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História Beautiful Dangerous - Memory


Escrita por: FilhoteDeSlash

Notas do Autor


Oe
Quanto tempo né?
Bom,eu tive um bloqueio criativo e para não deixar a fic atrasar mais e perder o costume de escrever,decidi escrever esse episódio da vida de Annie.
Vai ter outras lembranças dela mais para frente e espero que gostem de ler sobre o passado da nossa protagonista.

Capítulo 21 - Memory


Fanfic / Fanfiction Beautiful Dangerous - Memory

Julho de 1978,Inglaterra.
 Eu estava no meu quarto,mas não de uma casa e sim de um centro de reabilitação,enfiando minhas roupas em uma mochila surrada que consegui pegar escondido no armário de limpeza.Eu precisava de mais que a roupa do corpo,eu não sabia se essa noite poderia se tornar dias. Estava planejando minha fuga,parecia ter sentido na minha cabeça de 14 anos que eu conseguiria fugir e atravessar o oceano. Uma enfermeira bateu na porta,mais por costume do que respeito a privacidade do paciente,me dando tempo de esconder minha mochila embaixo da cama. A porta se abriu rapidamente,a enfermeira veio me dar a ultima dose de remédios do dia.
-Não vou tomar essa merda.-Falei fingindo autoridade e escondendo o medo por trás dos cachos que insistiam em cair sobre minha face.
-Você não tem direito de escolha. E amarre esse cabelo. Não somos obrigados a ver esse seu cabelo de crioula desarrumado por ai.
 Afastei meu cabelo do rosto,porém manti a expressão de ódio. A mulher estendeu o remédio para mim,a encarei com os olhos cheios de raiva.
-Eu não vou tomar essa merda.-Repeti ainda mais ríspida.
Em um movimento a enfermeira me segurou pelo pescoço,me prendendo contra uma parede. Com a outra mão enfiou o vidro de remédio em minha boca. Desviei o rosto e a mão que estava em meu pescoço subiu até meu rosto,o segurando e garantindo que o remédio escorresse para a minha boca.
-Engula!-Ela gritava chacoalhando meu rosto.
 Em um movimento cuspi o liquido contra ela a fazendo se afastar. A fitei passando as costas da mão em minha boca. Eu sentia um mistura de raiva e medo.
-SUA VADIA!-Ela gritou me dando um soco forte o bastante para me fazer cair.
 Senti o gosto de sangue juntamente com a dor e em segundos senti uma mão invadir meus cabelos,os puxando e me fazendo levantar.
-Vá dormir e é melhor não desrespeitar o toque de recolher.-A mulher falou me jogando na cama.
 A enfermeira saiu do quarto me deixando sozinha com as lágrimas. Eu odiava aquele lugar. Odiava ser uma doente mental. Odiava ter que viver dopada para saciar a autoridade de outros. Eu amava o efeito dos remédios sobre mim,mas odiava que usassem eles para me controlar.
 Me acalmei para terminar de executar o plano. Coloquei algumas mudas do uniforme da clínica na mochila e uma tesoura,que também peguei escondida. Calcei os tênis e saí do quarto. O toque de recolher ja estava dado. As luzes apagadas deixavam o lugar sombrio,digno de um filme de terror que eu e Saullie gostávamos de assistir.
 Andei pelos corredores,me esgueirando pelas paredes. Fazendo o mínimo de barulho e atenta a outros que surgiam.
 Segui assim até chegar ao segundo andar. Obviamente,eu não sairia da clínica pela porta da frente. No segundo andar tinha o vestiário dos funcionários. Entrei no masculino,em silêncio. Pela primeira vez em meia hora tive contato com alguma luz. O que incomodou os meus olhos,mas não me impediu de continuar. Um funcionário entrou e eu fui obrigada a me esconder em um vestiário. Demorou alguns minutos,mas ele logo saiu do lugar. Saí da cabine e fui até a janela. Abri uma pequena fresta,o bastante para eu passar por ser bem magra. Passei ficando em pé na sacada. Eu já sabia bem o que fazer. Agora eu precisava apenas subir no galho árvore e através dele passar por cima do grande muro da clínica. De lá eu pularia para a rua e seguiria para a segunda parte do plano.
