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História Be a Good Boy, Harry - Tom Riddle


Escrita por: LittlebabyFoxy e Etoile_Filant

Notas do Autor


Oie tudo bem? então esse é um resumo de parte da história do nosso queridinho TOM MARVOLO RIDLE.

Capítulo 10 - Tom Riddle


Fanfic / Fanfiction Be a Good Boy, Harry - Tom Riddle

Tom Riddle era uma pessoa interessante, com uma história fascinante e um passado sombrio. Desde o nascimento não teve grande sorte, antes mesmo de sequer ser gerado não teve sorte, a sua linhagem não teve sorte..., mas a história de Tom Marvolo Riddle começa um pouco antes da história de seus pais.

Gellert Grindewald já era um bruxo conhecido quando sua mãe nasceu, já tinha posse da varinha das varinhas e conseguia mais e mais seguidores a cada dia, conhecido como um grande bruxo das trevas que acreditava na ditadura bruxa. O homem já tinha contatos na Europa, na América e estava tentando negócios com a Ásia. Ele tinha invadido o ministério americano e na tentativa de conseguir um obscurial acabou revelando seu disfarce, em Paris gerou o caos, na Escócia dominou tudo que conseguia. Ele estava obcecado pelas relíquias da morte, já tinha a varinha das varinhas, mas a pedra não era capaz de localizar e a maldita capa estava perdida ou com alguma família idiota.

Longe toda essa confusão, Mérope Gaunt nasceu em uma família sangue-puro, descendentes do próprio Salazar Slytherin a família tinha nome e poder. Viviam próximos a Little Hangleton em uma casa confortável, mas não luxuosa. Talvez como maldição que assolaria Mérope no futuro a mãe dela morreu para dar à luz a filha, por isso a moça só vivia com o pai e o irmão mais velho.

A vida da jovem bruxa não foi fácil e nem como um conto de fadas, Mérope era agredida física e psicologicamente pelo pai e irmão. As surras eram sem motivos, as ofensas gritadas todos os dias, mas uma luz se acenderia para a menina. Ela se apaixonou por um rapaz que passava em frente sua casa todos os dias. Se apaixonou pelos cabelos castanhos em cachos bem arrumados, o porte alto, olhos azuis brilhantes, corpo bem desenvolvido, o sorriso radiante. Mérope não era bem o estereótipo de beleza e a postura era retraída e tímida o que dificultava na hora de falar com o rapaz ou mesmo conquistá-lo, ainda tinha o porem de sua família, seu pai jamais aceitaria um trouxa em sua casa.

Seu pai e irmão se juntaram a causa de Gellert e com isso foram presos, ninguém sabe muito bem como. A esperança brilhou nos olhos castanhos de Mérope. Infelizmente para a moça o garoto estava prometido a outra e não parecia interessado em si, tentou conquistá-lo com meios comuns, tentou conversar, tentou e como tentou..., mas as tentativas se acumulavam e seu tempo acabava. Sem opção para tomar o coração do homem ela recorreu a meios perigosos.

Amortentia era uma poção complexa e levava tempo para ser feita, era necessários uma mão firme e conhecimento. Ela tentou três vezes até sentir o delicioso cheiro do homem que ocupava seus sonhos. Em uma festa da vila, o homem bebia e se divertia, nem notou quando gostas foram pingadas em sua cerveja, mas sentiu o coração batendo acelerado ao ver a menina estranha da cidade, Mérope parecia tão perfeita aos olhos enfeitiçados, os cabelos longos e negros eram um charme, a pele parecia delicada, ate mesmo sua timidez lhe encantou, esqueceu o medo bobo decorrente da crença que a moça era uma bruxa, de onde tirara aquilo? Mérope parecia um anjo e um anjo não poderia ser uma bruxa.

Dançou com ela, conversou, se apaixonou. Casaram poucos meses depois, tudo apressado. Se amaram, seguiram. A Gaunt sempre dosando a poção em sucos e águas que o marido tomava. Ela engravidou pouco depois, tão feliz e radiante. Esperava de 6 meses quando achou que o homem que amava não precisava mais da poção.

