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História Batalhas amorosas - Familio. - Extra - O nascimento.


Escrita por: workmyheart

Notas do Autor


Como prometido, trago aqui um extra e já aviso que não será o único, haha.

Nesse capítulo em específico, resolvi deixar o nosso casal narrar seus próprios sentimentos e ações. Espero que gostem.❤

Capítulo 6 - Extra - O nascimento.


A ideia inicial sempre foi ter um parto normal e claro, o mais humanizado possível. Fabiula sentia a dor se intensificar e nada de sua equipe chegar. Tudo já estava preparado há algum tempo, o casal sabia que esse momento chegaria logo, mas todo nascimento causa uma surpresa. Emilio gostou tanto de brincar com a câmera em "Amor e Sorte" que decidiu que gravaria o máximo que pudesse.

— Eu cheguei a pensar que não seria pai. Embora fosse um desejo meu e da Fabiula, sempre apareciam novos grandes e incríveis prontos que faziam a gente adiar esse sonho. Em janeiro, após o fim das gravações de Bom Sucesso, eu e ela nos curtimos muito, nos amamos e cuidamos um pouco mais do nosso casamento. Em março a pandemia começou com força, carregada de notícias ruins, era uma atrás da outra, a gente não tinha paz. A Fabiula sempre foi muito ligada com as coisas, ela sente de verdade, mas desse vez tudo estava diferente. A cada notícia ruim passada no jornal, a minha mulher que antes ficava inconformada, passou a chorar descontroladamente. Minha primeira reação foi de choque, parecia que alguém próximo tinha morrido, fiquei apavorado. Logo vieram os enjoos e ai eu desconfiei, mas não queria dar falsas esperanças pra ela, afinal há um tempo atrás a gente teve uma tentativa frustrada e isso abalou muito a gente. Porém não demorou muito para que ela começasse a notar as mudanças no seu corpo e suas alterações emocionais. Estávamos jantando na cozinha quando ela me disse: "amor, eu acho que tô grávida, mas tô com muito medo de fazer o teste." Eu adorei tão largo que minhas bochechas ficaram doendo o resto da noite. Foi a coisa mais linda, eu e ela juntinhos esperando o nosso resultado, até que finalmente ele veio e mudou tudo que nós achávamos que sabíamos sobre amor. — Contei com os olhos marejados e com um sorriso extremamente largo.

Os planos eram um parto com banheira, música e tudo que há de mais lindo. Mas a dor era tão grande que Fabiula não conseguia se sentar na banheira e de todos os lugares montados pela equipe médica, ela preferia sua cama, onde ela se contorcia de dor.

— Amor, vem cá. — Eu chamo Emilio baixinho, estou sentindo muita dor, nem sei como mantenho meus olhos abertos ainda.

— Eu tô aqui, meu amor. Fica tranquila, tá? Nossos filhos estão chegando. — Eu deixei que ela apoiasse todo seu corpo sobre mim. Me sentei atrás dela e passei a massagear seus ombros que estão muito tensos.

— Será que vai demorar muito? Eu não tô mais aguentando. — Digo chorando e apertando forte a mão de Emilio. Outra contração estava vindo, era uma pressão enorme, parecia que minha barriga iria explodir a qualquer momento.

— Elas estão chegando, tá? Fica tranquila, respira fundo. Eu sei que tá doendo, mas vai passar. Eu tô aqui com você, tá bom? Se apoia em mim. — Eu digo olhando nos olhos dela que já estavam cheios de lágrimas. Logo em seguida eu a encho de beijos, eu quero que ela sinta meu apoio, quero que se sinta amada, cuidada e protegida.

— Eu quero ir pro hospital, não aguento mais, quero a cirurgia. — Eu clamo por ajuda. Só queria me livrar das dores logo.

— Ei, presta atenção. Você vai conseguir sim, vamos tentar mais um pouquinho, se não der a gente vai, tá? — Digo beijando sua mão.

— Emilio, deixa ela com as meninas e vem aqui fora comigo, é rapidinho. — Como enfermeira da gestante, eu tenho que avisar o pai sobre algumas possíveis complicações.

— Tudo bem. — Embora eu esteja extremamente preocupado com essa conversa, não deixo isso transparecer. Acompanho a enfermeira até a sala, deixando Fabiula com as outras profissionais no quarto.

