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História Beautiful Crime - Magnetismo


Escrita por: cecistydiax

Notas do Autor


EITAAAA!!!! Mais um pra vocês, gente!!
Música da cena Mapp é:
Dark Times - The Weeknd feat. Ed Sheeran.
Boa leitura, sz

Capítulo 14 - Magnetismo


Fanfic / Fanfiction Beautiful Crime - Magnetismo

Annika e Hawkins se encaram em apreensão e Mitch pôde jurar que tudo estava se movendo na sua mente. Sua respiração está ofegante, como se estivesse a beira de um ataque de pânico.

— Ela foi atrás de você, Mitch.

— O que? Não! Não é possível, Hawkins! Eu não a vi no corredor!

Mitch está tão nervoso e apreensivo que as palavras saem de sua boca com um tom de voz de desespero, sentindo sua garganta fechar com uma vontade de chorar. Mitch não a viu no corredor, nenhum sinal dela enquanto voltava e isso faz com ele se desespere. Aonde Lydia está?

— Vocês, sigam direto… sigam direto em todos os corredores e no último, vocês vão encontrar uma sala com toda a metanfetamina. Eu vou atrás dela.  — Mitch avisa ofegante, passando as ordens para os amigos.

Os dois assentem com a cabeça e se retiram da sala, deixando Mitch e os três reféns na sala.

— Lamar já está aqui? — Ele se aproxima, apontando a arma para um dos três — Me respondam! — A voz de Mitch é explosiva, fazendo eles se retraírem.

— Sua ruivinha provavelmente deve estar morta, Rapp.

O sangue de Mitch ferve ao ouvir a frase sair da boca do bandido.

Ele sente como se estivesse em Bogotá e em outras cidades quando estava atrás de Hernandez. Mitch não consegue se recordar de quantos homens ele matou a sangue frio somente para descobrir o paradeiro do homem que fez mal a Lydia. Ele não sentia arrependimento, implorava para não fazer aquilo, mas quando sua paciência tostava, Mitch não se aguentava e matava cada um sem olhar pra trás.

O barulho de dois tiros provavelmente toma todo o corredor do lado de fora ao Mitch disparar contra os dois que ainda estavam acordados, diferente do outro que deu a coronhada. O sangue explode pela testa deles e o impulso que é tão forte que ambos simplesmente caem pra trás, mortos.

Os olhos de Mitch estão tão pesados e fixos, sem arrependimento nenhum, que ele simplesmente dá de costas e os deixa mortos ali. É como se as palavras dele tivesse apertado um gatilho na mente de Mitch e ele não vai parar até encontrar Lydia.

Sempre foi assim. Ao perceber ela em perigo, Mitch faria qualquer coisa para ajudá-la.

Ele retorna pelo corredor e segue adiante. Ao passar novamente pela porta de entrada, a abre minimamente e não percebe nada estranho. É uma missão interna e ninguém que está de fora percebe isso. Mitch fecha a porta e segue andando, sempre com a arma em punho no corredor mal iluminado.

Um som pesado inunda sua audição. É um barulho de gemido de dor próximo e seus nervos parecem explodir, mas logo percebe ser de um homem. Mitch continua andando em silêncio em direção a uma porta lateral que ele não havia percebido antes.

Ele puxa a maçaneta da porta de pesada ferro com força e ao abrir, vê Lydia em pé.

Seu coração se acalma rapidamente por vê-la bem, como se alguém antes o sufocasse e agora Mitch pode finalmente respirar.

— Mitch, conheça Lamar West.

Lydia se afasta mais pro lado e dá a ele uma visão de um homem totalmente ensanguentado e machucado, amarrado em uma corrente.

Martin possui dois pequenos machucados no rosto e logo Mitch percebe que houve uma briga física entre os dois, mas a ruiva parece ter se saído melhor.

— Hawkins, Annika. Chamem os outros. Nós temos Lamar e vocês, a mercadoria. — Mitch fala direto pela escuta, encarando Lamar. Ele parece explodir de ódio, mas não faz nenhuma movimentação.

— E então, me sai bem? — Lydia se aproxima, visivelmente orgulhosa de si mesma.

— Na próxima, tente não enfiar uma bala na sua própria cabeça.

Mitch deixa o senso de proteção se sobressair de forma rude e a sua chateação surpreende Lydia, que não entende e não consegue ao menos responder.

