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História Be Mine (CHANLIX - CHANBIN) - Words to say


Escrita por: chimmy_tomato

Capítulo 8 - Words to say


Fanfic / Fanfiction Be Mine (CHANLIX - CHANBIN) - Words to say

───⊱❦⊰───

Quando acordo pela manhã Felix ainda está dormindo em meus braços. Eu sorrio para sua expressão completamente entregue ao sono, e me afasto com cuidado para não acordá-lo. Ao voltar do banho o encontro sentado no meio das cobertas, totalmente descabelado e com uma carinha perdida.

- Acordou, bebê? - Pergunto bagunçando ainda mais seus cabelos. Ele resmunga rouco.

- A gente transou? - Pergunta antes de espreguiçar como um gatinho, me fazendo ter um pequeno surto.

- Não, Felix. Você dormiu no meu closet, lembra? - Digo sorrindo todo bobo.

- Ah. - É tudo o que ele diz antes de se esgueirar para o banheiro.

Gasto os minutos seguintes me vestindo com certa pressa porque me lembrei da prova que tenho no segundo período. E quando já estou pronto ouço meu celular tocar.

- Al-

- PUTA QUE PARIU CHANNIE! Eu tava preocupado!

Verifico a tela e percebo que tenho vinte chamadas perdidas e inúmeras mensagens do meu amigo. Todas feitas desde as onze da noite.

- Bom dia, Bambam. Como foi a festa?

Ele pragueja e volta a reclamar de preocupação e eu apenas rio tentando acalmá-lo. Ouço ele me explicar que esqueceu o celular no vestiário e só lembrou de buscá-lo depois que saiu do barzinho da faculdade. Quando viu as chamadas perdidas se desesperou e desde então tem me ligado.

- Desculpe, Bam. Mas estou bem, é sério. - Insisto quando ele se oferece para avisar aos professores que estou doente. - Daqui uma meia hora eu chego na faculdade. Vamos comer no My Pace, okay?

Finalmente convencido, Bambam desliga e eu sento na cama esperando Felix. Ele não demora a sair, ainda mais adorável com os cabelos molhados.

- Vou passar no café antes da aula. Você quer ir pra casa?

- Preciso cumprir umas horas hoje de manhã, então vou com você.

Me levanto e pego a toalha de suas mãos, ajudando-o a secar os cabelos. Faço uma anotação mental sobre o quanto tenho achado adorável cada uma de suas reações, como agora em que ele fecha os olhos e faz uma careta com os lábios franzidos num bico que indica seu desgosto pelo excesso de movimento que faço em seus cabelos. Acabo rindo e termino o serviço com mais delicadeza antes de sairmos do apartamento.

O trajeto não leva mais que vinte minutos de ônibus, então logo estamos entrando pelas portas do My Pace. Uma olhada rápida me garante que Bambam ainda não chegou, então me sento numa mesa enquanto Felix hesita ao meu lado.

- Quer comer comigo? - Pergunto dando uma palmadinha na poltrona ao meu lado. Ele nega, então aperta os lábios.

- Vocês não estão mesmo juntos…? - Seu olhar ansioso desliza para o lado, e vejo o ruivinho vindo em nossa direção.

- O que você está fazendo com ele? - O ruivo praticamente sibila espalmando a mão na mesa enquanto me fuzila com o olhar. - Não me diga que se aproveitou do Lix depois daquele encontrinho de merda.

- Minnie... - Felix murmura segurando o braço do amigo. Mas Seungmin continua furioso, então me joga um embrulho que reconheço como sendo o presente de Ryujin.

- Você esqueceu isso ontem, senhor. - Ele se afasta cruzando os braços, me analisando de cima enquanto me divido entre vergonha, confusão e irritação.

- O que foi isso? - Digo com certa irritação ao me levantar. - Que merda foi essa?

- Eu perguntei primeiro. O que está fazendo com o Lix?

- Não vejo porque teria que responder essa pergunta. - Digo incapaz de controlar minha expressão que certamente beira o cinismo.

