Escrita por: Bechambellix
B A K U G O
Midoriya está atrasado. E se aconteceu algo? Não, logo agora não pode. Devem estar de sacanagem comigo. Não deveria pensar muito nisso, mas já estou à espera faz quase 10 minutos e nada.
Fui até à sala e não o vi com a cara de bolacha ou Iida. É estranho, então lhes perguntei onde ele estava.
Uraraka- Deku-kun foi no banheiro e disse que voltava jaja, porquê a pergunta?
Não lhe vou responder. Nenhum de nós é assumido, então muito menos seria a nossa relação. Perdi a paciência, vou lá ter com ele. Saí da sala, já estando a deixar de ouvir os gritos daquele bando de animais imundo. Desci as escadas um pouco apressadamente e fui em direção ao banheiro.
A última coisa que eu queria ver naquele momento era O PAVÊ A DAIR DE LÁ. Passo por ele sem dizer nada. Não posso. Não vou brigar com ele sem provas que esteve com o Deku. E mesmo que estivesse, eu não tenho direito algum de estragar a amizade deles, por mais que queira. Esse não seria eu mesmo.
Mas não estava lá ninguém. Abri todas as cabines e todas elas estavam vazias. Seria possível ele depois ter ido para a biblioteca enquanto eu estava na sala? Provavelmente. Não vou ficar aqui. Mais vale voltar, mesmo que não o encontre.
Estava eu a caminho da biblioteca, DE NOVO, quando o vi lá à porta. Tinha um ar nervoso, bem fofo de qualquer forma. Realmente parecia mesmo um brócolis.
M I D O R I Y A
Quando cheguei ao local marcado pelo loiro, não tinha lá ninguém. Fiquei na porta à espera uns minutos e quando me apercebi, ele me olhava do fundo do corredor.
- Kacchan!! O que querias de mim?
Kacchan- Entra, não iremos ficar aqui fora.
E então eu entrei, que mais faria? Ele veio logo a seguir a mim e fechou a porta. Nos encaramos por um bom bocado. Eu olhei nos seus carmesins e notei que eles estavam passeando pelo meu corpo. É constrangedor, eu sei. Então ele se aproximou e me abraçou. Apenas isso. Ele me abraçava levemente, e eu mantenho a minha cabeça escondida no seu peito. Levantou ligeiramente a minha cabeça e beijou a minha testa me fazendo fechar os olhos.
Ele parou com as carícias. Estranhei e abri os olhos.
Kacchan- Deku…
- Oi?
Kacchan- O que tens no pescoço?
Congelei. Era o pior que podia acontecer, uma marca. Muito obrigadinho, hein, Todoroki Shouto. Eu também fiz por isso, agora tenho que sofrer as consequências.
- K-kacchan é que e-eu…
Kacchan- Não preciso de justificações. Foi o Pavê?
- S-Sim mas não te preocupes com nada. Não é que eu g-goste dele, mas…
Kacchan- Deku, você tem todo o direito de estar com quem quiser e tals, mas isso é demais para mim, não posso suportar isso de novo. Promete-me que nunca mais aceitarás estes toques de ninguém que não seja eu, muito menos dele. Até porque é o único que já nos pegou beijando. Lembre-se que enquanto estiver comigo, você é meu.
- Claro, me desculpe. Eu não queria.
Silêncio reinava ali. Não gostei daquele momento, fez-me ficar nervoso. Analisei atentamente a situação. Eu estava um pouco ansioso e confuso. À frente do meu namorado que parecia bravo, apesar da sua cara relaxada. Os seus cabelos loiros e bagunçados faziam-lhe parecer mais… atraente? Combinavam perfeitamente com a sua personalidade explosiva. Depois os seus olhos de tom vermelho bem escurinho, bem chamativos, bicudos e sedutores (hehehe estou meio que tonta agora). Estava vestindo o uniforme de um jeito mal arranjado, bem à Katsuki. Só tinha eles dois na biblioteca, o que dava um clima meio estranho.
Kacchan- Anda aqui.
