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História Be Your Everything - Gift


Escrita por: bmt5hh

Notas do Autor


MUNDO, EU TO AQUI <3
eu sei que eu demorei, mas eu estava ocupada, me desculpem, me desculpem MESMO
eu também sei que talvez esse capítulo não tenha tanto Camren como vocês esperam, mas entendam que é necessário para que eu prossiga com a história <3
amo vocês, boa leitura, <camila's voice> gostosaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas (ou gostosooooooooooooooooooos para o caso de ter algum menino perdido por ai)

Capítulo 18 - Gift


Fanfic / Fanfiction Be Your Everything - Gift

Narrador POV

 

- Isso é mesmo necessário? – Lauren perguntou, ajustando o cinto em volta do corpo.

- Claro que é. Sua mãe disse que você não vai chegar perto daquela moto tão cedo. – Sinu avisou, do banco do motorista.

- Eu não mereço. – Lauren reclamou cruzando os braços, mas desistiu de ficar emburrada quando Camila virou seu rosto para ela e beijou o enorme bico que havia se instalado em seu rosto, longe dos olhares do retrovisor da mãe. Ainda que Sinu estivesse completamente consciente do que acontecia entre as duas, Camila se sentia desconfortável em beijar Lauren na sua frente. Ela nunca havia feito isso, na verdade.

- Por mim você não subia em cima daquele troço nunca mais. – Camila disse de forma que só Lauren ouviu.

Ao todo, Lauren passou oito dias em casa se recuperando e agora ela já estava bem. Sinu liberou que Camila faltasse alguns dias de aula para ficar com ela, mas no terceiro dia Lauren a obrigou a ir para a escola, dizendo que não queria atrapalhar os estudos da menina e que ficaria bem. Camila foi por pura falta de opção, mas no fundo queria ter ficado com ela mesmo.

- Boa aula. – Lauren disse enquanto dava um beijo na bochecha de Camila e a abraçava. “Você é incrível. Não ligue para os idiotas” sussurrou baixinho em seu ouvido e Camila sorriu, assentindo.

- Para você também, Lolo. – Sorriu para Lauren, que apertou a ponta de seu nariz. – Até mais tarde.

- Olha lá o que vocês vão fazer mais tarde sozinhas, hein mocinhas. – Sinu avisou, vendo Lauren congelar por um segundo.

- Nada demais, tia. Pode deixar. – Sorriu amarelo para a tia do retrovisor e Camila lhe deu um beijo estalado na bochecha.

- Tchau mãe. – Camila sorriu e desceu do carro.

Camila entrou na escola sob os olhares protetores de Lauren e sua mãe, que logo em seguida arrancou com o carro dali, desviando do curso habitual até o seu trabalho para deixar Lauren na faculdade, embora ela tivesse insistido que isso era ridículo e que ela podia muito bem ir de moto ou de ônibus. Ao longe, no campus, Lauren pode ver Natalie e Zoey rindo do fato de ela ter vindo com a tia e, em seguida, abraçando-a por conta da semana a qual ela se ausentou do local.

- E ai? – Zoey perguntou, batendo de leve no ombro de Lauren. – Como você tá?

- Eu to legal. – Lauren deu de ombros e as três começaram a andar em direção ao hall do local, a fim de encontrar o resto dos colegas de classe.

- Não, não fisicamente. Digo, como você tá em relação a sua vida.

- Eu to bem, também. – Lauren torceu a boca, enfiando as mãos nos bolsos e ponderando se falaria ou não sobre Camila para as duas.

Apesar de pouco tempo, Lauren sabia que podia confiar nas duas. Claro que ela não cogitava a possibilidade de sair contando isso para a faculdade inteira, mas achou que talvez a reação de Natalie e Zoey perante aquilo pudesse dar a ela uma noção maior de como as pessoas reagiam a esse assunto. Se bem que Sinu já sabia, mas era regra natural ela agir de forma diferente pelo fato de ser mãe de Camila e não uma observadora de fora.

- Eu quero... Falar com vocês. – Lauren pediu, antes que chegassem dentro do enorme prédio.

- Aconteceu alguma coisa? – Natalie perguntou e Lauren negou com a cabeça.

- Nada de sério, eu acho. Preciso da opinião completamente sincera de vocês em relação a uma coisa. – Lauren sentou em um dos bancos que havia espalhados por ali e as meninas sentaram-se ao seu lado.

- Pode falar.