- Minnie, por favor. Depois eu te explico. - Felix insiste puxando o amigo para longe.

Volto a me sentar, expulsando o ar pelas narinas devido a irritação. Tamborilo meus dedos sobre a mesa até me dar conta de que precisarei ir até o balcão fazer o pedido já que o querido Minnie fez toda essa ceninha.

Felizmente quem já assumiu o balcão é uma jovem simpática de cabelos dourados que sorri radiante assim que me aproximo.

- Bom dia, senhor. O que gostaria de pedir?

Retribuo o sorriso, então analiso o cardápio acima do balcão optando pela sugestão do dia.

- Duas porções e dois capuccinos com canela, pra comer aqui. - Finalizo fazendo o pagamento então volto a me sentar.

Enquanto espero o pedido, Felix retorna já com o uniforme. Ele para em pé ao lado da mesa e fica me analisando em silêncio, as mãos inquietas em frente ao corpo.

- Chan… Desculpe… Posso me sentar? - Pergunta baixo, com cautela.

- O "Minnie" não vai vir te buscar de novo? - Pergunto franzindo as sobrancelhas e cruzando os braços, ele nega com a cabeça e se senta a minha frente.

- Ele só estava preocupado comigo. Seungmin é superprotetor… Desculpe, mesmo. - Ele passa as mãozinhas pelos cabelos, então suspira etrelaçando os dedos sobre a mesa. - Já expliquei pra ele, não vai se repetir.

- Explicou o quê exatamente? - Pergunto me inclinando sobre a mesa. - Que apesar do meu encontrinho de merda eu não usei você?

Sei que ele não tem culpa, e me arrependo pelo tom e escolha de palavras assim que vejo seu beicinho chateado. Então suspiro, passando as mãos pelo rosto antes de voltar a encará-lo.

- Estou mau humorado, podemos ter essa conversa outra hora? - Ele hesita, mexendo nos cabelos então se levanta.

- Hoje não tenho aulas, podemos almoçar juntos?

- Assim que acabar as minhas eu venho te buscar. - Digo com um sorriso pequeno e ele suspira de alívio, então se afasta feito uma criança que acabou de ganhar um doce. A cena é fofa e acaba prendendo minha atenção.

- Tá bem mesmo. Todo babão já cedo. - Bambam diz em meio ao riso, me fazendo quase dar um salto. Então senta no lugar até pouco ocupado por Felix.

- Bom dia pra você também, Bambam.

- Quem te deixou boiola as oito da manhã, Channie?

- Ninguém. - Murmuro abrindo a sacola que Ryunjin me deu no dia anterior. Acabo sorrindo feito uma criança ao pegar a miniatura do gato de botas. Os traços cuidadosamente pintados a mão deixam os olhinhos quase vivos. A expressão pidonha me faz rir. - Parece o Felix. - Murmuro para ninguém em particular mas infelizmente Bambam está logo ali.

- Quem é Felix?

Dou um tapa na mão do meu amigo quando ele tenta pegar meu boneco, então o guardo cuidadosamente, deixando a sacola de lado. Conversamos alguns minutos, nos quais conto da minha mãe e do meu suposto namoro.

- Você é gay demais pra fingir ser hétero, Channie. - Bambam constata revirando os olhos para a forma como devoro meu lanche. - E mendigo demais também para fingir ser sofisticado. - Ele estende um guardanapo e volta a comer o próprio lanche. Vale-se dizer que de forma igualmente desajeitada.

- É só até a formatura. E só vamos fingir para nossos pais. Ryujin é legal, acho que conseguimos ter os tais encontros como amigos sem grande stress.

- Vai ser uma questão de tempo até tua mãe perceber que você sequer encosta na menina. Você sabe que encontros tem... - Ele gesticula as mãos de forma incompreensível, franze as sobrancelhas e finalmente conclui. - Você sabe… Passeio de mãos dadas, beijos apaixonados e etc.

- Posso usar a desculpa da idade. Ela só tem dezoito anos. Além do mais, ninguém espera amor desse encontro. - Bebo meu capuccino finalizando minha primeira refeição do dia. - São só negócios.

