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História Batidas de Molière! (Michaeng) - Questão de tempo


Escrita por: Damnw

Capítulo 41 - Questão de tempo


41

 

 

Eu estava na sala da academia sozinha. O treino já havia acabado, mas eu quis ficar mais um pouco treinando. Ultimamente eu andava muito triste e preocupada. Eu estava muito aflita por Chaeyoung. Já iam fazer 3 semanas que não nos falávamos mais. Alguns dias atrás eu fui até a escola dela atrás dela, mas ao vê-la, me escondi. Fiquei ao longe acompanhando-a. Ela estava com Solar. As duas estavam abraçadas e ela parecia bem, pois estava sorrindo. Uma lágrima percorreu o meu rosto. Era bom ver que Chaeyoung superou os seus problemas, então sai sem ser vista. 

Na academia eu estava deitada, perto do espelho, me aquecendo. Puxando minha perna dobrada para cima. Fiquei alternando de perna e repetindo o mesmo procedimento. Após, me sentei e estiquei a perna reta para cima. Depois me levantei e fiquei fazendo alguns passos simples, como ficar na ponta dos pés e circular pela sala. 

Depois que me senti satisfeita voltei para a casa. Tomei banho, comi e fui jogar PUBG, mas eu estava com a cabeça tão longe que perdi todas as partidas. 

- Uau, você perdendo em PUBG não é normal. Mina, está tudo bem? – Dahyun perguntou. 

- Não! – Deixei o computador de lado e fui me sentar no sofá com os braços cruzados. 

- Você ainda está triste com o que aconteceu entre você e a Chaeyoung, não é? Já conversaram? 

- Eu não consigo me aproximar dela. Eu tenho medo, mas eu sei que agora ela está bem. – Falei pensando em Chaeyoung. 

- Mas o problema é você. – Dahyun me encarou – Você não está feliz. Mina você até perdeu em PUBG e você é a melhor gamer que eu conheço. Para chegar nesse nível é por quê sua cabeça não está boa e tudo isso é devido a Chaeyoung. Vai falar com ela. Volta com ela, só assim para você ficar bem. 

- Eu não pretendo voltar com a Chae. 

- Teimosa. – Dahyun foi até a cozinha e pegou dois refrigerante para nós. – Então esqueça isso um pouco e vamos assisti algum filme até cairmos no sono. 

- Isso me parece um bom plano. – Sorri e fui para o lado de Dahyun no sofá. Abracei o seu braço e encostei minha cabeça em seu ombro. 

No outro dia eu fui para a loja com Dahyun. Eu estava no caixa, fazendo a contagem do dinheiro quando um cliente apareceu. 

- Não acredito que encontrei você! – Disse um rapaz alto, que me encarava sorrindo. 

- Desculpa, mas é comigo? – Perguntei confusa. 

- Não está lembrada de mim, não é? – Ele ainda sorria. 

Fiz que não com a cabeça. 

- Eu sou o Dong-Su. Nos conhecemos na estação do metrô, lembra? Você estava com uma garota baixinha e um tanto estressada. Vocês até estavam molhadas. – Ele Gargalhou. 

Lembrei! Foi o dia em que eu e Chaeyoung saímos do século dezenove e viemos parar neste século. Foi meu primeiro dia aqui. 

- Oi, eu lembro de você. – Sorri. – quanto tempo. 

- Pois é, que bom que te encontrei. Como tem passado? 

- Estou bem. – Esbocei um sorriso. 

- Que bom. Bem, eu vi comprar um livro. Poderia me ajudar? – Ele perguntou apontando para as prateleiras. 

Eu fui com ele até as prateleiras e lá pude dizer meus gostos literários. Eu adorava como as pessoas do século vinte e um escreviam os contos sobre o século dezenove. Muito idealizado e muito fora da realidade, mas seria uma realidade que eu queria. Recomendei muitos livros de romance e ele escolheu apenas um, afinal, um livro era caro. 

- Já que você me ajudou com o livro então eu gostaria de te fazer um convite. – Dong-Su se aproximou de mim. 

- O que deseja? 

- Vai ter uma exposição de arte hoje na faculdade onde estudo e gostaria de saber se você poderia me dar a honra de sua companhia? 