 

————————————————————————————————

 

Mitch e Lydia não trocaram uma palavra sequer depois das palavras dele. Esperaram em silêncio os outros agentes chegarem e prenderem Lamar e logo depois se dirigiram para apreender a droga. O clima da festa foi totalmente quebrado com a entrada do FBI que vasculharam todo o espaço e acabaram com a celebração elegante, deixando todos sem entenderem um pingo do que acontecia.

Annika, Lydia, Hawkins e Mitch seguiram para o hotel aonde a unidade os hospedou.

Juntos, caminham pelos corredores do andar do quarto deles em silêncio. Mitch e Hawkins já estão com as gravatas tortas, mal arrumadas e os ternos abertos, enquanto Lydia está sem a capa de sua roupa, somente com o macacão e Annika se mantém da mesma forma do início da noite, mas cobre os ombros com a capa de Lydia.

— Como vocês conseguem ficar nesse salto a noite toda? Por exemplo, você, Lydia! Deu uma surra no Lamar e tudo isso de salto? — Hawkins comenta, sua voz tem um tom de descrença que isso realmente aconteceu.

— Na verdade eu pedi primeiro pra tirar o salto. — Lydia brinca, fazendo Hawkins parar no meio do corredor.

— Sério?

— Não! — Ela gargalha — Algumas mulheres tem o dom de fazer isso com destreza, Hawkins.

— Vou nessa, gente — Mitch interrompe — Estou cansado.

Por algum motivo, todos se calam no corredor, principalmente Hawkins e Annika. Eles percebem o clima pesado entre Mitch e Lydia de longe e logo vêem que é hora deles saírem dali.

— Nós vamos deixar vocês conversando. — Annika fala e puxa o braço de Hawkins, seguindo corredor a frente.

Lydia e Mitch se encaram sem vergonha nenhuma.

— Você vai me dizer porque me tratou daquela forma? — Lydia é direta em suas palavras, cruzando os braços.

— Você deveria ter me avisado, Lydia! — Mitch se abre logo de uma vez para o assunto, visivelmente irritado — Você tem uma escuta, porque diabos não me avisou? Você tem noção do que é eu ver você sumir diante meus olhos uma vez e ver isso se repetir? Você tem noção do que é eu chegar na sala que você estava e você não estar mais lá? Você tem noção do quanto eu tenho medo de perder você novamente?

Tudo sai de Mitch de uma forma tão voraz que logo ele percebe Lydia encostada na parede e já desarmada de algum desentendimento, algo que resultou na forma que ele se dirigiu a ela em meio as suas palavras.

Lydia está retraída, mas não incomodada ao discurso dele. Pelo contrário, sua respiração está ofegante e se sim, se sente submissa somente a ele. É possível perceber o movimento de sua caixa torácica mais constante que o normal, ela está tão sem ar com a forma que Mitch está tão próximo dela que é como se o ar estivesse rarefeito acima deles e é praticamente impossível de respirar.

Tudo ao redor deles ficou tão quente, que ambos desejam tirar a roupa.

Mitch tenta se controlar o máximo possível diante da situação, mas não parece obter o mínimo de controle. Seu corpo implora por ela mais do que todas as vezes que esteve próximo dela. Dessa vez é diferente. É como se fosse um incêndio impossível de ser controlado e ele não implorasse de maneira nenhuma por uma solução.

Ele deseja queimar ao lado dela. Deseja sentir o corpo de Lydia junto do dele.

Ambos se olham com tanto desejo que eles não sabem para onde olhar, para os olhos pedintes ou para os lábios totalmente atraentes. É um ciclo vicioso, tão vicioso que eles não se importam mais com nada ao redor.  Se alguém passasse ali, eles não se importariam. Estão tão entregues as sensações que um provoca no outro que é como se tudo tivesse sumido ao redor dele.

O coração de Lydia está tão acelerado que ela sente como se fosse explodir ao ver uma aproximação maior de Mitch, que encosta seu braço na parede, deixando-os mais próximos em todos os sentidos.

Mitch sempre a encarou com respeito e sobretudo com calma, mas agora, ele a encara com desejo e uma fome que ela aprecia. Pela primeira vez, Lydia não se sente retraída ou pensando duas vezes antes de fazer algo, ela simplesmente está aberta pra qualquer tentativa que ele queira fazer para provocá-la.

Com sua mão livre, Mitch leva ela delicadamente até o cabelo da ruiva e os afastam, colocando pra trás. Ele sabe o que fazer, sabe um ponto fraco de Lydia e usa isso perfeitamente para desestabilizá-la. E é exatamente isso que ele consegue.

