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História Baralho de Cartas - Rainha de Paus


Escrita por: dorkyeoI

Notas do Autor


POSTEEEEI.
depois demorar um monte...
desculpa.
mas aqui ta o capitulo e agora to indo assistir w.
tchau.

Capítulo 3 - Rainha de Paus


Fanfic / Fanfiction Baralho de Cartas - Rainha de Paus

Kim Yerim não era uma pessoa de todo mal, mas quando aprendeu o significado de esperteza, acabou achando que o mundo tinha de beijar seus pés. Tinha um bom coração antes de fazer o que fez. Era educada e amigável, querida por muitos. 

Yerim construiu um mundo belo, mas seu maior erro foi achar que tinha direito de se colocar no topo. 

Yerim observou de perto o vidro com as aranhas, fazendo careta por ter quatro olhos se fixando em si, ainda mais, com aquelas longas pernas peludas andando em sua direção de modo lento. 

Definitivamente, odiava aranhas. 

Sua atenção retornou ao professor, qual continuava explicando sobre algo do mesmo animal dentro do aquário a sua frente, mas ela não deu muita importância. Os olhos estavam fixos no relógio acima do quadro. 

Faltava um minuto. 

Sorriu de canto, voltando seu olhar para a explicação, mas focou em outra coisa. Joohyun. 

A de cabelos roxos a encarava com o cenho franzido, as mãos juntas sobre o balcão ao lado de Baekhyun, o corpo levemente inclinado para frente, sua expressão contraída em pura desconfiança.  

Yerim levantou uma sobrancelha para ela, qual se endireitou em meio a uma puxada de ar e virou-se para o professor, ignorando a existência de Yerim, como sempre fazia. 

“Isso logo vai mudar.” Sussurrou a de cabelos vermelhos, voltando-se para seu caderno e fazendo algumas anotações que tinha pegado da explicação sobre os aracnídeos. 

O sinal soando foi o bastante para fazer um sorriso de orelha a orelha se formar nos lábios da Kim, esta se levantando e pegando seus materiais enquanto os celulares de todos da sala apitavam, avisando uma nova mensagem. 

Quando Joohyun notou o que realmente tinha acontecido, Yerim descia as escadas da frente da escola, saindo pelos portões com um ar de superioridade. 

Com certeza, dali em diante, ela teria mais reconhecimento ao passar pelos corredores. 

Seulgi suspirou e olhou novamente para o notebook de Yerim, sem acreditar que sua amiga tinha sido capaz de algo baixo como aquilo. 

“Você vai se encrencar demais com a Bae, Yerim.” A de cabelos laranjas fitou a menor, qual escolhia uma roupa para irem para a academia. 

“Não. Eu consegui descer ela de nível.” Yerim sorriu e pegou um vestido preto, colocando na frente do corpo e virando-se para Seulgi. “Que tal esse?” 

“Desceu ela de nível e acabou descendo junto, certo?” Seulgi levantou uma sobrancelha e se levantou, pegando o vestido e o jogando dentro do armário. “Vai arrumar aquilo, Yeri-yah, antes que ela decida revidar.” 

“Não fiz nada pior do que ela.” Bufou, indo sentar-se na própria cama. “Só mostrei para todos daquele lixão que Bae Joohyun não era tudo o que dizia ser.” Yerim fungou ao puxar o celular de debaixo do travesseiro. 

“Bae não precisava da sua ajuda para mostrar isso para os outros, Yerim-ah.” A mais velha bufou, passando as mãos de modo nervoso sobre os cabelos coloridos. “Está louca! Vai acabar manchando sua imagem.” 

“Não me importo, desde que a Joohyun esteja no fundo do poço.” Murmurou, observando alguns comentários no vídeo de Joohyun roubando as respostas das provas da sala dos professores. “Ninguém vai ficar do lado dela sabendo que toda a inteligência dela não se trata de esperteza. Ela manipulou todo mundo e agora, vai sofrer as consequências, e realmente não me importo de encarar as minhas sobre o que fiz. Não estou nada arrependida.” Yerim bloqueou o aparelho e respirou fundo, olhando em volta. “Preciso me apressar para o funeral do Kyungsoo oppa.”  

“Você devia estar de luto e ainda faz esse tipo de coisa.” Seulgi suspirou, dando um sorriso incrédulo. 