Tom acordou, já não via a mulher perfeita, via apenas a “bruxa” da cidade. Enfurecido gritou ofensas e chamou a mulher de monstro, disse que ela lhe enfeitiçou e gritou que não a amava. A bruxa chorou desolada e o trouxa voltou a sua vida como se os meses casado nunca houvessem acontecido, abandonando a mulher grávida sem um pingo de preocupação com a criança que ela carregava.

Mérope não tinha mais escolhas, seu pai seria liberto logo... seu irmão voltaria pra casa, se descobrissem de quem era seu filho o matariam ainda no ventre. Levou uma joia de família que sua mãe lhe deixara, roupas e algum alimento quando fugiu. Deixou apenas uma carta dizendo ao seu pai que tinha partido.

A bruxa ficou em Londres e sobreviveu com o resto de dinheiro que lhe restava, quando já não tinha opções foi ao beco diagonal tentar vender a única coisa de valor que tinha. Chorou rios de lágrimas quando decidiu, mas seu filho, seu bebê precisava de nutrientes, precisava sobreviver. As pressas ela vendeu o objeto por 10 galeões, não sabendo o valor do velho medalhão de Salazar.

Conseguiu comer por mais alguns dias, mas a fraqueza sempre vinha, a dor sempre voltava, o choro sempre presente. Passou o natal sozinha chorando e rezando para a magia manter seu filho vivo. Lutou contra o corpo que lhe traía e cismava em ficar no chão.

Teve seu filho no dia 31 de dezembro de 1948, chorando de dor, mas se obrigando a ser forte. Quando seu pequeno tesouro chorou pela primeira vez, enchendo seus pequeninos pulmões de ar a mulher chorou. Chorou de felicidade, chorou de dor e chorou de tristeza, felicidade por ter dado à luz a um ser tão perfeito como seu filho, dor pelo parto sem auxílio e tristeza porque sabia que não sobreviveria mais. Recusando a cair desmaiada em poucos dias amamentou sua criança, mas quase não tinha leite.

Cambaleou por Londres trouxa até achar um orfanato. Bateu na porta bem leve, fraca demais para bater mais forte, a pessoa que abriu era uma mulher jovem, não prestou a menor atenção nela e entregou seu filho com o coração doendo a cada batida.

 

–  O nome dele é Tom Marvolo Riddle – a voz fraca quase não saiu, mas a mulher na porta ouviu. – O meu era Mérope Gaunt.

 

Mérope caiu ali, na porta do orfanato, seu corpo não tinha mais forças e agora que seu pequeno estava seguro se permitiu morrer. Ela foi enterrada atrás da igreja perto do orfanato.  

Tom cresceu naquele espaço onde as esperanças não eram incentivadas e a felicidade chegava para poucos. O menino foi classificado como estranho desde bebê, Tom nunca chorava, nunca, o máximo que fazia era resmungar quando estava com fome. Ele falou antes de andar, não foram palavras bonitas como “titia” ou até “mama” ele disse apenas: Fome.

O pequeno Riddle não recebia muito carinho, não tinha muitos amigos, na verdade não tinha nenhum. Taxado de esquisito ele era completamente excluído, nunca adotado. Tudo só piorou quando coisas estranhas começaram a acontecer, Tom falando com cobras em uma linguagem estranha, objetos que se moviam sem ninguém os tocando. E quando o coelhinho de um dos garotos apareceu enforcado, Madame Cole, a diretora do lugar, resolveu chamar um Padre.

Não foi a primeira vez que a mulher chamava alguém para exorcizar o menino, sempre era doloroso passar por aquilo. Padres que começavam com uma bíblia e um crucifixo terminavam sempre batendo no garoto dizendo para o demônio sair de dentro dele. Uma deles disse que o açoitar 30 vezes expulsaria de vez a presença maligna e as costas de Tom demoraram semanas para curar.