Seus lábios encontram o pescoço extremamente cheiroso de Lydia e a faz arfar no meio do corredor de um prédio. Ao ouvir o barulho que sai da boca dela, Mitch gosta e logo ele sente seu corpo ser influenciado a querer mais.

Os dedos de Lydia se fincam no ombro dele, perdida nos arrepios e nas sensações que ele conseguiu provocá-la somente com beijos no pescoço. Tudo parece piorar ao sentir ele morder o lóbulo da sua orelha lentamente, provocando nela uma excitação torturante no meio das suas pernas. A atitude dele faz ela reagir com um suspiro baixinho.

A forma que ela arfa e suspira no ouvido dele faz Mitch se excitar de um modo tão urgente que logo ele sente a vivência em seu membro. Ele deseja mais do que qualquer coisa continuar, mas se afasta com delicadeza do pescoço de Lydia, olhando-a nos olhos. Ela está tão entregue, tão excitada que ele consegue perceber a ruiva implorar por mais somente com o olhar.

— Agora, eu quero jogar você dentro do quarto e tirar cada peça de roupa sua. Eu quero fazer você gemer tão alto que as pessoas do outro quarto vão escutar e desejar ser nós dois, mas provavelmente é uma má idéia, certo?

Lydia tenta relutar, tenta se afastar do que a move agora. Mas é como uma força maior trabalhasse dentro dela e a impedisse de dar pra trás e sair correndo. Lydia simplesmente age de acordo com seu instinto e sua vontade e exatamente agora, Lydia deseja mais do que qualquer coisa sentir os lábios de Mitch em todas as partes de seu corpo.

Ele a encara com tanta expectativa, tão faminto dela. A saudade de senti-la junto dele em todos os aspectos aperta seu coração e por mais que ele tente afastar e respeitar o espaço dela, é como se Mitch fosse um simples fantoche controlado por seu desejo.

— É o certo a se fazer, Rapp.

Mitch sorri malicioso ao se recordar do pedido que fez a ela, somente iria beijá-la quando Lydia falasse que é o certo a se fazer e ao ouvir isso sair de sua boca, sente-se livre de qualquer coisa que o prendesse.

Seus lábios se unem na mesma intensidade que seus corpos, como se dependessem disso. Por alguns segundos, Lydia deixou sua respiração pausar, mas logo destila uma respiração pesada, unindo mais ainda o beijo ao colocar as mãos no cabelo de Mitch. Se o clima já estava rarefeito, a oxigênio se dissipou entre os dois.

O que acontece agora é como uma bomba que acabou de explodir. Seus corpos queimam com tanta ferocidade, tanto desejo que as coisas esquentam mais o que o normal. As duas mãos de Mitch estão escondidas no pescoço dela, fazendo Lydia arfar aos poucos no meio do beijo, entorpecida com a forma que ele a domina com tanta maestria.

Ao ver Lydia viva naquele galpão, Mitch se sentiu o homem mais feliz do mundo. Mas agora, ele se sente vivo. A saudade que ele sentia dos lábios grossos dela roçando no seus seus, a sensação de tê-la para ele. Tudo isso e inúmeros fatores fazem Mitch sentir vida correndo em suas correntes sanguíneas. Os lábios dela que ele sentia falta são tão macios que ele não resiste em dar uma mordida leve no lábio inferior de sua ruiva, puxando lentamente e ela reage soltando mais um suspiro baixo.

Para ela, é a primeira vez que sente o gosto dos lábios rosados dele. A experiência e a sensação que ela pôde finalmente se deliciar faz com que ela se sinta no paraíso e com uma vontade inabalável de levar esse beijo até os confins.

Lydia desce as mãos do cabelo dele e adentram do terno azul dele, agarrando o tecido de sua camisa branca interna. Ao fazer isso, ela praticamente deixa tudo mais íntimo e torturante e não demora muito para suas intimidades encontrarem um certo contato faminto.

Com uma aproximação maior, a língua de Mitch se torna mais firme. O beijo dele é tão gostoso e tão excitante que Lydia deseja sentir mais do que Mitch possa fazer. Deseja sentir cada centímetro do corpo dele colado ao seu, deseja sentir a boca dele beijar cada parte do seu corpo.