- Vai nessa. - Bambam resmunga também terminando de comer. - Com o coração não se brinca.

- Bambam? Você acabou de dizer que sou gay demais.

- Você é. Mas teu primeiro amor foi uma garota e essa daí parece muito com a fadinha.

Pisco demoradamente sem ter uma resposta. Sim, Ryujin me lembra Dahyun pela forma espontânea e animada. Temos muitos gostos em comum e eu gostei do tempo que passamos conversando. Mas foi só isso.

- Pelo amor de deus, Bam. Ambos somos gays. Você sabe que garotas não me atraem.

- Não sexualmente. - Ele insiste se levantando. - Eu particularmente prefiro que você se amarre em qualquer um, mesmo que seja uma garota.

- Você está sendo ridículo. - Sibilo pegando minha mochila e a sacola. - Eu não vou me apaixonar por ela e você sabe muito bem que já tenho alguém.

- Alguém que não pode te amar de volta. - Bambam diz me segurando pelo braço quando atravessamos a porta. - Essa garota pode ser teu remédio ou outro veneno. Se não tem a mínima chance de rolar algo, é melhor não começar. A gente não manda no coração, Channie.

- Você quer que eu me apaixone por alguém e também está com medo que isso aconteça? - Pergunto com um riso baixo, achando fofa a confusão do meu amigo.

- Quero que você ame alguém que seja capaz de te amar de volta. Você merece reciprocidade, Christopher.

Eu acabo rindo mais, me contorcendo diante dessa seriedade que raramente aparece em Bambam.

- Você é tão gay quanto eu, seu boiola.

Ele pragueja e me dá alguns soquinhos, eu devolvo e começamos a nos bater feito crianças e correr até a sala de aula. Atraímos alguns olhares ao longo do caminho, mas nada que seja novo.

Um dos primeiros motivos que me fez me aproximar de Bambam tão rápido foi justamente sua espontaneidade. Ele não veste aquela máscara esnobe fingindo ser o que não é. E mesmo que sinta vergonha, "sente com gosto" nas palavras dele.

°°° 

A prova se encerra com meus lamentos mais sinceros porque acho que levei bomba. Meu amigo se convenceu do mesmo e rumou para seu cochilo diário na biblioteca. Estou começando a suspeitar que ele não vai até lá apenas para dormir como sempre diz.

Como combinei de almoçar com Felix desisto de fazer o lanchinho de sempre e logo pego meu celular a fim de verificar se ele já saiu. Gasto poucos instantes digitando uma mensagem mas sou surpreendido por braços me envolvendo pela cintura.

- Como foi na prova? - Ele pergunta com essa voz profunda me fazendo estremecer e nem foi de susto.

- Já te disse para não me assustar assim. - Resmungo envolvendo-o pela cintura enquanto caminhamos. - Quer ir almoçar onde?

- Hum… Foi mal então. - Ele constata rindo, então se afasta enfiando as mãos nos bolsos da calça. - Queria comer algo diferente mas… Quero conversar com você… Então… Tudo bem se formos no meu apartamento? Eu cozinho algo pra gente.

- No teu apartamento? O mesmo do ruivinho surtado? - O questionamento sai com una voz aguda beirando o nervosismo legítimo. Felix sorri sem jeito, então comprime os lábios nessa expressão pidonha. Eu apenas suspiro, ciente de que já perdi. - Espero que ele não venha surtar comigo de novo.

- Eu já conversei com ele. - Felix diz mirando o olhar no chão de forma que não consigo ver sua expressão com clareza. - Só falta conversar com você.

- Por que tenho a impressão de que essa conversa vai me deixar com dor de cabeça? - Murmuro pensativo sem me dar conta que o fiz em voz alta.

Felix ri, então assume a dianteira e me guia até seu apartamento que é bem mais longe que o meu. Gastamos bons quarenta minutos de ônibus, mas ao chegarmos sou surpreendido pela decoração tão delicada do lugar. Especialmente do que julgo ser o quarto de Felix.