 

*****

 

Tinha 11 anos quando um homem ruivo de olhos azuis e sorriso gentil chegou ao orfanato. Ele conversou com Madame Cole por muitos minutos e quando terminou veio ao quarto do Tom. Não era um espaço grande para se orgulhar, era frio, sombrio, a cama de metal retorcido e enferrujado sustentava o fino colchão, o chão era irregular e tinha que ter cuidado porque as tábuas rangiam, a tinta das paredes já debotara a anos formando desenhos sinistros onde a tinta descascou. O homem sentou na cama e olhou o menino na cadeira de madeira com curiosidade.

 

– Como vai tom? – O homem ruivo estendeu a mão e Tom a pegou com receio. – Sou o Professor Dumbledore.

 

–  Professor? –  O menino repetiu em visível confusão – Como um Doutor? Ela mandou você aqui pra me examinar, não é?

 

–  Não, não. –  o homem ruivo respondeu sorrindo.

 

–  É mentira, ela quer que você me examine, não é? Diga a verdade... quem é você?

 

–  Eu já lhe disse. Meu nome é Dumbledore, e trabalho em uma escola chamada Hogwarts. Vim lhe oferecer uma vaga em minha escola, se desejar. –  O sorriso do homem não vacilava, mas o menino já estava visivelmente inquieto.

 

–  É um hospício, não é? Olha eu não estou louco! Não fiz nada com nenhum dos meninos eu... eu não vou!

 

–  Eu não sou de um hospício, se acalme um pouco e eu lhe conto sobre a escola, ninguém vai forçá-lo a ir.

 

–  Gostaria de vê-los tentar – o tom sombrio da criança pegou o homem ruivo de surpresa, mas ele apenas sorriu.

 

–  Hogwarts é uma escola para pessoas especiais...

 

–  Eu não estou louco! –  Riddle teimou e apertou a cadeira com tanta força que seus dedos ficaram brancos.

 

–  Sei que não é. Hogwarts não é uma escola para loucos é uma escola de magia.

 

A voz do menino se perdeu por alguns minutos e quando retornou tinha uma excitação animada.

 

–  Magia?

 

–  Exato.

 

–  É magia o que e sei fazer?

 

–  O que sabe fazer Tom?

 

–  Muitas coisas – o menino corou alegremente e continuou – sei fazer coisas se mexerem sem tocar nelas. Sei fazer os bichos me obedecerem, sem treinamento. Sei fazer coisas ruins acontecerem a quem me aborrece. Sei fazer pessoas sentirem dor, se quiser. O senhor também pode fazer magia?

 

–  Posso... veja – com um aceno da varinha o guarda roupa pegou fogo e o menino deu um pequeno pulo angustiado ao ver que suas coisas queimavam, mas com um aceno o móvel estava intacto em seu lugar.

 

–  Onde arranjo uma dessas?

 

–  Tudo há seu tempo... irá comprar seus materiais no beco diagonal. –  Ele estendeu um envelope amarelado e escrito em tinta verde – Aqui uma lista de tudo que vai precisar.

 

–  Onde fica esse lugar? O senhor irá comigo?

 

–  Se você desejar...

 

–  Não, faço sozinho, sempre fiz tudo sozinho. –  disse decidido e o homem sorriu de lado.

 

–  Bem, então vá ao centro de Londres, um bar chamado caldeirão furado, peça ao dono, Tom, para abrir a passagem. Vai ser fácil de lembrar afinal é o mesmo nome que o seu.

 

–  Tudo bem – o rosto do menino era sério, neutro. – Professor...

 

– Sim Tom?

 

– Pessoas que fazem magia...

 

– Bruxos – disse cortando a fala do menino e viu um brilho de irritação nos olhos azuis.

 

– Bruxos... podem fazer muitas coisas, não é? Podem falar com animais? – perguntou ainda neutro, mas pipocando em curiosidade.

 

– Isso depende é claro... que tipo de falar?

 

– Eu falo com cobras, elas me entendem e eu as entendo, isso é comum?

 

– Não, de certo não. – respondeu vacilando no sorriso e o menino piscou demoradamente – Mas há casos, raros, mas há.

 

– Entendo. Obrigada professor.