Por instinto extremamente viciado, Lydia levanta a blusa branca dele na parte de trás e finca suas unhas das costas de Mitch, fazendo-o arfar e se incendiar mais ainda em excitação. Com isso, Mitch se separa minimamente do beijo para observar a expressão de Lydia, totalmente entregue. A excitação da ruiva o instiga tanto que para provocá-la, se aproxima novamente da boca já avermelhada dela e faz menção para iniciar outro beijo, porém, suga o lábio de Lydia e logo após destila outra mordida.

Mitch e Lydia estão no meio de um corredor de um hotel com o relógio marcando quase duas horas da madrugada, se desejando. A fome entre os dois é tão instigaste que eles não conseguem nem se importar aonde estão, somente desejam um ao outro. A atmosfera foi construída com tanto fogo e desejo que eles não conseguem nem pensar em parar. O magnetismo é tão poderoso, tão forte nada os separariam agora.

Eles não conseguiriam mais lutar contra isso. Por um lado, Mitch se vê todos os dias ao lado do amor da vida dele e não pode nem ao menos tocá-la, beijá-la. Do outro, Lydia tentava lutar contra um mínimo sentimento que vem crescendo dentro dela e por algum motivo, elas simplesmente não consegue afastar.

A parede atrás dela melhora toda a aproximação entre os dois. Mitch coloca uma pressão tão gostosa no corpo de Lydia que praticamente tudo ali está colado. Lydia consegue sentir o membro de Mitch rígido contra sua intimidade molhada e esse toque faz ela se deliciar com as imaginações que vão além disso. Deseja sentir como é ser invadida por ele, deseja sentir o pico de sensações que ele pode lhe causar.

Ela tenta de todas as formas se afastar dos pensamentos que lhe fazem ir pra trás em relação a Mitch. Ela conseguiu, teve facilidade, mas agora ela percebe uma confusão invadi-la justamente por causa de seus pensamentos sórdidos. Lydia entrou em um caminho sem volta, ela se abriu para uma tensão completamente quente e isso talvez não há saída.

Como ela pode fazer isso sem ao menos ter suas memórias? Como ela conseguiu se entregar tão fácil?

Você não precisa de memórias pra se sentir algo por ele, ok?

Ao se recordar da frase de Hawkins, Lydia se afasta urgentemente, deixando Mitch totalmente confuso.

A respiração deles estão ofegantes, tentando processar e manter a calma com o que realmente aconteceu ali.

— Eu não posso. Não ainda.

Antes que Mitch pudesse perguntar o que aconteceu, Lydia simplesmente sai de toda aproximação que tinha com ele e segue corredor a frente. Antes que pudesse entrar na porta do seu quarto, seus olhos se encontram aos dele que a encaram com um pouco confusão.

E então, Lydia entra no seu quarto e deixa um Mitch totalmente ofegante e confuso no corredor.

 

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Mitch não sabe como conseguiu pegar no sono. Os suspiros de Lydia, os olhos verdes dela entregues, as sensações que ela provocou nele novamente surgiam em sua mente sem parar, sendo atingido por todos os lados. Ele havia esquecido como os lábios dela são tão gostosos de beijar, havia esquecido como ela conseguia o acender sem nenhuma dificuldade, o hálito, as unhas dela fincadas em suas costas. E tudo parecia ter sido multiplicado com a saudade que ele sentia de ver Lydia tão sua.

Da mesma forma que esses detalhes invadem sua mente, a saída dela repentina também o assombra. Mitch se questiona inúmeras vezes se fez algo errado, que não a agradou, mas a viu tão a vontade que tem quase certeza que não.

Tomando banho, Mitch se martiriza mais uma vez sem entender o porque do afastamento de Lydia.

Logo termina e se enrola da cintura pra baixo com uma toalha branca, saindo do banheiro.

Mesmo com o prédiotendo somente cinco andares, Mitch consegue ter uma visão privilegiada da cidade de Alexandria. É tão acolhedora, tão pacata que ele demorou para se acostumar com Manhattan quando ele saiu da casa de sua tia Elizabeth. As casas são tão lindas, com um toque de marrom, mas também tem umas casa de cores tão diferentes que dão á cidade um toque antigo e leve.

Um conforto tão grande surge em seu coração que o faz perceber que Mitch se sente em casa.

Qualquer coisa que remete lar, Mitch não evita de pensar em Annie.