- Ei! - Ele grita. - Eu disse que o banheiro é à esquerda.

- Meu quarto foi o primeiro cômodo do apartamento que você conheceu. - Digo me esgueirando até abraçá-lo pela cintura. - Por que não posso conhecer o teu, Yong-bok-sshi?

Ele se contrai, meio rindo meio emburrado. E eu lhe dou um selinho antes de me afastar, agora verdadeiramente indo até o banheiro.

Como o restante do apartamento a decoração é cuidadosa e sorrio bobo ao notar a variedade de cosméticos infantis espalhados sobre a pia. Não é difícil identificar que os de cheirinho de baunilha e morango são de Felix, destoando dos mais sofisticados que devem ser de Seungmin.

Curioso como sou, espio pela porta e ao perceber que Felix está ocupado demais na cozinha, me esgueiro até seu quarto, encostando a porta ao entrar. Eu expiro surpreso com a variedade de coisas dispostas cuidadosamente apesar do espaço limitado. Felix é organizado, mas acumula coisas demais.

Me aproximo da estante onde encontro três abajures idênticos, pequenos, em formato de nuvem em tons de azul, rosa e amarelo pastel. Empilhados cuidadosamente está um número considerável de mangás e alguns livros cujas lombadas são coloridas e os títulos traçados em dourado.

É uma organização com apelo estético, persigo os títulos e percebo que não reconheço muitos, mas posso identificar os clássicos… Dom Quixote, O Pequeno Príncipe, Nárnia, Illíada… A variedade é grande. E fico boquiaberto ao ver as pilhas de livros dispostos nas últimas repartições da estante. Um olhar mais atento me faz perceber que ele não faz coleção apenas de itens "fofos" e pelúcias, dada a sua coleção massiva de livros. Eu vejo livros em todo e qualquer lugar desse quarto.

- Meu deus… - Murmuro ao caminhar até sua cama e encontrar exemplares espalhados sobre a coberta. - Ele lê essas coisas também? - Resmungo ao folhear o livro que claramente é literatura erótica. Um exemplar que seria muito interessante caso não fosse totalmente hétero.

- Christopher. - Me viro lentamente na direção da voz baixa de Felix, encontrando-o parado na porta com as sobrancelhas franzidas e uma faca na mão.

- Abaixe isso e vamos conversar. - Digo mansamente, colocando o livro cuidadosamente no lugar antes de puxar uma almofada e colocar diante do corpo como escudo. Felix está com uma expressão terrivelmente gélida e isso me assusta.

- Eu te disse para não bisbilhotar. - Ele diz pausadamente caminhando para dentro do quarto. Eu engulo em seco e ele estala a língua antes de abrir um sorrisinho torto. - Parece que vamos ter ensopado de canguru para o almoço.

Ele só dá mais um passo antes de eu correr em disparada levando a almofada comigo. A perseguição digna de um filme de terror de baixa qualidade acaba quando Felix descarta a faca na pia alegando ser perigoso demais para ele mesmo. Eu concordo avidamente logo o prendendo num abraço.

Sempre gostei de abraços e Changbin já reclamou muito dessa minha mania. Foi daí que surgiu o apelido de coala. Felix parece não se importar e apenas devolve o abraço antes de se afastar para terminar o que quer que esteja cozinhando. O cheiro está divino.

Me sento na pequena mesa da cozinha enquanto ele desliga as panelas. Instantes depois ele dispõe a mesa e os pratos.

- É simples porque não queria te deixar com fome por mais tempo. - Ao abrir a panela revela a macarronada com o molho de cheiro divino. Ele serve uma porção generosa no prato e salpica queijo ralado antes de me entregar. - Espero que goste, Chan.

Sorrio logo preparando uma garfada enquanto Felix serve um prato para si e senta em minha frente. E eu estava certo, ele é um ótimo cozinheiro. Assim que abocanho a massa solto um gemido de satisfação e aceno positivamente. Como estou realmente faminto não digo nada até terminar meu prato. Felix também se concentra na própria comida apesar de me lançar um ou outro olhar.