Arregalei os olhos, surpreendido. Imediatamente obedeci. Cheguei-me perto dele e senti tomar meus lábios. De novo esta sensação, mas agora estaria à vontade. Retribuí o beijo, me aproximei mais e ajeitei-me, me modo a fazer com que nossas bocas fizessem um encaixe perfeito. Pediu-me passagem para a língua e eu cedi prontamente, depois começando a brincar com a língua dele. Arfou e empurrou-me contra uma mesa, me deixando deitado.
Beijou de novo a minha boca, desta vez de um jeito mais feroz. Logo desabotoou o meu uniforme e recomeçou, mas agora no pescoço. Depois na clavicula… Tão bom, e ele nem sabe o quanto isso me afeta. Afastou-se e encaramo-nos durante um bom bocado.
Aiai, tem sempre algo a interromper os meus momentos, seja eu lembrar-me de algo importante a fazer, TIPO TER AULAS.
- Kacchan, precisamos ir…
Kacchan- Vais deixar-me aqui assim para ires às aulas, seu nerd? Não está afim de faltar?
Parece bruto, mas o jeito que ele falava não era de estar bravo. Eu não teria deixado de novo alguém duro, né? Olhei lá para baixo e não, não tinha nada no meio de suas pernas. Glória, Jesus amado, ainda bem, eu não estava mesmo afim de faltar.
- Vamos indo?
Kacchan- Você primeiro, para não levantar suspeitas.
Qualquer dia eu vou me assumir gay, e o Kacchan também, já estou farto da ideia de termos estado escondidos este tempo todo e ainda assim continuarmos a guardar isto igual um segredo. Talvez quando eu estiver preparado para enfrentar alguns maus olhares seria melhor.
Subi as escadas e deparei-me com Iida-kun. Parecia preocupado com algo.
Iida- POOOUXA MIDORIYA-KUN, VOCÊ ESTEVE TANTO TEMPO NO BANHEIRO QUE O PROFESSOR AIZAWA TEVE DE ME FAZER IR TER COM VOCÊ PARA VER SE ESTAVA TUDO BEM. A GENTE TEM PROVA HOJE!!
Dizia tudo sem pausas e a fazer aqueles gestos estranhos com a mão que mais ninguém fazia. Não era a primeira vez que estava muito atrasado para uma prova. Mesmo assim era importante. Voltamos os dois apressadamente para a aula e fizemos a prova, que me correu bem já que estudei.
O Kacchan não apareceu. De vez em quando ele vai no terraço matar aula. Depois quando acabei, fiquei à espera que o tempo passasse. Tudo ficou tão aborrecido de repente. Ochaco-chan parecia desesperada para fazer tudo. Iida já havia acabado e Tsuyu também. Todoroki estava quieto a olhar para o nada. O que se passava na mente dele? Porque parecia ele sempre tão carrancudo e mal humorado? Que raio aconteceu no banheiro hoje? E a briga? Haviam mais perguntas do que respostas, o que, se certa forma, me preocupa.
É tudo demais para um dia. Quando tudo acabar, vou direto para casa descansar. Que demora.
O sinal tocou e fomos embora, finalmente. Não quis falar com mais ninguém, apenas me despedi de meus amigos.
Cheguei a casa e fui para a cozinha. Minha mãe havia deixado um bilhete a dizer que chegaria tarde hoje. Não era trabalho, obviamente. Vou deixa-la divertir-se, anda a precisar. Ultimamente tem sido só trabalho, casa, trabalho e casa. Talvez lhe anime sair um bocado.
Peguei num miojo e pus a aquecer. Esperei um bocado e depois fui comer para a sala.
Era uma divisão um pouco grande e aquecida. Liguei a TV e sentei-me no sofá a comer. Estava a dar um filme de romance, daqueles bem clichés.
A senhorita estava a chorar enquanto um homem bonitão falava umas coisas quaisquer, também chorando. Depois de repente, ela gritou "PORQUE EU TE AMO!!" Ele disse também e bla bla bla bla. No final houve um beijo e acabou logo. Notei que meu miojo também tinha acabado.
Secante. Tem de haver algo melhor para fazer.
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