 Fiz tudo isso,mas como quem abusa da sorte algo quase pôs meu plano abaixo. Ao cair na rua,torcendo um pouco o pé,encontrei a enfermeira que havia me atendido minutos antes saindo da clínica. A megera me avistou de longe e começou a correr atrás de mim.
 Corri por algumas ruas,mas não havia onde se esconder. Não havia muito no caminho,a clinica se localizava no topo de um morro,nas colinas ao norte de Londres. Descendo ruas correndo e cogitando se esconder no jardim de algumas mansões que apareciam a cada 600 metros,eu fugia daquela enfermeira maluca que parecia movida a cocaína por não se cansar de correr atrás de mim.
 O cansaço começou a tomar conta do meu corpo,junto com a dor vinda do pé levemente torcido,quando vi um bar a uns 200 metros. Único indício que estava conseguindo chegar a estrada que leva de volta a Londres,entrei em disparada. Atraindo olhares e correndo entre mesas,entrei no banheiro.
 Me escondi na terceira e ultima cabine,subi no vaso e abri a janela. Me preparava para subir quando ouvi a voz da enfermeira no banheiro.
-Sua vadiazinha,acha que vai escapar de mim?-Ela disse chutando a porta da primeira cabine.
 Subi na janela e ouvi a porta da segunda cabine ser aberta. Pulei na rua a tempo de ouvir a terceira porta ser chutada.
-Eu sei que você pulou a janela.-Ouvi ela gritar.
 Corri até a beirada da estrada e dei sinal pro ônibus que passava. Subi nele e olhei para trás,vendo o rosto furioso da enfermeira pela janela.
-SUA VADIAAAAAA!-A mulher gritou ao ver o ônibus partir.
 Sorri vitoriosa e me segurando na alça da porta,dependurei para fora e mostrei o dedo do meio em direção a janela. Soltei um palavrão misturado a uma risada. Meus cachos balançando com o vento,eu estava como nunca com orgulho deles. Quem diria que a enfermeira branquela foi enganada pela crioula doente mental?
 Mas havia um detalhe importante,eu não tinha dinheiro. Logo o motorista perguntou se eu pagaria a passagem.
-Sinto muito,senhor. Não tenho dinheiro.-Falei usando a minha voz mais doce em busca de piedade.
-Sem dinheiro,sem viagem.-Ele disse freando.
 A porta foi aberta indicando que eu deveria descer. Olhei mais uma vez para o motorista esperando que ele pudesse ter pena de mim e me desse essa carona.
-Não entendeu ainda,garota? Desça.
 Ajeitei a mochila nas costas e saí do veículo. Por sorte eu estava a alguns passos de um bar. Era um lugar sujo e que cheirava a urina com Jim Bean,mas podia ser uma maneira de eu arranjar uma carona.
 Adentrei o lugar e o olhar das pessoas se concentrou em mim. Logo entendi que era por causa do uniforme. Fui até o banheiro e decidi "personalizar o uniforme" usando a tesoura transformei a calça jeans em um short e a camiseta grande em uma blusinha curta e sem mangas.
 Saí da cabine e me dirigi a pia. Ajeitei os cabelos no espelho e logo uma outra garota se juntou a mim na pia. Ela passou um batom vermelho nos lábios o qual pedi emprestado e ela solidária me passou.
 Foi naquele instante que me apaixonei por tons de vermelho sobre meus lábios. Me senti sexy e linda pela primeira vez na vida.
Para uma garota que passou a vida se ocupando com a escola e em cuidar da depressão crônica,aquele era um momento único.
 Mas aquela não foi a minha única descoberta. Descobri o primeiro beijo.
 Sempre me senti atraída por garotas,algo sujo e imundo nessa sociedade hipócrita. Eu como uma garota crescida em colégios católicos e clinicas de reabilitação com princípios cristãos,tive que escutar a vida inteira que esse meu desejo deveria ser reprimido e corrigido como todo pecado.
 Mas naquele momento eu não estava dentro  de uma clínica ou escola. Estava frente a frente a uma garota,aparentemente quatro anos mais velha que eu,sexy e que também mostrava interesse no olhar.
 Eu também gostava dos garotos,na maioria das vezes eu me interessava pelos da escola,mas eles não se fodiam nem um pouco para mim. E por essas e outras a minha primeira experiência foi com uma garota,no banheiro de bar de beira de estrada.