— Como você já sabe, a Helena é o primeiro gemelar e vai nascer primeiro que o Lucas. A bebê está pélvica, se apresentando pelo bumbum, e por isso podemos ter um parto um pouco mais complicado. Você precisa passar tranquilidade pra ela, com certeza ela ficou preocupado com a nossa conversa, mas não conte a ela, é melhor que não saiba. Se acontecer dela não ter força o suficiente para expulsar a bebê nessa posição, nós vamos ter que partir pra uma cesária, acho que vocês já tem consciência disso.

— A bebê está sofrendo? — Pergunto em seguida, muito preocupado.

— Não, tá tudo bem. Só precisamos cuidar da Fabiula agora. Já são 9h de trabalho de parto, são dois bebês, ela tá cansada, vamos tentar mais um pouco, esperamos que ela consiga.

— Vou apoia-la, vou ajudar ela e ela vai conseguir. — Respondo rápido, quase pulando palavras de tão nervoso.

— Você precisa ficar calmo, vai ficar tudo bem, tá? — Digo abraçando ele. — Agora é melhor a gente entrar, pelos gritos percebo que as coisas estão ficando intensas lá no quarto.

— Vamos, vamos! — Em decorrência dos gritos de Fabiula, corri desesperadamente. Cheguei no quarto e vi ela extremamente pálida, cansada, quase com os olhos fechados. Mas mesmo assim gritando muito, o que me deixou assustado.

— Amor, porque ela não sai? Tá tudo bem? O que você foi falar com a Ju? — Pergunto com a voz cansada e deitando minha cabeça no corpo de Emilio que havia voltado a sua posição de origem.

— Tá tudo bem! Fica tranquila. Nós vamos conseguir. — Com uma toalhinha sequei todo o suor que havia no rosto dela e em seguida lhe beijei.

— VEM FILHAAAAAAA! —Grito ao sentir mais uma contração. Eu sinto meu corpo se abrir pra ela, é lindo, mas ao mesmo tempo terrível. Eu suava frio, minhas pernas tremiam e eu gritava, gritava muito, chamava pela Helena incansáveis vezes, mas nada resolvia. — Não vou conseguir, amor. Não aguento mais. — Reclamo para Emilio entre lágrimas. Deito minha cabeça sobre o corpo dele e fecho meus olhos.

— Amor você vai conseguir, eu sei que vai. Descansa um pouquinho, já já ela sai. — Digo acariciando seus cabelos e massageando a barriga que estava super dura e pontuda. — Fe, desliga a música pra mim, por favor. Eu tinha que fazer algo, então resolvi que iria cantar, isso trará forças pra Fabiula, eu tenho certeza.

"Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado
Meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do seu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver
No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser todo"

— Amor.. — Aquela música me tocou da forma mais bonita possível. Senti os bebês se mexerem dentro de mim e em seguida uma vontade enorme de empurrar. — VEM HELENA! VEM MINHA FILHA! AHHH!!! — Aquele foi o último grito. Logo senti a pressão daquele serzinho saindo de dentro de mim.

00:22 do dia 23 de setembro de 2020 nasceu Helena Nascimento Dantas.

— Por que ela não tá chorando?? — Ao colocarem a bebê sobre meus braços, me assusto ao ver quão roxa Helena está.

— Meu Deus! — Não consegui esconder todo o medo que eu estava sentindo. Levei as duas mãos na cabeça e fiquei com a boca aberta, demonstrando choque que eu estava sentindo.

— Está tudo bem, mãe. Está tudo bem! — Ela só está cansadinha. — A médica diz pegando a garota de volta e entregando para uma das enfermeiras que levou a garotinha para o espaço de saúde montado no quarto do casal.

— Vai com ela Emilio, vai com ela! — Eu peço desesperada, quase empurrando ele. Minha mente já imaginava o pior, meus olhos já derramavam lágrimas.

— Calma amor, tá tudo bem! — Eu também estava desesperado, mas eu disse com calma e leveza, ainda resta um bebê no ventre dela, ela não pode se estressar ou até mesmo se desesperar. Me aproximei das enfermeiras e vi que elas mexiam bastante em Helena, enfregavam suas costas e faziam alguns movimentos em sua boca.

— Tá tudo bem, pai. Ela está ótima, a sua filha é linda! — Disse uma das profissionais. — E é forte também. — Disse logo após Helena soltar um choro tão forte que assustou até os cachorros que estavam no quintal.

— Viu, amor? Ela é linda e forte como você! — Eu disse olhando para Fabiula totalmente emocionado. Ela estava feliz por Helena estar bem, mas já estava sentindo novas contrações, Lucas estava chegando para completar essa família.

— Outra, tá vindo outra. — Eu disse ainda me contorcendo na cama de tanta dor. — Vem amor, o Lucas tá vindo. — Gritei por Emilio. Era dele que eu precisava, só ele iria me ajudar a ter forças para empurrar.