Ele se permite afastar qualquer pensamento de Lydia e logo se vê se recordando de sua irmã. Ele realmente está tão próximo dela, sabe aonde é a casa de tia Elizabeth e por incrível que pareça, nada o impede de querer vê-las, nem que seja de longe. A curiosidade de ver como elas estão desperta uma coragem e uma vontade absurda de ver Annie e Elizabeth.

Em um relapso de coragem, Mitch veste uma boa quantidade de roupas. Uma camisa básica preta, uma xadrez e um casaco por cima, deixando-o aberto. Veste uma calça jeans e um tênis da adidas branco. Seu cabelos ele somente joga para o lado, que ainda está molhado, dando um ar despojado e bagunçado.

Mitch sai do quarto, deixando Hawkins dormindo na cama do canto. Ele sai somente com a roupa do corpo, sem celular ou outra coisa. Segue pelo corredor aonde beijou Lydia e deixa a recordação o atingir, mas respira fundo e continua andando. Ao chegar no elevador, aperta o botão e espera até chegar no seu andar, enquanto não evita de olhar para trás para conferir se alguém aparece e tenta impedi-lo de ver sua irmã.

A porta se abre e Mitch entra, apertando para o térreo. Um instrumental toca no elevador e logo ele se irrita com a música chata e dá graças a Deus quando chega no térreo e a porta se abre novamente.

Mitch segue pelo saguão do hotel e logo se vê do lado de fora. Tinha esquecido como as ruas de Alexandria são tão calmas e quietas, sem muita movimentação de pessoas ou carros. A cidade por si é tão calma que ele consegue se lembrar com calma de quando morava aqui com Annie e Elizabeth. Adorava sair pra jogar na rua com os meninos, ficar até madrugada se divertindo de uma maneira tão saudável, sem o mínimo medo.

Ele da cada curva, cada passo sabendo o caminho exato para a casa da tia. Passa em frente á loja de sorvetes que Annie era apaixonada e sorri ao lembrar das inúmeras vezes que ela implorava para o irmão comprar.

Se sente mais próximo a cada passo da irmã e ao se ver na rua que morou por tanto tempo, seus passos diminuem. Mitch para em frente á casa, só que do outro lado da rua. A casa de sua tia Elizabeth está do mesmo jeito, a fachada é de tijolo alaranjado e é possível ver três janelas em cima e duas em baixo, ao lado da porta. Todas as janelas estão abertas, mostrando um detalhe preto de cada uma. Na frente, um carro estacionado e na calçada, uma grande árvore que Mitch adorava escalar. Tudo parece tão recente. Nada mudou e a casa mantém o mesmo toque tão antigo e acolhedor.

Quem passasse pela rua, pensaria que Mitch é um maníaco. Suas mãos estão dentro do bolso do casaco, enquanto ele encara a casa visivelmente abalado. Seu corpo está travado e toda a coragem que ele sentia evaporou pelo ar e a certeza que Annie o odeia, o domina.

No mesmo segundo que a porta da casa se abre, Mitch se afasta mais para o lado e se esconde parcialmente atrás de uma árvore da calçada que ele está.

Ao perceber os cabelos da mesma cor que ele se recorda, Mitch sente seu corpo enfraquecer e quando ela vira o rosto, tudo some ao seu redor. É Annie.

É sua irmã.

Mitch percebe de longe as mesmas feições que ela sempre teve. Ela está mais cheia, porém com o mesmo porte pequeno que sempre teve. Seus cabelos castanhos estão soltos e agora estão na altura do ombro, só que um pouco maior. É a mesma cor, a mesma cor que ela herdou de Alice Rapp.

Annie está tão linda, tão mulher que Mitch percebe o quanto o tempo passa rápido.

Sua pequena está tão crescida.

Sua visão começa a se embaçar, já sentindo os olhos marejarem. Mas ainda assim, ele consegue admirar emocionado o sorriso iluminado que Annie dá enquanto está agachada e acariciando um cachorro. Ela está tão viva, feliz. Tão feliz que Mitch se recusa a tirar isso dela. Sabe que qualquer aproximação que tente, a deixará atordoada e confusa e assim, Mitch memoriza somente uma coisa antes de resolver ir embora.

O sorriso de Annie Rapp.


Notas Finais


lkldkKSOFKDKO EAIIIII, gostaram????
gente, eu vou ser mais direta nas cenas dos dois, como beijo, etc etc... gostaram do jeito que eu escrevi? sejam sinceras, comentem, ok? e sobre o reencontro dos irmãos, mais pra frente.
comentem, é necessário pra mim, até o próximo (sem previsão) sz


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