- Certo. - Digo após me levantar e deixar a louça na pia. - Agora pode me dizer por que está com tanto medo dessa conversa?

Ele franze as sobrancelhas esboçando confusão.

- Não estou com medo. - Diz com esse tom que deixa claro que sim, ele está com medo.

- Felix. - Caminho até encurralar ele, apoiando minhas mãos na parede ao lado de seu corpo, sem tocá-lo. - Você está tentando me dizer algo desde que cheguei. Aliás, foi pra isso que me trouxe aqui. Então diga.

Ele desvia o olhar, mirando qualquer ponto do chão da cozinha, fecha os olhos por tempo suficiente apenas para respirar fundo. Então finalmente volta a me olhar, desta vez com uma intensidade diferente… É determinado.

- Nós podemos continuar com isso? - Ele pergunta baixo, embora longe de qualquer hesitação. - Eu posso continuar te vendo?

- E por que não poderia? - Agora eu sou o que franze as sobrancelhas. Me afasto, levando a mão até a nuca. - Está preocupado por causa da Ryujin?

Ele sequer pisca, apenas dando um aceno breve com a cabeça.

- Ela não é minha namorada… É complicado… - Respiro fundo, passando a mão no cabelo antes de prosseguir. - Tenho uma relação problemática com meus pais... Você não deve ter percebido ontem porque dormiu, mas minha mãe sabe ser bem… Enfim, Ryujin e eu fizemos um acordo. Vamos fingir o namoro para nossos pais, e assim conseguimos um pouco de paz. Pelo menos até a formatura.

Felix se mantém imóvel e em silêncio. Parece levar algum tempo para digerir o que eu disse, então seu olhar vacila por uma fração de segundos, me fazendo questionar se não foi apenas impressão minha. No entanto, ele logo abre um sorriso ladino.

- Então ainda podemos transar. - E diz, enlaçando seus braços ao redor do meu pescoço. - Certo, daddy?

Eu reviro os olhos diante de seu tom cínico. Deslizando minhas mãos por suas costas numa carícia suave, então afasto uma das mãos apenas para dar-lhe um tapa na bundinha de maçã.

- Não acredito que você fez essa cena toda só pra perguntar se podemos transar. - Digo em meio ao riso, com uma pontada gigante de alívio. Vê-lo todo inseguro daquele jeito me deixou realmente preocupado e eu sequer sei com o quê.

- Transar é importante. - Ele afirma com uma seriedade que me deixa pasmo. - É um assunto muito importante, Bang Chan-sshi.

Eu desato a rir, mordendo seu lábio para calar qualquer outro comentário semelhante. Então a descontração logo dá espaço para esse calor que serpenteia em meu corpo quando sinto os dedos de Felix tocando minha pele sob a blusa. O arrepio logo é acompanhado por outro quando capturo seus lábios macios com os meus. Sinto sua língua deslizar em busca da minha e logo me vejo prensando-o na parede, com minhas mãos deslizando por sua cintura fina enquanto seus dedos percorrem meu abdômen.

- Eu amo esses gominhos. - Ele confessa sôfrego quando deixo seus lábios livres para beijar seu pescoço. Ele roça as unhas curtas sobre as linhas do meu abdômen, suspirando quando deslizo minha língua pela lateral de seu pescoço. - Chan… - O tom é de súplica, quase um gemido. Eu sorrio contra sua pele antes de me afastar.

Quando volto a encará-lo, seus olhos estão daquele jeito sonhador, as bochechas levemente coradas. Gasto alguns instantes nesta contemplação até soltar minhas mãos de sua cintura apenas para pegar sua mão e levá-lo até seu quarto.

Retomamos o beijo assim que passamos pela porta, nos livrando das roupas até chegarmos na cama. Felix descarta os livros que estavam espalhados então me empurra para a cama, desta vez ficando por cima.

Eu nem reclamo porque a visão é linda e a sensação melhor ainda. Como da primeira vez, ele rebola no meu colo, roçando nossos volumes ainda sob as calças. Seus dedos deslizam por meu abdômem enquanto seus lábios percorrem uma linha imaginária do meu peito até o pescoço.