- Bem... Eu sei o que parece, mas acho que vocês me conhecem o suficiente para saber que eu jamais seria capaz de tal coisa. Preciso que vocês me escutem até o final. – As duas assentiram e Lauren negou com a cabeça, antes de começar a falar de uma forma cansada, como se a verbalização daquilo fosse um crime e esperando o julgamento severo das amigas. – Eu to apaixonada. – Disse e antes que as duas pudessem abrir a boca, continuou falando. – Mas não acaba por aí. Na verdade, talvez, esse seja o começo do problema. Eu to apaixonada. – Repetiu, encarando o nada, percebendo o peso que as palavras tinham. – Normalmente isso não devia ser tratado como um problema, porque a paixão, seja para os grandes filósofos ou para as crianças, é tratada como algo bom, um sentimento puro que eventualmente evolui para o amor.

- Olha, se eu soubesse que você tinha me chamado aqui nesse canto para falar sobre essas coisas que geralmente aparecem nos livros chatos de literatura, eu nem tinha vindo. – Zoey deu de ombros e Lauren forçou uma risada.

- Como você é insuportável. – Lauren revirou os olhos. – Vou direto ao ponto: Eu to apaixonada por uma garota, mas existe um grande problema em tudo isso.

- Ela não te corresponde? – Natalie perguntou, sentindo um aperto no peito pela amiga com a possibilidade. Lembrou-se dos tempos de escola, quando Zoey nem notava a sua presença e de como esse sentimento era horrível. Felizmente, hoje, elas formavam um casal. Um lindo casal.

- Não. – Lauren também sentiu um aperto doloroso ao pensar na possibilidade. A ideia de Camila a ignorando era pior ainda do que a situação a qual elas estavam metidas agora. – Não é esse o problema. – Tomou um pouco de ar e pôs as palavras para fora, como se aquilo fosse aliviá-la de tudo. – Ela é... A Camila.

Apesar de não dar muito na pinta, Lauren costumava falar sobre Camila para Natalie e Zoey, contando dos problemas que a menina tinha e pontuando alegremente os avanços que ela fazia. Claro que as partes românticas entre as duas eram excluídas desses pequenos comentários.

- Puta merda, Lauren. Você não fez isso. – Zoey negou com a cabeça e Natalie pareceu muda por alguns minutos, apenas olhando assustada para a mulher a sua frente, que encarou a grama verde, como se já esperasse essa reação.

- Você sabe muito bem que não se escolhe esse tipo de coisa. – Lauren olhou de forema delatadora para as duas, sabendo que elas não podiam julgá-la, não por estar apaixonada.

- Eu sei que não, Lauren, mas isso só vai lhe trazer mais problemas. – Natalie finalmente se pronunciou, baixo.

- Eu já tenho problemas por conta disso. Acreditem.

- Mas o que a Camila disse? Ela ao menos sabe? – Lauren soltou uma risada amarga. Ela estava dividida entre a felicidade de ter Camila com ela e a forma esmagadora pela qual a felicidade vinha cobrar-lhe um preço, se debruçando pesadamente sobre seus ombros e sufocando-a o tempo todo.

- Ela sabe. A gente... – Lauren olhou para o céu nublado e só então percebeu que não havia um nome especifico para a relação que ela tinha com Camila, ainda. – Meio que tá junta.

- Que? – Zoey deu um salto do banco e Lauren negou com a cabeça inúmeras vezes, encarando o chão e se preparando para o que ela mais temia. – Você tá maluca? Como você tem coragem de fazer uma coisa dessas? Lauren, pelo amor de Deus! Eu não sei bem a definição dessa Síndrome de não sei o que lá, mas eu tenho certeza que interfere em muita coisa na vida dela, como você mesma já citou.

- Ei, ei, se acalma. – Natalie se levantou e puxou Zoey de volta para o banco, quando percebeu que ela estava começando a chamar a atenção.

- Calma é o cacete, Nat, você tá participando da conversa ou... – Lauren interrompeu, sentido a raiva explodir em seu peito.

- Cala a boca, Zoey. Eu só queria a porra de uma opinião, mas você deixou bem claro a merda do seu ponto de vista antes mesmo de me deixar terminar de falar. Eu devia imaginar. – Pronunciou a última frase mais baixo e se levantou, indo em direção ao fluxo de alunos.

- Espera Laur, espera. – Natalie puxou Lauren pelo braço. – A gente quer ouvir você.

- Não quer não. – Zoey falou, cruzando os braços e levou uma cotovelada na costela.