 Trocamos olhares e sorrisos pelo espelho enquanto nos ajeitávamos,até que olhei diretamente para ela. Mal seu olhar encontrou o meu e a prensei na parede. Para uma garota sem experiências eu estava bem corajosa.
 Segurando na sua cintura e com suas mãos no meu ombro,aproximei lentamente meu rosto do seu. Ela avançou e recuei com um sorriso,totalmente sádica me deliciando com seu olhar suplicante por aquilo. Passei a ponta do indicador sobre seus lábios o manchando com o batom. E em um movimento a beijei,algo rápido com nossas línguas batalhando por espaço. Talvez por mais experiência,ela vencia a luta. A apertei mais contra a parede e arranhei a parte exposta de suas costas,ela soltou um suspiro entre o beijo,me deixando satisfeita. Me afastei abruptamente. A noite estava começando ali,eu não me contentaria em ficar apenas com ela. Sabe se lá quando eu teria uma noite dessa de novo.
 Limpei com o dedo o que borrou do batom e sorri para ela,em seguida saí do banheiro.
 Fui para trás do balcão e enfiei um maço de cigarros no bolso e peguei uma garrafa de um coquetel de frutas e saí correndo do bar. Corri por mais alguns metros e percebi que ninguém me seguia,acredito que ninguém ligou para uma pirralha correndo por aí.
 Andei por cerca de 40 minutos na beira da estrada. Eu dava sinal pedindo carona,mas ninguém parava. Até que desisti e decidi andar ate Londres e chegando lá ligar para o meu pai em algum telefone público. Eu já estava na metade da garrafa de coquetel e longe de Londres e mais ainda de ficar tão bêbada quanto queria estar,quando um carro parou ao meu lado.
-Aí garota,quanto é o programa?-A moça no passageiro perguntou.
-Não sou nenhuma puta,cara.-Falei dando uma olhada em quem estava no motorista,era um homem tão jovem quanto a moça.-Mas posso dar esse resto de bebida valendo uma carona pra Londres.-Falei mostrando a garrafa.
 O motorista soltou uma risada que me irritou.
-Se liga garota,eu quero sexo! Bebida eu tenho aqui.-Ele disse despertando meu interesse.
 Se uma carona e a oportunidade de ficar bêbada custavam minha virgindade,então tudo bem.
-Acho que posso fazer algo por vocês.-Falei sorrindo e me debruçando na janela do carro.-Mas me respondam. Londres esta logo ali,com as putas que quiserem. Por que eu?
-Não estamos indo pra Londres. Estamos indo para as colinas.-A mulher falou.
-E você foi quem encontramos no caminho.-Ele disse.
-Se eu for para as colinas com vocês,vocês me levam para Londres depois?
 Eles se olharam e assentiram com a cabeça.
 O que eu poderia perder? A virgindade? Isso a gente perde em algum momento da vida mesmo.
 Eu poderia perder a vida,poderia estar sendo enganada. Mas com a merda de vida que eu tinha isso seria útil.
 Eu não tinha nada a perder.
 Se eu não fosse aí que perderia. Perderia bebida,sexo e a possibilidade de viver uma aventura em uma noite e logo depois uma carona.
 Entrei no carro e nesse momento como uma mensagem do destino Run To The Hills do Iron Maiden começou a tocar.
-Fuja para as colinas.-Sussurrei para mim mesma.-Fuja pela sua vida.
Saullie sempre disse que essa era a musica da minha vida. Por que eu sempre era internada na clínica nas colinas,para salvar a minha vida.
 Mas somente o refrão tinha algo comigo,o resto da música fala sobre  guerras e a invasão do homem branco.
 O som foi aumentado e agora eu escutava no máximo.
RUN TO THE HIIIIIILS. RUN FOR YOUR LIIIIFEES.
 O solo de guitarra veio tomando meu corpo num êxtase.
 Além dos remédios apenas o rock n roll exercia esse efeito sobre mim.
 Fechei os olhos e virei de uma vez a garrafa na boca.
Um...
Dois...
Três...
Quatro...
Cinco goles...
 O coquetel acabou e a garrafa foi jogada longe pela janela.
 A 180 km por hora Crazy do Aerosmith começou a tocar. Mais uma garrafa aberta. Dessa vez Jim Bean,o Jack Daniels dos pobres.
Mais rápido do que eu imaginava estávamos nas colinas. Subindo acelerado. A voz de Steven Tyler enlouquecendo a minha cabeça.
Crazy,crazy
I go crazy.