De olhos fechados eu suspiro arrastado, enterrando meus dedos em seu quadril, incentivando-o a continuar. O calor é intenso demais e o atrito até então gostoso torna-se torturante diante do tesão acumulado.

Felix parece chegar a mesma conclusão, então seus dedos trabalham em desabotoar minha calça e ele se afasta apenas o suficiente para se livrar da peça. Eu o ajudo a retirar também a boxer. Ele faz o mesmo com as próprias peças e quando estamos finalmente pele com pele, sinto-o gemer sobre mim.

- Chan… - Ele geme manhoso, tentando verbalizar o pedido que lhe falta. Eu quero o que ele quer, mas também não tenho forças para interromper esse movimento lascivo do seu quadril que faz nossos falos deslizarem um sobre o outro. - Eu quero você… - Ele pede, gemendo ainda mais quando deslizo meus dedos masturbando a nós dois.

- Quer? - Pergunto cínico, abrindo um sorriso sacana ao ver sua expressão totalmente entregue. Seus lábios entreabertos são um convite, e eu me levanto o suficiente para apanhá-los, sem cessar a carícia que agora se concentra nas cabecinhas meladas.

Um gemido rouco me escapa quando percebo que realmente é o limite, então o envolvo pela cintura, tombando-o na cama a fim de ficar sobre ele. Felix envolve seus braços ao redor do meu pescoço para me impedir de me afastar e eu solto um riso soprado.

- Precisamos do lubrificante, babe. - Digo baixinho antes de mordiscar seu lábio.

- Faz sem. - Ele choraminga quando tento me levantar de novo.

- Felix… - Tento insistir mas ele envolve meu quadril com suas coxas, e me puxa para um beijo.

Quem sou eu para recusar essa boquinha gostosa? Tampouco tenho forças para frear esse desejo insano que me faz agarrar suas coxas enquanto deslizo por sua entradinha. Ele arqueia as costas quando forço a entrada, então concentro todo meu auto controle para não machucá-lo.

Deslizo meus lábios por seu pescoço, em carícias suaves, beijos e lambidas para ajudá-lo a relaxar. O resultado é imediato, o gemido de dor dá lugar ao tom rouco e manhoso e Felix rebola o quadril impaciente. Volto a capturar seus lábios macios enquanto me movo dentro dele, num ritmo gradativamente mais intenso.

Sou pego de surpresa quando seus dedos arranham minhas costelas, e ele beija meu pescoço. O misto das sensações me faz gemer arrastado, fechando os olhos. Enterro meus dedos em suas coxas e estoco com mais força, perdido no prazer crescente que se acumula. Felix se contrai quando acerto aquele ponto específico, gemendo mais alto e manhoso. Então me concentro em estocar ali, mantendo meus olhos abertos para me deleitar com a visão de seu rostinho corado desmanchado em luxúria.

Felix é lindo. Mas sua expressão quando goza é onírica. Satisfação me preenche quando o vejo tombar a cabeça, enterrando-a nos travesseiros quando cede ao orgasmo. Eu deslizo minha mão até apanhar sua bundinha de maçã e estoco nesse ritmo intenso até sentir meu próprio falo pulsar expulsando esse líquido pegajoso que escorre por nossos corpos.

Satisfeito e ofegante, me deito ao lado de Felix. De olhos fechados sinto ele se esgueirar pela cama até se aninhar em meu peito, então eu o abraço em silêncio.

- Você é realmente um coala. - Ele diz baixinho, a voz profunda soa sonolenta. - Eu gosto disso.

- Free hugs? - Pergunto esboçando um riso baixo. - Eu gosto de quem gosta dos meus abraços. - Murmuro inspirando o cheirinho dos seus cabelos.

Felix fica em silêncio me fazendo acreditar que pegou no sono. Eu me movo com cuidado a fim de me levantar mas ele segura minha cintura, deixando claro que está acordado.