 

O homem ruivo saiu pela porta com um tchau animado e Tom reparou que ele tinha muitos fios brancos entre os fios ruivos, assim como na barba. Depois desse inusitado encontro Tom tinha um nome para as coisas que sabia fazer. Leu e releu a carta que recebera de Hogwarts. Foi cedo em julho ao beco diagonal, foi ao banco e descobriu possuir um fundo para materiais escolares, não seriam os melhores pelo que notou, mas daria pro gasto. Comprou tudo que precisava e no dia 1 de setembro estava na plataforma pronto para ir à escola.

Em seus anos em Hogwarts Tom foi o melhor aluno, em destaque sempre. Selecionado para Sonserina, dominava cada matéria com maestria e se perdia em livros todos os dias. Magia da “luz” não o satisfazia por completo e descobriu que era porque tinha seu núcleo completamente negro. Quando chegou ao cargo de monitor conseguiu acesso a sessão reservada e devorou todos os livros de magia das trevas que conseguia. Fez “amigos”, se tornou cativante. Um aluno perfeito, educado, apenas reservado para a grande maioria, mas Dumbledore mantinha seus olhos atentos ao menino.

Em seu 5º ano Tom Riddle estava obcecado por histórias sobre Hogwarts, seus fundadores e por si mesmo. Buscou feitiços e em seu sangue descobriu sua família materna: Gaunt. Buscou tudo referente a família e quando os achou decidiu ir atrás deles nas férias de verão. No mesmo ano durante suas buscas ficou curioso com a câmara secreta de Salazar Slytherin e desde o início do ano tentava achá-la, se aproveitando de sua posição como monitor para dispor de tempo a mais para buscar. Os becos sem saída acabaram sendo úteis pra alguma coisa, ele foi descobrindo coisas interessantes pela escola. Passagens secretas, caminhos desconhecidos, segredos e a Sala precisa, essa foi extremamente útil.

Na sala precisa achou anotações dos fundadores e em um dos textos de Salazar achou o caminho, tendo que adaptar ao novo mapa da escola, mas facilitou sua busca. O banheiro feminino do terceiro andar do lado direito do castelo. Buscou naquele banheiro por mais uma semana uma pista e ao achar o símbolo em uma torneira sua mente se clareou e a língua falada apenas pelos descendentes de Salazar Slytherin se mostrou a chave. Parseltongue foi a chave e a passagem se abriu. A primeira vez que entrou apenas deslizou e caiu, quase machucou. Caminhou até a passagem e viu a porta.

Era redonda, sete cobras a cortavam horizontalmente e quando pediu para a porta abrir as cobras se retraíam e a passagem se abriu. O corredor era escuro, decorado por estátuas de serpentes depois de um corredor de água escura. Mais à frente estava a estátua de Salazar de boca aberta e abaixo dela o basilisco gigante, enrolado e dormindo.

O jovem Tom se aproximou, tremendo entre o medo e curiosidade. Tocou o corpo escamoso que se desenrolou preguiçoso e encarou o garoto que ousou o acordar.

 

Quem ousa me despertar? – A voz era mais que um sibilo arrastado e Tom sorriu ao ver que entendia.

 

sou Tom Riddle. – respondeu na mesma linguagem e o ser o encarou.

 

ah um descendente de meu mestre, por isso pode me ver sem sucumbir. Interessante criança. A hora chegou então? – os olhos amarelos brilhavam excitados. Tom sorriu.

 

Sim.

 

 O basilisco se tornou um amigo e confidente para o garoto. Infelizmente a morte de uma sangue-ruim foi o fim da breve amizade. O basilisco teve que voltar a dormir e o jovem Tom precisava achar uma saída. Sabia que o meio gigante da Grifinória guardava uma acromantula e foi com esperteza que o incriminou, a expulsão do gigante foi útil, mas Dumbledore jamais perdeu sua desconfiança.

Nas férias de verão daquele ano decidiu visitar seu tio. Morfino Gaunt era apenas um sopro do que já foi, se bem que nenhum Gaunt era considerado Bonito. Os cabelos negros desgrenhados e a barba preta suja. Ele encarou Tom com raiva e depois riu.

 

– Achei que você fosse aquele Trouxa... aquele que Mérope ficava olhando passar. – Disse com desdém e bebeu um gole da bebida que de aspecto escuro. – Mas não, não... ele seria mais velho que você... deve ser filho dele, não é?