Ele estava sendo bem cordial. Ele deve ter percebido meu jeito recatado. Ele era um rapaz muito observador. 

- Não posso, estou trabalhando. – Falei. Eu queria muito ir.

A porta da loja se abriu e Peter entrou. 

- Boa tarde. – Peter nos cumprimentou. 

- Poxa, é uma pena você não poder ir a essa exposição comigo. Seria muito bom. 

- Exposição? Você está convidado a Mina? – Peter olhou para Dong-Su surpreso. 

- Sim... 

- Eu deixo a Mina ir. Mina, pode encerrar o expediente por hoje. Você trabalha demais e precisa de um pouco mais de lazer. Vá se divertir. – Peter tirou o meu avental e colocou nele. – Hoje eu vou trabalhar. 

Me curvei agradecida. 

- Obrigada Peter. – Fui pegar minha bolsa e então saímos. 

Eu e Dong-Su fomos para a exposição em sua faculdade, ao chegar lá percebi que essa faculdade era maior que a escola da Chaeyoung. Tinha mais pessoas adultas, despreocupados e sem uniformes. A faculdade era tão grande que parecia uma cidade. O campus era limpo com um vasto gramado e prédios, além de bancos e pessoas, é claro. 

Entramos em um dos prédios para ver as pinturas dos alunos de artes, mas o local estava lotado. 

- Que droga, justo hoje estamos recebendo visita escolar. Poxa, me desculpa Mina, queria fazer algo legal com você. – Dong-Su estava cabisbaixo. 

- Você pode me levar para conhecer o campus. – Sugeri – Mas primeiro será que você poderia me trazer um pouco de água? 

- Claro. Espere aqui. 

Dong-Su saiu para pegar água e eu fui até um quadro que estava perto do local  onde eu estava. Era uma mistura de cores jogada em um quadro Branco. Não entendi bem aquilo. 

Eu fiquei observado bem o quadro, quando alguém esbarrou em mim. Eu olhei para o lado e a vi...

- Desculpa moça, eu fui empurrada por essa idi... – Ao me ver Chaeyoung ficou boquiaberta.

- Chae... Young... – Encarei bem Chaeyoung. Ela estava de uniforme escolar. Blusa social Branca de manga curta, saía, casaco amarrado na cintura, meia cumprida e tênis. Ela estava tão fofa de uniforme que meu coração disparou ao vê-la, mas também, fazia tempo que eu não a via e só de ver seu rosto de perto me fazia querer chorar e abraça-la. 

- Ér... Mina? – Ela estava visivelmente nervosa. 

- Sua água, Mina. – Dong-Su chegou com um copo descartável contendo água. 

Chaeyoung olhou para ele surpresa. Primeiro ela fez uma cara brava e depois triste. 

- Desculpa ter esbarrado em você. Com licença. – Chaeyoung pediu licença e saiu, sumindo de minha vista e antes que eu pudesse impedi-la. Certamente ela imaginou coisa onde não havia. Eu não poderia fazer mais nada, mas eu não consegui ficar em paz. Era nítido que eu ainda a amava. Eu poderia passar tempos sem vê-la, mas bastava uma aparição dela para meu mundo desabar. Todo o meu esforço de ficar longe dela iria por água a baixo. Eu queria ir atrás de Chaeyoung, queria abraça-la e dizer para não me deixar nunca mais, mas eu não poderia... 

Depois que conheci o campus, Dong-Su me levou para a casa. Ele me pediu o número do meu telefone, mas eu sequer tinha um celular. Ele foi embora inconformado. Ele prometeu que iria me ver de novo.

Antes de dormir pensei em Chaeyoung e na expressão triste que ela fez. Eu pensei tanto que decidi que iria vê-la e iria lhe contar o motivo do meu afastamento. 

