onde é sua casa, aí posso olhar pra ela também.

Sobre aquilo na Kingfish Pies... eu sou assim, falo pouco e... Eu gosto de falar pelas cartas. Quando fico com menos vergonha, consigo falar mais... Entende? Aquele dia que eu e minha mãe fomos lá, eu estava nervoso porque queria muito ver você, aí acabei... Ficando sem jeito. Se eu puder te ver de novo, vou querer poder conversar com você.

E... Aquela outra coisa... Eu queria sim, Naruto. Mesmo sem poder te ver, eu queria. Eu nunca tinha beijado ninguém. Mas porque comecei a gostar das suas cartas, de escrever pra você e saber que você olha pra mim todo dia. Aí, fiquei querendo muito poder te ver e...

Eu te quero também, garoto da Kingfish Pies.”

 

Ao terminar de ler aquela carta, Naruto sorriu. Apenas isso.

Sasuke o queria também.

Se antes achava que estava apaixonado pelo garoto bonito, tímido e carinhoso, agora estava ainda mais.


Notas Finais


Ah ❤️

Me contem?

Sábado que vem eu volto com o outro. Bjoos <3


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