— Tô aqui, tô aqui. Calma! Respira.

Fabiula ficou de bruços por algum tempo, a posição inicial não estava mais confortável e ela estava tentando encontrar uma posição melhor para fazer força.

— Vem Lucas, vem! — Eu chamei por meu filho enquanto gemia de dor. Minhas pernas estavam tremendo, eu sentia que a cabeça dele já estava ali, mas eu não conseguia ter forças para empurrá-lo.

— Na próxima nós vamos, tá bom? — A obstétra disse.

— Tá bom. — Respirei fundo, me segurei na cabeceira da cama e coloquei toda a força que eu tinha. Segundos depois eu escutei um choro forte.

00:48 do dia 23 de setembro de 2020, nasce Lucas Nascimento Dantas.

— Olha que cabeludo, amor!! — Eu fiquei em êxtase com a quantidade de cabelo que Lucas tinha. Era tão lindo, grande e forte. Gritou alto e ganhou o coração de todos.

— Toma, Biu. Segura o teu filho! — O médico disse entregando Lucas para a mãe que logo se deitou na cama e segurou seu bebê nos braços.

— Filho, meu amor. A mamãe te ama tanto! — Eu disse sorrindo e olhado para os olhinhos dele que pareciam muito com os do pai.

— Pai, corta aqui. — A enfermeira entrega a tesoura e aponta para o cordão umbilical.

— Claro. — Ainda em choque pela guerreira que chamo de esposa, com as mãos trêmulas e com um sorriso de orelha a orelha, eu cortei o cordão do meu filho. — Você é a mulher mais forte que eu já conheci, estou muito orgulhoso de você. Obrigada por me fazer o homem mais feliz desse mundo! — Eu disse beijando a cabeça dela.

— Pega ela, pai. Ela tá morrendo de fome, põe ela no colo da mãe.

— Tá bom. — Peguei a Helena ainda sem jeito, mas logo me senti seguro. Helena me olhava com um brilho tão grande nos olhos, era daquele tamaninho, mas já apertava forte meu dedo. Tenho certeza que ela vai ser como a mãe, forte, batalhadora e destemida. Coloquei a nossa filha em um dos braços de Fabiula e antes mesmo de eu ajeitá-la, a garotinha já havia pego no peito da mãe e sugado forte junto com o irmão.

— Eu consegui, amor. Eu consegui! Olha aqui, nossos filhos estão aqui com a gente. — Eu disse com os olhos marejados de tanta emoção. Finalmente meus dois bebês estavam nos meus braços realizando o meu sonho que era amamentar. — A mamãe promete amar e cuidar de vocês pra sempre. Vocês são tudo que há de mais importante na minha vida. Eu amo vocês! — Eu disse sorrindo e em seguida deviei meu olhar para Emilio. — Vocês são a minha vida. Eu amo vocês!

— Eu te amo, meu amor. Te amo muito! — A felicidade era tanta que eu tinha muita vontade de cantar, mas não encontrava a música certa. Até que a melodia entrou na minha cabeça e olhando nos olhos da minha mulher e acariciando a cabeça de Helena. Cantei baixinho:

"Meu sol loiro, positivo amor
Ao teu lado eu posso ser quem sou
Eu sei bem fui eu quem vacilou
Reconheço e agora aqui estou

Amor da minha vida, minha conquista
Você é uma ilha, você é uma ilha
Onde as ondas quebram perto, desse mar azul eterno
Teu sol loiro me ilumina, você é minha mina"

— Olha amor, ela parou de mamar pra te ouvir. — Fabiula disse ainda mais emocionada.

— Amor e Sorte é a definição da minha vida depois de você. Obrigada por tudo sempre. — Ele beija a mulher. — Eu tinha começado a gravar a gente, mas com a loucura desse parto, eu nem tive tempo de gravar. — Digo rindo.

— Deixa com a fotógrafa esse serviço. Você tem muito trabalho daqui pra frente. — Direciono meu olhar para os bebês.

— O melhor trabalho da vida! O meu melhor papel, o papel de pai. — Entrego um pequeno beijinho na cabeça de cada um dos bebês e em seguida beijo Fabiula. — Te amo!

— Te amo! 


Notas Finais


Espero que tenham gostado ❤🤰🤱
O próximo extra promete e foi escrito por uma grande autora, aguardem! 🥰

Ah, não esqueçam de comentar aqui, sem comentário não tem capítulo extra não, tá? hahaha

Colaborem com a tia aqui!


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