- Eu gosto de quem me abraça. - Confessa sem erguer o olhar. Seus dedos se apertam em minha cintura e ele parece querer dizer algo a mais. No entanto é interrompido por um latido familiar e nos sobressaltamos quando a pequena e adorável bola de pelos sobe na cama.

- Tannie. - Murmuro estendendo as mãos para o filhote que vem em minha direção. Apanho-o nos braços vendo Felix rolar na cama até enterrar o rosto no travesseiro. Ele parece ter um pequeno chilique, esperneando e resmungando. - Felix...?

Um riso me escapa quando ele resmunga algo em resposta então se senta e estende a mão para fazer um carinho em Tannie.

- Papai esqueceu que você estava dormindo no quarto. - Murmura acariciando o filhote.

- Ele estava aqui? - Digo em meio ao riso, soltando Tannie que já está impaciente. Vejo a bolinha de pelos saltitar para fora do quarto como se nada tivesse acontecido. - Transamos com esse nenêm no quarto?

- Ele gosta de dormir embaixo da cama. - Felix diz e se levanta, então estende a mão num convite. - Vamos tomar um banho, bebezão.

- Como é? - Me levanto e puxo-o pela cintura, arranhando-o propositalmente. - Não fui quem teve um ataque por descobrir que tivemos plateia.

- Não tive um ataque. - Ele diz e eu rio, mordiscando seu lábio com força. Felix resmunga então desvia o olhar. - Não surtei por termos plateia…

- Então? - Inclino a cabeça, esperando, mas ele apenas torce os lábios e se afasta, rumando ao banheiro.

- Nada! - Ele ralha quando o sigo perguntando. - Cale a boca e pegue meu shampoo da Johnson's. - Resmunga já dentro do box.

- Quem é o bebezão? - Digo em tom cínico, rindo quando ele me dá um tapa com esse olhar mal humorado.

Após tomarmos banho, e eu me divertir em provocar um Felix birrento, nos enroscamos na sala para assistir um filme qualquer até meu celular vibrar.

Aparentemente o universo está conspirando contra mim porque é uma mensagem da minha mãe exigindo que eu vá encontrar Ryujin. Suspiro com impaciência e Felix rola seu olhar em minha direção. Eu me levanto, guardando o celular no bolso.

- Preciso ir. - Digo sem o menor ânimo. ele acena, se levantando para me acompanhar até a porta.

Quando estou para fora do seu apartamento, ele hesita recostado na porta e eu gasto alguns instantes nesse silêncio estranho. Então pigarreio, e levo minha mão até sua nuca, trazendo seus lábios até os meus num selar rápido.

- Tchau bebê. - Sorrio quando vejo um leve rubor cobrir suas sardinhas e esse sorriso bonito aparecer.

- Tchau… Hyung… - A palavra sai num sussurro, hesitante e eu alargo o sorriso diante de sua falta de jeito.

- Hyung? - Pergunto cruzando os braços numa exagerada cena de contemplação. - Isso nos deixa mais próximos ou mais distantes, Yongbok-sshi?

Ele estreita o olhar, cruzando os braços com impaciência.

- Vai logo, ah-ju-sshi.

- Ouch. - Resmungo colocando a mão sobre o peito. - De daddy para hyung só para voltar a ser chamado de velho… Que decadência.

Ele revira os olhos e me empurra até o elevador. Eu entro rindo e quando as portas estão prestes a se fechar ele murmura.

- Chan hyung... - Seu olhar vacila e vejo ele abrir os lábios novamente mas antes que consiga ouvi-lo terminar, as portas se fecham e eu fico ali recostado na parede espelhada.

Algo me diz que vou me arrepender por não ter escutado seja lá o que for que ele tenha dito. E nem é a curiosidade. 

⊱❦⊰



Notas Finais


O Win não veio de novo e a autora se encontra destruída, pisada, quebrada, vazia e sensível então não me responsabilizo pelo teor trevoso das próximas atualizações. Mas nessa eu deixei dose extra de boiolice kkkkk

Inté 💙


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