“Kyungsoo oppa ficaria muito feliz de saber que Joohyun-ah foi esmagada.” A de cabelos vermelhos se levantou, pegando uma roupa preta qualquer dentro do armário e indo se trocar no banheiro. “Nos encontramos no funeral, unnie, e não se preocupe. Quando chegar a hora de eu arcar com os maus que fiz, vou estar pronta e não irei reclamar.” 

O funeral foi puro choro, menos por parte de Yerim.  

Ela era uma das pessoas mais próximas de Kyungsoo ali e sabia que metade dos seres sentados na frente de seu caixão, chorando por seu assassinato, não passavam de hipócritas que o julgaram pela maior parte da curta vida. 

Yerim sentia nojo desse tipo de gente, mas ainda acreditava que um dia o mundo seria bom, que nenhuma pessoa má existiria. Infelizmente, quando esse dia chegasse, ela já não estaria ali, afinal, querendo ou não, tinha um monstro dentro de si.  

Enquanto o padre falava sobre Kyungsoo ser uma pessoa muito boa e era uma pena sua partida, Yerim suspirou desgastada e se levantou, saindo daquele lugar o mais rápido possível. 

Sentia o ar tenso e precisava se acalmar antes que explodisse com os parentes ignorantes de Kyungsoo. 

Andou para a saída do cemitério arrastando os pés e de cabeça abaixada, tendo uma pontinha de esperança que Seulgi estaria com o carro estacionado próximo aos portões, para ambas saírem dali com rapidez e irem tomar um café com a intenção de desestressar. 

“Com licença.” Yerim se virou, procurando a pessoa que tinha falado tão próximo de si, mas ao completar a volta, um cano de uma arma acertou sua têmpora. 

A agulha ia e vinha, ia e vinha, e as lágrimas desciam, pingando do queixo e marcando o vestido negro. Os gritos ecoavam pelo galpão a muito tempo esquecido conforme a coroa dourada era costurada na cabeça de Yerim por um homem com máscara de coelho. 

“Por favor...” Chorava baixinho, tentando soltar os pulsos das algemas, mas apenas os deixando em carne viva. 

“Disse que iria arcar com as consequências, Yerim-ah. Que não iria reclamar. Por que grita? Por que chora? Além de se deixar descer ao nível dos outros, não cumpre as próprias promessas?” O homem dizia, limpando o sangue que descia pelo rosto pálido da garota, qual se misturava com o vermelho de seus cabelos. 

“Você vai sofrer mais que eu.” Sussurrou ela, segundos antes de desmaiar. 

O desconhecido riu por de trás de sua máscara, deslizando um dedo pela lateral do rosto adormecido. 

“Eu sei que vou. Mas tenho certeza de que a festa do chá é muito melhor do que essa triste vida, Yerim-ah.” 

Faziam dois dias que Kim Yerim tinha sido sequestrada.  

A família e amigos se mantinham preocupados com o paradeiro da menina, qual foi vista pela última vez no funeral de um amigo. 

Seulgi sentia-se culpada, já que ela não tinha esperado a amiga na saída do triste evento. Poderia ter evitado aquilo, mas simplesmente saiu e deixou que levassem a menor. 

“Alguma notícia?” Pediu ao chegar na polícia, notando o alvoroço que o local estava. 

“Achamos sua amiga, Srta. Kang.” Um dos policiais suspirou e indicou para que ela saísse, mas a de cabelos laranjas o obrigou a leva-la junto. 

Quando chegaram no local, Seulgi arrependeu-se. Foi olhar a cova de longe e sentiu que Yeri não estava bem. Debulhou-se em lágrimas antes mesmo de se aproximar, com medo da imagem que veria.  

Um palito no topo da cova continha a carta Alice. Uma Rainha de Paus. 

Dentro da cova, Yerim se encontrava esfolada viva, os olhos arrancados das órbitas e a coroa brilhante com o sol, marcando seu reinado. 

Os dedos em carne viva da garota seguravam bilhetes, quais os legistas retiraram com cuidado, lendo frases que deixaram todos ainda mais perturbados. 

A morte é um sonho distorcido”.  

Ela sempre vai comandar”. 

Haha! Aqueles que morrem são os sortudos”. 

A terceira Alice era uma pequena rainha de paus 

Era muito amada e querida no País das Maravilhas 

Ela enfeitiçou a todos com cada gesto e frase 

Ela criou um estranho país verde 

Essa nova Alice se tornou rainha do país 

Sua paz foi levada embora por um sonho distorcido 

Ela tinha medo de perder para a morte 

Ela queria para sempre mandar em seu mundo 

– Alice Human Sacrifice, Vocaloid 



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