 De longe vi a clínica passar e irmos para o outro lado do morro.
 Numa área deserta,com a grama molhada pelo orvalho. Um lençol foi estendido e o cheiro de maconha começou a tomar o meu ar. A única luz no local era a dos cigarros acesos. E quando percebi já estava deitada,sem os meus shorts. A moça chupava meus peitos,enquanto o cara me penetrava. Eu me sentia suja e impura e isso me agradava.
Oi? Como assim? Você deve estar se perguntando.
 Impureza,essa palavra sempre me instigou. Porque me ensinaram a repudiar isso.
 E eu odeio o que me ensinaram naquele maldito colégio católico.
 As horas passaram e quando percebi estava deitada no banco de trás do carro,já vestida e com minha mochila em cima dos pés.
Olhei através do para-brisa e reconheci a paisagem londrina.
Eu não sabia se naquele momento agradecia por eles terem sido verdadeiros no acordo ou amaldiçoava o fato de não serem assassinos.
 Me perguntaram em qual bairro podiam me deixar e lhes falei. Em alguns minutos estávamos no local.
 O dia ja dava indícios que amanheceria e precisei andar apenas alguns quarteirões para chegar na casa de Antony.
 Acendi um cigarro usando um isqueiro da cabine telefônica. Mais alguns passos e estava na porta da casa.
Toc toc toc...
Adivinha quem é?
 Sim,a sua filha doente mental e idiota que fugiu da reabilitação.
 Com um berro ele me empurrou no sofá,tomou o cigarro dos meus lábios. Gritava aos pulmões a pergunta que eu teria que escutar pelos próximos três dias.
-Porque você fugiu?
-Deve ser porque eu estava de saco cheio daquele lugar.
-Annie Hudson,não seja debochada.
-E você pare de agir como se tivesse moral para falar de mim.-Gritei me levantando num pulo e apontando o dedo no seu rosto.
-Abaixe esse dedo imundo.
-E você abaixe esse tom de voz. Eu quero ver a minha mãe.
-Annie,você precisa ficar na clínica se quiser melhorar.
-Eu não quero melhorar.-Falei olhando em volta.-E não tente me convencer,quem precisa aqui de reabilitação é você. Olhe esse lugar! Cheio de garrafas espalhadas. Você me dá nojo com essa hipocrisia.
-Você sabe porque bebo tanto assim.
-Sei e é pelo mesmo motivo que eu fui parar na reabilitação e Saullie não para de aprontar em Los Angeles.
-Filha,não fale como se a culpa fosse minha.
-A culpa não é de ninguém. Eu só quero ver a mamãe,o Saullie e Albion.
-Tudo bem. Mas me promete que quando voltar vai me obedecer.
-Prometo.
 E assim começou mais uma das minhas curtas viagens a América.
 Logo pela manhã eu estava no aeroporto,passaporte na mão e malas no lado. Fiz o check in e todos os outros procedimentos. E embarquei.
 Viajei sozinha com a promessa de que não fugiria e cumpri ela até o final. Antes fosse se eu tivesse mentido.
 Cheguei em LA e o táxi me levou até o endereço. Bati na porta três vezes,e esperei mais alguns minutos. E a porta foi aberta revelando mamãe com um baseado na mão e Scorpions tocando a toda altura.
-Seu pai me disse que você viria. Senti saudades.-Ela falou me abraçando.-Entre,por favor.