 

– Sou... eu acho. Minha mãe me deixou em um orfanato e morreu. O nome dela era Mérope... pode... pode me contar sobre ela?

 

– Ah então ela seduziu o trouxa? Que vergonha para uma bruxa. Mérope era apaixonada por um homem... um trouxa inútil... qual era mesmo o nome? Ah sim Tom Riddle. Ela deve ter enfeitiçado ele enquanto eu e papai estávamos presos. Uma vergonha para nosso nome com toda a certeza.

 

– Ele ainda está... vivo? – A voz do garoto era calma e paciente.

 

– Está sim... mora em uma mansão fora da cidade... fácil de achar.

 

Agradeceu e se foi pela cidade com passos calmos. Achar a mansão não foi difícil, entrou sem grandes problemas e encarou duas pessoas na mesa de jantar. Um senhor e uma senhora que agora o encaravam com os olhos arregalados.

 

– Você... você se parece com... – o homem de cabelos grisalhos começou, mas a mulher o cortou.

 

– Não me diga que aquela maluca teve um filho! Não vamos pagar nada a ela! – ela bateu na mesa com força e o jovem Tom a olhou com curiosidade.

 

– Minha mãe está morta a 15 anos... eu só queria saber quem era meu pai. – disse sério, mas a voz carregava uma tristeza quase insistente.

 

– Seu... – a voz do homem morreu quando a porta da frente se abriu e mais uma pessoa se juntou a eles. Era óbvio a semelhança, os mesmos cabelos, os mesmos olhos azuis claros, a pele clara e sedosa, as bochechas bonitas e o rosto fino.... tudo era semelhante.

 

– Quem é o garoto mãe? – O Tom mais velho perguntou encarando uma versão mais nova sua.

 

– Ele é... – a mulher começou a falar, mas o mais novo começou a falar.

 

– Eu sou filho de Mérope Gaunt e... acho que seu também. – a voz do menino era tímida, mas carregava uma seriedade não comum para um garoto daquela idade.

 

– aquela... eu... – o mais velho ficou mudo e só voltou a realidade quando sua esposa tocou suas costas e o chamou.

 

– Querido está tudo bem? Oh quem é esse? Tom ele é sua cara! – a mulher estava surpresa e forçava um sorriso completamente falso.

 

– Posso conversar com você a sós? – O Tom mais velho disse sério e puxou o menino pelo braço em um aperto dolorido. Foram andando até outra sala e o mais velho lhe encarava com uma seriedade e talvez raiva. – O que você quer?

 

– Só queria... conhecer meu pai. – disse sem grandes rodeios.

 

– Quanto você quer? Sua mãe te mandou aqui? Ela sempre quis dar um golpe em mim, quanto você quer? Pois sabe que não vou te dar nenhum centavo e...

 

– Eu não quero dinheiro, minha mãe está morta... eu só queria ver a cara do homem que a abandonou grávida. – O desprezo brilhou nos olhos azuis do menor – O que eu estava pensando vindo aqui? É claro que você é um trouxa inútil que pensa que dinheiro é tudo. Eu... só queria... eu nem sei o que eu queria.

 

– Eu... Mérope morreu? Eu achei que... achei que ela só queria me dar um golpe e já estaria fazendo isso com outro eu...

 

– Ela te amava. Quase obcessivamente na verdade, fez de tudo para te ter... mas você a deixou grávida, a família Gaunt não permitiria que a filha se casasse com um trouxa e tivesse um filho mestiço... ela foi deserdada e fugiu sozinha por meses até não aguentar e morrer quando me entregou em um orfanato. Você é só... um trouxa inútil. Eu já estou indo, esqueça que eu existo e eu farei o mesmo com vocês.

 

– Espera... o que são trouxas? Por que me chama assim? – perguntou curioso segurando o pulso do menino, o mais novo controlou as lágrimas que quiseram sair e encarou seu “pai”.

 

– Quem não é bruxo...

 

– Ela era uma bruxa? Você é um monstro como ela? – soltou o pulso do menino com quase nojo e o menor se encheu de raiva, a tristeza sendo mascarada pela fúria.