Uma semana havia se passado e hoje era o meu dia de folga. Estava chovendo e nesse dia eu havia saído para comprar algumas flores, mas a chuva me pegou no meio do caminho, então corri para me proteger. Entrei em um cafeteria que havia ali por perto. Ao entrar percebi que o lugar estava muito animado, cheio de pessoas olhando para um telão. Descobri que as pessoas estavam assistindo a uma transmissão de uma partida de League of Legends. Era um telão enorme e as pessoas estavam comemorando. Eu comecei a rir, era bom ver pessoas se divertindo. Fui procurar um lugar para sentar, aparentemente o lugar estava lotado. Olhei por todo o lugar e avistei Chae. Meu coração disparou. Ela não havia me visto e aparentemente ela estava sozinha. Essa era minha chance de se aproximar. Dei um passo, comecei a andar, mas logo parei ao ver que uma outra garota se aproximou dela, lhe trazendo bebida e em seguida lhe beijou rapidamente. Então era isso, Chaeyoung havia me superado. Sai da cafeteria o mais rápido que podia e voltei para casa. Eu estava toda molhada e ao me ver Dahyun ficou surpresa. 

- O que aconteceu com você, meu amor? 

Corri até a ela e comecei a chorar. Dahyun me abraçava, me consolando. Eu só chorava. Eu havia perdido Chaeyoung definitivamente. Não que antes não fosse, mas agora vê-la com outra me fez ter essa certeza. Mas se era o que eu queria por quê eu sofria desse jeito? 

 

[...]

 

 

Chaeyoung 

 

Cheguei em casa depois da visita a exposição de artes e fui para o meu quarto. Me joguei na cama e pensei em Mina. Ela estava com um cara. Eles estavam em um encontro? Certamente. Então Mina havia me esquecido. Fiquei pensando nela e algumas lágrimas percorreram o meu rosto. Era difícil seguir em frente sem Mina, mas eu iria tentar. Eu teria que conseguir, mas vê-la com outro me doeu tanto. Segurei as esmeraldas. Eu precisava pensar em uma forma de voltar para o século dezenove. Eu tinha que ajudar os meus amigos que estavam lá, tinha uma guerra prestes a acontecer  e Park, Jin e Kwan estavam lá, fora que eu estava com a esmeralda de Kwan. Eu precisava de mais informações sobre o século dezenove. Já sei, vou na biblioteca atrás de livros e fatos, já que na Internet eu sempre perdia o foco...

Nos outros dias eu havia ido para a biblioteca pegar livros sobre a história da Coreia. Ninguém sentava ao meu lado na mesa devido ao ocorrido com Sun. Mas isso já fazia tanto tempo. Que gente fraca e que guardava mágoa. Ok, melhor para mim que ficava com a mesa toda. 

Eu abri o livro e olhei para todas aquelas imagens das pessoas do século dezenove e começo do século vinte. Era tudo pintura de acontecimentos daquela época e pessoas, mas nada muito relevante sobre os separatistas, então fui estudar sobre a geografia do país naquela época e fui estudar também sobre a geografia do Japão. Eu estava dispostas a voltar e precisava de um plano, eu não poderia voltar para lá como uma chacota. Eu não iria matar ninguém mas eu queria ser a pessoa que tivesse planos ou táticas de guerra. Se bem que os separatistas eram guerrilheiros e eles não tinham poder de fogo, eles eram fracos e desorganizados. Se essas eram as desvantagens deles então alguma coisas eles teriam que ter de vantagem. Como eles eram pobres e ignorantes eu precisava estudar para ter algum plano. Fiquei pensando, mas não conseguia chegar a conclusão alguma. 

- Com licença. 

Tirei os olhos dos livros e olhei para uma garota a minha frente. 

- Posso me sentar? Tá cheio os outros lugares. 

- Tem certeza que quer sentar aí? – Perguntei. 

- Por que? – Ela questionou. 

- Ninguém tá sentando no meu lado. Olha bem pra mim, eu sou a garota que estrangulou e quase tentou matar uma outra, o que foi estranho da minha parte. – Lembrar disso era ruim demais. Eu fiquei muito arrependida de ter feito aquilo com Sun. 

- Então é você? – Ela sorriu. – Que intensa. 

Sorri. Ela era a primeira pessoa, fora Solar que falava comigo. 

- Eu não me orgulho do que eu fiz. 

- Imagino que não. Deve estar arrependida. – Ela me encarou. – Desculpa perguntar, mas o que a levou a fazer aquilo? Se não quiser responder tudo bem. 