 Logo após ela me entregou o seu baseado e foi ajudar o taxista com as malas. Adentrei o lugar que mantinha sua atmosfera alegre e logo vi Slash surgir de uma outra porta. Sorri ao ver meu irmão e ele pareceu espantado por alguns segundos até sorrir também.
-Annie?-Ele disse e veio correndo até mim.
 Me deu um abraço tão forte e confortante. Continuava o mesmo abraço de dois anos atrás. Ele estava maior,mas ainda com seus cachinhos do mesmo jeito.
 Nos afastamos,ele ainda sem acreditar que era mesmo eu. E eu feliz por estar de novo com meu irmão.
-Annie,se você quiser tomar um banho o banheiro fica na segunda porta a direita.-Mamãe disse contando o silêncio e pegando o baseado que ainda estava na minha mão.
-Já estou saindo,mãe.
-Saullie,você não para em casa. Poxa sua irmã acabou de chegar,fique em casa.
 Ele lhe lançou um olhar de desdém e se jogou no sofá.
-Onde está o Albion?-Perguntei.
-Está com a vovó.-Saullie respondeu.
-Saullie,por que você não leva Annie até lá?
-Ah mãe...
-Você vai leva-la lá. Depois você vai pra onde quiser.-Mamãe disse bem autoritária.
 Tomei um banho rápido e me vesti com um all star vermelho de cano baixo e meias coloridas três quartos,shorts jeans e uma blusa preta do Queen que papai tinha me dado de aniversário. Eu estava vestida com algo que condizia com a minha idade,diferente de ontem. Minha roupa e meu modo de agir fluíam com a maneira que eu me sentia no dia. Naquele dia eu seria apenas a garotinha com o cabelo armado que iria visitar a avó e o irmão mais novo.
-Vamos?-Falei ao voltar pra sala e afastando o cabelo que insistia em cair sobre meu rosto.
 Andei por várias ruas seguindo Saullie,conversávamos sobre a escola dele e o trabalho de mamãe.
-Por que você fugiu da clínica?-A pergunta premiada havia sido feita.
 Antes que eu pudesse ter respondido um garoto do outro lado da rua chamou Saullie.
-E aí Slash!-O garoto em cima da bicicleta e aparentemente mais velho que meu irmão gritou.
 Junto com ele havia uma turma de jovens,com cigarros e garrafas na mão. Havia meninos e meninas que se vestiam e portavam da mesma maneira que eu na noite anterior.
 Saullie deu alguns passos em direção a eles eu o segui até que ele parou abruptamente e se virou pra mim.
-Ei! Fique aqui.
-Por que eu não posso ir com você?-Perguntei inocente.
-Porque vão ficar me perguntando quem é você e eu não quero que saibam sobre a minha irmã que fugiu da reabilitação.
-Você tem vergonha de mim?
 Ele não respondeu,apenas abaixou a cabeça já dizendo tudo.
-Vou te esperar no final da rua.-Falei e saí correndo com lágrimas nos olhos.
 Ao chegar na esquina me encostei na parede e me permiti chorar. Deslizei pela parede até me sentar no chão e poder esconder meu rosto entre os joelhos.
 Ele tinha vergonha de mim...
 
 


Notas Finais


Lembram da conversa com o Stee?
Enton
Bjs com café para vcs.


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