 

– EU NÃO SOU UM MONSTRO. – Gritou e sua magia encheu a sala em uma energia hostil – Eu... quem é o monstro de nós dois? Uma criança órfã que pode fazer magia ou o homem que abandonou a mulher que carregava seu filho no ventre?

 

As lágrimas rasgaram as bochechas do menor e a magia dele tornava o ar pesado. Alguns objetos mais leves flutuaram e outros se quebraram.

 

– Eu não sabia que...

 

– O que não sabia? Não sabia que ela estava grávida? Obvio que sabia eu vejo em sua mente, você escolheu a abandonar, escolheu me... deixar. – as lágrimas salgadas eram grossas e manchavam o rosto delicado do menino.

 

– Saia da minha casa aberração! – o homem gritou deixando o medo de lado – Eu não sou seu pai eu...

 

A explosão de magia fez o trouxa voar ate a parede, bateu a cabeça e caiu no chão logo começou a se formar uma poça de sangue. Seus “avós” ouviram o barulho e entraram na sala vendo seu filho morrendo. Gritaram ofensas que o jovem Tom já não ouvia, mas eram palavras que ecoariam em sua mente ate o fim dos tempos. Ele não pensou muito quando sem varinha os matou, não ouvia nada quando a esposa de seu “pai” foi morta por uma faca e já não pensava muito quando voltou a casa do seu tio. Morfino estava inconsciente e bêbado, não foi difícil mudar suas memórias, não foi difícil sair dali, mas foi difícil esquecer.

Dizem que a primeira morte que causa você nunca esquece, Tom esqueceria a murta que geme afinal não foi culpa sua, a menina estava no lugar errado na hora errada, mas a morte de seu pai ficaria entranhada em sua mente, a morte dos avós povoaria seus pesadelos.

A morte era inevitável..., mas ele não queria morrer. Por isso a busca de um jeito de ser imortal foi o que o motivou pelo restante dos meses. Descobriu sobre as Horcrux e decidiu tentar. Em seu 6º ano fez a primeira com a morte de um trouxa de Londres que tentou machucá-lo, recebeu uma carta do ministério por usar magia fora da escola, mas apenas isso. Seu diário se tornou sua primeira Horcrux, uma parte de sua alma guardada para sempre.

A segunda foi feita um tempo depois, quando ele descobriu sua herança de família perdida. O medalhão de Salazar estava em uma loja de penhores e matou o vendedor por querer lhe enganar. Modificou as memorias do elfo doméstico do homem para acreditar que foi ele quem matou seu mestre.

A última foi Nagini. Ele achou a serpente em seu 7º ano, mas só a transformou em Horcrux dois anos depois em meio a uma de suas viagens para reunir seguidores.

Ele se formou com honras e deseja o cargo de professor de defesa contra as artes das trevas, mas lhe foi negado por ser jovem, anos depois tentaria novamente conseguir seu cargo, que lhe foi negado e dessa vez a fúria o levou a amaldiçoar o cargo dizendo que um professor não duraria mais de um ano.

Ainda jovem Tom Riddle conseguiu conversar com Gellert logo a pois sua formatura em Hogwarts. Tentando ser um de seus seguidores foi convidado e o mais poderoso bruxo das trevas daquela época conversou com ele pessoalmente. O tornou aprendiz pelos meses que se seguiram.


Notas Finais


E foi isso, eu sei que foi mais corrido do que normalmente escrevo, mas eu precisava acelerar um pouco ou Tom riddle ia ter 10 capitulos só do passado dele e esse não é o foco. Vai ter outro especial como esse do Tom contando esse BO dele com o grindewald e sobre a batalha do Dumbedore com o Gellert, quando ele sai? Não sei. Mas volto com o prazo de no máximo 5 dias. Depois desse 2º especial ou mais 2 depende de como vou escrever, voltaremos com o segundo ano do bebê mais fofo do mundo ou se desejarem eu posto o cap inicio do segundo ano do harry e deixo os mistérios de Tom riddle para o futuro... me digam aqui o que preferem. Ate a proxima beijos... comentem


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