- Ah, senta aí que eu te conto. – Não tinha mais por quê esconder nada de ninguém, até por quê depois do que aconteceu com Sun era melhor eu deixar tudo claro. 

Contei para a garota tudo o que aconteceu, quer dizer, contei parte do que aconteceu, que Mina era minha namorada, mas não contei sua origem, ela não precisava saber e contei nosso término. Com esse papo acabei descobrindo que a garota que estava ao meu lado era aluna de intercâmbio, ela era filha de coreano mas nasceu nos Estados Unidos. Ela iria embora na semana seguinte, seu nome era Nancy. Passamos a tarde conversando e ela era uma pessoa debochada, divertida e muito engraçada. Eu havia gostado dela. 

- Nossa está tão tarde. Eu vim para estudar mas acabei conversando com você. Eu te achei super interessante. – Nancy falou se levantando. 

Eu também me levantei. 

- Eu também te achei interessante. – Comentei sorrindo.

- Vamos marcar de sair nesse final de semana? Algo sem compromisso, já que eu estou indo embora. 

Uau! Ela era direta. Gostei, mas eu estava em dúvida se sairia com ela ou não. Mina ainda pesava muito no meu coração. Ah, mas eu nem estava mais com ela e mesmo assim Mina já tinha alguém, eu necessitava sair com alguém. 

- Podemos sim. Me passa o número do seu telefone. – Pedi. 

Marcamos o dia e o horário, então o final de semana chegou e me encontrei com Nancy na cafeteria que ficava perto da escola. Ela adorava vídeo game, coisa que Mina também adorava, então Nancy adorou a ideia de assistirmos a uma partida de lol. Nos sentamos em uma das mesas e ficamos vidradas no telão. Não era bem um tipo de encontro que imaginei, mas estava ótimo. Nancy não era exigente e muito menos chorona. Ela era apenas ela e isso era ótimo. 

- Eu vou pegar capuchino, você quer? – Ela perguntou. 

- Por favor. 

Nancy saiu e eu fiquei sozinha pensando. O último encontro que eu tive havia sido perfeito. Eu tinha pedido Mina em casamento e ela tinha aceitado. Talvez o erro foi aí em eu ter pedido sua mão. Eu me equivoquei demais. Aquilo nunca mais iria acontecer de novo. 

Antes que eu pudesse perceber Nancy havia voltado. 

- Oi. – Ela entregou o capuchino e me deu um selinho. Foi algo bem inesperado, mas eu gostei. 

Depois que a cafeteria ficou vaga nos beijamos. Nancy era uma daquelas pessoas que tinha muito fôlego. Ela me beijava com tudo e intensamente. Tinha horas que eu tinha que me separar dela para tomar ar, mas logo voltávamos a nos beijar. Seu beijo era bom e ela adorou morder meus lábios e depositar beijos na minha pinta, perto da boca. 

Saímos da cafeteria eram quase nove da noite. 

- Foi bom te conhecer, Chaeyoung. Espero que você se acerte com a Mina ou possa encontrar alguém para ser feliz ou ser feliz sozinha. Por quê não? – Nancy sorria. 

- Ou você poderia desisti de ir embora para os Estados Unidos e ficar aqui comigo. – Me aproximei dela segurando em sua cintura. 

- Seria bom, eu simplesmente adorei te conhecer, mas o tempo é cruel. Eu conheci alguém tão legal e no entanto mesmo que eu ficasse você não seria alguém que eu pudesse namorar. Não me leve a mal, mas é que você ama essa  Mina. Sei que o relacionamento de vocês foi conturbado,  mas sinceramente espero que fiquem bem, eu desejo isso para você, que cuidou tão bem de mim hoje. Obrigada mesmo. – Nancy se aproximou de mim e me deu um último beijo. Eu não a veria mais, mas lembraria dela sempre como uma ótima amiga. 

Nos despedimos e fomos ambas para suas respectivas casas. Eu fui o caminho todo pensando em voltar, mas não para minha casa e sim para o século dezenove. Eu precisava encontrar um jeito de voltar e ajudar os meus amigos. Era tudo questão de tempo.


Notas Finais


Desculpa os erros 😴


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