- Quer sim. – Natalie confirmou e Lauren se sentou, sem saída.

- Ela... Ela gosta de mim, já me disse isso. Eu... Não to fazendo nada de ruim com ela. Quero cuidar dela, quero protegê-la dessas pessoas loucas que ficam a chamando de nomes horríveis por conta de sua condição, quero que ela pare de se sentir diferente das outras pessoas, quero que ela se veja como eu a vejo porque a felicidade dela é a coisa mais importante para mim. – Zoey desfez a expressão irredutível e o queixo de Natalie caiu vários centímetros.

- É mais sério do que eu pensava.

- Em algum momento você pensou que não era sério? – Lauren levantou uma sobrancelha e Zoey mordeu o canto da boca.

- Eu não pensei nada, essa situação é muito inusitada para a minha pessoa.

- Tá, tá, que seja. – Natalie interviu. – Laur, e quanto à mãe da Camila? E aos seus pais? Eles já sabem?

- A mãe dela já sabe. Ela viu a gente se beijando e, bom, teve uma conversa comigo depois. – Explicou.

- Simples assim? Que raio de mãe é essa? – Zoey perguntou e Natalie trincou os dentes.

- Zoey! – Alertou e Lauren deu de ombros.

- Sinu é uma mãe maravilhosa, antes que você fale alguma coisa idiota. Ela apenas percebeu o quanto Camila estava feliz e decidiu deixar... A gente acontecer, embora estivesse um pouco brava no começo. – Lauren terminou de falar e, aparentemente, Zoey não tinha mais nenhuma colocação a fazer.

- Mas vocês... Já se beijaram? – Natalie perguntou hesitante e Lauren assentiu algumas vezes.

- Sim. Eu sei o que parece, mas não, eu nunca a forcei a fazer absolutamente nada.

- Então ela beijou você de livre e espontânea vontade? – Zoey perguntou, ainda incrédula. – Achei que tivesse dito que ela era tímida até para falar.

- Eu realmente odeio ter que explicar coisas que estão acima da compreensão, mas ela pediu para que eu a beijasse. Eu jamais faria nada sem o consentimento dela. – Lauren se sentia um pouco ofendida com os comentários da amiga, mas aguentou calada porque sabia que a reação da maioria das pessoas iria ser assim. – Eu tenho que ir para a aula, vejo vocês mais tarde. – Disse ríspida e se levantou, saindo de perto das duas.

Na verdade, Lauren não foi para a aula. Ela deu a volta e ficou na parte de trás do campus, sentada em um banco de concreto e refletindo sobre o que tinha acabado de acontecer. Ela sabia que era a primeira vez que ela passava por isso, mas também sabia que iria passar muitas e muitas vezes, futuramente. Ela entendia que tudo ia ser complicado demais, mas bastava lembrar do rosto da menina para que tudo se acalmasse lentamente, como se ela fosse uma droga que a deixasse letárgica do medo e de todos os sentimentos ruins.

Lauren sabia que, fazendo o que tal iria fazer hoje, talvez só fosse complicar mais ainda as coisas, mas ela não podia mais esperar. Por mais que algumas colocações de Zoey ainda a abalassem, ela sabia muito bem tudo o que aconteceu entre as duas e sabia o tipo de pessoa que era, tinha certeza que nunca forçaria Camila nem mesmo a piscar os olhos, se assim ela não quisesse.

Não importava. Lauren estava aceitando todos os riscos e estava trabalhando cada nervo do seu corpo para não se importar com mais nada além de Camila, que, no fundo, era o que realmente importava. Sinu já havia aceitado e, como ela dissera para a menina, era só isso que fazia diferença no momento. Seus pais podiam esperar – embora não pudessem esperar muito – e ela definitivamente tinha que fazer uma coisa antes de tudo, algo que ela faria hoje mesmo, assim que Camila chegasse da escola.

Sorriu sozinha, imaginando que, mesmo com todos os paradoxos, ela não poderia ter pedido nada melhor do que Camila. Ainda que soubesse que, na verdade, não tinha pedido nada, estava imensamente agradecia por quem quer que tivesse posto a menina em sua vida. Era um presente dos anjos


Notas Finais


E AI BRASIL?????????????????????? GOSTARAM??????????????????????????????
comentem o que acharem, deem sugestões, fiquem a vontade porque isso aqui é tudo de vocês :)
bjs de luminosidade na pleura @coicedalauren


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